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O trabalhador brasileiro parece anestesiado. Não se revolta com a retirada semanal de direitos, agora, de novo, direitos trabalhistas, numa reforma ainda mais cruel do que a feita pelo governo Temer. Uma Medida Provisória (MP), editada por Jair Bolsonaro (PSL-RJ) no último dia 10 acaba com a folga aos domingos para todas as categorias, permite a abertura de agências bancárias aos sábados, pontos que já tinham sido objeto da MP da chamada Liberdade Econômica, e rejeitados pelo Congresso Nacional, mas que agora voltam com esta nova MP, ainda mais dura na extinção de direitos, impondo uma nova reforma trabalhista sem qualquer debate, como acontecia durante a ditadura militar.

A falsa argumentação para a reforma atual é a criação de empregos, a mesma usada por Michel Temer quando do envio da reforma trabalhista do seu governo ao Congresso Nacional. Ao contrário, não foram criados. O desemprego segue crescendo. O país fechou o trimestre móvel encerrado em outubro com uma população de 12,4 milhões de pessoas desempregadas.

Com relação ao FGTS, a cobrança pela dispensa cai dos 50% atuais sobre o saldo para 40%, facilitando as demissões. Mais medidas estão sendo elaboradas, inclusive, alterando a estrutura sindical de modo a fragilizar as entidades sindicais. Uma parte da MP é voltada exclusivamente para beneficiar os bancos. Para os bancários, ela aumenta a carga horária que hoje é de seis horas diárias e 30 horas semanais. Toda a categoria passa a trabalhar oito horas, inclusive aos sábados. Permite, ainda, que seja fechado acordo estabelecendo uma jornada ainda maior.

A MP reduz covardemente a correção dos débitos trabalhistas dos patrões aos empregados que ganharem ações trabalhistas. Hoje a correção dos valores é feita pelo IPCA-E, mais 12% ao ano (cerca de 16% ao ano). Com as mudanças, passa a ser pelo IPCA-E, mais juros da poupança (cerca de 6% ao ano).

A MP também reduz a fiscalização de infrações e multas às empresas. Hoje, as visitas aos locais de trabalho geram multas. Bolsonaro cria a “fiscalização demonstrativa” em que as empresas não serão mais multadas na primeira fiscalização. oferecendo a possibilidade de reversão da irregularidade. A multa só será aplicada em caso de reincidência.

Com isto, mais acidentes de trabalho, até mesmo com mortes, vão acontecer, pois será facilitada a continuidade das más condições de trabalho. O Brasil, ocupa a quarta posição no ranking mundial, a Previdência Social registra por ano cerca de 700 mil casos, e, segundo dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, o país chega a contabilizar uma morte por acidente em serviço a cada três horas e 40 minutos.

Carteira verde e amarela

Sob a falsa argumentação de que vai gerar novos empregos para jovens entre 18 e 29 anos, a MP cria também a chamada carteira de trabalho verde e amarela. Impõe uma exploração sem limites com a retirada de muitos dos direitos trabalhistas atuais: redução de até 34% nos encargos trabalhistas; corte pela metade da multa em casos de demissão sem justa causa, facilitando as demissões; liberação do trabalho aos finais de semana, sem que a empresa precise pagar a mais por esse trabalho sem descanso.

As alterações farão com que as empresas, que atualmente, depositam mensalmente 8% do salário do trabalhador em uma conta do FGTS, recebam uma redução da alíquota para apenas 2%. Em caso de demissão sem justa causa, a multa cai de 50% (40% para o trabalhador e 10% para o governo) para 20%, tirando dinheiro do jovem trabalhador, cortando o custo do empregador e facilitando as demissões.

Veja a simulação apresentada em reportagem do jornal Agora São Paulo:

Cenário 1: Contratação pela modalidade atual (8% de FGTS mensal + 40% de multa na demissão sem justa causa). Valor total de recolhimento em 12 meses: R$ 1.457,05. Multa de 40% sobre saldo: R$ 582,82. Total a receber: R$ 2.039,86.

Cenário 2: contratação pelo novo contrato "Verde Amarelo" (2% de FGTS mensal + 20% de multa na demissão sem justa causa). Valor total de recolhimento em 12 meses: R$ 364,26. Multa de 40% sobre saldo: R$ 72,85. Total a receber: R$ 437,11. A diferença, neste caso, é de R$ 1.602,75.

