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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro foi palco de do debate “Desigualdades Raciais no Mundo do Trabalho”, na segunda-feira, dia 18 de novembro. O evento, realizado no Sindicato dos Bancários da cidade imperial foi promovido pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). O secretário de Combate ao Racismo da Confederação, Almir Aguiar lembrou que “as desigualdades, que atingem a população negra, são resquícios da escravidão que perdurou por mais de 300 anos no Brasil”.
Discriminação nos bancos
A discriminação racial no mercado de trabalho no Brasil se reflete também no setor bancário, cujos números são preocupantes. O Censo da Diversidade de 2014, mapeou 24,7% de negros na categoria.
“Os negros são invisíveis nos cargos de direção, exercendo apenas funções de produção. A cor da pele é um impeditivo para ascensão profissional, e os negros recebem em média 68% da remuneração de um trabalhador não negro, sendo que a situação da bancária negra, é ainda pior”, disse Almir Aguiar.
Na avaliação do sindicalista, a discussão sobre o tema é de extrema importância, principalmente diante da atual conjuntura política que impõe um retrocesso, agravando a concentração de renda no país e a falta de oportunidades iguais, mostrando que a questão de raça ainda é fator determinante para a ascensão social.
“Este é um tema fundamental para refletirmos sobre que tipo de sociedade e nação queremos. Um país baseado na intolerância e nas desigualdades ou um Brasil mais justo com oportunidades iguais para todos. Este assunto precisa estar dioturnamente na pauta. Basta de racismo nos locais de trabalho e na vida social”, acrescentou Almir, que agradeceu ao convite do Sindicato de Petrópolis e a iniciativa dos dirigentes locais, Marcos Alvarenga, presidente da entidade e Iomar Bento Torres, Secretário de Formação Sindical.