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Nesta terça-feira, 07/04, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira, Carla Guimarães e Sérgio Amorim, o presidente da AGECEF, Rogério Campanate, a diretora Sonia Eymard, e o presidente da APCEF, Paulo Matiletti, se reuniram em videoconferência com o Superintendente da Caixa no Rio de Janeiro, Luciano Medeiros, para levar demandas necessárias para a proteção dos bancários e bancárias e levantar as medidas que estão sendo efetivamente adotadas pelo banco.
A necessidade da colocação de anteparos de acrílico e do fornecimento de álcool gel e EPIs; a aplicação de um protocolo de limpeza nas agências; o pedido de aumento dos limites de todas as transações em todos os canais alternativos; além do fechamento das ferramentas de metas estavam entre as solicitações dos presentes à reunião. Para saber mais detalhes, leia o texto completo a seguir.

Na tarde do dia 07/04, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio, juntamente com os presidentes da AGECEF e APCEF, se reuniram através de videoconferência com o Superintendente da CAIXA na Capital, Luciano Medeiros, para levar as demandas da base de trabalhadores e levantar as medidas que estão sendo adotadas pela CAIXA, visando minimizar os riscos aos quais estão expostos os bancários da CAIXA nesse momento em que são reconhecidamente essenciais para a população brasileira.
Uma das demandas foi a de que apenas as unidades que dispuserem de EPI para todos os empregados e prestadores sejam abertas para atendimento ao público. O Superintendente esclareceu que houve dificuldade na compra centralizada dos equipamentos e que, por esse motivo, foram disponibilizadas verbas para aquisição direta pelas unidades. Os dirigentes reforçaram que isso não sanou o problema justamente porque as unidades também não encontraram material suficiente disponível para venda. Foi informado que até hoje (08/04) todas as unidades do Rio de Janeiro receberiam álcool gel e máscaras e que até o dia 05/05 todas as unidades teriam anteparos de acrílico instalados em seus guichês de atendimento. O Superintendente orientou, ainda, que os colegas devem atender os clientes nos guichês, mesmo antes da instalação dos anteparos, pois a estrutura garante um distanciamento mais seguro na realização dos atendimentos.
Foi abordado também o fato de que alguns colegas se sentem prejudicados em relação a outros por não terem as mesmas condições de rodízio em razão do diferente quantitativo de empregados lotados nas unidades e seus diferentes perfis (muitas unidades possuem percentual elevado de colegas que pertencem a grupos de risco). Por esse motivo, os dirigentes cobraram a implementação da Diretriz nº 8 expedida em documento da própria CAIXA, que orienta o remanejamento de empregados entre unidades do mesmo município, de forma a garantir que todos tenham a oportunidade de diminuir seu tempo de exposição ao risco.
Outra questão levantada pela base foi a identificação de limpeza deficiente e definição de um protocolo de limpeza das unidades no dia-a-dia e na higienização das unidades com casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. Após a informação de que a CAIXA divulgou esse protocolo em um documento oriundo da DELOP, solicitamos que o mesmo seja novamente divulgado e que os gestores sejam orientados a fiscalizar seu cumprimento.
As entidades reivindicaram também que seja cancelada a orientação para que funcionários demarquem os espaços da fila externa da agência, pois há o entendimento de que este serviço deve ser direcionado à empresa mantenedora e que a mesma deve garantir EPIs aos seus empregados para a realização do serviço.
Outra reivindicação é a atuação da CAIXA junto à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e à Guarda Municipal visando a segurança dos empregados e clientes em razão das grandes aglomerações já registradas. Os órgãos alegam não dispor de contingente suficiente para manter postos fixos, mas se comprometeram a atender rapidamente as demandas.
Em relação às questões tecnológicas, os dirigentes reforçaram o pedido de aumento dos limites de todas as transações em todos os canais alternativos, bem como o fechamento da ferramenta de mensuração de metas, de forma a garantir o foco nas pessoas e a inibição da cobrança de metas, diretriz também divulgada pela empresa.
Por fim, apresentamos as sugestões de criação de um balcão/guichê na SAA para assegurar o distanciamento do responsável pela triagem da fila e a instalação de caixas de som com mensagens que ajudem a esclarecer os clientes que estiverem na fila acerca de sua própria segurança por meio do distanciamento e dos serviços prestados nesse momento de pandemia.
Agradecemos a presença do Superintendente Luciano Medeiros e do Dr. Márcio Cordero (assessoria jurídica do Sindicato) na reunião, bem como a parceria que temos tido de ambos na busca de soluções para melhoria das condições de trabalho dos empregados da CAIXA.
Estiveram presentes à reunião: Paulo Matiletti pela Apcef/RJ, Rogério Campanate e Sonia Eymard pela Agecef/RJ, José Ferreira, Carla Guimarães e Sérgio Amorim, representando o BancáRios.