Ataque aos jornalistas

O texto revoga artigos da regulamentação profissional dos jornalistas - Decreto-Lei 972/1969 -, que preveem a obrigação de registro para o desempenho da atividade. Ou seja, a MP extingue a necessidade dessa autorização. A alteração é um duro golpe na categoria, que já havia sofrido com a queda da obrigatoriedade do diploma em anos anteriores.

Sem registro, não há controle sobre quem é jornalista e torna difícil exigir o cumprimento dos direitos desta categoria, que passará a ser facilmente enquadrada em outras profissões. Assim, pode ser alijada dos seus direitos, como jornada de 5 horas e elevação desta somente mediante pagamento adicional, a chamada prorrogação de jornada.

Participe da consulta pública que está sendo feita pelo Senado, dizendo não à Medida Provisória 905/2019 que institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, retirando direitos dos bancários e demais trabalhadores. No caso da categoria bancária, acaba com o direito conquistado e em vigor há décadas que é a jornada de seis horas, autorizando passar para 8 horas ou mais. A MP institui, ainda, o trabalho aos sábados, acabando com a jornada semanal de 30 horas.

A MP autoriza, ainda, o trabalho também aos domingos para todos os trabalhadores. Para votar contra mais este ataque aos nossos direitos basta acessar o link http://www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=139757. Faça a sua parte nesta luta.

 “Aos bancários e bancárias que não quiserem perder o direito à jornada de seis horas e ao descanso integral aos sábados e domingos após uma semana estressante de trabalho. Acessem o link e votem contra essa MP encomendada ao governo federal pelos banqueiros amigos de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes”, convocou a diretora do Sindicato, Vera Luiza Xavier.

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A jornada de trabalho de seis horas diárias, de segunda à sexta-feira, com repouso remunerado nos finais de semana é uma antiga conquista dos bancários e uma das mais importantes vitórias da categoria. Apesar de estar prevista na Lei 4.178 de 1962 e na Convenção Coletiva de Trabalho, os bancos sempre tentaram mudar as regras, para ampliar a jornada da categoria, através do funcionamento dos bancos aos sábados e feriados.

O governo Bolsonaro, que tem servido aos interesses de banqueiros e empresários, insiste em impor o trabalho dos bancários nos finais de semana. Após os sindicatos conseguirem derrotar esta proposta dos banqueiros, derrubando a revogação da Lei 4.178/62 prevista na MP 881, o governo volta a disparar seus ataques contra a jornada da categoria, desta vez, incluindo a proposta na Medida Provisória criada para “incentivar a contratação de jovens”, que traz no pacote lançado na segunda-feira, 11 de novembro, uma série de ataques aos direitos do trabalhador. O jovem empregado vai ter redução de 80% no valor a receber do Fundo de Garantia. Além de receber menos, os brasileiros passarão a descontar tanto o FGTS quanto o INSS no seguro-desemprego, férias e 13º salário. Na avaliação de especialistas a mudança pode ser questionada na Justiça. 

“O governo quer desonerar empresas punindo o trabalhador. O descanso nos finais de semana e as seis horas diárias são uma conquista histórica garantida com muita luta e uma greve histórica e que permite aos bancários e bancárias dedicarem mais tempo ao lazer, descanso e à família”, afirma a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.

Adoecimento

O diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Gilberto Leal, lembra que a elevação da jornada aumentará ainda mais o número de trabalhadores com doenças ocupacionais. 

“Trabalhar mais, inclusive nos finais de semana, certamente vai aumentar o estresse da categoria e os índices de adoecimento”, afirma.

Pela proposta do governo, funcionário de banco de qualquer cargo poderá ter a jornada aumentada para oito horas por dia. Já em relação aos caixas, o acréscimo de mais duas horas diárias só poderá ser feito através de acordo coletivo. As oito horas diárias poderão ser fixadas no período de 7h às 22 horas.

“Inaceitável este ataque à jornada da categoria. Mais do que nunca os bancários precisam estar unidos e mobilizados, fortalecendo o Sindicato e a luta da categoria”, acrescenta Adriana Nalesso.  

A jornada de seis horas foi conquistada pelos bancários através de  uma mobilização histórica em 1933.

 

O banco Santander emitiu um comunicado pessoal ameaçando funcionários que não aderirem a uma campanha do banco que desestimula o uso de embalagens plásticas descartáveis. “Muitos ainda não entenderam que não se trata de algo opcional: o plástico de uso rápido está proibido em nossas instalações”, diz o comunicado, para em seguida ameaçar: “A partir de agora, inclusive, o uso ou posse de utensílios plásticos descartáveis, em 100% de nossos prédios administrativos, será considerado falta grave e, para isto, já revimos nossa política interna”.

“Apoiamos a campanha de desestímulo ao uso de embalagens plásticas descartáveis. Mas, não podemos aceitar ameaças aos funcionários que não aderirem a uma campanha do banco, uma vez que não existe qualquer tipo de lei que proíba o uso pessoal de descartáveis”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia. “A mensagem, da maneira como foi transmitida, pode configurar assédio moral, mas, mais do que isso, mostra a maneira desrespeitosa com que o banco trata seus funcionários”, completou.

A mensagem causou incômodo e apreensão em muitos funcionários, que temiam represálias e punições. O banco negou que haverá punição, advertência, demissão ou falta administrativa contra bancários que continuarem utilizando utensílios e embalagens de plástico.

Mario informou que a Contraf-CUT vai solicitar informações ao sobre as revisões da política interna, alegadas na mensagem, para considerar “falta grave” o uso ou posse de embalagens descartáveis nas dependências do banco.

“Queremos saber o que é considerado falta grave, quais serão as penalidades e em quais leis o banco se baseia para aplicar as punições aos funcionários que não aderirem à campanha”, informou o dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Mercantil começou a semana surpreendendo seus funcionários com dezenas de demissões por todo o país. Muitos trabalhadores foram demitidos em pleno expediente bancário, deixando perplexos até os clientes e usuários dos serviços da instituição financeira. Também houve desligamentos de trabalhadores acometidos por problemas de saúde e com estabilidade provisória de emprego.

A Comissão dos Empregados do Mercantil do Brasil (COE BMB) entrou em contato com o banco logo após as demissões e exigiu explicações. O representante do Mercantil informou que as demissões ocorreram como parte da reestruturação e reposicionamento de mercado, garantindo que, por hora, não haverá mais desligamentos por conta desse processo.

Para Robson Marques, funcionário do Mercantil, diretor do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora e coordenador nacional da Comissão de Empresa, o banco desrespeitou também seus clientes com as demissões sumárias de trabalhadores. “No momento em que o Mercantil venceu a renovação do leilão do INSS para pagamento de benefícios aos aposentados e pensionistas do órgão, as demissões vêm de forma contraditória à eventual expansão do fluxo de clientes. Com os desligamentos, haverá ainda mais precariedade e demora nos atendimentos bancários. Um total desrespeito e falta de sensibilidade da direção do banco, passíveis de reclamações de usuários junto ao INSS, o que poderá gerar, inclusive, o descredenciamento”, alertou.

Marco Aurélio Alves, que é funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de BH e Região, destacou que nada justifica as demissões de bancários no atual momento. “Orientamos bancários demitidos que, por ventura, tenham problemas de saúde ou outra estabilidade de emprego não observadas pelo banco, que procurem seus sindicatos representativos a fim de serem respeitadas as estabilidades e eventuais reversões de demissões através de ações judiciais cabíveis nesses casos”, afirmou.

Os sindicatos estão mobilizados para traçar políticas de luta e enfrentamento para a garantia de emprego no Mercantil do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região

O Banrisul lucrou R$ 947,3 milhões nos nove primeiros meses de 2019, alta de 19% em relação ao mesmo período de 2018. O retorno sobre o Patrimônio Líquido do banco (ROE) foi de 16,6%, com aumento de 1,5 p.p. em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o resultado foi “impactado pela reestruturação dos planos de benefício pós-emprego da Fundação Banrisul de Seguridade Social – FBSS, em R$ 49,5 milhões, e pelos efeitos fiscais da reestruturação em R$ 19,8 milhões; o efeito líquido no lucro é de R$ 29,7 milhões”. Já o lucro líquido recorrente, ajustado pelos efeitos extraordinários, somou no semestre R$ 917,5 milhões, variação de 15,2% em relação ao mesmo período de 2018.

Ao final do 3º trimestre de 2019, segundo o relatório do Dieese, a instituição contava com um quadro de 10.313 empregados, com redução de 419 postos de trabalho em um ano. Porém, com saldo de 37 postos abertos no trimestre. A rede de agências do banco permaneceu estável, enquanto foram fechados 9 postos de atendimento.

