Imprensa

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Terça, 31 Março 2020 11:11

SantanderPrevi adia processo eleitoral

Atendendo ao pedido da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a Comissão Eleitoral e o Conselho Deliberativo da SantanderPrevi adiaram o atual processo eleitoral, que tinha votação prevista para esta semana, no período de 30 de março a 03 de abril de 2020.

O adiamento se deu em função do atual estado de calamidade pública que notoriamente assola o país em decorrência do coronavírus (COVID-19), especialmente pelo período de incertezas e de restrições de mobilidade das pessoas.

A instauração de novo processo eleitoral não tem data definida e ocorrerá tão logo superado o Estado de calamidade pública.

O Comando Nacional dos Bancários cobrou, nesta segunda-feira (30), e os bancos se comprometeram a manter o isolamento que já colocou mais de 230 mil bancários para trabalharem em casa, em sistema de home office. O compromisso foi assumido durante videoconferência entre o Comado dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“Muitos bancários que estão trabalhando em casa têm procurado os sindicatos apreensivos. Buscam saber se a quarentena será mantida, se terão que voltar ao trabalho em suas agências e departamentos, enfim, estão com medo de ficarem expostos ao vírus e serem contagiados”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Ivone explicou que a apreensão se deve à ameaça feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, de que editaria um decreto obrigando o retorno ao trabalho e também porque os bancários sabem que se inicia nesta semana um momento crítico do mês, quando aumenta a demanda pelo atendimento nas agências devido ao pagamento do benefício da Previdência, e que, muitos aposentados precisam do atendimento presencial para retirarem seus cartões, uma vez que será o primeiro pagamento que irão receber.

“O Bolsonaro foi irresponsável ao ir para as ruas defender o fim do isolamento social, contrariando todos os cientistas, as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e tudo que os outros países estão fazendo. O Bolsonaro faz mal à saúde pública”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que, juntamente com Ivone, coordena o Comando Nacional dos Bancários.

Ivone ressaltou que, mais do que nunca, é importante que os bancos implantem um sistema eficiente de controle de aceso às agências e o atendimento presencial exclusivo para clientes agendados. “É preciso ter um comunicado geral informando que serão atendidos presencialmente apenas serviços essenciais e casos de extrema necessidade que tiverem sido previamente agendados. Isso dá mais segurança não apenas para o bancário, mas também para o cliente, que não precisará ficar em filas na parte externa das agências”, disse.

Medidas já implementadas

A representação da categoria também cobrou respostas sobre as demais reivindicações de enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus, que vem sendo apresentadas pelo movimento sindical aos bancos desde o dia 12 de março, quando o Comando enviou um ofício à Fenaban com os pedidos iniciais e a solicitação de uma reunião para discutir o assunto.

Durante a reunião, a Febraban informou ainda que cerca de 2.200 agências foram fechadas em todo o Brasil, como medida para evitar a propagação do vírus. Também foram fechados postos de atendimento bancários em aeroportos e hospitais e que voltará a negociar o fechamento daqueles que ainda não foram fechados por solicitação de outras categorias.

A pedido do Comando dos Bancários, o Banco Central reduziu o horário de atendimento ao público pelos bancos. O objetivo é reduzir o tempo de exposição ao vírus e evitar os horários de maior movimento nos meios de transporte.

Também a pedido do Comando, os bancos realizam uma campanha na mídia para orientar os clientes sobre o uso dos meios digitais; caixas eletrônicos, assim como sobre os riscos da contaminação pelo coronavírus.

Os bancos disponibilizam álcool gel para os bancários que continuam trabalhando para manter as atividades essenciais do serviço financeiro e atender os casos de extrema necessidade.

“Algumas medidas negociadas foram implementadas, porém ainda precisam ser cumpridas com mais eficiência. Não pode, por exemplo, faltar álcool gel nas agências. Sem isso, o bancário não pode trabalhar para não ficar sujeito ao contágio”, alertou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que, Juntamente com Ivone, coordena o Comando Nacional dos Bancários.

