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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Tentam nos convencer que não somos trabalhadores no sentido amplo da palavra. Os banqueiros usam vários adjetivos como “colaboradores” e “sócios” como se fôssemos co-proprietários com obrigação de garantir a existência da empresa e a lucratividade do patrão. Além disso, tentam também passar uma falsa imagem, como mostrar, por exemplo, que ser trabalhador PJ – Pessoa Jurídica - é bom. Como assim é bom, se um pejotizado não tem direito a 13º salário, contribuição previdenciária, férias remuneradas, tickets refeição e alimentação entre tantos outros direitos que nós conquistamos durante anos de luta?
Em outros momentos, também tentam persuadir o trabalhador que ser empreendedor é uma grande vantagem. O que nem sempre é verdade. Na realidade, muitos desses empreendedores são empresas individuais que sequer têm apoio do governo e muito menos uma política direcionada com taxas de juros menores, por exemplo, como acontece com as grandes empresas. Somos trabalhadores e não empresários ou banqueiros. Não especulamos no mercado tendo lucro fácil com taxas de juros altas, recebemos salários.
O Brasil está sendo transformado em um país sem oportunidades de trabalho, com 13 milhões de desempregados e quase 5 milhões de desalentados, pessoas que cansaram de procurar emprego e desistiram porque não conseguiram uma colocação no mercado de trabalho formal.
Estamos em um momento em que o trabalhador não é valorizado, tem as relações de trabalho precarizadas. Não há perspectivas para ampliação dos investimentos objetivando gerar empregos ou dando oportunidade para que empresas cresçam e se desenvolvam.
Os ataques aos nossos direitos começaram com a aprovação da reforma Trabalhista, quando há um ano e meio a legislação trabalhista foi retalhada trazendo muitos benefícios aos empresários e banqueiros e perdas irreparáveis para o trabalhador. Agora, enfrentamos e resistimos a aprovação da reforma da Previdência, onde se aposentar está prestes a se tornar artigo de luxo.
Comemorar o Dia do Trabalhador não está sendo possível, mas não podemos deixar de notar e valorizar que o nosso acordo coletivo, diferente de outras categorias de trabalhadores, possui direitos bem acima da lei, porque somos trabalhadores, não empreendedores, enfim, não somos empresários.
Neste 1° de maio, antes de mais nada quero dar um viva a trabalhadora e ao trabalhador bancário e aos muitos direitos que conquistamos com nossa luta e resistência.
Adriana Nalesso – Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio
Nesta terça-feira, dia 30 de abril, o Sindicato realiza manifestação pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho (28 de abril), às 11 horas, em frente ao Metrô da Carioca. Na quarta-feira, 1º de maio, na Praça Mauá, os bancários participam, junto com outras categorias, dos protestos do Dia do Trabalhador, contra a Reforma da Previdência, o desemprego e os ataques aos direitos trabalhistas.
Beneficiários do Previ-Banerj devem enviar documentos exclusivamente por email. Pedido foi feito por parlamentares que lutam por direitos de banerjianos
O Sindicato convoca todos os banerjianos beneficiários do PL3213 a enviarem ao Sindicato, exclusivamente pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., dados e a documentação necessária para realizar uma simulação dos valores corrigidos do saque da reserva de poupança e de quanto cada banerjiano tem direito a complementação da aposentadoria da Previ-Banerj a fim de que seja calculado o impacto financeiro do projeto aos cofres públicos do Estado. As informações serão colhidas a pedido dos parlamentares que lutam pela aprovação da proposta junto à Assembléia Legislativa.
“É importante destacar que a coleta desses dados é apenas para que seja realizada uma simulação com o objetivo de fundamentar os argumentos em defesa do projeto junto à Secretaria Estadual da Fazenda. O não envio dos dados não exclui o beneficiário do projeto, assim como, para quem enviar, não garante o direito, que dependerá da derrubada do veto do governo estadual”, explica o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa.
Prazo para o envio
O PL3213 prevê que os antigos funcionários do Banerj que sacaram suas reservas de poupança, possam recuperar seus direitos previdenciários, mediante a devolução dos recursos recebidos, com a devida correção monetária, uma antiga reivindicação dos bancários.
