Imprensa

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Causou muita indignação saber que o presidente do Santander Brasil Sérgio Rial se aposentou em janeiro, aos 58 anos, e que ao mesmo tempo defende a reforma da Previdência cuja meta é fixar em 65 anos a idade mínima para o recebimento do benefício. Sem ficar vermelho, disse aos jornalistas, nesta quarta-feira (30/1) ao anunciar o lucro do banco espanhol: “Eu estou aposentado. Me aposentei, a partir de janeiro. Eu faço parte desse grupo que não ajuda [a reduzir] o déficit”.
Absurdo
Para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, o presidente do Santander deveria abrir mão de sua aposentadoria já que acha um absurdo o trabalhador se aposentar aos 58 anos. Assim, contribuiria para diminuir o falso déficit que dizem existir na Previdência e que comprovadamente não existe de acordo com dados públicos da CPI divulgados ano passado.
E acrescentou: “As pessoas realmente perderam a noção. Como ele que ganhou, segundo matéria da Folha de S. Paulo, cerca de 30 milhões de reais somente no ano passado se apressa em garantir o mesmo direito da maioria dos brasileiros que sobrevivem com um salário mínimo e dos muitos aposentados que dependem desse dinheiro para manter sua dignidade?”.
O executivo concedeu entrevista para detalhar resultados do banco. O lucro da instituição saltou 25% em 12 meses e fechou 2018 em R$ 12,4 bilhões.
Direito
O benefício do INSS é garantido a todos os brasileiros que contribuem para o sistema. Pelas regras atuais, homens trabalhadores do setor privado podem se aposentar após 35 anos de contribuição. As mulheres podem se aposentar após 30 anos de contribuição. Rial defende que homens passem a se aposentar a partir de 65 anos de idade e mulheres aos 62.
O teto do INSS é de R$ 5.839 neste ano, mas mesmo que Rial tenha contribuído sempre pelo valor máximo, o benefício pago pelo governo ao presidente do Santander deve ter sido reduzido pelo fator previdenciário, que pune “aposentadorias precoces”.

Segunda, 04 Fevereiro 2019 19:42

CCV do Itaú começa a funcionar

A Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) do Itaú começou a funcionar nesta segunda-feira (4/2). Os bancários interessados em abrir negociação com o banco, via Sindicato, para receber os valores relativos a passivos trabalhistas, devem procurar a Secretaria de Assuntos Jurídicos da entidade.
O bancário deve levar para o Sindicato, a carteira de trabalho e provas relativas às suas demandas. Com a assessoria de advogados, calculistas e diretores do Sindicato será produzido documento com os direitos reivindicados a ser enviado ao Itaú para posterior resposta. Caso seja aprovada pelo bancário, será marcada uma data e horário para a assinatura do acordo que viabilizará o pagamento.

A candidata Débora Fonseca será a nova Representante dos Funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil (Caref). Militante de base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, ela venceu a eleição com 31.294 votos, mais que o dobro dos votos de seu adversário, que obteve 14.366 votos. O pleito se encerrou nesta quinta-feira (31).
Débora agradeceu aos colegas do BB pela votação recebida e reafirmou seus compromissos permanentes de defesa e valorização do funcionalismo, de luta pelo fortalecimento do banco enquanto instituição pública a serviço da sociedade. “Agradeço especialmente àqueles que apoiaram e participaram da campanha eleitoral, às entidades sindicais e representativas com as quais atuarei sempre em unidade na defesa do BB e na construção de melhores relações de trabalho”, afirmou.
Contra a privatização
Apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e por diversos sindicatos, entre eles o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, e federações, Débora trabalhará em sintonia com o movimento sindical bancário. A luta contra a privatização do BB já anunciada pelo governo Bolsonaro será um de seus principais objetivos.

O prazo para a migração dos participantes do Plano de Benefícios 1 da Fundação Banrisul, o fundo de pensão dos funcionários do banco, aberto em 28 de janeiro, vai até 28 de março. O público-alvo são os que não participaram da migração anterior, em 2013.
Ao contrário da mudança anterior, desta vez não houve nenhuma negociação. Com isto, diversas condições são inferiores às de 2013, elaboradas por uma comissão formada pela Fundação, patrocinadores, sindicatos e associações com a Associação de Funcionários Aposentados do Banrisul (Afaban).

A Secretaria de Formação do Sindicato convida os bancários para a palestra gratuita, ministrada por professores da Academia do Concurso Público. Será dia 20 de fevereiro, às 18h30, no auditório do Sindicato (Av. Pres. Vargas, 502, 21º andar). O tema serão os concursos previstos e as carreiras. Os interessados em participar devem ligar para a secretaria de Formação, pelos telefones 2103/4138/4169. Na ocasião serão sorteadas bolsas para o curso e livros.

