Imprensa

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Segunda, 23 Setembro 2019 20:47

Passeio de saveiro em Angra

A Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer do Sindicato programou um passeio para o dia 14 de dezembro (sábado), que é sempre um sucesso entre os bancários: curtir as ilhas de Angra dos Reis de saveiro. O pacote inclui ainda ônibus com ar condicionado e serviço de bordo e almoço e custa R$265 por pessoa. Bancário sindicalizado tem desconto e paga R$235. Crianças de 6 a 10 anos pagam R$158. 

O governo Bolsonaro tem pressa em aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, nome oficial da reforma da Previdência. O projeto deve ser votado em primeiro turno no plenário do Senado nesta terça-feira (24). Trabalhadores vão à Brasília para pressionar os parlamentares e tentar barrar a aprovação do projeto do governo. A votação em segundo turno deve ser realizada no dia 10 de outubro. A pressa tem um motivo claro: a reforma é injusta com o trabalhador e pune os mais pobres, sem atacar os privilégios e o objetivo do Ministro da Economia Paulo Guedes é não dar tempo da sociedade e dos parlamentares avaliarem o quanto a proposta é ruim, não somente para o trabalhador, mas para a economia do país.
O relator da PEC na Casa, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), rejeitou as 77 emendas apresentadas pelos colegas da oposição para que o texto não volte a ser analisado e votado novamente na Câmara dos deputados. Manteve apenas ajustes de temas mais polêmicos, como impedir que o valor da pensão por morte seja inferior a um salário mínimo (R$ 998), excluiu o artigo que criaria critério para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de miserabilidade e incluiu uma regra mais benéfica de aposentadoria para trabalhadores expostos a agentes nocivos, como mineiros.
Pressão Popular
Garanta a sua aposentadoria. Pressione os parlamentares. Entre no site do senado (https://www25.senado.leg.br/web/senadores/em-exercicio) e envie um email cobrando a não aprovação da PEC, que prejudica os trabalhadores.

Na última quinta-feira, 19 de setembro, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio, o deputado Carlos Minc (PSB) e agentes da Polícia Federal foram às agências do Santander, no centro da cidade, exigir o cumprimento da Lei de Segurança Bancária, o dia do “cumpra-se”.
Em maio, o Sindicato enviou ofício ao banco espanhol, solicitando o cumprimento da Lei, já que foram retiradas portas giratórias com detector de metais e outros itens de segurança nas agências, deixando os funcionários e clientes desprotegidos.
“Essa atitude do Santander é totalmente absurda. O banco deixa de cumprir uma lei estadual e coloca em risco a segurança de seus funcionários. A porta giratória com detector de metais dificulta a entrada de uma pessoa armada e, consequentemente, aumenta a proteção não só da bancária e do bancário, como também dos clientes”, afirmou Marcos Vicente, diretor do Sindicato.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, lembrou que o banco precisa ser responsável pela integridade de seus funcionários, clientes e usuários.
“O Santander lucrou mais de R$7 bilhões só no primeiro semestre deste ano, um aumento na lucratividade de 21% em relação ao período anterior. O banco espanhol precisa respeitar a legislação brasileira”, declarou.

No próximo dia 3 de outubro, haverá em todo o país, protestos em defesa da soberania nacional, contra as privatizações de empresas públicas e os cortes da saúde e da educação, medidas de Bolsonaro e do banqueiro e ministro da Economia Paulo Guedes.
No Rio haverá passeata do prédio da Eletrobrás – uma das 17 estatais listadas pelo governo para serem entregues a grupos privados, na esquina da Avenida Presidente Vargas com Avenida Rio Branco, até a frente do Edifício Sede da Petrobrás, na Avenida Chile. A concentração está marcada para as 16 horas.
Para organizar a mobilização está sendo convocada uma plenária das entidades que convocam os protestos, entre elas o Sindicato, para a próxima quinta-feira (26/9), às 18 horas, no Instituto de Filosofia da UFRJ (Ifics), no Largo de São Francisco de Paula, 1, Centro, próximo ao Metrô Uruguaiana.