Confira a documentação necessária para a simulação. O envio só deve ser feito com toda a documentação solicitada. Os beneficiários têm até o dia 31 de maio, impreterivelmente, para enviar a documentação por email.
Documentação necessária para a simulação
(Enviar para o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
• Contra-cheque do Banerj de dezembro de 1996
• Os dois recibos de devolução da reserva de poupança
• Espelho do INSS de abril de 2019
• Data de admissão no banco e na Previ-Banerj
*A documentação tem de ser enviada, impreterivelmente, até o dia 31 de maio de 2019
Uma prática comum de bancos e empresas é deixar o trabalhador sem função e ignorá-lo. Este tipo de procedimento é assédio moral. Esta é a conclusão da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que condenou uma empresa de consultoria com filial em Aracaju, no Sergipe, a pagar indenização no valor de R$5 mil a uma auxiliar de departamento pessoal. A profissional acusou a empresa por assédio moral por ter sido ignorada pela gerente, que a deixou sentada no sofá, sem indicar local de trabalho, durante dois dias no início da contratação.
Prática comum
No caso dos bancos há vários casos deste tipo, especialmente quando o bancário volta de um período de licença médica.
“Temos recebido várias denúncias de casos como este no Bradesco. Desprezar o funcionário e deixa-lo sem uma função específica é assédio moral e a Justiça Trabalhista tem confirmado o que há muito tempo o movimento sindical denuncia”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Leuver Lindolff.
Na decisão TST, o relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho, observou que “a atitude da empresa configura afronta à dignidade humana, aliada ao abuso de poder diretivo do empregador”.
A diretora do Sindicato, Nancy Furtado, lembra que os bancários que sofrerem esta ou outra forma de assédio devem ligar para a Secretaria de Bancos Privados da entidade para que sejam tomadas as devidas providências.
“O Bancário não deve aceitar passivamente esta situação, mesmo que esteja sendo pressionado. Uma de nossas reinvindicações históricas é exatamente o tratamento humano e readaptação do funcionário que retorna da licença médica. Um banco que acaba de bater recorde de lucros pode e tem a obrigação social de fazer isto, tratando seus funcionários com dignidade”, afirma.
O Bradesco lucrou R$6,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 22,3% se comparado ao mesmo período do ano passado.
O Sindicato realizará nos dias 14 e 15, terça e quarta-feira respectivamente, mais uma nova edição do curso Programa Paternidade Responsável, oferecido gratuitamente para bancários sindicalizados que serão pais e necessitarão de certificação para usufruir dos 20 dias da licença paternidade.
As aulas serão ministradas na Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro, de 18h30 às 21h30. Para mais informações, ligue para o telefone 2103-4170.
Para quem sonha em praticar lutas marciais, o Sindicato tem uma ótima novidade. A academia de jiu-jitsu Gracie, situada na Av. Passos, 65, Centro, é a nova parceira dos bancários. A academia é dirigida pelo professor Murillo Valporto, discípulo do Mestre Carlos Gracie Jr. Bancários sindicalizados receberão 20% de desconto sobre preço de tabela.
Para mais informações, ligue para (21) 3557-2525 ou 97158-0051, ou entreo no site http://www.gbcentro.com.br/.
Tradição
Os Gracie são oriundos de uma família de lutadores brasileiros de ascendência escocesa, originários de Belém e radicados atualmente nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.
Carlos Gracie e Hélio Gracie, os patriarcas da família, são considerados os pais do jiu-jitsu no Brasil. Além disso, desenvolveram uma técnica em que um lutador mais fraco torna-se capaz de derrotar um oponente mais forte, usando técnicas em forma de estrangulamentos, alavancas, imobilização e torções, e por isso são considerados responsáveis pelo desenvolvimento do estilo de arte marcial brasileira conhecido hoje como jiu-jitsu brasileiro.
