Imprensa

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Segunda, 06 Janeiro 2020 20:51

Começa a Colônia de Férias dos Bancários

A diversão da criançada começou nesta segunda-feira, dia 6, e vai até o dia 31 de janeiro. É a Colônia de Férias 2020, no Clube dos Bancários – sede campestre (Rua Mirataia, 121, Pechincha, Jacarepaguá). As atividades serão sempre de 13 às 17 horas, com muita brincadeira, oficina de teatro, música, aprendizado de técnicas circenses, street dance, circuito radical, atividades aquáticas, surf na piscina, paintball, oficina de modelo e manequim e artes marciais.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, esteve presente às brincadeiras do primeiro dia. E lembrou que a Colônia de Férias está aberta, também, para filhos de não bancários. “A colônia está bem legal, além de atividades físicas e brincadeiras que estimulam o desenvolvimento das crianças, buscamos abrir para a comunidade, portanto, a colônia vai além da categoria. Podemos, assim, praticar sindicato cidadão, permitindo que crianças carentes tenham oportunidade de aprender, se exercitar e brincar em nossa sede”, comemorou. A primeira instituição convidada foi a Fundação São Martinho, cuja missão é o atendimento a crianças em situação de rua.
Local ideal
O Clube dos Bancários é um lugar ideal para as férias do seu filho. São 26 mil metros de área verde, com tudo o que uma criança precisa para se divertir com segurança. Para a Colônia de Férias deste ano, o Sindicato fechou convênio com o “Brincadeira de Criança”. O grupo presta um serviço personalizado para que as atividades sejam bem aproveitadas pelos participantes. Um professor e dois recreadores ficarão responsáveis por cada grupo de até 20 crianças.
A Colônia é voltada para pequenos de 4 a 12 anos, divididos em grupos: de 4 a 5 anos; de 6 a 7 anos; de 8 a 9 anos; e de 10 a 12 anos. Todas as atividades foram planejadas de acordo com a faixa etária, respeitando seus limites. Um nutricionista fará um cardápio atraente ao paladar das crianças, seguindo as necessidades alimentares de acordo com a demanda do exercício. Mais informações com a Secretaria de Administração do Sindicato (2103-4113), Secretaria de Cultura (2103-4150) ou com o Brincadeira de Criança (3327-9067 / 98776-7650 / 99499-0429).

Para comemorar os 159 anos da Caixa Econômica Federal e defender a sua continuidade como banco público o Sindicato convoca todos para um ato público, no próximo dia 13, uma segunda-feira, às 11 horas. A manifestação será em frente ao prédio do Barrosão. A CEF foi criada no dia 12. Mas como este mês a data cai num domingo, o ato será no dia seguinte.
“A oportunidade também servirá para defender a manutenção da Caixa como banco 100% público e demonstrar a irresponsabilidade contida na tentativa de fatiamento da empresa com a venda de ativos financeiros do banco que são altamente lucrativos, como as áreas de cartões, seguros, administração de recursos de terceiros, dentre outros”, afirmou o vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti. “A luta dos empregados manteve a Caixa 100% pública até aqui, e é somente com o fortalecimento desta luta que ela permanecerá assim”, ressalta Rogério Campanate, diretor do Sindicato.
Resistir à privatização
Foram muitos os desafios superados ao longo desses mais de um século e meio, assim como são muitos e diversos os desafios a enfrentar neste momento e os que já se anunciam para o próximo período. “O que mudou foi a concentração de ataques em um curto espaço de tempo, e o que não pode mudar é a capacidade de resistência e a unidade dos trabalhadores e trabalhadoras da CEF que se constituem como os trabalhadores mais organizados dentre todas as empresas públicas”, na percepção de Maria Rita Serrano, conselheira eleita para o Conselho de Administração da Caixa.
A proibição de que empregados do banco pudessem se sindicalizar propiciou o surgimento de diversas associações de empregados que cumpriam o papel de representá-los. Esta realidade só mudou a partir da greve histórica de 1985, que mobilizou a categoria pelo direito à sindicalização e à jornada de 6 horas.

O curso Paternidade Responsável, conhecido popularmente como “Paizão Bancário” é exigência para a extensão da licença-paternidade para 20 dias, direito conquistado em 2016 e incluído na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A ampliação consta da lei 11.770 de setembro de 2008, prevendo a ampliação nas empresas que aderissem. A adesão de todos os bancos foi garantida pela inclusão da cláusula 26 na CCT.
A primeira turma de 2020 será nos dias 11 e 12 de fevereiro. As aulas são ministradas no auditório do Sindicato (Avenida Presidente Vargas, 502/21º andar) das 18h30 às 21h30. Para se inscrever, e obter mais informações, basta ligar para a Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato (2103-4170), de segunda a sexta, das 10 às 18 horas. O curso é oferecido gratuitamente para bancários sindicalizados. Quem não for sócio pode se sindicalizar até o dia do curso. “O curso é uma oportunidade de os pais terem acesso a conteúdo que os ajudarão, não só na reflexão, mas, também, a colocar em prática o aprendizado adquirido no sentido das relações compartilhadas, principalmente em um momento tão importante que é a chegada de uma criança na vida do casal”, explica a diretora da Secretaria de Políticas Sociais, Kátia Branco.