Nesta quinta-feira (19/9), a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro homenageia o Movimento SOS Floresta do Camboatá com a Medalha de Mérito Pedro Ernesto. O evento será às 18 horas, no Salão Nobre da Câmara dos Vereadores (Palácio Pedro Ernesto, s/n, Cinelândia). A comenda foi criada em 20 de outubro de 1980 e é a principal homenagem que o Rio de Janeiro presta a quem mais se destaca na sociedade brasileira ou internacional. A iniciativa é do mandato do vereador Renato Cinco (PSOL-RJ).

Felipe Cândido receberá a Medalha em nome do SOS Floresta do Camboatá, movimento que luta pela preservação desta que é a última área de Mata Atlântica do bairro de Deodoro, subúrbio do Rio de Janeiro. A luta, que vem ganhando o apoio de vários setores da sociedade, inclusive do Sindicato dos Bancários, através de debates e mobilizações promovidas pela Secretaria de Meio Ambiente, tem como objetivo preservar a flora e fauna do local, impedindo que seja construído ali, um autódromo, projeto do prefeito Marcelo Crivella, que conta com o apoio do governador Wilson Witzel e do presidente Jair Bolsonaro.

Na ocasião será lida uma moção em homenagem a Fernando Andrade, aposentado ex-funcionário do Banco do Estado de São Paulo (Banespa). Fernando é militante ecológico e faz parte da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato.

Crime ambiental

A construção do autódromo pode resultar na derrubada de 180 mil árvores, das 200 mil que existem no local e centenas de espécies animais, muitas raras ou em processo de extinção. Um crime ambiental que pode ser facilmente evitado, já que existem outras cinco opções de terreno para construção do autódromo. No momento de urgência das mudanças climáticas, setores sociais precisam se levantar mais do que nunca em defesa do meio ambiente. É inaceitável a destruição da última área de baixada de Mata Atlântica na Cidade do Rio de Janeiro.

 

Trabalhadores, empresários, senadores e deputados. Todos foram enganados pelo ministro da Economia do governo Bolsonaro, o banqueiro Paulo Guedes, com a proposta de reforma do sistema de aposentadorias. Segundo matéria publicada na revista Carta Capital, o projeto da chamada de Nova Previdência é uma trapaça, com planilhas sem consistência construído com dados manipulados para convencer a sociedade a aprovar a proposta.

Que o plano aumenta a desigualdade, sacrifica os mais pobres (de cada R$100 economizado pelo governo, R$70 prejudica os mais pobres), entrega o filão das aposentadorias mais bem remuneradas aos fundos e bancos privados, quebra municípios pequenos com economia movimentada principalmente por dinheiro dos aposentados, já ficou claro. Mas faltava provar a farsa. Não foi por acaso que, em abril, o Ministério da Economia decretou sigilo sobre os estudos e pareceres técnicos que embasaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Depois da aprovação do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça, o ministro Paulo Guedes desinterditou parte das informações, mas manteve na clandestinidade o essencial: as planilhas com a memória de cálculo, os pressupostos de crescimento e de emprego, quem será mais afetado, quem ficará fora e o custo para implementação de um regime de capitalização.

 Contas falsificadas

 Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp decidiram mostrar como o governo chegou aos números fictícios, no documento “A falsificação nas contas oficiais da Reforma da Previdência: o caso do Regime Geral de Previdência Social”.

“As contas oficiais da reforma da Previdência para o regime geral foram falsificadas. Comprovamos que cálculos deturpados ampararam a principal apresentação sobre a economia a ser gerada pela reforma, feita pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho, em maio no Congresso Nacional”, resume Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor do Instituto de Economia, doutor em Economia e pesquisador do Cecon-Unicamp, ex-professor visitante na Universidade da Califórnia em Berkeley e coordenador da equipe responsável pelo estudo, divulgado em uma nota técnica.

 

A construção da mentira

 

Os pesquisadores auditaram os cálculos oficiais da Secretaria da Previdência obtidos através da Lei de Acesso à Informação e encontraram os seguintes indícios de falsificação ou, no mínimo, incompetência.