Na reunião da última quinta-feira, dia 25 de abril, a direção do Santander voltou a defender o dito “trabalho voluntário” aos sábados que o banco quer impor aos funcionários nos meses de maio e junho, para “orientação financeira”, segundo informação divulgada pela instituição. No mesmo dia do encontro de sindicalistas com representantes do banco, em São Paulo, houve pela manhã, a apresentação de uma vídeo-conferência denominada “Café com Rial”. Sérgio Rial é o presidente do conglomerado espanhol no Brasil.
“No vídeo foi falado de tudo referente a produtos e serviços oferecidos pelo Santander e nada de educação financeira. Num certo momento foi questionado se teria produto com taxa diferenciada para o público e noutro deram a opção para, em casos do cliente endividado, seja feita alienação de veículos do pai ou da mãe para quitação da dívida”, explica indignado o diretor do Sindicato do Rio, Marco Vicente.
Para o Sindicato, não há dúvidas que se trata de abertura de agências aos sábados apenas para gerar negócios nos dias úteis, o que descumpre a Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê a jornada de trabalho da categoria de segunda à sexta, com repouso remunerado nos finais de semana.
Na apresentação da empresa, foi dito que “o banco não é uma instituição filantrópica, que os funcionários têm de gerar lucro para a empresa, para os acionistas e que os empregados querem receber a remuneração variável, portanto, mesmo que não haja negócio concretizado no sábado, fatalmente será feito na segunda-feira”.
“O encerramento do vídeo é claro e enfático ao declarar que o Santander será pioneiro na abertura de agências aos sábados, o que é uma ilegalidade”, acrescenta Vicente.
Alerta aos bancários
O Sindicato alerta que o risco do banco ao tratar o trabalho aos sábados como de caráter “voluntário”, é o de que o bancário não terá qualquer proteção trabalhista, o que foi confirmado pelo próprio banco espanhol na negociação com os representantes da COE (Comissão de Empresa dos Empregados), que foram unânimes em dizer que os sindicatos não concordam com a abertura das unidades nos finais de semana.
“Não tem nada de voluntário nisso. É trabalho aos sábados, com supressão de todos os direitos trabalhistas e uma ilegalidade. Vamos tomar todas as providências para impedir este abuso do Santander”, completa Vicente.
Sem avanços
Na avaliação de Marcos Vicente, praticamente não houve avanços na negociação com o Santander. Em relação ao reembolso pago pelo banco para a quilometragem rodada pelos bancários para captar e se reunir com clientes, que é inferior ao praticados por outras instituições, o banco se comprometeu a reajustar o valor, a partir da segunda semana de maio.
Foi cobrado ainda a ampliação do prazo para a certificação CPA10, cujo normativo 3.158/2003 prevê até um ano para o bancário adquirir o certificado. O banco se recusou a atender a reivindicação dos bancários, alegando que apenas 20% dos funcionários não possuem a certificação, o que para os sindicalistas, é uma completa falta de sensibilidade da empresa.
Unificação de cargos
Sobre a unificação de cargos, o Santander informou que irá emitir um comunicado garantindo treinamento com dedicação exclusiva, ou seja, o empregado será liberado de suas tarefas durante o treinamento e vai avaliar a possibilidade de o treinamento ser apenas parcialmente presencial. O banco prometeu ainda se reunir com os representantes dos trabalhadores em junho, para avaliar os impactos do novo modelo de atendimento e garantiu que não aumentará as metas. Afirmou também que, uma vez batida a meta, todos os funcionários receberão a remuneração variável, mas que muitas funções permanecerão com metas individuais (agentes comerciais, assistentes, gerentes de pessoa física e caixas).
Na próxima reunião os temas tratados serão plano de saúde e problemas no retorno dos bancários afastados pelo INSS.
O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, 28 de abril, é marcado por protestos em todos os países. Como a data caiu no domingo, as manifestações acontecem nesta terça-feira dia 30. O Sindicato faz um ato público, às 11 horas, em frente ao Metrô Carioca, na Avenida Rio Branco, com a presença de dirigentes da entidade e parlamentares. A atividade é organizada pela Secretaria de Base e Secretaria de Saúde do Sindicato.
As atividades visam denunciar o descaso dos empregadores com a saúde dos trabalhadores, gerando mortes e os mais diversos tipos de doenças – físicas e psíquicas. Os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional. São responsáveis por 1,1% dos empregos formais, mas responderam por 4,71% do total de afastamentos por doença entre 2012 e 2017. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) 21,20% do total de afastados por transtornos depressivos no país são da categoria bancária.