“Também existem pessoas com suspeita de contágio, mas gestores não querem afastá-las; descumprindo aquilo que negociamos. Portanto é preciso que todas as unidades sigam as determinações,” cobrou Juvandia. O Comando também cobrou procedimentos para que os clientes mantenham a distância um do outro nas filas, pois isto não está sendo realizado em muitos locais.

“Os bancários continuam trabalhando no autoatendimento. Isso os coloca diretamente em risco e vai contra aquilo que trabalhamos desde o primeiro dia”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

Suspensão das demissões, das metas e manutenção dos direitos

Na semana passada, dois dos três maiores bancos privados do país comunicaram que não demitirão funcionários enquanto durar a pandemia.

Juvandia ressaltou a importância da manutenção dos empregos, não somente para a categoria, mas para toda a sociedade, mas cobrou o compromisso também dos demais bancos privados, a exemplo do Bradesco que ainda não falou nada.

Outra reivindicação da categoria foi a suspensão da cobrança pelo cumprimento metas. Os bancos disseram que priorizaram o debate sobre questões que envolvem a saúde dos trabalhadores e clientes e o assunto não foi discutido ainda. Mas, que foi orientado para que os bancos ajam com razoabilidade.

Alertada que tem até poucos dias tinha banco cobrando até prospecção de clientes, a Fenaban disse que voltará a pedir razoabilidade aos bancos e que isso não vai mais acontecer.

A presidenta da Contraf-CUT lembrou ainda que o governo tem tomado medidas para atender o setor bancário e dar mais liquidez aos bancos, liberando 1,2 trilhão para o setor financeiro. “Agora, os bancos precisam dar retorno à sociedade para que o Brasil consiga superar essa situação o quanto antes e a economia possa se reerguer depois que a pandemia passar”, disse Juvandia.

“Deu um trabalho enorme esse governo liberar recursos pro povo. Não fosse a pressão e articulação das Centrais Sindicais não teria saído os R$ 600,00. Porém as medidas de crédito às pequenas e médias empresas é insuficiente. Serão 40 bilhões ao todo e exclui as micros empresas que tem arrecadação menor que os 360 mil. O que vai deixar muitos sem receber nada. Defendemos também que esses recursos não precisem ser devolvidos, seja a fundo perdido”, finalizou Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT cobrou ainda que os bancos não cumpram as medidas previstas nas Medidas Provisórias 927 e 928/2020, do Governo Federal, que autorizam as empresas a negociarem diretamente com os trabalhadores, sem a intermediação dos sindicatos.

“Valorizamos muito nossa mesa de negociações, que é um exemplo de como é importante patrões e trabalhadores decidirem juntos sobre questões que envolvem a classe trabalhadora. É por isso que questionamos a medida provisória do governo e vamos usar todos os recursos para que ela não seja implementada”, concluiu.

O Sindicato dos Bancários do Rio avalia que não houve os avanços necessários na reunião realizada através de videoconferência, na segunda-feira, 30 de março, entre o Comando Nacional da categoria e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). A presidenta da entidade, Adriana Nalesso, voltou a defender o fechamento das agências, com a criação de um sistema eficiente de controle de acesso às agências e o atendimento presencial exclusivo para clientes agendados a fim de evitar aglomerações.
“O isolamento social é uma medida fundamental para combater a proliferação do Covid-19. É preciso proteger os bancários, mas também clientes e usuários e garantir os empregos da categoria, bem como suspender a cobrança por metas. A Fenaban ainda não atendeu as nossas mais importantes reivindicações. No Rio, um funcionário do Banco do Brasil perdeu a vida no domingo (29) apresentando todos os sintomas do Covid-19. Os banqueiros e o governo continuam priorizando os lucros em detrimento das vidas”, disse. Nalesso lembrou ainda que os bancos já acumularam lucros de sobra para manter os bancários em casa, suspender demissões e metas e proteger a vida da categoria.
Na semana passada, dois dos três maiores bancos privados do país (Itaú e Santander) comunicaram que não vão demitir funcionários enquanto durar a pandemia, uma reivindicação da categoria. O Sindicato está atento para o cumprimento deste item que é um dos mais importantes das revindicações dos bancários.