 

  • Os cálculos inflam o custo fiscal das aposentadorias atuais para justificar a reforma e exageram a economia fiscal e o impacto positivo da Nova Previdência sobre a desigualdade.
  • Ao contrário, as aposentadorias por tempo de contribuição obtidas nas regras atuais com idades mais novas geram superávit para o Regime Geralde Previdência Social (RGPS) e têm impacto positivo sobre a desigualdade
  • A extinção da aposentadoria por tem de serviço resulta em déficit para o RGPS
  • O corte nas aposentadorias prejudica principalmente os mais pobres, agravando a desigualdade.
  • O superávit alegado pelo governo com a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição é irreal, portanto a estimativa de economia com a reforma é falsa.
  • Para o salário de R$11.770 reais, usado na simulação oficial do custo de uma aposentadoria por tempo de contribuição, o governo usa cálculos para uma aposentadoria por idade mínima.
  • O governo infla o déficit da aposentadoria por idade mínima ao superestimar a aposentadoria (ao tomar o pico e não a média dos salários) e subestimar as contribuições do empregado e, principalmente, do empregador.
  • Para o salário mínimo, o governo chega a resultados falsos, porque também troca a simulação de uma aposentadoria por tempo de contribuição por uma aposentadoria por idade mínima.  
  • Para a aposentadoria por idade, o erro advém de não considerar a condição mínima de 15 anos de tempo de contribuição ou a média da aposentadoria por idade nas regras atuais (19 anos de tempo de contribuição), e de tomar o pico e não a média dos salários; feita essa correção.
  • Para fundamentar o argumento de que a proposta combate os privilégios, o governo apresentou cálculos falsos à imprensa e aos deputados federais.
  • Ao contrário do alega o projeto, os trabalhadores com maior salário e estabilidade de emprego formal, portanto mais tempo de contribuição nos estados mais ricos contribuem mais com a Previdência do que recebem, portanto financiam a aposentadoria por idade dos trabalhadores dos estados pobres.

 

Desde a última quinta-feira (19/9) está em cartaz Torre das donzelas. O documentário, da diretora Susanna Lira, traz relatos de boa parte das presas políticas da ditadura militar, confinadas no presídio Tiradentes, em São Paulo. O filme reconstitui a prisão de mulheres durante aqueles anos de chumbo muito mais pelo aspecto humano do que ideológico, resgatando a convivência entre as detentas e revelando episódios que vistos à distância até ganham leveza e algum humor.

Vale muito a pena ser visto, ainda mais em tempos em que o presidente da República homenageia torturador e ditador. Trata-se de um dos documentários mais premiados no Brasil nos últimos anos. Um marco no cinema documental brasileiro. Um guia de resistência para os tempos atuais.

Vencedor dos prêmios de Melhor Direção de Documentário e Melhor Documentário pelos júris oficial e popular no Festival do Rio; de Melhor Filme pelo júri popular da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo; e do Prêmio Especial do Júri no Festival de Brasília, o filme é sobre mulheres que, mesmo na cadeia, presas e torturadas, nunca se renderam, mudaram a história do Brasil e redefiniram o papel da mulher na nossa sociedade.

Além da ex-presidente Dilma Roussef, participam do documentário outras mulheres presas no Tiradentes: Ana Bursztyn-Miranda, Maria Aparecida Costa, Rita Sipahi, Rioco Kayano, Rose Nogueira, Elza Lobo, Dulce Maia, Nair Bebedicto, Leslie Beloque, Eva Teresa Skaqzufka, Robêni Baptista da Costa, Guida Amaral, Marlene Soccas, Maria Luiza Belloque, Nair Yumiko Kobashi, Ieda Akselrud Seixas, Lenira Machado, Ana Mércia, Ilda Martins da Silva, Iara Glória Areias Prado, Ana Maria Aratangy, Darci Myaki, Vilma Barban, Telinha Pimenta, Sirlene Bendazzoli, Nadja Leite, Leane Ferreira de Almeida, Maria Aparecida dos Santos, Lúcia Salvia Coelho e Janice Theodor da Silva.

