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Um dia depois do Comando Nacional dos Bancários reivindicar junto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) medidas efetivas contra o novo coronavírus, o Bradesco anunciou, na manhã desta terça-feira (17), algumas medidas para conter o avanço da epidemia do coronavírus. A principal delas é afastar imediatamente do trabalho, em departamentos e agências, os funcionários mais vulneráveis (mais de 60 anos, transplantados, pessoas em tratamento de câncer, estagiários, menores aprendizes e pessoas com doenças crônicas).

Grupos de risco

A partir de meio-dia desta terça, todos os trabalhadores considerados em grupos de risco devem se isolar em casa e quem tem celular corporativo deve levá-lo para o isolamento. Fazem parte deste grupo os bancários em agências ou departamento que tenham A pedido do movimento sindical, o banco incluiu ainda mulheres grávidas no grupo de pessoas vulneráveis, e estas também devem se isolar.

“O caixa que lhe dá com dinheiro e todo o pessoal que atende ao público corre risco, especialmente em unidades como na Zona Oeste e Zona Norte onde a aglomeração de pessoas é ainda maior”, afirma o diretor do Sindicato do Rio, Sérgio Menezes.

Garantir os empregos

Quem tem doença crônica deve primeiro se isolar em casa e depois comunicar o banco sobre o isolamento através do Ligue Viva Bem (0800 701-1212).
“As medidas ainda são insuficientes. Queremos também a liberação de funcionários que ficam no atendimento, redução da jornada, controle de acesso e alternativa aos pais que tiveram filhos liberados para férias escolares. É fundamental também os empregos dos bancários sejam protegidos. Os bancos não podem jogar a culpa por este colapso causado pela pandemia nos ombros do trabalhador, até porque o sistema financeiro já acumulou muito dinheiro nas últimas décadas”, acrescenta Sérgio.   

Em reunião realizada nesta segunda-feira (16), o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) criaram um comitê de crise para acompanhar as orientações das autoridades de saúde diante da pandemia gerada pelo novo coronavírus (COVID-19) e tratar das medidas a serem tomadas pelos bancos, de acordo com a evolução da epidemia.

A preocupação é garantir a saúde e a segurança dos bancários, principalmente daqueles que fazem parte do chamado grupo de risco e das mulheres em gestação. Outra questão trazida pelo Comando foi o da suspensão das aulas nas escolas e a falta de opção para os cuidados com as crianças.

“Deixar os filhos com os avós não é uma opção. Vimos em outros países, onde isso aconteceu, as crianças acabaram adoecendo os avós”, observou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Levar as crianças para o trabalho também não é uma opção. É colocar as crianças em risco. Quando os pais não tiverem com quem deixar os filhos, devem ser liberadas para realizar o teletrabalho, ou, em último caso, a antecipação das férias”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também coordenadora do Comando dos Bancários. “Todos os país com crianças em idade escolar devem ser liberados para cuidarem de seus filhos”, completou.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo ressaltou ainda que os bancários estão preocupados para saber quais serão os procedimentos que serão adotados pelos bancos.

“Recebemos diariamente demandas dos bancários na nossa base preocupados com a crise que atinge a saúde dos trabalhadores e clientes. Temos de tomar medidas urgentes para proteger a todos”, disse Ivone.

Outras reivindicações do Comando

O Comando Nacional dos Bancários enviou, na quinta-feira (12), um ofício sugerindo medidas e cobrando negociações da Fenaban sobre os procedimentos a serem adotados pelos bancos em precaução ao novo coronavírus. Entre as medidas cobradas pelo Comando Nacional dos Bancários a ser adotadas pelos bancos, estão:

  • – Comunicação preventiva sobre os cuidados a serem tomados por todos, para evitar notícias erradas ou inverídicas;
  • – Adoção do teletrabalho e, nos casos em que isso não for possível, a antecipação das férias;
  • – Suspensão das demissões;
  • – Suspensão da cobrança de metas;
  • – Controle de acesso às agências, para que não haja aglomerações;
  • – Suspensão temporária das atividades de agências em áreas de risco, como aeroportos e hospitais;
  • – Reforço nos procedimentos de limpeza dos locais de trabalho;
  • – Transparência das informações com os trabalhadores e os sindicatos;
  • – Adoção de quarentena para bancários que voltarem de viagem ao exterior;
  • – Retirada dos bancários do serviço no autotendimento;
  • – Antecipação da campanha de vacinação da gripe, como forma de facilitar a identificação dos casos de coronavírus.