Carlos Vasconcellos/Imprensa SeebRio

O Sindicato está preocupado com um grande número de bancários que estão expostos aos riscos do coronavírus nas agências e reivindica que os bancos disponibilizem as máscaras para seus funcionários.

Na quinta-feira passada (2/4), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mudou a orientação para o uso das máscaras no Brasil: agora, a recomendação é de que toda a população passe a utilizá-las como forma de diminuir o risco de contaminação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Antes, apenas pessoas com sintomas, cuidadores e profissionais de saúde eram instruídos para o uso do utensílio de proteção.

“O setor financeiro é o mais lucrativo do país. O mínimo que os bancos podem e devem fazer é dar condições para que os funcionários trabalhem com segurança e o uso da máscara é recomendado”, disse a diretora do Sindicato Nanci Furtado. Ela lembra ainda que o movimento sindical continua defendendo o fechamento das unidades bancárias, garantindo o funcionamento apenas para casos de extrema necessidade e mesmo assim através de agendamento para evitar aglomerações.

“A imprensa tem divulgado constantemente um grande número de pessoas nas agências. Os bancos precisam entender que a proteger a vida é a prioridade neste momento de pandemia. O isolamento social tem de ser um compromisso social de todos”, acrescenta Nanci.

 

O governo federal se aproveita da crise do coronavírus para extinguir importantes instrumentos de transferência de renda dos trabalhadores e para reduzir custos para empresas, atendendo à pressão de grandes empresários e banqueiros. Na noite da última terça-feira, dia 7 de abril, Bolsonaro baixou uma Medida Provisória extinguindo o PIS/Pasep. A medida foi tomada em contrapartida à liberação de saque de um salário mínimo (R$1.045) do FGTS, em junho deste ano. A razão para o saque, segundo a MP, é "o estado de calamidade pública e a emergência de saúde pública" em função da epidemia do coronavírus.

De acordo com a decisão, o patrimônio acumulado nas contas individuais dos participantes do Fundo PIS-Pasep​ ficará preservado. O governo estima que há R$ 21 bilhões no fundo.

“Porque o ministro Paulo Guedes não busca recursos na taxação da riqueza e grandes fortunas, nos lucros e dividendos e nos ganhos do sistema financeiro em vez de extinguir um fundo tão importante para o trabalhador? Fica evidente que este governo é dirigido pelas classes dominantes”, critica a diretora de Imprensa do Sindicato, Vera Luíza Xavier.

Nem na ditadura

Deixar de repassar dinheiro para o PIS/Pasep é um antigo sonho da burguesia brasileira e que agora, com a política econômica ultraliberal de Paulo Guedes, se torna realidade. Nem no regime militar, em plena ditadura, o país assistiu a uma política econômica tão antissocial. O PIS e o PASEP foram criados em plena ditadura militar, assim como o FGTS, em contrapartida pela extinção da garantia no emprego. O FGTS é também considerado pelo atual governo como mais um “penduricalho”, conforme declaração do próprio vice-presidente, o general Hamilton Mourão. O povo tem que abrir o olho ou Guedes e Bolsonaro vão acabar com tudo que é direito do trabalhador.

