Segunda, 18 Novembro 2019 19:01

Sindicato pressiona e consegue suspender trabalho aos sábados e elevação da jornada

Comando Nacional dos Bancários arranca compromisso da Fenaban de debater no dia 26/11, aditivo à CCT para garantir direitos da jornada e da PLR
 Adriana Nalesso (quinta da esquerda para a direita) e Vinicius de Assumpção (penúltimo, à direita) participaram da negociação do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban, no Rio Adriana Nalesso (quinta da esquerda para a direita) e Vinicius de Assumpção (penúltimo, à direita) participaram da negociação do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban, no Rio

O Comando Nacional dos Bancários conseguiu suspender os efeitos da Medida Provisória 905/2019, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro até que seja concluída a negociação com a representação da categoria. A próxima reunião está confirmada para o dia 26 de novembro, terça-feira. O acordo foi firmado na quinta-feira, 14, no Rio, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no Rio.
Os sindicatos e a Contraf-CUT repudiaram a decisão de 40 bancos que haviam anunciado a nova jornada de trabalho para os bancários, que passaria de 40 para 44 horas semanais, com o funcionamento das agências aos sábados, um antigo anseio dos banqueiros. Os bancários não aceitam também alterações da MP que permitem mudanças na PLR sem a negociação das entidades sindicais e que desrespeitem os pisos salariais da categoria, definidos na Convenção Coletiva de Trabalho. A MP de Bolsonaro permite a elevação da jornada e que os patrões paguem a PLR sem necessariamente o acordo assinado com a categoria.
A importância dos sindicatos
A presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso, que faz parte do Comando e participou da reunião no Rio, destacou a importância da mobilização da categoria para a preservação de conquistas históricas.
“Já avisamos aos bancos que se a jornada for ampliada, com trabalho também aos sábados e houver prejuízos na PLR com mudanças unilaterais, nós vamos reativar uma forte campanha nacional e não descartamos uma paralisação nacional, caso a Fenaban retire os direitos da categoria. Esperamos que os banqueiros tenham a sensibilidade de preservar esta conquista histórica através de uma saída negociada”, disse. A sindicalista lembrou ainda que “é necessário a unidade da categoria para preservar os direitos e que, mais do que nunca, o trabalhador precisa valorizar as entidades sindicais”.
A proposta do Comando é construir um aditivo à CCT, válido até dezembro de 2020, que garanta todos os direitos da categoria e neutralize a MP em todos os pontos que atingem os bancários. A comissão de negociação dos bancos se compromete a defender perante o setor a assinatura deste aditivo. Dia 26, serão debatidos os detalhes da inclusão dos compromissos firmados na CCT.

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