Imprensa

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Quinta, 21 Novembro 2019 13:37

Nota técnica do Dieese

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Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro foi palco de do debate “Desigualdades Raciais no Mundo do Trabalho”, na segunda-feira, dia 18 de novembro. O evento, realizado no Sindicato dos Bancários da cidade imperial foi promovido pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). O secretário de Combate ao Racismo da Confederação, Almir Aguiar lembrou que “as desigualdades, que atingem a população negra, são resquícios da escravidão que perdurou por mais de 300 anos no Brasil”.  

Discriminação nos bancos

A discriminação racial no mercado de trabalho no Brasil se reflete também no setor bancário, cujos números são preocupantes. O Censo da Diversidade de 2014, mapeou 24,7% de negros na categoria.

“Os negros são invisíveis nos cargos de direção, exercendo apenas funções de produção. A cor da pele é um impeditivo para ascensão profissional, e os negros recebem em média 68% da remuneração de um trabalhador não negro, sendo que a situação da bancária negra, é ainda pior”, disse Almir Aguiar.

Na avaliação do sindicalista, a discussão sobre o tema é de extrema importância, principalmente diante da atual conjuntura política que impõe um retrocesso, agravando a concentração de renda no país e a falta de oportunidades iguais, mostrando que a questão de raça ainda é fator determinante para a ascensão social.

“Este é um tema fundamental para refletirmos sobre que tipo de sociedade e nação queremos. Um país baseado na intolerância e nas desigualdades ou um Brasil mais justo com oportunidades iguais para todos. Este assunto precisa estar dioturnamente na pauta. Basta de racismo nos locais de trabalho e na vida social”, acrescentou Almir, que agradeceu ao convite do Sindicato de Petrópolis e a iniciativa dos dirigentes locais, Marcos Alvarenga, presidente da entidade e Iomar Bento Torres, Secretário de Formação Sindical.

 

No pacote da Medida Provisória 905/2019 do governo Jair Bolsonaro, criada com a falsa justificava de gerar empregos, a maldade não se limita à ampliação da jornada, inclusive trabalho aos sábados e aos prejuízos para a PLR dos bancários. A nova reforma trabalhista impõe alterações na Lei 8.213/1994, que versa também sobre os benefícios da Previdência Social para o trabalhador que se encontra incapacitado de exercer sua função profissional e vítimas de acidente de trabalho. A MP prevê que acidentes sofridos pelo empregado em seu trajeto para o trabalho ou retorno à sua residência não será mais considerado acidente de trabalho. A decisão traz grande prejuízo para o trabalhador que, nestes casos, fica desprotegido dos benefícios do INSS.

“É mais um ataque deste governo ao trabalhador. Não existe nenhuma relação dessas mudanças com a geração de empregos, como alega o ministro Paulo Guedes. Está claro que as mudanças são para favorecer empresários e banqueiros e prejudicar os trabalhadores. Nós repudiamos mais esta ação perversa do presidente Bolsonaro contra o povo brasileiro”, critica o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários do Rio, Gilberto Leal.

Dia 21 tem luta

Gilberto convocou a categoria para participar da mobilização desta quinta-feira, 21, contra os ataques da MP 905 aos direitos dos trabalhadores.

“Mais do que nunca é fundamental que os bancários estejam unidos e fortaleçam o Sindicato para defendermos nossas conquistas e derrotarmos esta política ultraliberal do banqueiro Paulo Guedes contra a população e o país”, completa.  

 

O Comando Nacional dos Bancários conseguiu suspender os efeitos da Medida Provisória 905/2019, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro até que seja concluída a negociação com a representação da categoria. A próxima reunião está confirmada para o dia 26 de novembro, terça-feira. O acordo foi firmado na quinta-feira, 14, no Rio, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no Rio.
Os sindicatos e a Contraf-CUT repudiaram a decisão de 40 bancos que haviam anunciado a nova jornada de trabalho para os bancários, que passaria de 40 para 44 horas semanais, com o funcionamento das agências aos sábados, um antigo anseio dos banqueiros. Os bancários não aceitam também alterações da MP que permitem mudanças na PLR sem a negociação das entidades sindicais e que desrespeitem os pisos salariais da categoria, definidos na Convenção Coletiva de Trabalho. A MP de Bolsonaro permite a elevação da jornada e que os patrões paguem a PLR sem necessariamente o acordo assinado com a categoria.
A importância dos sindicatos
A presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso, que faz parte do Comando e participou da reunião no Rio, destacou a importância da mobilização da categoria para a preservação de conquistas históricas.
“Já avisamos aos bancos que se a jornada for ampliada, com trabalho também aos sábados e houver prejuízos na PLR com mudanças unilaterais, nós vamos reativar uma forte campanha nacional e não descartamos uma paralisação nacional, caso a Fenaban retire os direitos da categoria. Esperamos que os banqueiros tenham a sensibilidade de preservar esta conquista histórica através de uma saída negociada”, disse. A sindicalista lembrou ainda que “é necessário a unidade da categoria para preservar os direitos e que, mais do que nunca, o trabalhador precisa valorizar as entidades sindicais”.
A proposta do Comando é construir um aditivo à CCT, válido até dezembro de 2020, que garanta todos os direitos da categoria e neutralize a MP em todos os pontos que atingem os bancários. A comissão de negociação dos bancos se compromete a defender perante o setor a assinatura deste aditivo. Dia 26, serão debatidos os detalhes da inclusão dos compromissos firmados na CCT.