Função social

O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), mais conhecidos pela sigla PIS/PASEP, são contribuições sociais de natureza tributária, devidas pelas pessoas jurídicas (empresas), com objetivo de financiar o pagamento do seguro-desempregoabono e participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.

O PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas que são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e é administrado pela Caixa Econômica Federal. Já o PASEP, que é administrado pelo Banco do Brasil, é destinado aos servidores públicos, que são regidos pelo regime estatutário.  

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, respondeu à nota de repúdio da Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do banco, Débora Fonseca, sobre declarações desastrosas de Novaes.

Na reposta à Caref, o presidente do BB disse apenas que a frase citada na reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, “proferida em um chat de economistas renomados” foi “vazada de forma antiética e fora do contexto”. Em mensagem enviada a um grupo de WhatsApp, na quarta-feira (25), Novaes disse que a vida não tem “valor infinito” e que “muita bobagem é feita e dita, inclusive por economistas, por julgarem que a vida tem valor infinito. O vírus tem que ser balanceado com a atividade econômica”.

“Apesar de triste, é fundamental observar que Novaes não nega que tenha feito a afirmação. E, o presidente do banco dizer que a ‘vida não tem valor infinito’, é o mesmo que dizer que a economia está acima da vida; é o mesmo que dizer ‘se infectem para criar anticorpos, e, se morrerem, não tem problema. O que não pode é a economia parar’”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga. “Uma declaração como essa gera mais desespero, medo e insegurança nos funcionários, que continuam trabalhando e se expondo ao risco de contágio pelo novo coronavírus”, completou. “Imagina como fica a cabeça dos funcionários!”

Sua história te condena

Apesar de tentar se redimir de culpa, as declarações desastrosas de Novaes são famosas. Um dia antes de enviar a mensagem no chat, em uma entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico, Novaes já havia dito que as quarentenas contra a propagação do vírus causarão “depressão econômica com efeitos piores que os da epidemia”.

No dia 30 de março, foi a vez do jornal O Globo publicar declarações de Novaes, defendendo que a população seja infectada “o quanto antes” para “que a economia volte a funcionar”.

“É incrível! Será que todos os jornais tiraram do contexto as falas presidente do Banco do Brasil?”, questiona Fukunaga.

Medidas contra a Covid-19

Em sua resposta à Caref, o presidente do BB busca se defender afirmando que o Banco do Brasil está implementando diversas medidas de prevenção à doença.

“Ele só não falou que as medidas foram implementadas pelo banco após reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários à Fenaban”, observou Débora Fonseca.

Débora destacou ainda o papel fundamental do movimento sindical bancário nas negociações com os bancos. “É importante que os trabalhadores busquem apoio dos seus sindicatos e seus representantes. Assim como é importante que as dúvidas e denúncias sejam encaminhadas à mesa de negociação, que tem obtido grandes avanços na preservação dos empregos, salários e da saúde dos funcionários”, concluiu a Caref.

CA está consciente de sugestões da Caref

Na nota de repúdio e pedido de esclarecimentos ao Conselho de Administração, Débora Fonseca também propôs uma série de medidas para mitigar os impactos econômicos e sociais da pandemia. As propostas incluem a discussão no âmbito do conselho de recursos para financiamento, refinanciamento e suspensão da cobrança de empréstimos por seis meses de bancos públicos.

Para Débora, o papel do CA é discutir propostas, a partir das quais, “é possível resguardar as micro e pequenas empresas, microempreendedores individuais e milhões de empregos, com a finalidade de protegermos a economia e prepará-la para sua recuperação, e não colocando em risco a vida das pessoas”, disse. “Pensar nesse papel é pensar no banco público atuante para o país e, principalmente, a serviço da sociedade brasileira. Somos fundamentais para a recuperação econômica, e, diferente dos bancos privados, que somente olham para os lucros imediatos, nós podemos e devemos olhar para o país”, completou.