Calendário anual do Paizão
•Fevereiro - 11 e 12
•Maio - 12 e 13
•Agosto - 18 e 19

Sob a alegação de facilitar as contratações para reduzir o alto desemprego provocado por sua política econômica recessiva, o governo Bolsonaro criou a ‘Carteira Verde e Amarelo’, através da Medida Provisória 905. A medida, na verdade, tira proveito da crise econômica e social, para beneficiar ainda mais os empregadores: empresas, bancos e fazendeiros, entre outros.
A nova carteira, alternativa à carteira de trabalho existente há décadas isenta os patrões de recolher tributos e reduz ou retira direitos dos trabalhadores. Poucos sabem o que está em jogo com a edição da MP 905. Ela reduz, restringe ou elimina uma série de direitos – reduz o recolhimento do Fundo de Garantia e a multa em caso de demissão, cobra tarifa do trabalhador desempregado e elimina pagamento por jornadas em dias e horários extraordinários, inclusive fins de semana.
Para o economista Adhemar Mineiro, do Dieese, assim como a reforma trabalhista, a carteira verde e amarelo não promove o crescimento de empregos de qualidade, nem a melhora da economia. Pelo contrário, mantém a atividade econômica estagnada e, além de retirar direitos, pode causar uma onda de demissões em massa com a substituição dos atuais empregados por novos com menos direitos. “Em meio a um ambiente de alto desemprego, em que os trabalhadores, sobretudo os jovens, passam muito tempo à procura de uma vaga, as pessoas tendem a aceitar qualquer coisa”, lamentou.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu os efeitos de uma liminar concedida pela 47ª Vara Civil do Rio de Janeiro, que sustava a aplicação do novo Estatuto Social da Cassi. As alterações no estatuto foram aprovadas pelos associados em consulta entre 18 e 28 de novembro. Com a decisão, o novo estatuto permanece em vigor.
A liminar foi solicitada pela “Associação Viva Funci”. Com ela o resultado da consulta aos associados havia sido sustado. Isso impediu que a Cassi recebesse mais de R$ 1 bi do Banco do Brasil (incluindo 600 milhões da contribuição por dependentes e taxa administrativa, mais cerca de R$ 450 milhões para a equalização do déficit do Grupo de Dependentes Indiretos – GDI).
A votação
Do total de votantes na consulta aos associados da Cassi, 81.982 aprovaram a proposta. Isso mais do que o dobro dos 39.608 votos contrários à proposta. A associação reclamante queria que fossem considerados os 1.516 votos nulos para o cálculo do percentual de aprovação da proposta.
Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, o caso mostra quem realmente defende os interesses dos associados. “Quem quer barrar a aprovação das alterações no Estatuto terá que justificar sua posição para o conjunto dos associados e dizer por que defendem os interesses do mercado e não o dos funcionários”, observou.
Fukunaga observou ainda que a liminar agora cassada atendia o pedido de uma associação criada em julho de 2019 por pessoas ligadas ao mercado de saúde, que parece ter interesses diversos dos associados. “Em nenhum lugar do mundo votos nulos são considerados”, completou.

A nova regra do cheque especial entrou em vigor nesta segunda-feira (6). Instituída pelo governo Bolsonaro através do Banco Central beneficia os bancos garantindo a eles o direito de cobrar tarifa de 0,25% sobre o cheque especial com limite acima de R$ 500. Em contrapartida o juro do serviço não poderá ser superior a 8% por mês.
A nova regra foi condenada, entre outros, pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. Lembrou que a cobrança por um dinheiro que não é utilizado fere o Código de Defesa do Consumidor. O único banco a anunciar que cobrará a tarifa foi o Santander. Até o momento, Itaú, Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco e C6 optaram por isentar os clientes, porém, poderão mudar de posição.
Confisco
A nova taxação é questionada principalmente por quem não utiliza o cheque especial e mesmo assim se verá obrigado a pagar tarifa, um verdadeiro confisco. Para evitar a cobrança, há duas orientações aos clientes. O cancelamento do cheque especial pode ser feito na unidade bancária, mas a recomendação de Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o processo ideal é via SAC, onde o cliente aumenta a garantia de atendimento por obter número de protocolo e prazo de dias úteis para resposta.

