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Dois temas considerados prioritários pela categoria bancária, saúde e condições de trabalho, foram novamente pauta de negociação do Comando Nacional com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na terça-feira, 9, em São Paulo. Na reunião, os sindicalistas reapresentaram resultado de pesquisas que revelam o alto nível de adoecimento na categoria. 
Alguns dados chamam a atenção, como a tendência nos últimos anos, em que afastamentos por doenças psíquicas ultrapassam as Ler/Dort e marcam o novo retrato da categoria. A maioria dos afastamentos são de trabalhadores das áreas gerenciais, onde a cobrança por metas é ainda mais intensa. 
Metas abusivas
Os bancos alegam que “têm interesse em ampliar a discussão sobre saúde e as condições de trabalho”, mas para que isso se torne uma realidade, é importante o reconhecimento da origem do problema. 
“As metas têm relação direta com o sofrimento psicológico dos bancários. Para mudar essa realidade é necessário ampliar o debate e implementar ações que combatam o problema, pondo fim às metas abusivas”, disse a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso. Para a sindicalista, o fato de que apenas 20% dos funcionários conseguem atingir os resultados estabelecidos pelos bancos mostra ser inaceitável a prática de jogar sobre os ombros dos outros 80% o estigma de “incapazes”. 
“É evidente que, se a imensa maioria não alcançou os resultados é preciso reavaliar as metas estabelecidas e não comparar e culpar o trabalhador pelos resultados”, acrescenta. Nalesso acrescenta que, por mais doente que esteja, muitas vezes, o bancário não se trata e nem informa às empresas seu problema de saúde por medo de ser demitido. 
Categoria estressada
Pesquisas revelam que os bancários associam o stress à profissão, que o trabalho é fonte constante de pressão e há o medo por exposição pública. Além disso, o bancário vive sob a tensão permanente por medo de assalto e violência. Para o Comando Nacional dos Bancários é preciso criar um canal de confiança e um ambiente de trabalho mais humano na busca de objetivos da empresa. Outro problema apontado pelos sindicatos é quando os bancários retornam da licença e são transferidos, ou ficam sem uma lotação certa. A mudança de local de trabalho traz insegurança e, em muitos casos, o trabalhador é até demitido. 
A próxima reunião ficou marcada para o dia 22 de maio.

A reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve ser votada esta semana na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

É hora de reforçar a pressão sobre os deputados e deputadas que compõem a CCJ para que não aprovem essa reforma que prejudica milhões de trabalhadores e trabalhadoras, em especial os mais pobres, e também os idosos carentes, afirma o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa.

Segundo ele, para cada etapa da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, é preciso fazer uma campanha específica, direcionada, que atinja os deputados envolvidos nas comissões.

Antes de a proposta chegar ao plenário da Câmara, todos devem saber o que a classe trabalhadora acha da reforma. Devem saber que estamos atentos, estamos de olho nos seus mandatos e nas decisões que tomarem contra os trabalhadores e trabalhadoras do país
- Roni Barbosa

Nesse sentido, diz o secretário, a CUT preparou uma campanha específica, lançada nesta segunda-feira (15), por meio do site Na Pressão, para ajudar o trabalhador a enviar mensagens contra a aprovação da PEC diretamente para os parlamentares do seu estado.

“Reforma da Previdência: pressione seu deputado é o nome da nova campanha que dá ao trabalhador e a trabalhadora acesso fácil a lista dos deputados que compõe a comissão, em que estado foram eleitos, qual o posicionamento quanto a reforma (a favor, contra ou indecisos) e uma lista de e-mail para que todos possam mandar um recado para o seu deputado”, diz Roni.

“É fácil e rápido. Pode ser feito pelo celular, laptop ou computador, de onde você estiver. Basta acessar o link específico da campanha do Na Pressão, dar uma breve navegada e pronto, seu recado chegará até o seu deputado”, orienta.

PEC do fim da aposentadoria

O relator da Proposta de Emenda à Constituição, o delegado Marcelo Freitas, deputado pelo PSL de Minas Gerais, já aprovou o texto, ignorando inclusive as inconstitucionalidades. O governo está pressionando para que a CCJ aprove o texto ainda esta semana, antes do feriado da Páscoa, porque a ideia é aprovar no plenário no primeiro semestre do ano, ou, no máximo, até agosto.