A votação da Medida Provisória (MP) 905 – do chamado contrato verde e amarelo –, que estava prevista para esta terça-feira (7), foi adiada pela direção da Câmara dos Deputados, por falta de acordo entre os líderes partidários. Pelo mesmo motivo, não foi votado o chamado Plano Mansueto, de ajuda aos estados – o nome vem do autor da proposta, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

“Em um cenário onde o mundo está voltado pra o combate à pandemia do covid-19, alguns parlamentares ligados ao governo insistem em atacar a classe trabalhadora e, em especial, os bancários, querendo ampliar as horas trabalhadas, impor o trabalho aos sábados e feriados e alterar as regras da PLR para pior. Mas, graças a atuação das lideranças dos partidos de oposição, mais uma barbaridade contra os direitos foi evitada, pelo menos, por enquanto. Seguiremos na vigília para que essa MP não vá a votação”, afirmou Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A MP 905, do chamado contrato de trabalho verde e amarelo, flexibiliza direitos com a justificativa de criação de vagas. Era originalmente voltado ao primeiro emprego de jovens de 18 a 29 anos, mas a comissão mista aprovou a inclusão de trabalhadores acima de 55 anos, desde que estejam há pelo menos 12 meses sem um vínculo formal.

Nessa modalidade, a alíquota do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) cai de 8% para 2% e a multa em caso de demissão, de 40% para 20%. A medida precisa ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado até o próximo dia 20, ou perde a validade.

Jornada dos bancários e trabalho aos sábados

O texto original da medida provisória permitia a abertura dos bancos aos sábados e o aumento da jornada dos bancários de 6 para 8 horas. O relator alterou o texto para permitir o trabalho nos bancos aos sábados, aos domingos e aos feriados em casos específicos, como atividades que envolvam automação bancária; teleatendimento; serviços por canais digitais; áreas de tecnologia, segurança e administração patrimonial; e atividades bancárias em locais como feiras, shopping centers, aeroportos e terminais de ônibus, trem e metrô.

Depois de o banco Santander ter anunciado que “de acordo com as regras contidas na Medida Provisória nº 927/20”, passaria a conceder “férias pelo período de 15 dias, como medida de viabilizar o isolamento e preservar a saúde do colaborador”, agora, o Banco do Brasil fez anúncio semelhante.

O BB afirma que “a situação de contingência decorrente do avanço do Coronavírus no Brasil reforça a necessidade de os administradores realizarem o adequado planejamento das ausências em dependências, compatibilizando a capacidade de atendimento atual às demandas, bem como ao aumento da demanda prevista para períodos futuros, sobretudo quando as atividades voltarem à normalidade.”

No comunicado, o BB ainda ressalta que a MP 927, “apresenta alternativas, a exemplo de banco de horas e antecipação de férias, que poderão ser utilizadas para enfrentamento dos efeitos econômicos decorrentes do estado de calamidade pública, visando à preservação do emprego e da renda.”

Além de utilizarem os mecanismos que tratam sobre as férias e o banco de horas, os bancos também fizeram uso do mecanismo da MP que dispensa a negociação prévia com as representações sindicais dos trabalhadores. Apesar de comunicada, em nenhum momento a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e os sindicatos foram chamados a negociar sobre os temas.

Assim que a MP 927/2020 foi editada, o Comando Nacional dos Bancários convocou uma reunião a Federação Nacional dos Bancos e destacou ainda a importância do respeito à Convenção Coletiva e à negociação coletiva e, por isso, que não fossem adotadas as medidas previstas na MP. “Não vamos aceitar nenhuma alteração no contrato de trabalho que prejudique a categoria”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, naquela ocasião. “Respeitamos as decisões tomadas em mesa de negociações e queremos que os bancos também respeitem”.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, destaca que o caminho é a negociação. “Sabemos da necessidade de serem tomadas medidas contra a pandemia e que todos, inclusive a Justiça, tem dado seu apoio. Sabemos também que muitos funcionários esperam que sejam tomadas medidas para que eles possam também se sentirem mais seguros frente à doença. Mas, não podemos aceitar que os funcionários sejam prejudicados e os sindicatos sequer sejam ouvidos. Vamos procurar o banco para discutir sobre isso”, disse.