A primeira resposta dos bancários aos ataques do governo Bolsonaro e dos bancos a direitos fundamentais da categoria, como a jornada e a PLR, será nesta quinta-feira, dia 21 de novembro. A mobilização será um alerta dos trabalhadores para os bancos não aplicarem a MP 905/2019, que trazem ataques às conquistas históricas.
O calendário de lutas prevê ainda plenárias para debater os impactos da MP na categoria; reuniões nos locais de trabalho; Criação de uma comissão para buscar apoio de parlamentares contra o projeto (Alerj e Câmara de Vereadores, no Rio e Congresso Nacional, em Brasília, e campanha para pressionar deputados e senadores contra a MP.
“Os representantes dos bancos admitiram, na mesa, que esta MP 905 foi fruto de um acordo do governo Bolsonaro com os banqueiros. É preciso entender que este governo tem lado, o dos patrões, e que o trabalhador precisa reagir através da mobilização e do fortalecimento de seus sindicatos”, explica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção.

Os associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) têm um importante compromisso: participar da consulta sobre a proposta de solução das dificuldades financeiras da entidade. Por decisão da maioria de sua direção, o Sindicato dos Bancários do Rio orienta o voto SIM à mudança estatutária e injeção de recursos do BB à Cassi. A consulta, que teve início nesta segunda, vai até o dia 28.
Desde o início de julho a Cassi está sob regime de direção fiscal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), devido à crise financeira em que se encontra e que pode se agravar a partir de 2020. É que em dezembro de 2019 encerram-se as contribuições extraordinárias estabelecidas no Memorando de Entendimentos, em 2016, e que garantiu o pagamento de despesas da ordem de R$ 500 milhões por ano, durante esses três anos.
Os representantes da ANS estabeleceram um prazo de 30 dias, prorrogáveis por até mais 30, contando a partir de 23 de outubro, para que se encontrasse uma solução. Caso a Cassi não atenda à solicitação, a ANS pode fazer valer as prerrogativas previstas na resolução normativa 316, que rege a direção fiscal, e decretar a venda ou liquidação do plano de saúde. Se a proposta não for aprovada, a Cassi corre o risco de acabar, e os associados teriam garantido o valor de 4,5% do salário para buscar um plano de saúde no mercado.
Qualquer alteração do estatuto deve passar por consulta ao Corpo Social, com a necessidade de 2/3 de votos favoráveis para aprovação. Esse direito permanece inalterado. Assim, qualquer questão relacionada ao custeio e aos direitos previstos no estatuto estarão protegidos.
R$ 1 bilhão
Para resolver a questão financeira, será estabelecida contribuição estatutária de 4,5% do patrocinador por associado e contribuição patronal de 3% por dependente dos funcionários da ativa, com teto de 9%. Também prevê uma taxa de administração paga pelo patrocinador até 2021, de 10% da folha de funcionários da ativa. Outra medida será a antecipação das despesas do grupo de dependentes indiretos (GDI), a ser paga pelo patrocinador, no valor de R$ 450 milhões. Todas as novas contribuições serão retroativas a janeiro de 2019, somando R$ 1 bilhão em recursos patronais este ano.
Situação real
Relatório da diretora fiscal mostra que o Patrimônio Líquido da Cassi está negativo em R$ 137 milhões, a insuficiência na margem de solvência é de R$ 905 milhões e os ativos garantidores estão negativos em R$ 116 milhões. A soma desses números chega a R$ 1,2 bilhão. A proposta traz aumento no custeio de associados e patrocinador, reequilibrando as contas da entidade e evitando os cenários mais drásticos previstos pela resolução normativa que rege a direção fiscal.
Manutenção do modelo solidário
O custeio dos associados ficará em 4%, e será instituída cobrança por dependente na seguinte proporção: o associado da ativa pagará 1% no primeiro dependente; 0,5 % no segundo; e 0,25% a partir do terceiro dependente. Já o associado aposentado pagará 2% no primeiro dependente; 0,5% no segundo e 0,25% a partir do terceiro. O teto de contribuição de todos os associados será de 7,5%.
Com isto fica mantido o modelo solidário de custeio baseado em valores percentuais de salário e não em valores fixos, como é praticado no mercado. Caso a proposta seja aprovada, não será aplicado o aumento da coparticipação, aprovado em julho de 2019. A direção da Cassi anunciou que, caso a proposta seja aprovada e as provisões restabelecidas, o valor da coparticipação atual será mantido, podendo, inclusive, ser reduzido.
Cassi para aposentados
Fica mantida a contribuição patronal pós-laboral para os atuais associados da ativa e aposentados. Com a aprovação, todos os associados atuais terão direito de preservá-la na aposentadoria. A proposta abre, ainda, a possibilidade dos novos entrarem no Plano de Associados oxigenando-o. Os bancários que entraram no último concurso, estão impedidos de se associar à Cassi. Recebem o reembolso de 4,5% do salário para complementar o custeio de um plano de mercado. Na aposentadoria os novos terão direito à assistência em regime de autopatrocínio.
A aprovação da proposta assegura a continuidade da responsabilidade do BB com o plano, hoje resguardada pelo estatuto da Cassi. Caso não seja aprovada e a Cassi liquidada ou vendida, cessa a responsabilidade da empresa com o plano, tendo a obrigação de custear qualquer outro plano de saúde do mercado, repassando valor equivalente a 4,5% do salário do trabalhador. A governança da Cassi continuará paritária: metade dos diretores, conselheiros deliberativos e conselheiros fiscais eleita pelos associados. A outra metade será indicada pelo patrocinador. O Conselho Deliberativo continuará sendo presidido por um eleito. (ver mais detalhes no site do Sindicato www.bancariosrio.org.br).