Alguns procedimentos os bancos já passaram a adotar após o ofício enviado pelo Comando dos Bancários, como a comunicação preventiva; o reforço na limpeza e a adoção da quarentena para aqueles que retornem de viagens ao exterior. Sobre a antecipação da campanha de vacinação, disseram que dependem de tramites com a Receita Federal e a Anvisa, mas que já conseguiram antecipar o início, que seria no dia 22 de abril para o dia 15 de abril, mas que vão tentar negociar com os órgãos para antecipar ainda mais.

Os representantes dos bancos também disseram que existe sensibilidade com as demais reivindicações e as mesmas serão levadas como recomendação para serem adotadas por todos os bancos.

“Com relação à adoção do teletrabalho para pessoas do grupo de risco e grávidas, não queremos que seja uma recomendação da Fenaban aos bancos, mas sim uma determinação. E quando não for possível o teletrabalho, que sejam liberadas, ou antecipadas as férias”, disse Juvandia. “Sugerimos aos bancários que fazem parte destes grupos, que solicitem essa alternativa e se não forem atendidos que entrem em contato com seus sindicatos”, completou.

Os sindicatos também foram orientados a comunicar ao Comando casos concretos que possam ser tratados pelo comitê de crise, como bancários que tenham suspeitas de infecção pelo vírus, mas estão sendo obrigados a trabalhar pelo gestor de sua unidade.

“Os sindicatos vão acompanhar os procedimentos da Fenaban, procurar cada um dos bancos e cobrar a implementação das propostas apresentadas pela Comando. É importante que os bancários mantenham contato com os sindicatos para que estes cobrem dos bancos a solução para cada um dos problemas que aparecerem”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT

Garantia da ultratividade da CCT

Dada a necessidade de suspensão das conferências regionais, estaduais e nacional, além dos congressos e encontros específicos dos trabalhadores de cada banco, para evitar aglomerações e a propagação da doença, o Comando Nacional dos Bancários solicitou a ultratividade dos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que vence em 31 de agosto de 2020.

“É importante tanto para os bancários, quanto para os bancos que nossa Campanha Nacional seja representativa e garanta o direito de participação de todos. Nossas conferências começariam agora, mas assim como cobramos dos bancos, nós também temos que nos somar ao esforço para garantir a saúde da categoria”, explicou Juvandia.

A Fenaban vai levar o tema para ser debatido com os bancos e dará resposta ao Comando Nacional assim que possível.

Defesa do SUS

Após o fim da reunião com a Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários permaneceu reunido e destacou a importância da defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que limita os investimentos públicos nas áreas da saúde, educação e diversas outras políticas sociais.

“Neste momento de crise, os hospitais particulares estão se recusando a atender e a realizar testes em pacientes com suspeita de coronavírus. A situação no país só não está ainda pior porque temos o SUS. Precisamos defender e lutar por mais verbas para a Saúde, assim como a pesquisa científica”, criticou Juvandia. “A Emenda Constitucional 95 precisa ser revogada”, concluiu.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobra a ampliação e mais transparência nas orientações passadas pela Caixa Econômica Federal aos empregados por conta do COVID-19, o CoronaVirus.

“O banco emitiu o comunicado e só especificou como grupo de risco para o coronavírus as pessoas idosas, gestantes, com problemas cardíacos e diabéticos. Isso é um absurdo, já que existem pessoas soropositivas, imunodeficientes, asmáticos e outros grupos que também estão mais suscetíveis a doença. Esta orientação precisa ser atualizada e ampliada”, reivindicou Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura e representante da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco. “O banco deixou toda a responsabilidade para os empregados, sem explicar os critérios claramente e nem os canais que devem ser utilizados para cada solicitação. O banco precisa assumir a responsabilidade que tem sobre a saúde dos seus trabalhadores”, afirmou Fabiana, ao lembrar que o banco tomou algumas providências preventivas, como a possibilidade de fazer trabalho remoto em alguns casos específicos, mas que ainda são insuficientes para garantir a saúde dos empregados.