As despesas com pessoal, acrescidas da PLR cresceram 1,1% em doze meses, atingindo R$ 1,6 bilhão, enquanto as receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias cresceram 3,7%, totalizando R$ 1,574 bilhão. Assim, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços e tarifas (receitas secundárias do banco) foi de 96,1%, no período.

Participe da campanha de sindicalização. Além de tornar sua entidade sindical mais forte, cada bancário (a) que você sindicalizar valerá bônus, que será trocado por prêmios (confirme aqui tabela de premiação). Quanto mais pontos acumular, mais prêmios poderá ganhar.
Mas fique atento. A atual tabela de premiação é válida até o dia 30 de dezembro de 2019. A partir de janeiro, o Sindicato publicará uma nova tabela.
Não fique só. Fique sócio. Você só tem a ganhar.

Segunda, 11 Novembro 2019 19:44

O que é ser solidário?

No dicionário encontramos como resposta a essa pergunta palavras como: altruísta, generoso, piedoso, bondoso, que ajuda ao próximo...mas acredito que ser solidário, antes de mais nada, é um exercício de cidadania.
Em 2014, de acordo com a Organização das Nações Unidas, o Brasil foi retirado do Mapa da fome. Segundo dados da ONU, entre os anos de 2002 e 2012, o Brasil reduziu em 82% a população em situação subalimentar.
Infelizmente essa situação mudou e hoje milhares e milhares de pessoas voltaram à miséria. Basta dar uma olhada rápida pelas ruas da cidade que vemos famílias inteiras morando nas calçadas. Não dá para negar o aumento absurdo da miséria. Os números confirmam o que nossos olhos veem. O Cadastro Único do Ministério da Cidadania aponta que a pobreza extrema no país vem crescendo e já atinge 13,2 milhões de pessoas. Nos últimos sete anos, mais de 500 mil pessoas entraram em situação de miséria.
Com o objetivo de minimizar a dor dessa grande parcela da população, o Sindicato dos Bancários do Rio está lançando a campanha “Bancári@ Solidári@”. Entramos em contato com instituições que têm como missão prestar acolhimento e ajuda a quem precisa. Destacamos três delas: a Fundação São Martinho, que atende crianças e adolescentes em situação de rua; a Casa de Apoio à Criança com Câncer São Vicente de Paula, que dá assistência a crianças e familiares que procuram tratamento de câncer no INCA e não moram na cidade; e o Lar Maria de Lourdes, que atende crianças, adolescentes e adultos com deficiência física ou mental.
Essas instituições precisam de alimentos, material de higiene pessoal, fraldas e remédios. Nada que não possamos oferecer. Temos que enfrentar essa dura realidade com respeito e amor aos nossos semelhantes, somos bancárias e bancários e por mais difícil que possam parecer os nossos desafios diários, não tenho dúvidas de que temos condições de contribuir para diminuir o sofrimento dessas pessoas.
Os postos de arrecadação, além da sede do Sindicato na avenida Presidente Vargas, serão constantemente anunciados nas redes sociais da nossa entidade.
A palavra que mais tenho repetido todos os dias é gratidão. Sou grata por ter saúde, família e amigos. Também sou grata por ter emprego e ao nosso Sindicato que permite lutarmos por nossos direitos.
Seja solidári@. Participe da campanha! Ajude a quem precisa.

Adriana Nalesso
Presidenta do Sindicato
dos Bancários do Rio

Segunda, 11 Novembro 2019 19:43

FGTS: Sindicato esclarece

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (Seeb-RJ), diante das recentes notícias veiculadas sobre o FGTS, presta os seguintes esclarecimentos:
O prazo prescricional de 13/11 se refere a depósitos não realizados pelo empregador durante a vigência do contrato de trabalho.
A súmula 362 do TST regulou a aplicação da prescrição trintenária e da prescrição quinquenal para os depósitos não realizados.
Relativamente aos índices de correção inflacionário, não se aplica a prescrição de 13/11, prevista na Súmula 362 do TST, visto que não serão pagos pelo empregador.
A ação dos índices de correção é direcionada contra a Caixa, sendo certo que não existe decisão definitiva do STF.
Não recomendamos, neste momento, o ajuizamento de ação em razão da inexistência de ação definitiva.
Contudo, caso algum interessado queira ajuizar a ação, sugerimos que compareça ao Juizado Especial Federal, visto que não terá qualquer despesa processual.