*Texto extraído da crítica feita por Cristina Padiglione no jornal Folha de S. Paulo

No dia 27 de setembro a partir das 18h, você não pode perder a festa em comemoração ao Dia do Bancário, na Galeria dos Empregados do Comércio (Avenida Rio Branco, 120, 1º andar, Centro). Mas corra para garantir seu convite, pois há limite em função do espaço. Bancários sindicalizados poderão ganhar vários prêmios (confira no quadro abaixo) e bolsas de estudo. Quem ainda não é sindicalizado pode se associar na sede do Sindicato (Av. Pres. Vargas, 502) ou na banquinha que será colocada no dia do evento, para concorrer aos prêmios. 
Boa música
A Banda Dancing’Nitgh que é uma das bandas de maior sucesso nas baladas cariocas e que tem como seu líder o bancário da Caixa Léo Stockler. O grupo já se apresentou em várias festas da categoria, sempre abrilhantando as noites e entregando as atrações sequentes uma plateia aquecida e super animada. 
A Dancin’ Nights vai tocar ritmos e estilos musicais para todos os gostos: pagode, Funk, Sertanejo Universitário, Dance, Rock e muito mais. Com os maiores hits de todos os tempos. Em seguida a atração principal: o Grupo Pique Novo (cujo link com fotos e logo segue abaixo).
Dia das Crianças 
No dia 12 de outubro, o Sindicato organizará a tradicional festa do Dia das Crianças, na sede campestre. Muitas atrações para divertir a meninada a cargo da parceira com a Brincadeira de Crianças, e a presença do esperado Rato Elves. As inscrições para os filhos de bancários sindicalizados estão abertas na Secretaria de Cultura pelos telefones 2103 4150 e 2103 4151 e vão até o dia 4 de outubro impreterivelmente.

Concorra a bolsas de estudo**

O IBEMF (Instituto Brasileiro de Estudos para o Mercado Financeiro), parceiro do Sindicato, vai garantir a todos os bancários sindicalizados que participarem da festa do dia 27, 40% de desconto em qualquer curso. Haverá ainda sorteio de três bolsas de 100% do curso online e três de 50% do curso presencial (em cada modalidade, dois cursos CPA10 e um CPA20), também exclusivamente para sindicalizados

**Sorteio só para bancários sindicalizados

Vá à festa e concorra a muitos prêmios*

• Smart tv led 43 full hd
• Smart tv led 32 full hd
• Monitor led full hd 23,8
• Mini system 220w 
• Micro-ondas 20l branco
• Purificador de água bivolt branco
• Panela elétrica de pressão digital 6 litros
• Fritadeira sem óleo air fry inox
• Cafeteira expresso
• Panela elétrica de arroz

*Sorteio só para bancários sindicalizados

O governo Bolsonaro tem pressa em aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, nome oficial da reforma da Previdência. O projeto deve ser votado em primeiro turno no plenário do Senado na terça-feira (24), segundo previsão da presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), senadora Simone Tebet (MDB-MS). A votação em segundo turno deve ser realizada no dia 10 de outubro. A pressa do governo tem um motivo claro: a reforma é injusta com o trabalhador e pune os mais pobres, sem atacar os privilégios e o objetivo do Ministro da Economia Paulo Guedes é não dar tempo da sociedade e dos parlamentares avaliaram o quanto a proposta é ruim não somente para o trabalhador, mas para a economia do país, já que reduz drasticamente o poder de compra de aposentados e pensionistas e torna mais difícil o direito à aposentadoria, aprofundando ainda mais a recessão.

O relator da PEC na Casa, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), rejeitou as 77 emendas apresentadas pelos colegas da oposição para que o texto não volte a ser analisado e votado novamente pelos deputados. Manteve apenas ajustes de temas mais polêmicos, como impedir que o valor da pensão por morte seja inferior a um salário mínimo (R$ 998), excluiu o artigo que criaria critério para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de miserabilidade; e incluiu uma regra mais benéfica de aposentadoria para trabalhadores expostos a agentes nocivos, como mineiros.

PEC paralela

Outros itens considerados injustos do texto aprovado na Câmara, como a inclusão de estados e municípios na reforma, mudanças de regras para concessão de aposentadoria por invalidez e redução de 20 anos para 15 anos do tempo mínimo de contribuição para homens que ainda vão entrar no mercado de trabalho, foram colocados outra Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 133/2019, que está sendo chamada de PEC paralela, que será analisada pelo Congresso Nacional.

Pressão Popular

Garanta a sua aposentadoria. Pressione os parlamentares. Entre no site do senado (https://www25.senado.leg.br/web/senadores/em-exercicio) e envie um email cobrando a não aprovação da PEC, que prejudica os trabalhadores.

Trabalhadores, empresários, senadores e deputados. Todos foram enganados pelo ministro da Economia do governo Bolsonaro, o banqueiro Paulo Guedes, com a proposta de reforma do sistema de aposentadorias. Segundo matéria publicada na revista Carta Capital, o projeto da chamada Nova Previdência é uma trapaça, com planilhas sem consistência construído com dados manipulados para convencer a sociedade a aprovar a proposta.

Que o plano aumenta a desigualdade, sacrifica os mais pobres (de cada R$100 economizado pelo governo, R$70 serás pago por quem ganha até dois salários mínimos), entrega o filão das aposentadorias mais bem remuneradas aos fundos e bancos privados, quebra municípios pequenos com economia movimentada principalmente por dinheiro dos aposentados, já ficou claro. Mas faltava provar a farsa. Não foi por acaso que, em abril, o Ministério da Economia decretou sigilo sobre os estudos e pareceres técnicos que embasaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Depois da aprovação do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça, o ministro Paulo Guedes desinterditou parte das informações, mas manteve na clandestinidade o essencial: as planilhas com a memória de cálculo, os pressupostos de crescimento e de emprego, quem será mais afetado, quem ficará fora e o custo para implementação de um regime de capitalização.

Contas falsificadas

Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp decidiu mostrar como o governo chegou aos números fictícios através do “A falsificação nas contas oficiais da Reforma da Previdência: o caso do Regime Geral de Previdência Social”.

“As contas oficiais da reforma da Previdência para o regime geral foram falsificadas. Comprovamos que cálculos deturpados ampararam a principal apresentação sobre a economia a ser gerada pela reforma, feita pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho, em maio no Congresso Nacional”, resume Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor do Instituto de Economia, doutor em Economia e pesquisador do Cecon-Unicamp, ex-professor visitante na Universidade da Califórnia em Berkeley e coordenador da equipe responsável pelo estudo, divulgado em uma nota técnica.

A construção da mentira

Os pesquisadores auditaram os cálculos oficiais da Secretaria da Previdência obtidos através da Lei de Acesso à Informação e encontraram os seguintes indícios de falsificação ou, no mínimo, incompetência.

  • Os cálculos inflam o custo fiscal das aposentadorias atuais para justificar a reforma e exageram a economia fiscal e o impacto positivo da Nova Previdência sobre a desigualdade.
  • Ao contrário, as aposentadorias por tempo de contribuição obtidas nas regras atuais com idades mais novas geram superávit para o Regime Geralde Previdência Social (RGPS) e têm impacto positivo sobre a desigualdade
  • A extinção da aposentadoria por tem de serviço resulta em déficit para o RGPS
  • O corte nas aposentadorias prejudica principalmente os mais pobres, agravando a desigualdade.
  • O superávit alegado pelo governo com a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição é irreal, portanto a estimativa de economia com a reforma é falsa.
  • Para o salário de R$11.770 reais, usado na simulação oficial do custo de uma aposentadoria por tempo de contribuição, o governo usa cálculos para uma aposentadoria por idade mínima.
  • O governo infla o déficit da aposentadoria por idade mínima ao superestimar a aposentadoria (ao tomar o pico e não a média dos salários) e subestimar as contribuições do empregado e, principalmente, do empregador.
  • Para o salário mínimo, o governo chega a resultados falsos, porque também troca a simulação de uma aposentadoria por tempo de contribuição por uma aposentadoria por idade mínima.  
  • Para a aposentadoria por idade, o erro advém de não considerar a condição mínima de 15 anos de tempo de contribuição ou a média da aposentadoria por idade nas regras atuais (19 anos de tempo de contribuição), e de tomar o pico e não a média dos salários; feita essa correção.
  • Para fundamentar o argumento de que a proposta combate os privilégios, o governo apresentou cálculos falsos à imprensa e aos deputados federais.
  • Ao contrário do alega o projeto, os trabalhadores com maior salário e estabilidade de emprego formal, portanto mais tempo de contribuição nos estados mais ricos contribuem mais com a Previdência do que recebem, portanto financiam a aposentadoria por idade dos trabalhadores dos estados pobres.