Segunda, 30 Março 2020 23:01

Mesmo em crise, governo da Venezuela protege população do coronavírus

Venezuela, quem diria, toma medidas que protegem muito mais o trabalhador do que o faz o governo brasileiro
A Venezuela luta com dificuldades para proteger o seu povo do coronavírus, ante a crise econômica do país A Venezuela luta com dificuldades para proteger o seu povo do coronavírus, ante a crise econômica do país Manaure Quinteto/Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira, 30, medidas de combate à pandemia do coronavírus. Mesmo diante da maior crise economica de seu país, que resultou num colapso no abastecimento de alimentos e de produtos nos supermercados, o governo chavista tomou medidas que superam, em muitos aspectos, às ações do governo do presidente Jair Bolsonaro. A Venezuela tem 77 casos confirmados (a maioria na região central do pais). Até agora não existe a chamada transmissão comunitária. O país conta com 20 mil médicos venezuelanos e cubanos que mobilizados estão fazendo visita casa por casa, para exame prévio. Ainda nesta semana, chegam 2 milhões de kits da China para teste de coronavirus. Um sistema informatizado de atendimento social, chamado de “Sistema Patria” fez uma pesquisa pessoal com 10 milhões de pessoas. Somente 16 mil disseram ter gripe ou sintoma parecido. Com a informação as 16 mil pessoas foram visitadas e fizeram exame. Do total, apenas sete tinham Coronavuris.
Além das medidas na área de saúde, o governo toma medidas para proteger o trabalhador e salvar a economia, que já vinha muito mal das pernas: Nenhum trabalhador pode ser demitido até dia 31 de dezembro; O Estado venezuelano vai pagar os salários dos trabalhadores das empresas privadas por seis meses, para eles ficarem em casa; Está proibido cobrar aluguel pelos próximos seis meses; Fica proibido cobrar prestações e juros de todos os financiamentos em curso, pelos próximos seis meses; fica suspensa a cobrança das taxas de serviços de energia, água, gás. E sete milhões de famílias vão seguir recebendo a cesta básica de alimentos, a cada 15 dias até que a pandemia e o estado de emergência seja finalizado. Para muitos, é surpreendente.

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