Quinta, 02 Mai 2019 15:37

Fracassa tentativa de golpe na Venezuela

O prometido apoio de militares venezuelano ao golpe liderado por Juan Guaidón não passou de um blefe. Nicolás Maduro mostrou força ao desfilar com pelo menos 4.500 militares leais ao governo chavista, eleito em 2018 O prometido apoio de militares venezuelano ao golpe liderado por Juan Guaidón não passou de um blefe. Nicolás Maduro mostrou força ao desfilar com pelo menos 4.500 militares leais ao governo chavista, eleito em 2018

Mais uma tentativa de golpe da oposição apoiada pelos EUA fracassa na Venezuela. A prometida adesão de militares prometida por Juan Guaidó, que se autoproclama presidente interino do país não passou de um blefe. Fontes oficiais dão conta de que não mais do que 90 soldados, cabos e sargentos e um oficial teriam se insurgido contra o governo de Nicolás Maduro, eleito para mais um mandato, em 2018.

 Militares mostram lealdade

 Em resposta ao levante, segundo o governo, fortemente armado da oposição, Maduro conclamou as Forças Armadas do país a combater "qualquer golpista" depois de uma tentativa fracassada de levante militar liderada pelo líder oposicionista Juan Guaidó. O presidente chavista desfilou nesta quinta-feira, 2 de maio, com as tropas militares, que demonstraram lealdade ao governo eleito. O ato teve a transmissão da TV estatal.

"Sim, estamos em um combate", afirmou Maduro, que repetiu o lema "leais sempre, traidores nunca", e ressaltou que não deve haver medo frente à obrigação de desarmar as conspirações da oposição e dos Estados Unidos.

"Ninguém pode ter medo. É a hora de defender o direito à paz", disse ele, na cerimônia com 4.500 militares, voltando a acusar a Casa Branca de estar por trás da conspiração.

“Chegou a hora de combater, chegou a hora de dar um exemplo à história e ao mundo e dizer que na Venezuela há Forças Armadas consequentes, leais, coesas e unidas como nunca antes, derrotando intentonas golpistas de traidores que se vendem aos dólares de Washington", declarou o presidente venezuelano.

O chamado de Maduro chega depois do levante de um grupo reduzido de militares, liderados por Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.

Os rebeldes se posicionaram em uma via expressa de Caracas com o líder da oposição, que pediu para que todas as Forças Armadas aderissem ao levante.

A cúpula militar reafirmou sua adesão a Maduro. Pelo menos 25 rebeldes pediram asilo na embaixada brasileira.

Outro opositor, Leopoldo López, libertado de sua prisão domiciliar, se refugiou no edifício do corpo diplomático espanhol.

Quatro pessoas morreram nos conflitos nas ruas das cidades venezuelanas desde o começo do golpe. .

 De olho no petróleo e gás

 O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou o que chamou de influência dos Estados Unidos na crise venezuelana. Pelo telefone, o chanceler russo disse a Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, que os EUA enfrentarão "graves consequências" se continuarem a dar "passos agressivos" na Venezuela.

O secretário norte-americano afirma que o governo russo trabalha a favor do regime de Nicolás Maduro.

Pompeo disse a uma emissora norte-americana que o chavista estava pronto para deixar a Venezuela rumo à Rússia na terça-feira, o que Moscou e o regime Maduro negam.

A tensão do lado norte-americano aumentou porque Pompeu disse, na quarta-feira (1), que há a possibilidade de Washington recorrer a uma ação militar para destituir Nicolás Maduro "se necessário".

Os EUA, na verdade, não têm nenhuma preocupação com o povo venezuelano e a democracia no país. O apoio de Washington ao golpe liderado pela oposição tem como causa o petróleo e a descoberta pela empresa americana do setor petrolífero, Exxon, do que pode ser uma das maiores reservas de gás do mundo em solo venezuelano.

 Guerra de informação

 Grande parte da imprensa internacional, defensora do golpe na Venezuela, trava uma outra batalha para tentar derrubar o presidente Maduro: a da informação. A Globo News chegou a anunciar que o presidente da Venezuela “teria se asilado em Cuba” e que “as Forças Armadas teriam aderido ao golpe”. Era tudo blefe da emissora brasileira.

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