Terça, 30 Abril 2019 17:09

Bancários protestam contra adoecimento nos bancos

 O diretor da Secretaria do Sindicato, Gilberto Leal, destacou que, no Brasil, são 4 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho  O diretor da Secretaria do Sindicato, Gilberto Leal, destacou que, no Brasil, são 4 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho

Os bancários foram às ruas neste dia 30 de abril protestar contra as mortes e o adoecimento dos trabalhadores causados pelo descaso dos empregadores. A manifestação foi das 11 às 13 horas no Boulevard da Avenida Rio Branco, em frente ao Edifício Central.

O protesto fez parte das atividades do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, que acontece originalmente no dia 28 de abril. Como este ano a data caiu num domingo, as manifestações organizadas por várias categorias foram realizadas no dia 30. No Brasil, a data foi instituída em maio de 2005, pela Lei nº 11.121.

“Em nosso país, são quase 4 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho. É uma verdadeira guerra contra os trabalhadores, por pura ganância dos patrões e descaso dos governos”, afirmou o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Gilberto Legal. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no mundo são 270 milhões de vítimas de acidentes e trabalho. Cento e sessenta milhões sofrem com doenças profissionais. Por dia, morrem 5 mil pessoas em acidentes de trabalho. São três vidas a cada minuto.

Denúncia à população

Além da distribuição de panfletos com números sobre as mortes e adoecimento no trabalho em todo o mundo feita por diretores do Sindicato, atores da Cia de Emergência Teatral fizeram um esquete criticando o descaso patronal para com a saúde e a vida. O evento contou com a presença da presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, entre outros dirigentes da entidade.

“O objetivo foi informar à população sobre o número crescente de vítimas de acidente de trabalho no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, e na categoria bancária”, explicou o diretor do Sindicato, Marcelo Ribeiro. O dirigente lembrou que os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. São responsáveis por 1,1% dos empregos formais, mas responderam por 4,71% do total de afastamentos por doença entre 2012 e 2017. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) 21,20% do total de afastados por transtornos depressivos no país são da categoria bancária.

“Esta situação pode se agravar com a reforma da Previdência que vai obrigar as pessoas a se manter por mais tempo no trabalho, já que será exigido pela reforma de Bolsonaro, um período ainda mais longo para a aposentadoria, aumentando o número de adoecidos por doenças físicas e psicossomáticas, originadas pela pressão por metas e pelo estresse diário a que são submetidos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Marcelo. Para o dirigente é o momento de todas as categorias pressionarem os parlamentares a votar contra a aprovação do projeto de reforma.

 

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