Segunda, 04 Fevereiro 2019 19:38

CCV NO BB Reunião nesta quarta

A diretoria do Banco do Brasil marcou para esta quarta-feira, dia 6, uma reunião com dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos para discutir a alteração unilateral em uma das regras do Termo de Conciliação Extrajudicial da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV): o BB mudou para mais de cinco anos o prazo de quitação de direitos.
Mudança prejudicial
A mudança prejudica os bancários que optem por fazer o acordo extrajudicial. A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB já tinha agenda com o banco no dia 6 para tratar das mudanças nas agências de varejo. O assunto CCV será colocado na pauta. A decisão do banco em querer mudar os termos de quitação acende um alerta sobre os acordos, já que foi sem nenhum comunicado.

A população do entorno de Brumadinho assim como a de Mariana, comunidades que foram destruídas pela lama de barragens de rejeitos tóxicos de empreendimentos da Vale, não está sozinha. Além da comoção de grande parte da população, inclusive de vários outros países, o Movimento dos Atingidos por Barragens, o MAB, tem uma militância histórica, e está sempre ao lado dessas pessoas.
Desde 1991, quando foi fundado após a reunião de vários movimentos regionais com apoio de correntes progressistas das igrejas católica e luterana e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais entre outros, o MAB não solta as mãos das populações que moram em regiões que possuem barragens, sejam elas hidrelétricas, de rejeitos, ou qualquer outro tipo.
A coordenadora Nacional do MAB, Alexania Rossato, também faz parte dessa população, já que é moradora de Nova Palma, no Rio Grande do Sul, região onde foi construída a barragem Dona Francisca. Alexania conversou com o Jornal BancáRio sobre as lutas travadas pelo movimento e sobre sua sobrevivência.

Jornal BancáRio: O MAB foi fundado em 1991. Qual era o cenário da época?
Alexania Rossato: O MAB nasceu no final do período militar quando estava em ascensão a construção de grandes barragens no Brasil, como a barragem de Sobradinho, no rio São Francisco, a de Tucuruí, no Pará, a barragem de Itaipu, enfim, muitos projetos de grandes obras de infraestrutura no nosso país, estradas, portos e também hidrelétricas. Nessa época não existia uma política de indenização das famílias e com isso nasceram organizações regionais e mais tarde, no final de 1989, foi organizada a primeira reunião nacional dos atingidos por barragens, em Goiás, em 1991 nasceu o MAB.

BancáRio: Quais as dificuldades dessa luta?
Alexania: Na verdade, quando as grandes obras eram construídas por empresas estatais era muito mais fácil para os atingidos conseguirem indenização, isso porque lidavam diretamente com o Estado. Tivemos conquistas muito significativas como reassentamentos, construções de casas, escolas, transporte, enfim uma infraestrutura muito boa, até porque as lideranças dos atingidos sabiam com quem lidar, tinha a figura que representava a empresa. A partir do momento que houve a privatização do setor elétrico, no início dos anos 2000 essa figura do responsável pelo empreendimento ficou mais difícil de ser identificada, até porque propositalmente as empresas trocam regularmente o responsável pela obra e a negociação precisa recomeçar, ficando muito mais difícil os atingidos conseguirem o reassentamento. E uma das grandes lutas do MAB é exatamente as ações de pressão, ocupação das áreas administrativas das empresas nas capitais para também chamar a atenção da sociedade e ainda organizar as famílias atingidas para que elas garantam as suas conquistas. É muito importante deixar claro que o MAB é uma organização popular, são as próprias famílias que são protagonistas dessa luta. Eu sou da coordenação, mas também sou uma das atingidas. Os militantes são deslocados nacionalmente para apoiar a busca de direito com as experiências adquiridas em outros lugares.

BancáRio: Como o Movimento dos Atingidos pelas Barragens se coloca para a sociedade?
Alexania: Queremos construir ações para uma sociedade menos desigual. É bom deixar claro que não somos contra a produção de energia. Lutamos para a mudança desse modelo existente de exploração da natureza, depredador, que exporta a energia e matéria prima beneficiando outros países em detrimento do povo brasileiro. O Brasil tem uma das melhores condições de produção de energia tanto hidrelétrica, como a solar e a eólica do mundo. Temos riquezas naturais abundantes como rios, vento, sol. No entanto, temos a sexta tarifa de energia elétrica mais cara. Depois da privatização, os valores subiram mais ainda por conta das novas regras tarifárias, que equiparam o preço da energia hídrica à energia térmica, que é a mais cara do mundo. Isso atinge toda a sociedade. Essa luta é de todo o povo brasileiro.