Home office mantido

O Comando Nacional dos Bancários, pressionou e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) anunciou que os bancos se comprometem a manter o isolamento que já colocou mais de 230 mil bancários para trabalharem em casa, em sistema de home office. A apreensão da categoria aumentou em função do crescimento veloz do número de casos de infectados no país e com as ameaças do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que editaria um decreto obrigando o retorno ao trabalho para todas as categorias.
Outra preocupação é que, a partir desta semana, está previsto um aumento na demanda pelo atendimento nas agências devido ao pagamento do benefícios da Previdência e muitos aposentados precisam do atendimento presencial para a retirada de seus cartões, uma vez que será o primeiro pagamento que irão receber.
“O Sindicato repudia a postura de Bolsonaro, que contraria as orientações de manter o isolamento social da Organização Mundial da Saúde, de médicos, sanitaristas e cientistas. É uma atitude irresponsável de quem só quer atender à ganância dos banqueiros e dos grandes empresários e não tem compromisso com a proteção da vida das pessoas. Os bancos precisam avançar e privilegiar a saúde e vida”, acrescenta Adriana.
A representação da categoria também cobrou respostas sobre as demais reivindicações apresentadas pelo movimento sindical aos bancos desde o dia 12 de março, quando o Comando enviou um ofício à Fenaban.
Os bancos informaram que cerca de 2.200 agências foram fechadas em todo o Brasil, como medida para evitar a propagação do vírus.
A pedido do Comando dos Bancários, o Banco Central reduziu o horário de atendimento ao público pelos bancos. Os bancos realizam ainda uma campanha na mídia para orientar os clientes sobre o uso dos meios digitais e caixas eletrônicos, assim como sobre os riscos da contaminação pelo coronavírus, atendendo a um pedido dos sindicatos.
O movimento sindical criticou ainda a decisão do governo de liberar R$ 1,2 trilhão para os bancos sem nenhum compromisso de atender à sociedade, mas apenas para garantir “maior liquidez e caixa para as instituições financeiras” e cobrou que os bancos não cumpram as medidas previstas nas Medidas Provisórias 927 e 928/2020, do Governo Federal, que autorizam as empresas a negociarem diretamente com os trabalhadores, sem a intermediação dos sindicatos.

O Sindicato dos Bancários do Rio tem uma luta histórica em defesa dos empregos e pelo fim da pressão imposta pelas metas nos bancos. Em função da crise gerada pela rápida proliferação do novo coronavírus, a entidade e o Comando Nacional da categoria cobram das instituições financeiras a suspensão imediata das demissões e das metas, além do fechamento das agências, abrindo exceção ao atendimento somente para os casos de extrema necessidade, de forma agendada para garantir a segurança de bancários, clientes e usuários, até porque nos últimos anos a lucratividade do setor financeiro tem sido a maior do país.