Retirada de direitos

“Estamos num daqueles momentos em que o governo se aproveita da situação para priorizar bancos e empresas”, disse o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fausto Augusto Junior, à Rádio Brasil Atual, no seguinte à edição da MP pelo governo.

Para coordenador da CEBB, esta é mais uma das medidas provisórias editadas pelo governo que prejudica os trabalhadores. “Desde o princípio, o governo Bolsonaro só tomou medidas que beneficiam a classe empresarial em prejuízo dos trabalhadores. Não podemos esquecer, que a versão original desta medida provisória autorizava que as empresas suspendessem os contratos de trabalho por até quatro meses e deixava os empregados por todo esse tempo sem qualquer remuneração”, lembrou.

“Foram muitas outras medidas que acabaram com direitos trabalhistas, como a reforma da Previdência, que praticamente impedirá a aposentadoria daqueles que têm trabalhos mais pesados. Não podemos ver direitos sendo retirados e não fazermos nada. Vamos buscar negociação e analisar a situação para vermos as alternativas”, concluiu o coordenador da CEBB.

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vai realizar, na próxima quarta-feira (8), às 18h horas, uma live em seu perfil do Instagram com uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Juvandia, que também é presidenta da Confederação, vai responder algumas dúvidas da categoria durante este momento de crise, causada pela pandemia coronavírus (Covid19).

Para participar da live, os interessados devem começar a seguir o perfil da Contraf-CUT no Instagram. Quando a live for iniciada, ele será avisado e poderá assistir e interagir com a presidenta.

Carlos Vasconcellos/Imprensa SeebRio

O bancário do Banco do Brasil, Edgard dos Santos Pereira, que trabalhou na agência do Catete, no Rio, deixou um relato emocionante antes de morrer aos 66 anos com sintomas do coronavírus, no sábado, dia 28 de março.

A matéria publicada no site G1 não deixa dúvidas da violência do Covid-19 sobre a saúde das pessoas. Internado desde sexta-feira, 27 de março, no Copa D’or, Edgard morreu com falta de ar, com uma pneumonia dupla, e desabafou pouco antes de falecer, deixando seu recado para seus amigos, colegas bancários e para a sociedade: “Sou mais um na estatística do coronavírus. Cuidem-se. Não vão na onda do Bolsonaro, A coisa é séria. Não é um ‘resfriadinho’. Fiquem em casa”, escreveu num aplicativo de mensagens um dia antes de sua morte.

“Edgard deixa uma mensagem comovente que põe por terra qualquer fundamento na tese de que ‘o país pode voltar à normalidade’ e de que ‘o povo tem de trabalhar agora para evitar uma crise econômica’, como irresponsavelmente sugere o presidente Jair Bolsonaro. A vida está em primeiro lugar e manter o isolamento social é fundamental para proteger as pessoas e garantir o futuro do país”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários do Rio Adriana Nalesso.

A sindicalista lembra que o Sindicato vai continuar a luta para que os bancos fechem as agências, mantendo apenas serviços excepcionais e agendados para evitar as aglomerações.

“Dinheiro nenhum do mundo vale a vida. A responsabilidade da luta contra essa pandemia é de todos”, completa, lembrando ainda que o Sindicato vai continuar defendendo o fechamento das unidades bancárias, a garantia dos empregos na categoria e o fim das metas enquanto perdurar a quarentena no combate ao coronavírus.

Apoio do Sindicato

O Sindicato dos Bancários do Rio cobrou a higienização da agência e defende o fechamento imediato desta e das demais unidades e todo o apoio e assistência aos funcionários e aos familiares de Edgard. A direção do BB se nega a fechar a agência mesmo após a morte do bancário.

Não deu tempo de sair o exame de confirmação do Covid-19, mas a orientação dos médicos para que não fosse feito o velório e nem cremação, reforça que a causa morte foi mesmo em função do Covid-19.