O que é a reforma

A reforma de Bolsonaro dificulta o acesso à aposentadoria, diminui o valor dos benefícios e ataca itens da legislação trabalhista, como o fim do pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quem se aposentar e continuar trabalhando na mesma empresa. Ataca também leis complementares como a que instituiu o abono salarial do PIS/PASEP para os trabalhadores e trabalhadoras formais que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996,00) – Bolsonaro quer pagar só para quem ganha até um salário mínimo.

“Pressione seu deputado. Não deixe que essa reforma nefasta siga adiante. Participe!”, conclui Roni.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) acatou a proposta do Comando Nacional do Bancários de realização de um programa de capacitação da categoria sobre questões de diversidade como complementação do 3º Censo da Diversidade Bancária. A informação foi dada pelos bancos durante a mesa de Igualdade de Oportunidades, realizada na quarta-feira (9), em São Paulo.
Um Grupo de Trabalho compostos por pessoas indicadas pela Fenaban e pelo Comando vai tratar de detalhes sobre os conteúdos, materiais e mídias a serem utilizados no programa. A ONU Mulheres, a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Ministério Público do Trabalho e outras entidades serão convidadas a contribuir com a elaboração e o conteúdo da proposta.

 

Ampliando o debate


O dia da primeira reunião ainda não foi definido, mas já tem datas indicativas para maio. A campanha de sensibilização da categoria e da sociedade sobre as questões da diversidade está prevista para começar em junho e se prolongará até outubro, quando se encerrará a fase de questionário, que tem previsão se iniciar no final de agosto. Os resultados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.

“É importante envolver não somente a categoria e os bancos neste cronograma de trabalho, mas ampliar o debate com entidades, como a OIT, a ONU Mulheres e o Ministério Público do Trabalho, para os debates e ações em defesa da igualdade de oportunidades”, avalia a diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato do Rio, Kátia Branco, que participou da reunião.

Para os sindicalistas, diante de uma conjuntura tão adversa, o novo Censo da Diversidade é uma conquista relevante.

“Para a Secretária de Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do RJ/ES (FETRAF RJ/ES), Adilma Nunes, a reunião foi muito produtiva.

“Além de acertarmos o calendário na mesa, mostra que podemos avançar ainda mais com esse debate, a realidade do censo, mostrará se houve avanços ou retrocessos nas questões de gênero, raça, LGBT ou pessoas com deficiência na categoria, precisamos avançar nas contratações e pôr um fim na discriminação no sistema financeiro, disse a dirigente. 

Combate ao preconceito


O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, ressaltou o fato de que antes de responder ao questionário da pesquisa, a categoria participará de uma campanha de sensibilização e conscientização sobre o tema. “Mesmo que eles não se tornem agentes da diversidade, serão sensibilizados e terão informação suficiente para não aceitarem a propagação do preconceito e da violência contra pessoas, pelo simples fato de elas possuírem características pessoais diferentes das que são aceitas socialmente”, disse.

Com relação à criação de um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, seja doméstica ou em outro ambiente social, inclusive no trabalho, a Fenaban disse que os bancos estão sensibilizados com sua importância, mas, devido à complexidade do assunto, pediu mais tempo para analisar a proposta. O assunto voltará a ser tratado na próxima reunião.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) acatou a proposta do Comando Nacional do Bancários de realização de um programa de capacitação da categoria sobre questões de diversidade como complementação do 3º Censo da Diversidade Bancária. A informação foi dada pelos bancos durante a mesa de Igualdade de Oportunidades, realizada na quarta-feira (9), em São Paulo.
Um Grupo de Trabalho compostos por pessoas indicadas pela Fenaban e pelo Comando vai tratar de detalhes sobre os conteúdos, materiais e mídias a serem utilizados no programa. A ONU Mulheres, a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Ministério Público do Trabalho e outras entidades serão convidadas a contribuir com a elaboração e o conteúdo da proposta.

 

Ampliando o debate


O dia da primeira reunião ainda não foi definido, mas já tem datas indicativas para maio. A campanha de sensibilização da categoria e da sociedade sobre as questões da diversidade está prevista para começar em junho e se prolongará até outubro, quando se encerrará a fase de questionário, que tem previsão se iniciar no final de agosto. Os resultados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.

