Imprensa

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Este mês, dia 5, foi comemorando o Dia do Meio Ambiente. O deputado Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Lula, destaca que não há o que comemorar: o governo Bolsonaro tem desmontado as políticas públicas de defesa ambiental, através do esvaziamento dos órgãos de fiscalização, da redução das regiões a serem reflorestadas para compensar o desmatamento, principalmente na região Amazônica, da diminuição das áreas de preservação ambiental e, ainda, da liberação de mais de 166 tipos de agrotóxicos apenas em 2019.
“O desmonte dos órgãos de defesa do meio ambiente, das áreas de preservação, da floresta, das comunidades e reservas indígenas é tão grande e absurdo que Salles (Ricardo Salles atual ministro da pasta) vem sendo chamado de ‘sinistro do desambiente’.
Ataques ao meio ambiente
O governo Bolsonaro transformou a pasta num órgão de ataque ao meio-ambiente”, denunciou. O desmonte praticamente tornou inócuas, além do Conama, instituições como o Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM Bio) para atender os interesses de quem tem práticas nocivas ao meio-ambiente.
Repercussão internacional
Minc lembrou da repercussão mundial que teve o encontro de sete ex-ministros do Meio Ambiente, entre eles o próprio Minc, Rubens Ricupero, Gustavo Krause, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Izabella Teixeira, José Sarney Filho e Edson Duarte, no dia 8 de maio, na Universidade de São Paulo (USP). Na reunião foi aprovado documento enviado ao governo federal, cobrando mudanças na política do setor.
O ex-ministro do Meio Ambiente adiantou que tanto o seu gabinete quanto entidades ligadas a esta questão e as que representam outros setores estão se mobilizando. “Pensamos, inclusive, em entrar com ações judiciais contra medidas nocivas à questão ambiental”, disse.
A íntegra da entrevista está no nosso site www.bancariosrio.org.br.

A hora extra não pode ser imposta aos que trabalham na Ouvidoria e no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), assim como nos demais setores da Vila Santander Carioca (VSC – Call Center) e para a Vila Santander Paulista (VSP). A garantia foi dada pelos representantes do Recursos Humanos do banco espanhol à Comissão de Organização dos Empregados (COE), em reunião, no último dia 12, em São Paulo.
Segundo o Santander, os bancários têm que ser consultados, podendo fazer a hora extra, ou não, segundo a sua disponibilidade. O funcionário que, por razões imprevistas, não puder comparecer ao trabalho para realizar horas extras, não poderá ser penalizado.
O banco afirmou que a hora extra não pode impactar na aderência. A hora extra é remunerada conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), e o bancário terá direito a dois vales refeição a cada dia trabalhado no final de semana. O banco informou que fará contratações para o setor de Ouvidoria.
Pesquisa de satisfação
Foram discutidos, ainda, outros pontos. Em relação à Pesquisa da Satisfação (NPS), o banco disse que deverá dar transparência, ou seja, informar claramente os trabalhadores sobre como a nota da pesquisa realizada por meio da URA (Unidade de Resposta Audível, dada pelo cliente) impacta nas avaliações dos funcionários. O banco alega que o número de trabalhadores penalizados é pequeno. A COE cobrou mais esclarecimentos em relação ao método utilizado na pesquisa da URA a serem dados numa próxima reunião e que não tenha impacto na avaliação do funcionário.
Folga Referente - As folgas relativas aos dias trabalhados nas eleições de 2018 serão todas gozadas até o final de julho de 2019, e os trabalhadores devem indicar o dia de sua preferência para usufruir desse direito. Os bancários podem gozar parte da folga referente ao final das férias, porém a opção deve ser comunicada ao banco, conforme consta no Acordo de Call Center 2017/2019 (parágrafo único da Cláusula 3ª). O banco afirmou que o acordo é para ser cumprido. Se algum gestor não acatar a determinação, o funcionário deve denunciar ao Sindicato.
Atendimento Unificado - O Sindicato reivindicou a contratação de novos funcionários. O banco alegou que tem cerca de 750 pessoas trabalhando no Conta Corrente: 450 em São Paulo e 300 no Rio de Janeiro. E que 50 atendentes de cada site foram treinados/destacados também para atender o SAC. “Mas os funcionários reclamam da forma desleixada como o Santander fez este treinamento, em duas horas apenas, não sendo suficiente para a devida qualificação”, afirmou a diretora do Sindicato e representante dos bancários do Call Center Rio de Janeiro, Fátima Guimarães.
‘É importante que seja feito um rodízio quinzenal entre os funcionários que atendem no SAC, a fim de que todos possam passar por um treinamento adequado e não fiquem sobrecarregados”, defendeu Fátima. Para o também diretor do Sindicato e representante da COE, Marcos Vicente, se trabalhadores estão sendo desviados para o atendimento no SAC é porque a qualidade de serviço do banco piorou muito devido ao grande número de demissões. Para resolver o problema teriam que ser feitas contratações e não tentar tapar o sol com a peneira”, argumentou.