BancáRio: Por ser um movimento popular, como o MAB sobrevive? Quem são os apoiadores?
Alexania: Nós recebemos alguns apoios muito importantes para o desenvolvimento da nossa luta. Os próprios atingidos colaboram com o sucesso das ações além de vários sindicatos, sendo que um dos principais é o Sindicato dos Bancários do Rio. Contamos ainda com cooperação internacional de organismos que apoiaram os movimentos populares no Brasil. Nos governos populares também tivemos apoio para desenvolver o nosso trabalho avançando na conquista dos direitos das famílias atingidas pelas barragens.

BancáRio: Depois de pouco mais de três anos do acidente de Mariana, que ainda não teve nenhuma punição, aconteceu o mesmo em Brumadinho. A empresa Vale, que foi privatizada, está à frente das duas barragens que se romperam, o que esperar?
Alexania: Antes de mais nada, esperamos que o Judiciário faça a sua parte. Não só cobrando que as multas sejam pagas, como exigindo uma mudança de comportamento da empresa. Podemos considerar o crime de Brumadinho como o maior acidente trabalhista que já aconteceu no Brasil pela quantidade de trabalhadores da empresa mortos. Insistimos que não é só multar, precisa haver fiscalização real e comprometida, além de cumprimento de normas mais rígidas. Também estamos preocupados com a proposta do governo eleito de flexibilização das leis ambientais, o que poderá aumentar ainda mais crimes como estes. A população mais pobre está sempre pagando pelos erros dos mais empoderados e quando passa a comoção, acaba esquecida e abandonada. Indenização não é só dinheiro é também a realocação social das pessoas que perderam suas casas, pertences, documentos, histórias e parentes. Queremos justiça e que a Vale pague por estes crimes. O MAB vai fazer o seu papel, cobrando e lutando todos juntos. Afinal, todos nós somos atingidos por esse modelo perverso de produção de energia.

 

A diretoria do Banco do Brasil marcou para o próximo dia 6 uma reunião com dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos para discutir a alteração unilateral em uma das regras do Termo de Conciliação Extrajudicial da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV): o BB mudou para mais de cinco anos o prazo de quitação de direitos.

A mudança prejudica os bancários que optem por fazer o acordo extrajudicial. A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB já tinha agenda com o banco no dia 6 para tratar das mudanças nas agências de varejo. O assunto CCV será colocado na pauta. A decisão do banco em querer mudar os termos de quitação acende um alerta sobre os acordos, já que foi sem nenhum comunicado.

A candidata Débora Fonseca será a nova Representante dos Funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil (Caref). Militante de base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, ela venceu a eleição com 31.294 votos, mais que o dobro dos votos de seu adversário, que obteve 14.366 votos. O pleito se encerrou nesta quinta-feira (31).

Débora agradeceu aos colegas do BB pela votação recebida e reafirmou seus compromissos permanentes de defesa e valorização do funcionalismo, de luta pelo fortalecimento do banco enquanto instituição pública a serviço da sociedade. “Agradeço especialmente àqueles que apoiaram e participaram da campanha eleitoral, às entidades sindicais e representativas com as quais atuarei sempre em unidade na defesa do BB e na construção de melhores relações de trabalho”, afirmou.

Contra a privatização

Apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e por diversos sindicatos, entre eles o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, e federações, Débora trabalhará em sintonia o movimento sindical bancário. A luta contra a privatização do BB já anunciada pelo governo Bolsonaro será um de seus principais objetivos.

 

Sexta, 01 Fevereiro 2019 18:32

Sindicato pressiona e Bradesco antecipa PLR

Por pressão do Sindicato o Bradesco decidiu antecipar a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a ser paga nesta quarta-feira (6). A PLR é uma conquista dos bancários, garantida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O anúncio veio na semana em que o banco publicou o lucro líquido de 2018 de R$ 21.564 bilhões, aumento de 13,4% em relação ao ano anterior.

A PLR será paga pelo teto (a regra majorada, que é 2,2 salários com teto de R$ 27.802,48) e também o teto da parcela adicional, de R$ 4.711,52, descontada a primeira parcela, creditada em setembro de 2018. Nada mais justo já que cada vez mais o banco registra lucros expressivos e os bancários são os principais responsáveis por estes resultados extremamente positivos.