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Uma prática comum de bancos e empresas é deixar o trabalhador sem função e ignorá-lo. Este tipo de procedimento é assédio moral. Esta é a conclusão da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que condenou uma empresa de consultoria com filial em Aracaju, no Sergipe, a pagar indenização no valor de R$5 mil a uma auxiliar de departamento pessoal. A profissional acusou a empresa por assédio moral por ter sido ignorada pela gerente, que a deixou sentada no sofá, sem indicar local de trabalho, durante dois dias no início da contratação. 
Prática comum
No caso dos bancos há vários casos deste tipo, especialmente quando o bancário volta de um período de licença médica. 
“Temos recebido várias denúncias de casos como este no Bradesco. Desprezar o funcionário e deixa-lo sem uma função específica é assédio moral e a Justiça Trabalhista tem confirmado o que há muito tempo o movimento sindical denuncia”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Leuver Lindolff. 
Na decisão TST, o relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho, observou que “a atitude da empresa configura afronta à dignidade humana, aliada ao abuso de poder diretivo do empregador”. 
A diretora do Sindicato, Nancy Furtado, lembra que os bancários que sofrerem esta ou outra forma de assédio devem ligar para a Secretaria de Bancos Privados da entidade para que sejam tomadas as devidas providências. 
“O Bancário não deve aceitar passivamente esta situação, mesmo que esteja sendo pressionado. Uma de nossas reinvindicações históricas é exatamente o tratamento humano e readaptação do funcionário que retorna da licença médica. Um banco que acaba de bater recorde de lucros pode e tem a obrigação social de fazer isto, tratando seus funcionários com dignidade”, afirma. 
O Bradesco lucrou R$6,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 22,3% se comparado ao mesmo período do ano passado.

O Sindicato realizará nos dias 14 e 15, terça e quarta-feira respectivamente, mais uma nova edição do curso Programa Paternidade Responsável, oferecido gratuitamente para bancários sindicalizados que serão pais e necessitarão de certificação para usufruir dos 20 dias da licença paternidade.
As aulas serão ministradas na Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro, de 18h30 às 21h30. Para mais informações, ligue para o telefone 2103-4170.

Segunda, 29 Abril 2019 20:02

CONVÊNIO - Academia Gracie de jiu-jitsu

Para quem sonha em praticar lutas marciais, o Sindicato tem uma ótima novidade. A academia de jiu-jitsu Gracie, situada na Av. Passos, 65, Centro, é a nova parceira dos bancários. A academia é dirigida pelo professor Murillo Valporto, discípulo do Mestre Carlos Gracie Jr. Bancários sindicalizados receberão 20% de desconto sobre preço de tabela.
Para mais informações, ligue para (21) 3557-2525 ou 97158-0051, ou entreo no site http://www.gbcentro.com.br/.
Tradição
Os Gracie são oriundos de uma família de lutadores brasileiros de ascendência escocesa, originários de Belém e radicados atualmente nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.
Carlos Gracie e Hélio Gracie, os patriarcas da família, são considerados os pais do jiu-jitsu no Brasil. Além disso, desenvolveram uma técnica em que um lutador mais fraco torna-se capaz de derrotar um oponente mais forte, usando técnicas em forma de estrangulamentos, alavancas, imobilização e torções, e por isso são considerados responsáveis pelo desenvolvimento do estilo de arte marcial brasileira conhecido hoje como jiu-jitsu brasileiro.