“É importante envolver não somente a categoria e os bancos neste cronograma de trabalho, mas ampliar o debate com entidades, como a OIT, a ONU Mulheres e o Ministério Público do Trabalho, para os debates e ações em defesa da igualdade de oportunidades”, avalia a diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato do Rio, Kátia Branco, que participou da reunião.

Para os sindicalistas, diante de uma conjuntura tão adversa, o novo Censo da Diversidade é uma conquista relevante.

“Há um avanço, em todo o mundo, dos valores conservadores e reacionários. Os trabalhadores precisam se unir para garantir direitos e oportunidades iguais para todos”, destaca a diretora da Fetraf-RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Adilma Nunes.


Combate ao preconceito


O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, ressaltou o fato de que antes de responder ao questionário da pesquisa, a categoria participará de uma campanha de sensibilização e conscientização sobre o tema. “Mesmo que eles não se tornem agentes da diversidade, serão sensibilizados e terão informação suficiente para não aceitarem a propagação do preconceito e da violência contra pessoas, pelo simples fato de elas possuírem características pessoais diferentes das que são aceitas socialmente”, disse.

Com relação à criação de um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, seja doméstica ou em outro ambiente social, inclusive no trabalho, a Fenaban disse que os bancos estão sensibilizados com sua importância, mas, devido à complexidade do assunto, pediu mais tempo para analisar a proposta. O assunto voltará a ser tratado na próxima reunião.

 

Quinta, 11 Abril 2019 16:42

As belezas do Jalapão, no Tocantins

ERRATA

Corrigindo a informação do preço das passagens, o pacote para a viagem custará R$ 4.390. Bancários sindicalizados ganharão desconto, tendo o preço fixado em R$ 4.240.

 

A Secretaria de Cultura e Lazer do Sindicato organiza uma excursão imperdível para o Jalapão, no Tocantins, com paisagens incríveis, chapadas, dunas, riachos e uma rica fauna e flora. O passeio, um dos preferidos dos apaixonados pelo ecoturismo, será realizado no dia 24 de agosto e os viajantes vão ficar uma semana numa das regiões mais bonitas do país. Com passagem aérea e hospedagem em pousadas das cidades de Ponte Alta do Tocantins e Materios inclusas, a viagem para conhecer as belezas do Jalapão já está disponível para os bancários. Ligue para 2103-4150/4151 e garanta já a sua vaga.

Segundo aviso feito ao mercado pelo Banco do Brasil com o número 2019/03502, o banco pretende terceirizar os serviços de gerência de contratos, fiscalização de manutenção predial /obras civis e assessoria técnica especializada para a gestão administrativa dos contratos de engenharia. A princípio, a terceirização atingiria alguns estados das regiões Norte e Central do país: Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Goiás e Distrito Federal. O Contrato teria a validade de 24 meses e podendo ser renovado por mais 24 meses.

 

Segurança comprometida

 

Tudo leva a crer que será um processo que visa terceirizar todos esses serviços a nível nacional. A terceirização vai prejudicar não só os funcionários envolvidos, mas também o conjunto das dependências do banco. Não faltam casos de empresas que não cumprem contratos. Tal medida vai comprometer a segurança dos funcionários e dos clientes.

 

Interesses envolvidos

 

Os atuais engenheiros e arquitetos que trabalham na área não são reconhecidos como tal e sim como assessores. Inclusive assinam laudos técnicos e respondem com seus registros profissionais. Por diversas vezes inclusive os profissionais do banco são chamados a vistoriar, fiscalizar  e acompanhar  obras do governo federal. Com a medida de terceirização a fiscalização das obras no BB será fragilizada, assim como em diversas obras federais .

“A dita especialização de certas empresas requer cuidado. Ninguém pode negar que a Vale tinha experiência em mineração e deu no que deu. Nestes casos não é a experiência que conta, mas sim o volume de interesses envolvidos neste processo. Todo processo de terceirização geralmente favorece a pessoas e empresas ligadas a gestores da empresa terceirizadora”, disse a diretora do Sindicato e representante da Comissão de Empresa dos Funcionários, Rita Mota.

Embora o Rio não esteja sendo atingido num primeiro momento, o sindicato está acompanhando a questão nacionalmente e estará na linha de frente do enfrentamento com mais esse processo de desmonte para privatização do governo Bolsonaro.   