Unidade e participação dos bancários na organização coletiva, junto aos sindicatos, é a saída para o desafio da preservação do emprego na categoria
Os bancos fecharam 1.655 postos de trabalho no Brasil, nos primeiros três meses de 2019. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os chamados “bancos múltiplos com carteira comercial” - Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil - foram responsáveis pelo fechamento de 1.656 postos no período, enquanto a Caixa Econômica Federal fechou 74 postos.
“O setor financeiro não tem porque demitir trabalhadores, pois em plena recessão econômica no setor produtivo, os bancos continuam a bater recorde de lucros”, critica a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso.
O Rio de Janeiro apresentou um dos saldos mais negativos em nível nacional, atrás apenas do Rio Grande do Sul, onde os bancos extinguiram 676 postos de trabalho. No Rio, foram 423 postos a menos.
Demissões sem justa causa representaram 53,5% do total de desligamentos no setor bancário no primeiro trimestre deste ano. As saídas a pedido do trabalhador representaram 32,2%. Foram registrados ainda, 49 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador, regra de dispensa criada com a aprovação da Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade possuíam remuneração média de R$11.063,00, bastante superior à média geral (R$ 6.318,22).
A próxima quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, será de mobilização nacional. Manifestações em todos os estados, convocadas pelas centrais sindicais, vão dar o recado ao governo Bolsonaro de que os trabalhadores não aceitam a aprovação do projeto de reforma. O ato do Rio de Janeiro está marcado para a Praça Mauá. Das 9 às 14 horas os sindicatos colocarão banquinhas para distribuir material explicando em detalhes os sérios prejuízos da reforma para os trabalhadores. A partir das 14 horas até as 17 horas haverá um ato público com grupos musicais.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), por 48 votos a 18, no último dia 23 e agora vai para comissão especial da Câmara para então ir para votação em plenário.
“O Sindicato convoca todos os bancários e bancárias a participarem da mobilização do Dia do Trabalhador, que terá atividades e protestos em todo o país. Só com luta vamos derrotar mais este atentado contra os direitos do trabalhador”, disse o vice-presidente do Sindicato.
Perdas e danos
A Reforma da Previdência, ao contrário do que diz o governo, prejudica os mais pobres e não combate os privilégios. A idade mínima (65 anos para homens e 62 para mulheres) prejudica as pessoas de baixa renda, que começam a trabalhar mais cedo e têm expectativa de vida menor, como os trabalhadores rurais. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) que hoje garante uma renda mensal de R$998 para idosos em situação de miséria absoluta, será reduzido para R$400.
O cálculo também reduzirá o valor de todas as aposentadorias. Pelas regras atuais são levados em consideração 80% dos maiores salários. Se a Reforma de Bolsonaro for aprovada, serão calculadas todas as contribuições, desde o primeiro emprego, que são sempre salários menores.
Para receber o teto (R$5.882,92), o trabalhador terá de contribuir por 40 anos, uma missão quase impossível em um país onde o desemprego e a rotatividade são altíssimos.
As mulheres, juntamente com os jovens, perdem ainda mais. Elas representam hoje 52% da população, sustentam mais de 40% das famílias brasileiras e trabalham, em média, 9 horas a mais que os homens, em função da dupla jornada. Apesar disso, ganham 30% a menos que os homens, logo suas contribuições são menores, pesando negativamente na hora de calcular o valor da aposentadoria.
Site é ótimo instrumento de luta contra a Reforma da Previdência
O site https://reajaagora.org.br/, elaborada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), é um eficiente instrumento para o trabalhador pressionar os parlamentares a não aprovarem a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Nele é possível calcular quanto você vai perder caso a Proposta de Emenda Constitucional 6/2019 seja aprovada pelo Congresso Nacional, comparando com as regras atuais para a aposentadoria. Os números são confiáveis, feitos pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Além disso, há um link para enviar mensagens aos parlamentares e uma cartilha com modelo de abaixo-assinado.