Denúncias de funcionários

“No Rio, os bancários são convocados a participar de áudios de conferências todos os dias para a cobrança de metas. A pressão é insuportável”, explica a diretora do Sindicato, Nanci Furtado.
Segundo uma enquete, 87% dos funcionários do Bradesco afirmaram que as metas não diminuíram. Por conta do grande número de reclamações dos bancários, o Sindicato cobrou posicionamento da direção da instituição financeira. Na tarde da última quinta-feira, dia 26, o banco informou que uma reunião via áudio foi realizada com as diretorias regionais a fim de reorientar sobre a cobrança de metas.
“A nossa expectativa é a de que com esta nova orientação do Bradesco, a situação melhore para os funcionários. Não faz sentido, em plena recessão econômica global e diante da catástrofe pandêmica, manter a pressão psicológica para que os resultados sejam alcançados. A vida vale mais do que tudo e os bancos precisam ser mais sensíveis e solidários para ajudar na proteção de bancários, clientes e da população de um modo geral, até porque a lucratividade do sistema financeiro nos últimos anos superou as expectativas do mercado em comparação a outros segmentos da economia”, acrescenta Nanci. A sindicalista lembra que, mesmo com a Estado do Rio já falido e agora a crise agravada pelo avanço do Covid-19, o banco continua cobrando metas de maneira abusiva e quer impor um nível de superação inteiramente fora da realidade do atual contexto de pandemia e colapso econômico que se avizinha.
“Segundo as denúncias, quando não estão trabalhando, os bancários são obrigados a ouvir áudios com cobranças do banco. Se esta prática estiver de fato ocorrendo e continuar nós vamos cobrar da matriz do Bradesco para apurar as denúncias a fim de que sejam tomadas as devidas providências, pois não cabe cobrar resultados diante de uma catástrofe humanitária desta envergadura que afeta o mundo inteiro”, acrescenta. Ainda segundo a pesquisa, apenas 14,5% do total de bancários (inclui os demais bancos) responderam que as metas diminuíram por conta da pandemia. E 76,17% afirmaram que as metas seguem as mesmas.
O Sindicato vai continuar acompanhando o problema. “Se a situação não melhorar, o bancário deve ligar para que o Sindicato e o Comando Nacional dos Bancários possam cobrar dos bancos e da Fenaban uma solução e garantir um ambiente de trabalho mais tranquilo e saudável para todos os funcionários”, conclui Nanci. Os bancários podem fazer suas denúncias com sigilo e segurança pelos telefones 21034121/4172.

O Sindicato dos Bancários do Rio bem que tentou. Enviou ofício cobrando do governador Wilson Witzel e do prefeito Marcelo Crivella o fechamento das agências bancárias, com o objetivo de proteger a categoria e também clientes e usuários e a população de um modo geral. Infelizmente, os dois governantes cederam à pressão da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e mantiveram os bancos abertos.
“O Sindicato tem feito a sua parte. Nossa proposta manteria um serviço mínimo para casos excepcionais, inclusive aposentados, desde que de forma agendada para evitar aglomerações. Quantas vidas terão de ser ceifadas para os banqueiros e os governantes tomarem a decisão certa, que é a de fechar os bancos para proteger bancários, clientes e usuários?”, questiona o vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti.
O prefeito Crivella chegou a baixar um decreto suspendo as atividades das unidades bancárias, mas pressionado pelos bancos, recuou. Numa contradição, proibiu idosos de irem ao banco e para bajular o presidente Jair Bolsonaro, passou a defender a necessidade do retorno das atividades econômicas em pouco tempo, embora tenha mantido a maior parte do comércio fechado. O governo do Estado chegou a receber a presidenta do Sindicato Adriana Nalesso e outros dirigentes sindicais, mas deixou claro que é contra o fechamento das agências.

Isolamento Social

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, prorrogou por 15 dias as medidas de isolamento social, com determinações para evitar a contaminação pelo novo coronavírus (covid-19) no estado, que terminariam nesta terça-feira, dia 31 de março.
As aulas continuam suspensas, sem prejuízo do calendário recomendado pelo Ministério da Educação, nas escolas das redes pública e privada de ensino e nas universidades. A circulação de transportes intermunicipais de passageiros que liga a Região Metropolitana e a cidade do Rio de Janeiro, continua proibida. A exceção é para trens e barcas, que operam com restrições definidas pelo governo estadual para atender a serviços essenciais nos trajetos entre os municípios da Região Metropolitana e a capital.
Já nos transportes interestaduais ainda não foi permitida a circulação para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Distrito Federal e demais estados em que foram confirmados casos de contaminação. Da mesma forma estão proibidos os voos internacionais e os nacionais com origem nesses
Permanecem proibidos eventos de qualquer atividade com presença de público, mesmo que tenham sido autorizados anteriormente. Estão incluídos os eventos esportivos, shows, encontros em salões de festas e em casas de festas, visitas ao Pão de Açúcar, Corcovado, museus, Aquário Rio, a roda gigante Rio Star e demais pontos turísticos.
Também devem permanecer fechados os cinemas, teatros e foram mantidas as proibições de visitas às unidades prisionais, inclusive as íntimas. A entrada dos advogados deve seguir orientação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Estão proibidas ainda as visitas a pacientes diagnosticados com a covid-19, internados em rede pública ou privada.