A proposta de adotar o modelo de capitalização é uma das mais perversas medidas previstas na reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL). O que não deu certo em todos os países onde este modelo foi adotado, como Chile, Argentina, Peru e México, Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, querem trazer para o Brasil. Se o sistema for aprovado, milhares de trabalhadores e trabalhadoras correm o risco de viver a velhice na mais completa miséria.

Essa é a avaliação do presidente da CUT, Vagner Freitas, que denuncia a intenção do governo de entregar aos bancos privados o direito à aposentadoria dos brasileiros e brasileiras. Segundo ele, se deputados e senadores aprovarem essa proposta nefasta, o trabalhador será obrigado a fazer uma poupança para se aposentar no futuro. Isso se tiver emprego e salário decentes durante toda sua vida laboral.

“A capitalização da previdência significa acabar com o atual modelo solidário e de repartição, que garante aos brasileiros o direito à aposentadoria no final da vida, para jogar o futuro dos trabalhadores nas mãos dos bancos. Isso não podemos permitir”, diz o presidente da CUT.

O modelo de capitalização funciona como uma espécie de poupança pessoal de cada trabalhador, que tem de depositar todos os meses um percentual do seu salário em uma conta individual para conseguir se aposentar. A conta é administrada por bancos, que cobram taxas de administração e ainda podem utilizar parte do dinheiro para especular no mercado financeiro.

No Brasil, o atual modelo de Previdência é chamado de repartição, ou seja, quem está no mercado de trabalho contribui mensalmente ao INSS e garante o pagamento dos benefícios de quem já se aposentou. E todos contribuem: trabalhador, patrão e governo. Já no modelo de capitalização não tem a contribuição do empregador nem do Estado.

Para o presidente da CUT, se já não é fácil se aposentar com as regras atuais, que garantem a contribuição do trabalhador, do governo e da empresa, será praticamente impossível conseguir fazer uma poupança sozinho, ainda mais com as regras perversas do sistema financeiro que usa o dinheiro do trabalhador para especular.

“Imagina o trabalhador que precisa se virar em um mercado de trabalho informal e desregulamentado pela reforma Trabalhista, com empregos precários e longos períodos de desemprego. Como ele conseguirá fazer uma poupança se falta dinheiro no final do mês?”, questiona Vagner.

Se o trabalhador ficar muito tempo desempregado, fazendo bicos ou totalmente sem renda, nunca conseguirá se aposentar ou se aposentará ganhando uma miséria
- Vagner Freitas

“Nem mesmo um benefício no valor de um salário mínimo está garantido. O resultado são milhares de idosos na miséria, na dependência de programas da Assistência Social para não passar fome, como está ocorrendo nos países que adotaram o sistema de capitalização, como o Chile”.

A CUT jamais negociará qualquer proposta de regime que acabe com o modelo solidário e de repartição, como é o nosso, para passar a um regime privado, pessoal, de capitalização, onde o trabalhador não consegue se aposentar ou recebe uma miséria para viver
- Vagner Freitas

O modelo chileno

O regime de capitalização adotado pelo Chile em 1981, durante a ditadura militar de Augusto Pinochet, é um exemplo citado pelo presidente da CUT de como o modelo fracassou e, por isso, não deve ser adotado no Brasil.

O país vizinho busca uma nova proposta de Previdência porque quase metade (44%) dos aposentados está abaixo da linha da pobreza e a maioria dos que conseguiram se aposentar recebe quase metade do salário mínimo local.

Nesse modelo, cada trabalhador faz a própria poupança, que é depositada em uma conta individual nas Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs). Os chilenos são obrigados a depositar ao menos 10% do salário por no mínimo 20 anos para se aposentarem. A idade mínima para mulheres é 60 anos e para homens, 65. Não há contribuições dos empregadores nem do Estado.

Como a maioria ganhava salários baixos, ficou grandes períodos desempregada ou não conseguiu fazer uma poupança com recursos suficientes, aproximadamente 80% dos aposentados recebem benefícios de cerca de meio salário mínimo do país, o equivalente a, em média, R$ 694 – o piso nacional do Chile é de 288 pesos, ou R$ 1.575,66.

Lei complementar

E a proposta de Bolsonaro pode ser ainda pior, avalia o presidente da CUT. Isso porque, explica Vagner, as regras de como funcionará a capitalização da previdência só serão apresentadas pelo governo ao Congresso Nacional após a aprovação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC 006/2019). Essa regulamentação será feita por meio de uma lei complementar.

A reforma da Previdência inteira é uma aberração que só retira direitos. E uma regulamentação posterior do regime de capitalização significa que a proposta que já é muito ruim, pode ficar ainda pior. É como assinar um cheque em branco e jamais faremos isso
- Vagner Freitas

Até agora, o que o texto da PEC sugere, embora de forma pouco esclarecedora, é que a capitalização individual será um regime obrigatório e concorrerá com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e os Regimes Próprios de Previdência dos Servidores (RPPS).

De acordo com a proposta, a opção por esse sistema será “de caráter obrigatório para quem aderir” e o trabalhador não poderá reconsiderar sua decisão e ingressar no sistema de repartição, que é o modelo atual.

“É fundamental barrar a reforma. Se aprovada, será o fim do direito à aposentadoria. Não podemos deixar votarem esse projeto nefasto”, conclui Vagner.

Comando Nacional apresenta à Fenaban, dados que revelam aumento de afastamentos de bancários por doenças psíquicas e transtornos mentais

Dois temas considerados prioritários pela categoria bancária, saúde e condições de trabalho, foram novamente pauta de negociação do Comando Nacional com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na última terça-feira, 9, em São Paulo. Na reunião, os sindicalistas reapresentaram resultado de pesquisas que revelam o alto nível de adoecimento na categoria.  
Alguns dados chamam a atenção, como o aumento no número de afastamentos por doenças de origem mental. Há uma tendência nos últimos anos: os afastamentos por doenças psíquicas ultrapassam as Ler/Dort e marcam o novo retrato da categoria. A maioria dos afastamentos são de trabalhadores das áreas gerenciais, onde a cobrança por metas é mais intensa, bem como as ameaças de demissões por baixa performance, que são cada vez mais constantes nas unidades. 

Metas abusivas

Os bancos alegam que “têm interesse em ampliar a discussão sobre as condições de trabalho”, mas para que isso se torne uma realidade, é importante o reconhecimento da origem do problema. 
“É inadmissível que os bancos continuem ignorando a realidade. As metas têm relação direta com o sofrimento psicológico dos bancários. Para mudar essa realidade é necessário ampliar o debate e implementar ações que combatam o problema, pondo fim às metas abusivas”, disse a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso, que esteve na mesa de negociação, na capital paulista.  
Para a sindicalista, o fato de que apenas 20% dos funcionários conseguem atingir os resultados estabelecidos pelos bancos mostra ser inaceitável a prática de jogar sobre os ombros dos outros 80% o estigma de “incapazes”. 
“É evidente que, se a imensa maioria não alcançou os resultados é preciso reavaliar as metas estabelecidas e não comparar e culpar o trabalhador pelos resultados”, acrescenta. Os bancários são profissionais extremamente dedicados, se não fossem, os resultados dos bancos não seriam tão positivos, com lucros recordes. Mas em vez de serem valorizados, os funcionários trabalham o tempo todo com medo de perder o emprego”, afirma Adriana.  
Denúncias de assédio moral e pressão por metas não param de chegar aos sindicatos. Por mais doente que esteja, muitas vezes, o bancário não se trata e nem informa às empresas seu problema de saúde por medo de ser demitido. 
“Os bancos precisam reavaliar e refletir, se querem mesmo mudar a situação e garantir melhor qualidade de vida e de saúde para a categoria. É preciso corrigir essas distorções”, destaca a sindicalista.  
Para o Sindicato, o diálogo nos locais de trabalho é sempre muito importante e não há como aceitar imposição de metas inalcançáveis para maioria dos empregados. 

Categoria estressada

Não é exagero. Se a Reforma da Previdência for aprovada os brasileiros terão que trabalhar muito mais, muitos, até a morte. A proposta de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro pune os mais pobres, que começam a trabalhar e a contribuir bem mais cedo, mas estarão também sujeitos à idade mínima, 65 anos para homens e 62 para mulheres. Receber o teto da Previdência também ficou ainda mais difícil. Serão necessários 40 anos de contribuição e 62/65 de idade, um feito quase impossível num país em que a rotatividade e o desemprego são elevados.
Já estou aposentado
Muita gente que já está aposentada acredita que não será prejudicada pela Reforma. Grave engano. No pacote do governo inclui o fim da reposição dos benefícios pela inflação. Ou seja, em pouco tempo o ganho real dos atuais aposentados caiará ainda mais e de forma drástica. 
Fim da Previdência Social
É bom lembrar também que a extinção da Previdência Social ameaça a aposentadoria de todos os brasileiros. O passo seguinte do projeto do ministro da Economia Paulo Guedes é acabar com o sistema de repartição da Previdência Social e criar um modelo de capitalização privada, como no Chile. Somente o trabalhador vai bancar sua aposentadoria, o empregador não entra com um centavo. O modelo é similar ao do Chile, onde as aposentadorias pagas hoje são 30% do que se ganhava antes de o modelo ser implantado. Ou seja, perderam 70% da renda. 
Bancários na campanha
A banquinha do Sindicato para você saber os detalhes dos prejuízos da Reforma da Previdência e participar do abaixo-assinado contra a proposta estará em vários locais do Centro do Rio esta semana, sempre das 10h às 14h. Na segunda-feira, o ponto escolhido foi em frente a Bolsa de Valores, com a participação de funcionários do Banco do Brasil e da Losango. Confira abaixo os demais locais. 
Entre no site reajaagora.org.br, confira como fica a sua aposentadoria com a proposta do governo e pressione os parlamentares a votar contra a reforma

Participe do abaixo-assinado e garanta a sua aposentadoria
Data                  Local
Terça (9/4) Almirante Barroso (Caixa)
Quarta (10/4) Sedan (BB)
Quinta (11/4) Andaraí (BB)
Sexta (12/4) Rio Branco, 123 (Itaú, Bradesco, Santander)

O Banco do Brasil apresentou nova proposta às entidades representativas dos funcionários do Banco do Brasil, da ativa e aposentados, na mesa de negociação da CASSI. A reunião ocorreu no dia 27/03, na Gepes Rio, onde o Banco informou ser esta a proposta final.
Após a rejeição da proposta levada a voto em 2018, o Banco retomou o processo negocial em 31 de janeiro de 2019. Desde então, houveram várias rodadas de negociação e apresentação de estudos técnicos. A proposta apresentou mudanças relativas à governança e ao custeio. 
Nesta quarta-feira, dia 10, tem plenária, no auditório do sindicato, no 21º andar, com início às 18h.
Confira no site da Contraf-CUT (https://contrafcut.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Proposta-para-27-03-2019-completa-final.pdf).

Pontos centrais da proposta

• Mantida a relação contributiva: BB 60% e associados 40% até 2022. A parte do banco no custeio contemplará 4,5% sobre a folha de pagamento de ativos e aposentados, 3% para cada dependente de funcionário ativo, mais 10% sobre as contribuições dos ativos a título de taxa de administração, retroativos a janeiro de 2019;
• A parte dos associados da ativa no custeio será de 4% sobre as verbas salariais, mais 1% para o primeiro dependente, 0,5% para o segundo e 0,25% a partir do terceiro, com piso de R$ 50,00 e teto de R$ 300,00 por dependente;
• A parte dos aposentados e pensionistas no custeio será de 4% sobre a soma dos benefícios do INSS mais Previ, acrescido de 2% para o primeiro dependente, mais 0,5% a partir do segundo dependente;
• Fica mantida a mesma forma de custeio para os atuais funcionários ativos e aposentados;
• O Plano Associados será reaberto e os novos funcionários admitidos deste 01/01/2018 podem manter a Cassi após a aposentadoria, desde que assumam o pagamento da parte pessoal e patronal;
• Será instalada mesa de negociação para integrar à Cassi os funcionários dos bancos incorporados em até 30 dias a partir da aprovação do novo Estatuto;
• Não altera o modelo de governança no Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria. Não se aplica voto de minerva nos conselhos em nenhuma matéria;
• As diretorias dos eleitos e dos indicados permanecem com as mesmas atribuições, com duas alterações: a parte de atuária é dividida entre a Diretoria de Finanças (indicada) e a atual Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes (eleita). Fica estabelecido voto de qualidade para o Presidente somente para algumas questões operacionais de competência exclusiva da Diretoria. Não pode ser usado voto de minerva para alterar direitos, benefícios, regulamentos, estatutos, dentre outras questões.