Na reunião da última quinta-feira, dia 25 de abril, a direção do Santander voltou a defender o dito “trabalho voluntário” aos sábados que o banco quer impor aos funcionários nos meses de maio e junho, para “orientação financeira”, segundo informação divulgada pela instituição. No mesmo dia do encontro de sindicalistas com representantes do banco, em São Paulo, houve pela manhã, a apresentação de uma vídeo-conferência denominada “Café com Rial”. Sérgio Rial é o presidente do conglomerado espanhol no Brasil. 
“No vídeo foi falado de tudo referente a produtos e serviços oferecidos pelo Santander e nada de educação financeira. Num certo momento foi questionado se teria produto com taxa diferenciada para o público e noutro deram a opção para, em casos do cliente endividado, seja feita alienação de veículos do pai ou da mãe para quitação da dívida”, explica indignado o diretor do Sindicato do Rio, Marco Vicente. 
Para o Sindicato, não há dúvidas que se trata de abertura de agências aos sábados apenas para gerar negócios nos dias úteis, o que descumpre a Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê a jornada de trabalho da categoria de segunda à sexta, com repouso remunerado nos finais de semana. 
Na apresentação da empresa, foi dito que “o banco não é uma instituição filantrópica, que os funcionários têm de gerar lucro para a empresa, para os acionistas e que os empregados querem receber a remuneração variável, portanto, mesmo que não haja negócio concretizado no sábado, fatalmente será feito na segunda-feira”. 
“O encerramento do vídeo é claro e enfático ao declarar que o Santander será pioneiro na abertura de agências aos sábados, o que é uma ilegalidade”, acrescenta Vicente. 
Alerta aos bancários
O Sindicato alerta que o risco do banco ao tratar o trabalho aos sábados como de caráter “voluntário”, é o de que o bancário não terá qualquer proteção trabalhista, o que foi confirmado pelo próprio banco espanhol na negociação com os representantes da COE (Comissão de Empresa dos Empregados), que foram unânimes em dizer que os sindicatos não concordam com a abertura das unidades nos finais de semana. 
“Não tem nada de voluntário nisso. É trabalho aos sábados, com supressão de todos os direitos trabalhistas e uma ilegalidade. Vamos tomar todas as providências para impedir este abuso do Santander”, completa Vicente. 
Sem avanços 
Na avaliação de Marcos Vicente, praticamente não houve avanços na negociação com o Santander. Em relação ao reembolso pago pelo banco para a quilometragem rodada pelos bancários para captar e se reunir com clientes, que é inferior ao praticados por outras instituições, o banco se comprometeu a reajustar o valor, a partir da segunda semana de maio. 
Foi cobrado ainda a ampliação do prazo para a certificação CPA10, cujo normativo 3.158/2003 prevê até um ano para o bancário adquirir o certificado. O banco se recusou a atender a reivindicação dos bancários, alegando que apenas 20% dos funcionários não possuem a certificação, o que para os sindicalistas, é uma completa falta de sensibilidade da empresa. 
Unificação de cargos
Sobre a unificação de cargos, o Santander informou que irá emitir um comunicado garantindo treinamento com dedicação exclusiva, ou seja, o empregado será liberado de suas tarefas durante o treinamento e vai avaliar a possibilidade de o treinamento ser apenas parcialmente presencial. O banco prometeu ainda se reunir com os representantes dos trabalhadores em junho, para avaliar os impactos do novo modelo de atendimento e garantiu que não aumentará as metas. Afirmou também que, uma vez batida a meta, todos os funcionários receberão a remuneração variável, mas que muitas funções permanecerão com metas individuais (agentes comerciais, assistentes, gerentes de pessoa física e caixas). 
Na próxima reunião os temas tratados serão plano de saúde e problemas no retorno dos bancários afastados pelo INSS.

O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, 28 de abril, é marcado por protestos em todos os países. Como a data caiu no domingo, as manifestações acontecem nesta terça-feira dia 30. O Sindicato faz um ato público, às 11 horas, em frente ao Metrô Carioca, na Avenida Rio Branco, com a presença de dirigentes da entidade e parlamentares. A atividade é organizada pela Secretaria de Base e Secretaria de Saúde do Sindicato.
As atividades visam denunciar o descaso dos empregadores com a saúde dos trabalhadores, gerando mortes e os mais diversos tipos de doenças – físicas e psíquicas. Os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional. São responsáveis por 1,1% dos empregos formais, mas responderam por 4,71% do total de afastamentos por doença entre 2012 e 2017. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) 21,20% do total de afastados por transtornos depressivos no país são da categoria bancária.

Unidade e participação dos bancários na organização coletiva, junto aos sindicatos, é a saída para o desafio da preservação do emprego na categoria

Os bancos fecharam 1.655 postos de trabalho no Brasil, nos primeiros três meses de 2019. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os chamados “bancos múltiplos com carteira comercial” - Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil - foram responsáveis pelo fechamento de 1.656 postos no período, enquanto a Caixa Econômica Federal fechou 74 postos.
“O setor financeiro não tem porque demitir trabalhadores, pois em plena recessão econômica no setor produtivo, os bancos continuam a bater recorde de lucros”, critica a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso. 
O Rio de Janeiro apresentou um dos saldos mais negativos em nível nacional, atrás apenas do Rio Grande do Sul, onde os bancos extinguiram 676 postos de trabalho. No Rio, foram 423 postos a menos. 
Demissões sem justa causa representaram 53,5% do total de desligamentos no setor bancário no primeiro trimestre deste ano. As saídas a pedido do trabalhador representaram 32,2%. Foram registrados ainda, 49 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador, regra de dispensa criada com a aprovação da Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade possuíam remuneração média de R$11.063,00, bastante superior à média geral (R$ 6.318,22).

A próxima quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, será de mobilização nacional. Manifestações em todos os estados, convocadas pelas centrais sindicais, vão dar o recado ao governo Bolsonaro de que os trabalhadores não aceitam a aprovação do projeto de reforma. O ato do Rio de Janeiro está marcado para a Praça Mauá. Das 9 às 14 horas os sindicatos colocarão banquinhas para distribuir material explicando em detalhes os sérios prejuízos da reforma para os trabalhadores. A partir das 14 horas até as 17 horas haverá um ato público com grupos musicais. 
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), por 48 votos a 18, no último dia 23 e agora vai para comissão especial da Câmara para então ir para votação em plenário. 
“O Sindicato convoca todos os bancários e bancárias a participarem da mobilização do Dia do Trabalhador, que terá atividades e protestos em todo o país. Só com luta vamos derrotar mais este atentado contra os direitos do trabalhador”, disse o vice-presidente do Sindicato.
Perdas e danos
A Reforma da Previdência, ao contrário do que diz o governo, prejudica os mais pobres e não combate os privilégios. A idade mínima (65 anos para homens e 62 para mulheres) prejudica as pessoas de baixa renda, que começam a trabalhar mais cedo e têm expectativa de vida menor, como os trabalhadores rurais. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) que hoje garante uma renda mensal de R$998 para idosos em situação de miséria absoluta, será reduzido para R$400. 
O cálculo também reduzirá o valor de todas as aposentadorias. Pelas regras atuais são levados em consideração 80% dos maiores salários. Se a Reforma de Bolsonaro for aprovada, serão calculadas todas as contribuições, desde o primeiro emprego, que são sempre salários menores. 
Para receber o teto (R$5.882,92), o trabalhador terá de contribuir por 40 anos, uma missão quase impossível em um país onde o desemprego e a rotatividade são altíssimos. 
As mulheres, juntamente com os jovens, perdem ainda mais. Elas representam hoje 52% da população, sustentam mais de 40% das famílias brasileiras e trabalham, em média, 9 horas a mais que os homens, em função da dupla jornada. Apesar disso, ganham 30% a menos que os homens, logo suas contribuições são menores, pesando negativamente na hora de calcular o valor da aposentadoria.

Site é ótimo instrumento de luta contra a Reforma da Previdência

O site https://reajaagora.org.br/, elaborada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), é um eficiente instrumento para o trabalhador pressionar os parlamentares a não aprovarem a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Nele é possível calcular quanto você vai perder caso a Proposta de Emenda Constitucional 6/2019 seja aprovada pelo Congresso Nacional, comparando com as regras atuais para a aposentadoria. Os números são confiáveis, feitos pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). 
Além disso, há um link para enviar mensagens aos parlamentares e uma cartilha com modelo de abaixo-assinado.

A recente censura à propaganda do Banco do Brasil demonstra além de preconceito explícito, uma opção clara do governo Bolsonaro em prejudicar a imagem da empresa. A denúncia é do diretor da Contraf-CUT, Marcello Azevedo. 
“A censura é claramente ideológica pois ao se proibir a difusão de uma ideia alternativa se garante que somente a ideologia dominante seja reproduzida. A propaganda censurada tinha como público alvo os jovens em suas mais variadas manifestações e identidades, público que hoje não só é disputado pelo BB, mas também pelos grandes conglomerados privados e bancos virtuais. Ao censurar um anúncio para este público específico o governo sinaliza claramente que não tem interesse neste segmento, o que favorece claramente a concorrência”, explica o sindicalista. 
Azevedo lembra que a propaganda direcionada aos jovens é uma prática na empresa desde os anos 90. 
“Foram criados espaços específicos para os jovens, em shoppings, cartões específicos e diversas programações culturais voltadas para esse púbico. O próprio patrocínio ao vôlei brasileiro vem desse período, quando foi detectado uma tendência de preferência dos jovens por este esporte, superando, inclusive, o futebol. Dessa constatação que vêm inciativas como o “Circuito Banco do Brasil de Vôlei”. Este investimento rendeu ótimos resultados para a empresa e para o esporte brasileiro”, acrescenta Marcello. 
Obscurantismo 
Para o dirigente sindical, a imagem que ficou da instituição com a censura, não é a da juventude, mas a de uma empresa e de um governo “cinza, de espaços escuros, de um banco feito apenas para idosos, brancos e ricos”. 
O governo sinaliza que o novo, o diferente, o alternativo não tem vez. Sai a juventude e o futuro tão presente no Vôlei de Praia e entra em cena os corredores escuros, pesados e monocromáticos dos porões da ditadura e de ideias que poderiam tranquilamente estar num museu de atrocidades dos Século XX. “Mais uma vez, o governo Bolsonaro demonstra que vai fazer de tudo para favorecer a banca privada em detrimento dos bancos públicos. O Brasil de múltiplas cores, etnias e religiosidades e perspectivas não pode se tornar um país do cinza da penumbra e nem do obscurantismo da noite. O Banco é do Brasil, de todos e todas as opções e modos de viver. Não à Censura”, conclui Azevedo.

A próxima quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, será de mobilização nacional. Manifestações em todos os estados, convocadas pelas centrais sindicais, vão dar o recado ao governo Bolsonaro de que os trabalhadores não aceitam a aprovação do projeto de reforma. O ato do Rio de Janeiro está marcado para a Praça Mauá. Das 9 às 14 horas os sindicatos colocarão banquinhas para distribuir material explicando em detalhes os sérios prejuízos da reforma para os trabalhadores. A partir das 14 horas até as 17 horas haverá um ato público com grupos musicais.
A reforma é o maior ataque da história aos direitos previdenciários dos brasileiros. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 06/2019, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), por 48 votos a 18, no último dia 23, acaba com a aposentadoria integral, aumenta de 8% para 11% o percentual de contribuição previdenciária que passará a ser paga apenas pelo trabalhador, reduz o valor das pensões para 60% da aposentadoria em caso de morte e acaba com o aumento real do benefício do aposentado. O projeto prevê também baixar ainda mais o valor da aposentadoria dos trabalhadores, mas manter como est&at ilde;o os privilégios das altas aposentadorias de políticos, juízes, militares e membros do Ministério Público.
O governo Bolsonaro prepara, ainda, o fim da Previdência Pública, ao prever, num passo seguinte, a criação de um sistema de capitalização. Nele apenas o trabalhador contribuirá para um fundo privado, administrado pelos bancos, para receber sua aposentadoria. O modelo foi imposto pelo ditador chileno Augusto Pinochet, na década de 1980, e jogou na miséria milhares de trabalhadores. Lá, a aposentadoria tem valor inferior ao salário mínimo brasileiro.  
Greve Geral
Pela primeira vez na história, todas as centrais sindicais se uniram na organização deste dia de luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras. Durante os atos do Dia do Trabalhador, os sindicalistas vão anunciar os próximos passos da luta para impedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, que trata das profundas mudanças nas regras da aposentadoria.
Para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, o momento exige uma resposta à altura do ataque de Bolsonaro. “Estas mobilizações são uma preparação para a greve geral a ser convocada pelas centrais sindicais. Por isso a importância da participação dos bancários e demais trabalhadores”, afirmou Adriana. Para Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, este é momento de ocupar as ruas com o maior número possível de pessoas para darmos o recado ao governo e aos parlamentares que querem acabar com a nossa aposentadoria. Ainda como parte da agenda de mobilizações, explica Sérgio, as centrais já aprovaram a convocaç&at ilde;o de um Dia Nacional de Luta no dia 15 de maio, quando terá início a greve geral dos professores e professoras. 
Reforma aumenta a recessão
Para o dirigente da Contraf-CUT, Marcello Azevedo, o governo Bolsonaro mente ao afirmar que a reforma vai criar empregos. “Ao contrário, a reforma vai aprofundar a recessão ao retirar R$ 1 trilhão da economia nos próximos dez anos. Ao reduzir aposentadorias e pensões vai reduzir drasticamente o consumo, provocando o fechamento de empresas e mais milhões de empregos, ampliando o caos social”, afirmou Marcello. Explica que a reforma só vai servir para beneficiar os bancos, ampliando a previdência privada e garantindo o pagamento de altos juros, através do pagamento da dívida pública”, explicou, acrescentando que nenhum centavo irá para a saúde e educa&cc edil;ão, como vem alegando Bolsonaro, até porque o governo Temer congelou, com apoio de Bolsonaro, o congelamento por 20 anos do investimento público nestes setores. 

 Ao mesmo tempo em que faz de tudo para aprovar a Reforma da Previdência, inclusive liberando R$40 milhões para cada deputado em verbas parlamentares, o governo Bolsonaro parece mesmo seguir a máxima de que é tigrão com o povo e tchutchuca com os banqueiros. A política econômica, que aprofunda a recessão, continua a promover a farra dos lucros de banqueiros e especuladores. Os juros do cartão de crédito tiveram em março deste ano a mais alta taxa desde maio do ano passado, quando estava em 302,7%, chegando agora a 299,5% ao ano.

Os dados foram divulgados na sexta-feira, dia 26 de abril, pelo Banco Central.
A taxa de juros do rotativo regular, aquela que é aplicada quando o cliente paga o valor mínimo da fatura, subiu de 253,9% ao ano em março de 2018 para 281,4%. A alta foi de 27,5 pontos percentuais no ano.
As taxas de juros do cartão de crédito parcelado subiram de 170,4% para 178,4% no ano, alta de 8 pontos percentuais.

Cheque Especial

A taxa de juros do cheque especial ficou em 322,7% ao ano em março, alta de 4,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando estava em 317,9% ao ano. Essa é, hoje, a modalidade de crédito mais cara do mercado para a pessoa física.
A taxa do mês passado é a mais elevada desde março do ano passado (324,7%).

Empréstimo Pessoal

Nas operações de crédito pessoal, a taxa de juros ficou em 45,2% ao ano em março, ligeira queda em relação ao ano anterior, quando estava em 45,3%. Em março do ano passado, estava em 46,8%.
No crédito pessoal não consignado, houve queda de 125% para 123,7% na comparação anual. Já no consignado houve queda de 26,1% para 23,6%.
A velha máxima do mercado de que os juros sobem em função do aumento de risco de calote não se sustenta: Dados do Banco Central apontam para recuo na inadimplência nas operações com recursos livres na comparação anual. A porcentagem passou de 4,8% março de 2018 para 3,9% no mês passado. Em relação ao mês anterior, houve estabilidade.
Pessoas físicas seguem com inadimplência mais elevada, de 4,7%. Entre as empresas, o percentual é de 2,8%. 
“O cartel dos bancos no Brasil, mais do que nunca, domina a política econômica, destroçando o setor produtivo e aumentando a recessão e o desemprego. Só banqueiros e especuladores ganham, e faturam cada vez mais, neste país”, critica o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti. 

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