O crescimento do número de trabalhadores sem carteira assinada, ou seja, informais, vem crescendo. Esta realidade é um dos efeitos nocivos da política do governo federal que mantém estagnada a economia e, ao mesmo tempo, a confirmação de que era mentirosa a promessa de criação de empregos através da retirada de direitos com a reforma trabalhista.
O número de desempregados é estimado em 12,367 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE. Já atingido pela “reforma” trabalhista, dois anos atrás, o mercado tende a continuar produzindo o fenômeno conhecido como “bico”, como forma de sobrevivência.
Em 12 meses, o número de ocupados cresceu 1,6%, com mais 1,436 milhão de pessoas, levando o total a 94,055 milhões. Mas desse 1,4 milhão a mais, só 344 mil são de empregados com carteira no setor privado (alta de 1%). Os sem carteira cresceram duas vezes mais (2,4%), em 280 mil. E os trabalhadores por conta própria aumentaram em 3,9%, com acréscimo de 913 mil pessoas, levando o total ao recorde de 24,446 milhões.
Com a taxa de desemprego mantendo certa estabilidade (11,6% no trimestre encerrado em outubro, ante 11,8% em julho e 11,7% há um ano), o mercado de trabalho segue batendo recordes de informalidade. O país tem quase 1,5 milhão de pessoas a mais na força de trabalho, mas as vagas abertas continuam sendo, predominantemente, sem carteira e de autônomos.

Sempre que um ano termina, fazemos um balanço de nossas vidas, avaliamos no que tivemos êxito e o que deixamos de conquistar por algum motivo. Em nosso caso, como bancári@s, conhecer nossa história é fundamental para que saibamos como chegamos até esse momento.
Nosso Sindicato completa em janeiro de 2020, 90 anos. Nossos desafios foram muitos ao longo desse tempo.  Em 1933, uma das primeiras lutas que travamos, foi por saúde.
A categoria era acometida de várias doenças como tuberculose e neurose. Depois de uma forte mobilização conquistamos a jornada de seis horas. Já em 6 de julho de 1934 a categoria fez sua primeira greve que durou dois dias e mobilizou todas as capitais. Com a pressão, foi conquistada a estabilidade aos dois anos de trabalho.
Sempre com muita luta e determinação, o sindicato segue nas conquistas. Em 1960, obtivemos uma grande vitória: o fim do trabalho aos sábados. Em 1964 veio o golpe e a ditadura militar se instalou no país.
Foi um período difícil com intervenção no sindicato e perseguições aos dirigentes sindicais. O ex-presidente Aloysio Palhano foi morto e seus restos mortais só encontrados em dezembro de 2018.
A resistência mostra que nossa história e organização nacional foram determinantes para nossas conquistas. Em 1992, assinamos pela primeira vez nossa Convenção Nacional. Muitas vitórias com conquistas importantes vieram a seguir como auxílio cesta alimentação, PLR, complementação salarial para os licenciados, criação das comissões de saúde e de raça, gênero e orientação sexual, prevenção do tratamento das Ler/Dorts, entre muitas outras.
Iniciamos o século 21 unificando a Campanha Nacional entre bancos públicos e privados.
Assinamos a primeira CCT, em 2005, e várias conquistas foram alcançadas como a 13ª cesta alimentação, licença maternidade de 180 dias, mudanças no modelo de cálculo da PLR, inclusão dos parceiros do mesmo sexo no plano de saúde, mecanismos de combate ao assédio moral, fim da divulgação dos rankings, ampliação do aviso prévio proporcional, cinco mil novas contratações na CEF, fim do transporte de numerário por bancários e avanços na igualdade de oportunidades.
O ano de 2015 foi marcado pela luta contra a terceirização irrestrita e pela Caixa Econômica Federal 100% pública. Conquistamos pela 12ª vez aumento real consecutivo, os ganhos acima da inflação valorizaram nossos salários.
Já em 2016/2017, depois de várias rodadas de negociação fechamos acordo de dois anos, e conseguimos manter direitos e reajuste com ganho real apesar da reforma Trabalhista.
Diante do cenário do país, foi uma imensa vitória. Tenho certeza que seguimos no caminho certo. Nosso último acordo, 2018/2020, manteve direitos e avançou no parcelamento de férias, garantindo um novo censo da diversidade com a criação dos agentes da diversidade.
Resumi um pouco de nossa história e nossas conquistas. Para entendermos o presente é necessário que conheçamos o nosso passado, agora recentemente conseguimos assinar um aditivo que impede o funcionamento dos bancos aos sábados, às vezes parece que estamos refazendo nossas lutas, temos um governo que ataca os direitos dos trabalhadores e uma política econômica que privilegia os ricos.
E o futuro como fica nessa história? Temos grandes desafios, como manter nossos direitos, enfrentar o avanço tecnológico que nos impõe a ampliação de nossa organização, lutar pela manutenção dos empregos e contra as privatizações, por respeito, igualdade e por um país mais justo, solidário e soberano, onde os trabalhadores sejam respeitados e tenham salário justo.
Enfim, nossa luta será nas ruas, nos locais de trabalho e no parlamento, porque tudo está interligado e o Sindicato trava a luta coletiva, por tudo isso, é fundamental que você faça parte dessa história.


Adriana Nalesso – Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio