Imprensa

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A revista Carta Capital publicou, nesta quinta-fera (12/9) matéria intitulada “Mídia silencia vozes contrárias à reforma da Previdência de Bolsonaro”. O texto é baseado na pesquisa feita pela Intervozes “Vozes Silenciadas – Reforma da Previdência e Mídia”. Entre as principais perguntas que nortearam o levantamento estão: “Qual foi a posição editorial dos veículos de mídia neste debate? Quais foram os (as) especialistas ouvidos (as)? Como estes (as) especialistas se posicionaram em relação à proposta apresentada pelo Governo Federal?”.

Na matéria, a revista explica que o estudo analisou as edições impressas dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo publicadas no período de primeiro de janeiro a 30 de junho de 2019. “Nestas, 64% dos(as) especialistas ouvidos posicionaram-se favoravelmente à reforma da Previdência; 8,5% foram parcialmente contrários (mesmo índice daqueles cujo posicionamento não foi possível identificar) e 19% manifestaram-se contrariamente à proposta. Os que se apresentaram argumentos contrários focaram sobretudo na insatisfação com aspectos jurídicos específicos que poderiam ser identificados como inconstitucionais e na não inclusão dos militares no projeto”, frisa.

Na matéria, a Carta Capital lembra que a reforma da Previdência é a principal pauta econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL-RJ) no primeiro semestre de 2019, ganhando ampla cobertura pela imprensa tradicional. A proposta deu os primeiros passos de tramitação no Senado Federal na segunda-feira 9, em sessão temática, após ter sido aprovada por ampla maioria na Câmara dos Deputados.

Mídia parcial

A Carta Capital informa que a pesquisa mostrou que além das matérias jornalísticas, os três maiores jornais impressos de circulação nacional utilizaram seus editoriais para defender a urgência e a importância da reforma da Previdência. Durante o primeiro semestre, 267 editoriais abordaram a pauta tanto como tema central como de forma periférica (mencionando-a como necessária ou trazendo a expectativa de sua aprovação). Na Folha de S.Paulo, foram 71 editoriais; no Estado de S.Paulo, 135, e no jornal O Globo, 61. Importante mencionar que, ordinariamente, o jornal Folha de S.Paulo e O Globo publicam dois editoriais por dia, enquanto que O Estado de S.Paulo publica três editoriais por dia – havendo dias em que a reforma Previdência apareceu em mais de um editorial, o que explica o número significativamente maior se comparado ao dos outros jornais.

Na tevê

Na cobertura televisiva, analisou-se quatro semanas de edições dos telejornais Jornal Nacional (Rede Globo), Jornal da Record (Rede Record) e SBT Brasil (SBT). A primeira semana de análise de cobertura foi aquela subsequente à data de apresentação da PEC 06/2019 no Congresso Nacional, a saber, entre os dias 20 a 27 de fevereiro. A segunda semana foi a subsequente à aprovação do Relatório pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, entre os dias 23 a 30 de abril. A terceira, foi a subsequente à data de aprovação do relatório sobre a reforma pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, entre os dias 4 a 11 de julho. A quarta e última semana, a subsequente à aprovação da PEC 06/2019 pelo Plenário da Câmara dos Deputados em primeiro turno, entre os dias 12 a 19 de julho de 2019.

No caso dos telejornais, a presença de especialistas foi pequena. As respectivas edições focavam nas explicações dos pontos do projeto e davam grande espaço para as declarações de integrantes do Ministério da Fazenda responsáveis pelo texto apresentado pelo Executivo, com raríssimos contrapontos à posição oficial do governo. Dos (as) especialistas ouvidos nestes telejornais, 90% se manifestaram favoravelmente à reforma, enquanto 10% posicionaram-se contrariamente.

Mulheres silenciadas

A pesquisa também aponta a gigantesca disparidade de gênero. Nos jornais impressos, 88% dos especialistas ouvidos são do gênero masculino. Nos telejornais, a participação dos homens foi de 89%. A figura do/a “especialista” no jornalismo é aquela que, tendo estudado e conhecendo um tema específico, é escutada e apresentada pelo veículo de informação como desprovida de interesse imediato. De uso recorrente, e necessário, o/a “especialista” é quem aporta informações sobre determinado assunto a despeito do posicionamento /político-partidário que subjaz aos outros agentes envolvidos, como um ministro de Estado ou um deputado de oposição, por exemplo.

 

Após cobrança dos sindicatos e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Itaú decidiu atender a reivindicação dos bancários e vai antecipar o pagamento da 13ª cesta alimentação para 25 de outubro. Pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, os bancos têm até o dia 31 de novembro para realizar o crédito.

 Conquista dos bancários

A 13ª cesta alimentação é uma conquista dos bancários, após a mobilização da categoria na Campanha Nacional de 2015. Corresponde a mais um valor ao ano de vale-alimentação. Este ano, o VA dos bancários foi reajustado retroativamente a 1º de setembro de 2019 (data base da categoria), em 4,31%, que corresponde à reposição da inflação mais 1% de aumento real, conquistado no acordo de dois anos fechado na Campanha de 2018. Portanto, o vale-alimentação e a 13ª cesta alimentação passaram de R$ 609,88 para R$ 636,17.

“A cada direito conquistado fica mais claro para os bancários a estratégia acertada do acordo de dois anos. Em um período em que os direitos dos trabalhadores são retirados e os salários arrochados, com muitos trabalhadores não conseguindo sequer repor as perdas da inflação, a categoria garantiu o aumento real de salários, que incide sobre a PLR e as demais verbas, como os tíquetes refeição e alimentação e a 13º cesta. As garantias da Convenção Coletiva devem ser, sim, celebradas”, afirma a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.

Enquanto a economia brasileira registrava um crescimento insignificante do Produto Interno Bruto (PIB), de 0,4%, no segundo semestre, o sistema financeiro aparecia como um paraíso no meio da estagnação e da recessão dos demais setores em função da política econômica do governo Bolsonaro. Os cinco maiores bancos lucraram juntos, fantásticos R$ 50,5 bilhões, uma das mais altas rentabilidades do mundo e um aumento médio de 20,7% em 12 meses.

Só em tarifas os bancos arrecadaram apenas no primeiro semestre um total de R$ 69,9 bilhões, alta média de 4,5%, comparado ao mesmo período do ano anterior. Com este montante cobriram com folga todas as despesas com pessoal incluindo nessa conta o pagamento da PLR e com os planos de demissão. Mas o aumento das tarifas cobradas aos clientes não se refletiu em melhora da qualidade do atendimento, pelo contrário. Houve redução de vagas no Itaú, no BB e Caixa Econômica Federal, aumentando as filas e o tempo de atendimento.

Grande parte dos correntistas, e não correntistas que fazem uso dos bancos para pagamento de contas, por exemplo, não sabem lidar com as plataformas digitais ou máquinas das agências. Com isto, somado à contínua redução de funcionários, estas milhões de pessoas tiveram dificultado ainda mais o atendimento.

A exploração, obviamente, também atingiu os bancários. A redução do número de vagas, provocou o aumento da sobrecarga de trabalho e do adoecimento, além de só contribuir para o aumento do desemprego, embora os bancos não apresentem qualquer dificuldade econômica.

Juros altíssimos

Outro ingrediente determinante no aumento dos lucros, foram os juros, uma das taxas maias altas do planeta. Segundo o Banco Central a taxa média do cartão de crédito rotativo foi de 300,29% ao ano em julho, contra 300,09% em junho. A do cheque especial foi de 318, 65%, em julho, contra 303,19%. A reforma da Previdência também ajudou no aumento do lucro, fazendo com que, pelo receio de se aposentar com um valor muito baixo, ou ter direito ao benefício só muito velho, muitas pessoas procurassem a previdência privada.

Para cortar ainda mais os custos, sob a alegação de agilizar o atendimento, os bancos ampliaram o atendimento digital. Para isso, demitiram, abriram agências digitais, agências-café, investiram em aplicativos para smartphones, inteligência artificial, entre outros, que têm espaços e serviços no mesmo ambiente do atendimento bancário traz grandes preocupações quanto a segurança, além da condição de trabalho e saúde dos bancários.

O Sindicato realizou na quarta-feira, 11 de setembro, atividade que marcou o Dia Nacional de Luta em defesa do “Saúde Caixa para todos”. Dirigentes sindicais percorreram os locais de trabalho nos prédios da Caixa Econômica Federal da Almirante Barroso e do Passeio Corporate. Os sindicalistas dialogaram com os bancários sobre o direito à assistência de saúde e a importância da união e participação de todos os empregados na defesa do Saúde-Caixa. As resoluções 22 e 23 do CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), que alteram o modo de custeio do plano e podem inviabilizar a assistência aos trabalhadores.

“É um absurdo que os novos empregados, na grande maioria portadores de deficiência, entrem na Caixa e não possam usufruir do direito à assistência do Saúde Caixa. A empresa não implantou sequer o reembolso previsto no Acordo Coletivo, o que já é uma desvantagem para os recém contratados, além de influenciar diretamente no plano de saúde já existente, pois a falta de novas adesões irá acarretar irremediavelmente na insustentabilidade do sistema de a saúde dos funcionários”, disse o diretor do Sindicato Rogério Campanate.

Conquista dos trabalhadores

O diretor do Sindicato Sérgio Amorim lembrou aos funcionários que o atual modelo do plano não é uma concessão da empresa, mas sim, fruto de conquistas do sindicato na campanha salarial de 2002.

“Nosso plano se baseia na solidariedade entre os participantes que garante o acesso a saúde independentemente da idade e renda e tem se mostrado sustentável, e até superavitário, desde a sua implantação em 2004. Precisamos estar unidos para manter o Saúde Caixa para todos”, destaca.

Também participaram da atividade o diretor do Sindicato, José Ferreira e da Fetraf-RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Ricardo Maggi.

Em breve, quem possui conta-poupança na Caixa deve receber automaticamente o valor disponível em contas ativas e inativas do FGTS (com limite de R$ 500 por conta). Se você não quer receber esse dinheiro agora, saiba como cancelar pelo aplicativo da Caixa (disponível para Android e iOS).

Passo 1

Você deve, primeiramente, baixar o app na Play Store ou na App Store. Basta digitar “fgts caixa” no campo de busca. Se ainda não possuir acesso, você deve se cadastrar. Seu nome de usuário será sempre o seu CPF.

Passo 2

Abra o app e faça login. Na tela principal, toque em “FGTS e INSS”. Em seguida, expanda o item “FGTS” e toque em “Saque Imediato FGTS”.


Foto: Reprodução/Helito Beggiora

Passo 3

Marque a opção “Solicito o desfazimento do crédito automático em conta” e toque em “Continuar”. Por fim, toque em “Confirmar”.


Pronto. Dessa forma, o dinheiro continuará na(s) sua(s) conta(s) do Fundo. Lembrando que o prazo para o desfazimento do saque automático vai até 30 de abril de 2020 e também pode ser solicitado por meio do http://fgts.caixa.gov.br

No momento em que a luta contra o programa de privatização do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que já anunciou a venda de 17 estatais, se intensifica, partidos políticos, centrais sindicais, frentes de entidades do movimento social  se uniram para criar uma agenda de lutas para defender o patrimônio público, a soberania, a educação e os direitos da classe trabalhadora e de todos os brasileiros e brasileiras.

Em reunião realizada na segunda-feira (9), no Rio de Janeiro, representantes de dezenas de entidades da sociedade civil e sindicatos ratificaram o calendário unitário e geral de luta definido na reunião realizada em Brasília no dia 4 e também as iniciativas unitárias. (Confira calendário no final do texto).

Foi consenso entre os participantes que a situação é caótica e requer que a unidade seja mais forte do que nunca para que todas as riquezas nacionais não sigam o mesmo destino que teve a Liquigás. Foi acordado que todas as diferentes categorias irão se unir para defender cada uma das frentes de ataque que o governo avança.

Participaram da reunião representantes da CUT, CTB, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, dos sindicatos dos petroleiros do Rio, Norte Fluminense e Caxias, dos Correios, dos Bancários, dos Engenheiros do Rio (SENGE), dos Eletricitários, Sintergia, Moedeiros, Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (ASFOC), Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro  (Sindsama), Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), Portuários, Sinpro, Contraf, das Brigadas Populares, do Levante Popular da Juventude e das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, entre outros.

Confira a agenda de lutas:

Iniciativas unitárias

- 26 de Setembro - ato em defesa dos Correios, em Brasília. 

- 3 de Outubro - atos em defesa da Petrobrás, no Rio de Janeiro e em Curitiba. 

- 5 de Outubro - ato em defesa da Amazônia, em Marabá-PA.

- 15 de Outubro - ato em defesa dos bancos públicos, em São Paulo.

- 25 de Outubro - ato em defesa da reestatização da Vale, em Brumadinho. 

- 20 de Novembro - ato em defesa de Alcântara, com uma caravana que vai até à base.

- 18 de Outubro - ato em defesa da Eletrobrás, em Recife-PE.

 Calendário Geral

13 de setembro - Audiência Pública na ALERJ com a pauta Eletrobrás

19 de Setembro – Jornada rumo ao centenário de Paulo Freire

20 de Setembro – Dia Nacional de manifestações e paralisações contra a destruição do Brasil 

24 de Setembro – Indicativo Votação da Reforma da Previdência no Senado

26 de Setembro – Ato em Brasília em defesa dos Correios

3 de Outubro - Ato no RJ e em Curitiba em defesa da Petrobras e da Soberania 

5 de Outubro – Ato Nacional em Marabá-PA em defesa da Amazônia

15 de Outubro – Ato em São Paulo em defesa dos Bancos Públicos

16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação

17 de Outubro – Seminário no Nereu Ramos contra a violência no ambiente escolar (CNTE) 

18 de Outubro – Ato Nacional em Recife- PE em defesa da Eletrobrás

25 de Outubro – Ato em Brumadinho-MG em defesa da reestatização da Vale

20 de Novembro – Caravana em defesa da Base de Alcântara

Também foi tirado um manifesto resumindo o que une a todos neste momento, exemplificando os ataques e sintetizando os diferentes problemas que enfrentamos. Esse manifesto tem como objetivo instruir todos os movimentos que fazem parte do coletivo para direcionar suas ações de defesa por um Brasil Soberano:

POR UM BRASIL SOBERANO!

Em defesa do emprego e de nosso futuro

A nação brasileira está de joelhos perante o capital estrangeiro. Em nenhum momento da história foi tão necessária a unidade das forças democráticas e progressistas para fazer frente à tentativa de destruir um país que, nas últimas décadas, registrou vários avanços, a exemplo da inclusão social, preservação do meio ambiente, respeito à democracia, convivência pacífica com outras nações e a defesa da soberania nacional e do princípio da autodeterminação dos povos. 

As nações também podem morrer, quando desconstroem sua democracia, quando se submetem, quando se curvam aos desígnios de outras potências e renunciam a construir de forma autônoma seu próprio futuro. Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco. Está em curso também a destruição de políticas públicas conquistadas pelo povo brasileiro com muita luta: previdência (aposentadoria), saúde (SUS), educação (pública e gratuita). Este manifesto cria um movimento que tem como objetivo sensibilizar as forças democráticas e levantar a sociedade em defesa da soberania nacional.

Não é por acaso que a palavra soberania está gravada no artigo 1º da nossa Constituição, encabeçando os princípios fundamentais. Está ali para afirmar que o Brasil é um país que decide sobre seu próprio destino, protege seu território e utiliza suas riquezas em benefício de todos seus cidadãos e cidadãs. O Estado e o governo devem utilizar todos os recursos possíveis para cuidar bem da população e do seu futuro. E cuidar bem significa garantir saúde, educação, segurança, cultura e proteção social; direito ao trabalho e à aposentadoria; salário digno e crédito para produção e consumo; acesso à terra e à assistência no campo; acesso à alimentação; acesso à justiça; liberdade e democracia.

O atual governo, ultraliberal e autoritário, transformou nossa política externa em instrumento de total subordinação a outros interesses estrangeiros, como ficou patente no acordo firmado entre Mercosul-União Europeia.  Sobre a ameaça à Base de Alcântara, não aceitaremos nenhum tipo de acordo que fira a soberania nacional e os diretos das populações locais.

A proteção da Amazônia exige a presença do Estado brasileiro com forças de defesa nas fronteiras, no combate ao desmatamento e à biopirataria, na promoção das condições de vida digna para a população da região,  mas também com cientistas e pesquisadores para estudar a fauna e a flora e empregar esse conhecimento na medicina, na farmacologia, na segurança alimentar e nos mais diversos campos da ciência em sintonia com os povos que vivem na floresta e a defendem.

O governo atual se propõe a acabar com empresas estratégicas como a Petrobrás, a Eletrobrás, os Correios e até mesmo a Casa da Moeda. Da mesma forma se propõe a acabar com os bancos públicos, e consequentemente com o crédito à população. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, BNB e o BASA estão ameaçados. Ao longo da história do Brasil, os bancos públicos têm sido indispensáveis ao desenvolvimento sustentável e ao progresso do país. Fazem o que nenhum banco privado quer fazer: financiar com juros acessíveis a moradia, a agricultura familiar, a infraestrutura e os investimentos de longo prazo. 

A “PEC da Morte”, que há três anos estabeleceu o teto dos gastos públicos, sequestrou parte da nossa soberania, dada pela capacidade do Estado de alocar recursos públicos conforme as necessidades da nação. O resultado é o desmonte da saúde pública, a volta de doenças que estavam controladas, a falta de medicamentos para os pobres, a volta da fome e a grave crise na educação que, neste momento, ameaça de fechamento de institutos federais, universidades públicas e centros de pesquisa, entre outros prejuízos para a população que mais precisa.

Um Brasil soberano exige a garantia de proteção social à população. É o contrário do que assistimos hoje com a revogação dos direitos trabalhistas, a redução sistemática do salário real e a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que vai destruir o regime público de aposentadoria. Seremos verdadeiramente soberanos com a implementação de políticas públicas que gerem renda e emprego, combatam as desigualdades sociais e regionais e permitam um futuro melhor para toda a nação.

O Brasil que desejamos é muito maior do que este que está sendo destruído pelo governo ultraliberal e autoritário, submisso ao sistema financeiro nacional e internacional. Convocamos todos os brasileiros e brasileiras, quaisquer que sejam suas preferências políticas e partidárias, a se unir em defesa da soberania nacional ameaçada. Neste momento dramático da vida nacional é necessária a unidade de todas as forças democráticas, movimentos populares e organizações da sociedade civil para enfrentar os vendilhões da Pátria, os destruidores de direitos e os inimigos da democracia. 

Mais uma vez, serão as forças sociais comprometidas com a democracia que mobilizarão a energia cívica necessária para retirar nossa pátria da humilhação e da vergonha e por novamente o Brasil de pé para construirmos nosso destino como nação!

Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estão indo com muita sede ao pote. O banqueiro, logo que assumiu o cargo de ministro, foi aos Estados Unidos garantir a donos de grandes empresas, bancos e fundos de investimentos com os quais se relaciona que vai vender todas as estatais. “Vamos vender tudo”, disse Guedes, muito alegre. E brincou, sem ficar vermelho: “O presidente ainda não sabe, mas vamos vender até o Palácio do Planalto”, disse, rindo, para uma plateia satisfeita.
Recentemente, Guedes colocou numa lista de privatizações 17 estatais. A população brasileira, no entanto, não concorda com esses planos entreguistas. Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha mostra que a grande maioria não está de acordo com os planos de Bolsonaro e do seu ministro-banqueiro. Segundo pesquisa divulgada na segunda-feira (9), 67% dos consultados são contrários às privatizações e apenas 25% se dizem favoráveis.
Em comparação com pesquisa do instituto realizada em dezembro e divulgada em janeiro, o número de favoráveis às privatizações despencou, indo de 36% para 25%, enquanto os contrários subiram de 60% para 67%. O levantamento foi feito em meio ao plano do governo Bolsonaro de ceder 15 estatais à iniciativa privada, entre elas, a Eletrobras, os Correios e a Casa da Moeda.
Bancos públicos
A Petrobras, que não aparece no plano de Guedes, mas tem sido alvo de um desmonte e venda de subsidiárias, como a BR Distribuidora, aparece como a empresa que os brasileiros mais defendem. Apenas 27% são a favor da privatização, enquanto 65% são contra. Os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) vêm logo em seguida, com 29% favoráveis e 65% contrários.
A privatização dos Correios, cuja venda Guedes e Bolsonaro mais defendem, aparece com a reprovação ligeiramente mais baixa, com 33% a favor e 60% contra. A aprovação das privatizações só supera a reprovação entre pessoas com renda acima de dez salários mínimos (50%), empresários (51%) e simpatizantes do PSL (67% a favor e 27% contra). Entre os que votaram em Bolsonaro em 2018, a maioria é contrária (36% a favor e 56% contra).
A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de agosto e ouviu 2.878 pessoas em 175 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Fazendo o jogo dos EUA
Após bater continência à bandeira dos Estados Unidos, não se poderia esperar outra coisa de Jair Bolsonaro que não acabar com a possibilidade de ter em seus planos a independência do Brasil em relação ao país do norte. Para tocar este projeto de submissão era preciso escolher para o Ministério da Economia um conservador que privilegiasse o interesse privado em detrimento do interesse público, do estrangeiro em relação ao nacional. Ou, em outras palavras, que se importasse em garantir mais lucros às empresas e bancos, nacionais e estrangeiros, e tivesse como prática sistemática a redução do que estivesse a serviço do desenvolvimento social e econômico brasileiro.
Melhor nome do que o do ultraconservador Paulo Guedes não poderia haver para tocar este projeto, que entre outros pontos prevê o corte dos investimentos em áreas estratégicas como educação, infraestrutura, ciência e tecnologia, saúde e habitação; a redução de direitos trabalhistas e previdenciários; a venda das empresas estatais ao capital privado; e a entrega das riquezas naturais do Brasil aos estrangeiros, como o petróleo, por exemplo. 

A Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio, através do Coletivo de Mulheres, realizado na quinta-feira (5) no auditório. O encontro das dirigentes sindicais para debater os desafios e perspectivas no Movimento Sindical foi aberto para a participação de homens e mulheres interessados em discutir as temáticas de gênero, bem como lutar em defesas das bandeiras de lutas das bancárias.

O Encontro contou com a participação do economista do DIEESE, Fenando Amorim, que apresentou um painel sobre a situação da mulher bancária no ramo financeiro. As mulheres continuam a ganhar menos que os homens, principalmente com a filosofia de política do governo atual, onde as desigualdades tendem a aumentar.

 A última mesa foi composta por Elaine Cutis (Secretária da Mulher da Contraf/Cut), Almir Aguiar (Secretário de Combate ao Racismo da Contraf/Cut), Adilson Barros (Coletivo LGBTQIA+ da Contraf/Cut) e a presidente do Sindicato, Adriana Nalesso, que discorram sobre os rumos das mulheres bancárias frente os desafios mediante a conjuntura atual, que se caracterizam por um cenário de retrocesso e é fundamental a reflexão para  encontrar saídas para o enfrentamento de todos os ataques que a mulher trabalhadora está sofrendo. Também esteve presente na mesa, a psicóloga Carina Tomas Pereira.

O Encontro “Perspectiva e Desafios da Mulher Bancária no Movimento Sindical”, marca a retomada da organização das trabalhadoras bancárias. A diretora Josiane Araújo mediou a mesa que fez um resgate da trajetória das mulheres bancárias nas lutas da categoria desde os anos 30 até o ano 2000.

Em seguida, a primeira presidente do Sindicato, Fernanda Carísio, falou da sua experiência como mulher trabalhadora e sindicalista. Embora seja significativa a presença na direção e nos desafios da categoria, as bancárias têm suas bandeiras específicas de lutas e precisam estar na agenda do movimento sindical. Fernanda ressalta a importância da união na atual conjuntura em que o governo Bolsonaro ataca os trabalhadoras e trabalhadores cortando direitos, aprofundando a reforma trabalhista iniciada no governo Temer e promovendo à reforma da previdência, cujas consequências são drásticas para as mulheres.

Estiveram presentes no encontro, representantes das secretarias de mulher do PT/RJ (Fabiana Santos), do PCdoB/RJ (Ana Rocha), PSOL/RJ (Tatianny Araújo) da Secretaria da Mulher da CTB/RJ (Kátia Branco) e da CUT/RJ (Marlene Miranda). Em suas análises da conjuntura, abordaram o papel das mulheres na luta e resistência contra o governo Bolsonaro, classificando as medidas do atual Presidente como “um governo que ataca os direitos das mulheres, é contra a educação e as liberdades democráticas”, assim destacaram.

  “Essa atividade faz parte de um conjunto de ações que visamos implementar no sentido de nos organizar e responder a altura os ataques do governo. É importante a nossa mobilização, a nossa união e torno das nossas bandeiras de luta e promover o debate e apontar caminhos para a superação dessa onda conservadora que se abateu sobre o Brasil e o mundo”, disse a diretora Kátia Branco da Secretaria de Políticas Sociais e Secretaria da Mulher da CTB-RJ.

Clique aqui para ver todas as fotos do encontro.

O Bradesco atendeu o pedido do Comando Nacional dos Bancários e vai pagar a Participação nos Lucros e/ou Resultados referente ao primeiro semestre na segunda-feira (16). O pedido de antecipação foi feito durante reunião realizada no dia 20 de agosto.

Regras da PLR

A primeira parcela da PLR 2019 é composta de regra básica e parcela adicional. A regra básica corresponde a 54% do salário mais valor fixo de R$ 1.474,42 (reajustado em 4,31%), limitado ao valor individual de R$ 7.916,81 ou a 12,8% do lucro líquido do banco apurado no 1º semestre de 2019, o que ocorrer primeiro.

A parcela adicional é a divisão linear de 2,2% do lucro líquido do 1º semestre de 2019, com limite individual de R$ 2.457,36 (reajustado em 4,31%).