Segunda, 18 Novembro 2019 18:57

Edital Assembléia Geral Ordinária

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, com CNPJ sob o n.º 33.094.269/0001-33, por sua presidenta abaixo assinada e no uso de suas atribuições legais e estatutárias, convoca todos os seus sócios empregados em estabelecimentos bancários da base territorial deste município, para a Assembléia Geral Ordinária que se realizará dia 28 de novembro de 2019, às 18:00 h, em primeira convocação, e às 18:30 h, em segunda convocação, no endereço à Av. Presidente Vargas, n.º 502 21 º andar (auditório), para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
1. Discussão e deliberação sobre a proposta de previsão orçamentária anual para o exercício 2020;

Rio de Janeiro,
19 de novembro de 2019.

Adriana da Silva Nalesso
- Presidenta -

Segunda, 18 Novembro 2019 18:56

Losango Praça XV

Os funcionários da matriz do Losango, edifício Praça XV, participam da eleição da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) nesta quinta-feira, dia 21 de novembro, das 9h às 17h. O pleito é referente a gestão 2020/2021.
Os candidatos são os seguintes (ordem alfabética): Daniel Garios; Luciana Simonato Nunes do Rêgo; Maurício Santos de Vasconcellos; Renato Silveira de Freitas; Rosemere Henrique da Costa; Simone da Cruz Costa Figueiredo e Viviane Ozório Oliveira de Assis.

Segunda, 18 Novembro 2019 18:55

A desigualdade no Brasil tem cor

Segundo números do IBGE, o Brasil tinha 13,5 milhões de pessoas na extrema pobreza em 2018, 6,5% da população, o maior nível desde 2012. Esse número é equivalente à população de Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia ou Portugal. São 4,5 milhões de brasileiros a mais na miséria do que havia em 2014.
O critério do Banco Mundial, referência internacional, considera na extrema pobreza quem tem renda mensal per capita inferior a US$ 1,90 por dia. O Brasil tem ainda 52,5 milhões na chamada linha da pobreza, vivendo com menos de R$ 420 per capita por mês. O grau de desigualdade, que havia sido reduzido até 2015, voltou a crescer e também é recorde.
Riqueza branca
O estudo mostra também que no ano passado pretos e pardos – classificação usada pelo instituto – correspondiam a dois terços (66%) dos chamados subocupados por insuficiência de horas – quem trabalha menos de 40 horas semanais e gostaria de trabalhar mais, a maioria vivendo de bico, no mercado informal. Homens brancos ganham 74% a mais do que os negros e 27% a mais que as mulheres no Brasil. Pretos e pardos representam 78% dos mais pobres.
A diretora de Políticas Sociais do Sindicato, Kátia Branco, lembra que a política de corte de investimentos públicos do atual governo irá agravar o problema.
“Quando as pessoas da base da pirâmide social, em sua grande maioria pretos e pardos, não têm acesso a programas sociais e a serviços públicos essenciais, a tendência é crescer a miséria e os mais atingidos são negros e especialmente mulheres negras”, disse a sindicalista.
Feijoada em dezembro
Para marcar o Dia da Consciência Negra (20/11), o Sindicato vai promover a tradicional e deliciosa feijoada no dia 6 de dezembro (sexta-feira), no Sindicato dos Professores do Rio (Sinpro), Rua Manaí, 180, Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, antiga subsede do Sindicato dos Bancários. O preço é R$30, mas bancários sindicalizados pagam metade: R$15.