Terça, 17 Março 2020 14:45

Contraf-CUT lança conteúdo em Podcast

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apresenta nesta segunda-feira (16) um novo formato de conteúdo: o Podcast da Contraf-CUT. E como toda estreia, ela será em grande estilo, com um bate-papo com Rita von Hunty, educadora, youtuber do canal Tempero Drag e apresentadora do programa Drag Me As Queen, do Canal E!.
Durante a conversa, Rita falou sobre a importância da arte para compartilhar conhecimento e o quanto o imediatismo prejudica a produção de informação. “Vivemos numa era onde tudo deve ser imediato, feito fast-food, para ser rapidamente reproduzido”, disse a educadora.  “Isso está em diálogo com o nosso tempo, temos pouco tempo. E o que é esperado de nós é que a gente lide com as coisas em massa e o conhecimento não pode ser sistematizado sob essa lógica”, completou.
Além de muita informação e uma verdadeira aula sobre política e diversidade, Rita também falou sobre o seu sucesso crescente e sobre a criação do canal Tempero Drag, no Youtube, que já conta com 415 mil inscritos. Ela também explicou porque escolheu o tema política como seu tema principal.
O novo formato de conteúdo da Contraf-CUT abordará vários assuntos do cotidiano e relacionados à categoria bancária e será publicado semanalmente no site.

 

 

O Sindicato está preocupado com a situação de risco a que os bancários e bancárias estão expostos nas agências e unidades de trabalho diante do avanço rápido do novo coronavírus no Brasil e cobra responsabilidade dos bancos. O número de casos no país deu um salto nos últimos 20 dias.
Na reunião da última segunda-feira, 16, por videoconferência, com o Comando Nacional da categoria e a Contraf-CUT, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), mesmo diante da crise da pandemia que avança no país e no mundo, foi incapaz de tomar medidas suficientes para garantir a saúde e a vida dos bancários e da população que utiliza os serviços bancários. Os bancos apenas apontaram para a criação de um comitê de crise através de uma mesa bipartite (representantes patronais e dos trabalhadores bancários) para acompanhar a situação do vírus na categoria e dar respostas de maneira ágil. Propuseram também ampliar a comunicação interna sobre as formas de prevenção; melhorar a higienização das unidades de trabalho; suspender atividades onde há aglomerações de pessoas. Disseram ainda que cada banco está tomando “ações individualizadas” para enfrentar o problema.
Nesta quarta-feira, 18, a Fenaban se reunirá com os 157 bancos do sistema financeiro nacional para tratar do tema.
“Os bancos podem e devem mais à categoria e à sociedade pois é o setor mais lucrativo do país e nossas reivindicações não são nada absurdas. Esperamos que neste encontro a Federação dos Bancos apresente medidas conjuntas eficazes, embora achemos que essa reunião deveria ter sido antecipada frente a urgência da situação”, acrescenta Adriana.

Principais medidas reivindicadas pelo Sindicato

O Sindicato está preocupado com a situação de risco a que os bancários e bancárias estão expostos nas agências e unidades de trabalho diante do avanço rápido do novo coronavírus no Brasil e cobra responsabilidade dos bancos. O número de casos no país deu um salto nos últimos 20 dias.
Na reunião da última segunda-feira, 16, por videoconferência, com o Comando Nacional da categoria e a Contraf-CUT, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), mesmo diante da crise da pandemia que avança no país e no mundo, foi incapaz de tomar medidas suficientes para garantir a saúde e a vida dos bancários e da população que utiliza os serviços bancários. Os bancos apenas apontaram para a criação de um comitê de crise através de uma mesa bipartite (representantes patronais e dos trabalhadores bancários) para acompanhar a situação do vírus na categoria e dar respostas de maneira ágil. Propuseram também ampliar a comunicação interna sobre as formas de prevenção; melhorar a higienização das unidades de trabalho; suspender atividades onde há aglomerações de pessoas. Disseram ainda que cada banco está tomando “ações individualizadas” para enfrentar o problema.
Nesta quarta-feira, 18, a Fenaban se reunirá com os 157 bancos do sistema financeiro nacional para tratar do tema.
“Os bancos podem e devem mais à categoria e à sociedade pois é o setor mais lucrativo do país e nossas reivindicações não são nada absurdas. Esperamos que neste encontro a Federação dos Bancos apresente medidas conjuntas eficazes, embora achemos que essa reunião deveria ter sido antecipada frente a urgência da situação”, acrescenta Adriana.