Dirigentes sindicais foram imediatamente à agência do Catete, para prestar condolências aos colegas de trabalho de Edgard e falar aos funcionários da importância do fechamento imediato dos bancos, medida defendida pelo Sindicato, e dos cuidados preventivos que as pessoas devem tomar bem como sobre a importância do isolamento social, rebatendo a afirmação do presidente da República Jair Bolsonaro, de que se trata apenas de uma “gripezinha” e de que a pandemia que assola o mundo é “fantasia” e “alarmismo” feito pela mídia.

Fonte: G1

Os sindicatos e a Contraf-CUT enviaram, na última sexta-feira, 3 de abril,  ofícios ao Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal solicitando a suspensão dos descomissionamentos e processos administrativos disciplinares e demissionais. O movimento sindical pede também participação na definição dos procedimentos para operacionalização dos atendimentos que virão a acontecer quando houver a liberação dos recursos do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e a ampliação das linhas de crédito a empresas afetadas pela pandemia.

O objetivo da solicitação específica ao BB é permitir que os funcionários consigam buscar orientações jurídicas, tenham acesso a documentos, arquivos e outras informações necessárias para conseguir preparar suas defesas e recursos de forma adequada. Na avaliação dos sindicalistas, em virtude das medidas necessárias de isolamento e da quarentena implementada no país e no próprio banco, para evitar a propagação ainda maior da Covid-19, diversas atividades profissionais e bancárias foram impactadas pelas medidas e isso pode dificultar uma justa defesa dos bancários.

Evitar aglomerações

No segundo ofício direcionado ao BB e a Caixa, a Contraf-CUT pede que estes bancos, juntamente com o Governo Federal, emitam comunicados para esclarecer ao público em geral que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e a ampliação das linhas de crédito a empresas afetadas pela pandemia ainda não estão em vigor e que a presença das pessoas nas agências por conta de tais medidas, por ora, é inútil e coloca em risco a segurança e a saúde de todos.
A Contraf-CUT pede, ainda, que sejam suspensos os atendimentos nas agências nos dois bancos públicos até a normalização e regulamentação da concessão das medidas citadas, limitando o atendimento presencial às situações emergenciais.
Por fim, a Contraf-CUT solicitou que os bancos discutam com o Comando Nacional dos Bancários a operacionalização dos atendimentos e cumprimento de tais medidas.

 

07/04/2020 - 15:59   •   Atualizado em 07/04/2020 - 17:06

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, adiou a votação da MP 905/19, que regulamenta o contrato verde e amarelo, e do Plano Mansueto, de socorro às contas dos estados. Não houve acordo sobre essas propostas. A pauta de hoje vai tratar de temas considerados prioritários pela comissão externa que acompanha as ações de enfrentamento ao coronavírus.

"Ainda não chegamos a um entendimento sobre a MP 905 e sobre o Plano Mansueto. Esse é um momento em que precisamos construir mais consensos que divergências", afirmou Maia.

Sobre o Plano Mansueto, a intenção é construir um novo texto que trate apenas do socorro aos estados durante a pandemia de Covid-19. "É melhor que a gente resolva os problemas de 2020 e não contamine a agenda dos próximos anos. Vamos construir uma solução até amanhã porque esse é o compromisso com governadores com quem conversei", declarou o presidente da Câmara.

Maia prevê acordo para votar ajuda de curto prazo aos estados

Maia disse que há preocupação de que o socorro aos estados possa aumentar o endividamento e comprometer gestões futuras. "Há preocupação de que seja distorcido com temas que vão na verdade garantir recursos e financiamentos com outro caráter e acabar endividando demais os estados no longo prazo", disse.

Ele adiantou que negocia com a equipe econômica um texto enxuto que trate do curto prazo: ICMS para os próximos três meses e linhas de financiamento para o enfrentamento dessa crise no patamar de outras crises. ​

Mais informações a seguir.

 

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias