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Morreu na tarde desta terça-feira (30), aos 72 anos, Elizabeth Santos Leal de Carvalho, a sambista Beth Carvalho. A artista não era popular apenas por ser um ícone do samba e do pagode de raiz, mas também por suas posições políticas sempre ao lado do povo. Brizolista roxa, apoiou Brizola até a morte do líder pedetista, em 2004. Sem sua principal referência política, passou então a fazer campanha para Lula, a últ ima em 2016, contra a prisão do petista pela Operação Lava-Jato. Em 1989, na campanha das Diretas Já!, lá estava Beth cantando em defesa da democracia, da soberania nacional e da emancipação do povo brasileiro. 

As paixões da sambista

A Estação Primeira de Mangueira era uma das maiores paixões de Beth Carvalho. Amiga de Nelson Cavaquinho, foi peça importante na divulgação das composições do compositor, como “Folhas secas”, além de outros sambas do mangueirense. O mesmo fez com Cartola, gravando inicialmente “As Rosas não falam”. 
Amava também o Cacique de Ramos, um dos mais tradicionais blocos de carnaval do Rio de Janeiro. Como curtia tudo o que o povo gosta, o futebol também fazia parte de suas paixões: era botafoguense. 
Beth Carvalho revelou vários sambistas,como, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Luiz Carlos da Vila, Almir Guineto e o grupo Fundo de Quintal, entre tantos outros talentos. Um dos seus primeiros sucessos foi “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi. Foi intérprete inigualável de Cartola e Nelson Cavaquinho e levou o samba aos mais distantes rincões do país e do mundo.
A madrinha do samba era também madrinha do povo. 

Os bancários foram às ruas neste dia 30 de abril protestar contra as mortes e o adoecimento dos trabalhadores causados pelo descaso dos empregadores. A manifestação foi das 11 às 13 horas no Boulevard da Avenida Rio Branco, em frente ao Edifício Central.

O protesto fez parte das atividades do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, que acontece originalmente no dia 28 de abril. Como este ano a data caiu num domingo, as manifestações organizadas por várias categorias foram realizadas no dia 30. No Brasil, a data foi instituída em maio de 2005, pela Lei nº 11.121.

“Em nosso país, são quase 4 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho. É uma verdadeira guerra contra os trabalhadores, por pura ganância dos patrões e descaso dos governos”, afirmou o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Gilberto Legal. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no mundo são 270 milhões de vítimas de acidentes e trabalho. Cento e sessenta milhões sofrem com doenças profissionais. Por dia, morrem 5 mil pessoas em acidentes de trabalho. São três vidas a cada minuto.

Denúncia à população

Além da distribuição de panfletos com números sobre as mortes e adoecimento no trabalho em todo o mundo feita por diretores do Sindicato, atores da Cia de Emergência Teatral fizeram um esquete criticando o descaso patronal para com a saúde e a vida. O evento contou com a presença da presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, entre outros dirigentes da entidade.

“O objetivo foi informar à população sobre o número crescente de vítimas de acidente de trabalho no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, e na categoria bancária”, explicou o diretor do Sindicato, Marcelo Ribeiro. O dirigente lembrou que os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. São responsáveis por 1,1% dos empregos formais, mas responderam por 4,71% do total de afastamentos por doença entre 2012 e 2017. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) 21,20% do total de afastados por transtornos depressivos no país são da categoria bancária.

“Esta situação pode se agravar com a reforma da Previdência que vai obrigar as pessoas a se manter por mais tempo no trabalho, já que será exigido pela reforma de Bolsonaro, um período ainda mais longo para a aposentadoria, aumentando o número de adoecidos por doenças físicas e psicossomáticas, originadas pela pressão por metas e pelo estresse diário a que são submetidos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Marcelo. Para o dirigente é o momento de todas as categorias pressionarem os parlamentares a votar contra a aprovação do projeto de reforma.

 

Terça, 30 Abril 2019 17:19

Bancário - Edição Especial

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Segunda, 29 Abril 2019 20:53

Resistir é preciso

Tentam nos convencer que não somos trabalhadores no sentido amplo da palavra. Os banqueiros usam vários adjetivos como “colaboradores” e “sócios” como se fôssemos co-proprietários com obrigação de garantir a existência da empresa e a lucratividade do patrão. Além disso, tentam também passar uma falsa imagem, como mostrar, por exemplo, que ser trabalhador PJ – Pessoa Jurídica - é bom. Como assim é bom, se um pejotizado não tem direito a 13º salário, contribuição previdenciária, férias remuneradas, tickets refeição e alimentação entre tantos outros direitos que nós conquistamos durante anos de luta?
Em outros momentos, também tentam persuadir o trabalhador que ser empreendedor é uma grande vantagem. O que nem sempre é verdade. Na realidade, muitos desses empreendedores são empresas individuais que sequer têm apoio do governo e muito menos uma política direcionada com taxas de juros menores, por exemplo, como acontece com as grandes empresas. Somos trabalhadores e não empresários ou banqueiros. Não especulamos no mercado tendo lucro fácil com taxas de juros altas, recebemos salários.
O Brasil está sendo transformado em um país sem oportunidades de trabalho, com 13 milhões de desempregados e quase 5 milhões de desalentados, pessoas que cansaram de procurar emprego e desistiram porque não conseguiram uma colocação no mercado de trabalho formal.
Estamos em um momento em que o trabalhador não é valorizado, tem as relações de trabalho precarizadas. Não há perspectivas para ampliação dos investimentos objetivando gerar empregos ou dando oportunidade para que empresas cresçam e se desenvolvam.
Os ataques aos nossos direitos começaram com a aprovação da reforma Trabalhista, quando há um ano e meio a legislação trabalhista foi retalhada trazendo muitos benefícios aos empresários e banqueiros e perdas irreparáveis para o trabalhador. Agora, enfrentamos e resistimos a aprovação da reforma da Previdência, onde se aposentar está prestes a se tornar artigo de luxo. 
Comemorar o Dia do Trabalhador não está sendo possível, mas não podemos deixar de notar e valorizar que o nosso acordo coletivo, diferente de outras categorias de trabalhadores, possui direitos bem acima da lei, porque somos trabalhadores, não empreendedores, enfim, não somos empresários.
Neste 1° de maio, antes de mais nada quero dar um viva a trabalhadora e ao trabalhador bancário e aos muitos direitos que conquistamos com nossa luta e resistência.

Adriana Nalesso – Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio

Nesta terça-feira, dia 30 de abril, o Sindicato realiza manifestação pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho (28 de abril), às 11 horas, em frente ao Metrô da Carioca. Na quarta-feira, 1º de maio, na Praça Mauá, os bancários participam, junto com outras categorias, dos protestos do Dia do Trabalhador, contra a Reforma da Previdência, o desemprego e os ataques aos direitos trabalhistas.

Beneficiários do Previ-Banerj devem enviar documentos exclusivamente por email. Pedido foi feito por parlamentares que lutam por direitos de banerjianos
O Sindicato convoca todos os banerjianos beneficiários do PL3213 a enviarem ao Sindicato, exclusivamente pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., dados e a documentação necessária para realizar uma simulação dos valores corrigidos do saque da reserva de poupança e de quanto cada banerjiano tem direito a complementação da aposentadoria da Previ-Banerj a fim de que seja calculado o impacto financeiro do projeto aos cofres públicos do Estado. As informações serão colhidas a pedido dos parlamentares que lutam pela aprovação da proposta junto à Assembléia Legislativa. 
“É importante destacar que a coleta desses dados é apenas para que seja realizada uma simulação com o objetivo de fundamentar os argumentos em defesa do projeto junto à Secretaria Estadual da Fazenda. O não envio dos dados não exclui o beneficiário do projeto, assim como, para quem enviar, não garante o direito, que dependerá da derrubada do veto do governo estadual”, explica o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa. 
Prazo para o envio
O PL3213 prevê que os antigos funcionários do Banerj que sacaram suas reservas de poupança, possam recuperar seus direitos previdenciários, mediante a devolução dos recursos recebidos, com a devida correção monetária, uma antiga reivindicação dos bancários. 
Confira  a documentação necessária para a simulação. O envio só deve ser feito com toda a documentação solicitada. Os beneficiários têm até o dia 31 de maio, impreterivelmente, para enviar a documentação por email.

Documentação necessária para a simulação

(Enviar para o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
• Contra-cheque do Banerj de dezembro de 1996
• Os dois recibos de devolução da reserva de poupança
• Espelho do INSS de abril de 2019
• Data de admissão no banco e na Previ-Banerj
*A documentação tem de ser enviada, impreterivelmente, até o dia 31 de maio de 2019

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