 

Ao contrário da CUT e dos sindicatos, que por medida preventiva e preocupados com o crescente número de casos do novo coronavírus no Brasil e no mundo, adiaram as atividades com grande concentração de pessoas, o presidente Jair Bolsonaro descumpriu, no domingo (15), a recomendação médica de monitoramento em razão da possibilidade de ter contraído o vírus, pois treze pessoas que viajaram com ele para os Estados Unidos fizeram os exames e descobriram que pegaram coronavírus.
Como se não bastasse a sua presença em meio ao público, o presidente apertou a mão de apoiadores, tudo sob os olhares complacentes do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.
Um ato indefensável, irresponsável e um péssimo exemplo para a população.

A direção executiva do Sindicato se reuniu na última segunda-feira, 16, para tomar medidas eficazes e urgentes na prevenção e para contribuir com o combate a pandemia do novo coronavírus.
“A responsabilidade na luta contra esta terrível pandemia é de todos e nosso Sindicato fará a sua parte para proteger a saúde dos bancários e dos funcionários de nossa entidade. Toda a sociedade deve estar envolvida nesta batalha pela vida”, afirma a presidenta Adriana Nalesso.
Confira no quadro acima as principais medidas tomadas pelo Sindicato dos Bancários do Rio.

Principais ações do Sindicato

• Suspensão das atividades públicas por 15 dias
• Redução do horário de funcionamento (11h às 16h)
• Dirigentes sindicais farão escalas para garantir o funcionamento
• Fechamento da sede campestre até o final de março
• Suspensão de duas edições da versão impressa do Jornal Bancário. Estão mantidas a versão digital, site e redes sociais.
• Dirigentes sindicais e funcionários entregadores do jornal criarão uma planilha e vão pedir que ao menos um bancário de cada unidade se prontifique a fornecer o seu Whatsapp para que as edições online cheguem ao maior número possível de bancários. Cadastrar pelo site o email para receber as notícias.
• Departamento Jurídico: suspensão dos novos agendamentos, excetos casos de extrema urgência
• Liberação de funcionários considerados vulneráveis: mais de 60 anos; portadores de doenças crônicas; gestantes e mulheres em período de amamentação e cuidadores de familiares com doenças crônicas
• Higienização de toda a estrutura da entidade sindical

 

A pressão dos sindicatos garantiu avanços importantes no Plano Dental dos funcionários do Bradesco, que com razão, reclamavam que o plano é inferior ao oferecido no mercado. Os membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE) apresentaram aos representantes do banco os principais dilemas apontados pelos bancários: problemas como a dificuldade do retorno profissional quanto ao credenciamento; redução dos serviços e da rede credenciada; dificuldade de aprovação de alguns exames e site desatualizado
“Estas melhorias no plano dental são importantes, mas com um banco que lucra tanto há espaço para avançar ainda mais, como incluir procedimentos importantes para a saúde bucal, como os implantes”, avalia a diretora do Sindicato do Rio, Nanci Furtado.
Os avanços - Entre as melhorias estão o aumento da tabela de reembolso para duas vezes; a redução da coparticipação de 50% para 30% nos procedimentos de prótese cobertos pelo plano contratado e a cobertura de documentação ortodôntica (com participação de 30%).
Plano de saúde
Nanci criticou o plano de saúde dos empregados do Bradesco.
“Cada dia o banco vem com uma novidade negativa, retirando benefícios, como é o caso dos acompanhantes em caso de internação, limitados nos casos de pacientes idosos e crianças. Outro problema é a restrita rede credenciada nas especialidades essenciais, como psiquiatria, já que, em função do assédio moral é grande o número de bancários com depressão, insônia e síndrome do pânico”, ressalta.

Mesmo com todos os alertas e orientações de médicos e sanitaristas para que não haja aglomerações, a direção do Bradesco insistia em realizar um megaevento de recuperação de crédito, na última segunda-feira, 16 de março, no prédio da Senador Dantas, mesmo com o Jurídico da matriz e o setor de cobrança tendo informado de que não participariam da reunião. O Bradesco cobrava a presença dos funcionários do Departamento de Recuperação de Crédito (DRC) na reunião. Após a pressão do Sindicato, o banco finalmente adiou o encontro.
“Ninguém está imune ao Covid19. Os bancos precisam rever toda a sua rotina, deixarem de lado neste momento a obsessão pelos lucros e pensar nas pessoas, pois a prevenção ao novo coronavírus é uma responsabilidade de toda a sociedade”, disse Ricardo Ducoff, que representa o Sindicato na unidade da Senador Dantas, onde trabalha.