A rápida proliferação do Covid-19 no Rio de Janeiro pode ter feito sua primeira vítima na categoria bancária na cidade, entre trabalhadores da ativa. O funcionário do Banco do Brasil, Edgard dos Santos Pereira, 66 anos, que trabalhava na agência do Catete, morreu no último domingo, 29 de março, com todos os sintomas do coronavírus. Colegas de trabalho lembram que Edgard praticava capoeira e era saudável, o que derruba mais uma vez a tese de que “atletas” estão imunes ao risco de morte em função da doença.
Edgard trabalhou normalmente até o último dia 13 de março e foi afastado no dia 16 (segunda-feira) após atendimento médico pela Cassi com um quadro de gripe e febre. Como não apresentou melhoras e passou a sentir falta de ar ele foi em seguida levado ao Hospital Copa D’Dor na sexta-feira (27), onde veio a falecer no domingo (29) com quadro de pneumonia dupla, deixando esposa. Ele não tinha filhos.

Apoio do Sindicato

Os funcionários da agência Catete estão em estado de choque e o Sindicato dos Bancários do Rio cobra a higienização da agência e o fechamento imediato desta e das demais unidades e todo o apoio e assistência aos bancários e aos familiares de Edgard. A direção do BB se nega a fechar a agência mesmo após a morte do bancário.
“Clientes e funcionários que estão confinados num ambiente fechado e se tornam potenciais alvos do Covid-19. Com toda a pandemia que assola o mundo e agora o Brasil, os bancos se mantêm insensíveis aos riscos e insistem em manter o atendimento nas agências”, disse o diretor do Sindicato dos bancários do Rio, Alexandre Batista, que esteve na unidade na manhã desta segunda-feira (30) junto com outros sindicalistas.

Fechamento dos bancos, já!

Não deu tempo de sair o exame de confirmação do Covid-19, mas a orientação dos médicos para que não fosse feito o velório e nem cremação, reforça as suspeitas de que a causa morte foi o coronavírus, apesar de seu falecimento não entrar oficialmente nas estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde.
Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio foram imediatamente à agência do Catete, para prestar condolências aos colegas de trabalho de Edgard e falar aos funcionários da importância do fechamento imediato dos bancos, medida defendida pelo Sindicato, e dos cuidados preventivos que as pessoas devem tomar bem como sobre a importância do isolamento social, rebatendo a afirmação do presidente da República Jair Bolsonaro, de que se trata apenas de uma “gripezinha” e de “alarmismo” feito pela mídia.
“É inadmissível a omissão e a covardia deste governo. Quantos mortos mais teremos de lamentar para que os bancos entendam que os lucros não podem estar acima da vida? E o banco ainda chega ao absurdo de cobrar metas com pressão psicológica sobre os funcionários”, critica Alexandre.

Presidente do BB insensível

O Sindicato voltou a criticar também a posição insana do presidente da República Jair Bolsonaro, que defende a volta à normalidade e o funcionamento do comércio e de bancos.
Na sexta-feira, 25, já havia sido confirmado um caso de coronavírus em escritório digital do prédio do Sedan/BB, no Centro da Cidade.
O presidente do Banco do Brasil declarou em entrevista ao Jornal O Globo, alinhado à posição de Bolsonaro, de que “é melhor” que a maior parte da população seja infectada “o quanto antes” para que “a economia volte a funcionar normalmente”. A afirmação causou revolta na categoria.
“Estamos ainda sob o choque da morte de um companheiro no Rio. Essa afirmação confirma o descaso e a crueldade deste governo para com os bancários, os trabalhadores e o povo brasileiro”, critica a diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários, Rita Mota.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira, 30, medidas de combate à pandemia do coronavírus. Mesmo diante da maior crise economica de seu país, que resultou num colapso no abastecimento de alimentos e de produtos nos supermercados, o governo chavista tomou medidas que superam, em muitos aspectos, às ações do governo do presidente Jair Bolsonaro. A Venezuela tem 77 casos confirmados (a maioria na região central do pais). Até agora não existe a chamada transmissão comunitária. O país conta com 20 mil médicos venezuelanos e cubanos que mobilizados estão fazendo visita casa por casa, para exame prévio. Ainda nesta semana, chegam 2 milhões de kits da China para teste de coronavirus. Um sistema informatizado de atendimento social, chamado de “Sistema Patria” fez uma pesquisa pessoal com 10 milhões de pessoas. Somente 16 mil disseram ter gripe ou sintoma parecido. Com a informação as 16 mil pessoas foram visitadas e fizeram exame. Do total, apenas sete tinham Coronavuris.
Além das medidas na área de saúde, o governo toma medidas para proteger o trabalhador e salvar a economia, que já vinha muito mal das pernas: Nenhum trabalhador pode ser demitido até dia 31 de dezembro; O Estado venezuelano vai pagar os salários dos trabalhadores das empresas privadas por seis meses, para eles ficarem em casa; Está proibido cobrar aluguel pelos próximos seis meses; Fica proibido cobrar prestações e juros de todos os financiamentos em curso, pelos próximos seis meses; fica suspensa a cobrança das taxas de serviços de energia, água, gás. E sete milhões de famílias vão seguir recebendo a cesta básica de alimentos, a cada 15 dias até que a pandemia e o estado de emergência seja finalizado. Para muitos, é surpreendente.

Segunda, 30 Março 2020 23:00

Senado aprova auxílio de R$ 600

O Senado Federal aprovou na segunda-feira (30/3), por 79 votos, o texto do auxílio emergencial de R$ 600 por três meses, para trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa. A proposta já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados. Os líderes de todos os partidos encaminharam pelo sim. Os 79 senadores que participaram do Plenário Virtual entenderam que devido à urgência da matéria para ajudar a manter os trabalhadores em isolamento social como prevenção ao coronavírus (Covid 19), o texto precisava ser aprovado sem nenhuma emenda. Para passar a valer o projeto deverá ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que viu sua proposta de ajuda de apenas R$200 ser rejeitada pelo parlamento. Os partidos de oposição (PT, PDT, PCdoB, PSOL, Rede e PSB) defendiam o valor de R$1.050 para estes trabalhadores em situação de vulnerabilidade. Mas a proposta também foi rejeitada e um acordo com o chamado centrão acabou fechando o auxílio em R$600 mensais.

Ativar três leitos no Hospital Universitário do Fundão, da UFRJ, para o atendimento às vítimas do novo coronavírus. Essa é a meta de uma “vaquinha virtual” lançada nesta segunda-feira (30) pela Associação dos Funcionários do BNDES, que espera arrecadar o quanto antes R$ 330.000,00 — montante dividido em mil cotas de R$ 330,00.
A iniciativa da AFBNDES busca mobilizar funcionários do banco de desenvolvimento, mas está aberta às doações de quem não integra o quadro da instituição.
Até a publicação desta nota, foram arrecadados R$ 28.350,00.
A meta do Hospital do Fundão é ativar 50 novos leitos. Verba para 30 já foi obtida.
Quem quiser colaborar com a “vaquinha online” promovida pela AFBNDES, basta acessar o link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-ao-hospital-ufrj.