Segunda, 17 Junho 2019 20:00

Copa: inscrições até o dia 28

A Comissão Organizadora da Copa Bancária lembra que as inscrições das equipes para as duas competições 2019, amadora e veteranos, podem ser feitas até o dia 28 de junho.
“Pedimos que não deixem para se inscrever na última hora, afim de facilitar a organização dos dois torneios”, explica o diretor do Sindicato, Jorge Lourenço. Mais informações pelos telefones 2103-4113/4150.

Segunda, 17 Junho 2019 19:59

Mudanças no mundo do trabalho

 

Na próxima terça-feira (25/6), o Sindicato promoverá um debate sobre as mudanças no mundo do trabalho, no auditório da entidade (Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar), às 18h30. O palestrante, especialista no assunto, é Rodrigo Nascimento.
Inscrições
Podem participar bancárias e bancários e seus dependentes, estagiários e demais interessados. As inscrições devem ser feitas na Secretaria de Formação do Sindicato, pelos telefones 2103-4138/2103-4169.
As mudanças no mundo do trabalho têm sido cada vez mais profundas e rápidas. A visão sobre estes fatos necessita ser constantemente atualizada. São novas tecnologias, previsão do fim de algumas atividades e criação de novas. Toda esta realidade diz respeito a nós, trabalhadores e nos atinge diretamente.

Com uma grande passeata que tomou a Avenida Presidente Vargas, trabalhadores de várias categorias, servidores da educação, profissionais da saúde, bancários, eletricitários, petroleiros e estudantes fecharam com chave de ouro as atividades da Greve Geral desta sexta-feira 14 de junho. Durante todo o dia em pelo menos 19 estados houve paralisações, atos e fechamento de vias importantes, como a Avenida Francisco Bicalho, próximo à Ponte Rio Niterói, no Rio de Janeiro.

O movimento é contra a proposta de emenda constitucional número 6 (PEC 6), a chamada reforma da Previdência, de autoria do governo Bolsonaro. O projeto está em tramitação no Congresso Nacional, já tendo o governo recuado de alguns pontos. Durante a passeata, o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE/RJ), Eduardo Campos, defendeu a participação cada vez maior dos estudantes, já que com a reforma também perderão o direito a se aposentar. “A PEC vai afetar quem já está no mercado de trabalho, quem já se aposentou e a juventude que ainda está estudando”, disse.

Milhões de trabalhadores de diversas categorias paralisaram suas atividades, aderindo à greve nacional convocada por todas as centrais sindicais. Entre estes, petroleiros, bancários, estivadores, portuários, metalúrgicos, profissionais da educação de escolas e universidades públicas federais e estaduais, de colégios municipais públicos e da rede privada, além de metalúrgicos, jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e parcialmente, rodoviários, metroviários e ferroviários.

Outra marca da Greve Geral foi a truculência da Ronda Especial de Controle de Multidões (Recom) da Polícia Militar fluminense, inclusive, com tiros de bala de borracha e bombas de gás ao final da passeata, quando esta já se esvaziava. O mesmo aconteceu pela manhã durante ato na Avenida Francisco Bicalho, em frente ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into).

Contra a reforma e por Lula Livre

Com quatro caminhões de som, a passeata saiu da Candelária, às 18 horas, tendo à frente uma grande faixa com a inscrição “Fora Bolsonaro”. A presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso, ainda na concentração da passeata, na Candelária, falando no caminhão de som, avaliou a greve geral como uma vitória e, ao mesmo tempo, um momento de reflexão e luta contra o projeto antipopular do governo Bolsonaro. E defendeu a libertação do ex-presidente Lula, diante das gravações que comprovam que o juiz Sérgio Moro o condenou sem provas e que agiu em conluio com procuradores de Curitiba.

“Nós, bancários, e tantas outras categorias, paramos hoje sabendo que nossa luta é legítima. Uma luta por nossos direitos à aposentadoria, que querem tirar de nós com a reforma, a um atendimento de saúde e a uma educação pública de qualidade. E mais: por democracia. Por um país onde o Judiciário aja com imparcialidade. Queremos a punição do Moro, mas defendemos também Lula Livre, já que as reportagens do Intercept mostraram que era o juiz que orientava os procuradores, sem imparcialidade, condenando o ex-presidente sem provas”, argumentou.

Adriana lembrou de outra grave pendência que é ainda não terem sido encontrados e punidos os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e de seu motorista Anderson. Lembrou, também, que recentemente o processo de investigação do assassinato do pedreiro Amarildo prescreveu, como exemplo do comportamento do Judiciário.

O presidente do Sindicato dos Eletricitários, trabalhadores do sistema Eletrobrás, Emanuel Mendes, frisou que este é um governo submisso aos interesses dos Estados Unidos, que quer entregar, além da Previdência aos bancos, também as estatais a empresas privadas nacionais e estrangeiras. “Bolsonaro e Paulo Guedes já anunciaram querer vender o sistema Eletrobrás por R$ 17 bilhões, quando vale mais de R$ 70 bilhões. E entregar todas as estatais, entre elas o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Petrobrás, Casa da Moeda e os Correios, que são patrimônio do povo brasileiro como é a Previdência Social que ele quer passar para os bancos através do sistema de capitalização”, afirmou. Para o dirigente estas lutas têm que ser uma só que terminará apenas quando este governo for derrotado.  

A reforma

A proposta de reforma da Previdência (PEC 6), em tramitação no Congresso Nacional, impõe duras alterações previdenciárias aos trabalhadores e mantém privilégios de militares, deputados, senadores, juízes e procuradores. Na prática, acaba com o direito à aposentadoria pelo Regime Geral e dos servidores civis, privatiza a Previdência Social, ao criar o sistema de capitalização, e provoca a falência da Seguridade Social (Previdência, Saúde e Assistência Social), ao eximir os empregadores de sua parcela de contribuição para o setor.

Atos e interrupção de vias no Rio de Janeiro

Por volta das 5 horas da manhã, os servidores da saúde federal participaram, com outras categorias, da interrupção do trânsito na Avenida Francisco Bicalho. Com isto paralisaram o fluxo na Ponte Rio Niterói e nas vias próximas ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into). Policiais militares da Recom agiram com extrema truculência, atirando balas de borracha e jogando bombas de efeito moral contra os manifestantes.  

Houve manifestações por categoria em vários locais do Rio de Janeiro. Em Niterói, numa passeata na Avenida Amaral Peixoto, um motorista ainda não identificado atropelou três manifestantes que sofreram ferimentos leves. Um grande ato no Comperj e outro na Refinaria Duque de Caxias, também marcaram o dia da Greve Geral no Rio. Houve manifestações em todos os demais estados.   

Por volta das 8 horas, servidores da saúde federal fizeram uma manifestação unificada em frente ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into). E outro às 10 horas no Hospital de Bonsucesso. O ato no HFB também foi acompanhado por policiais da Recom. Um deles chegou a fotografar o protesto com seu celular. Estudantes e servidores do Colégio Pedro II e das universidades públicas também promoveram manifestações durante todo o dia.

Na concentração da passeata até a Central do Brasil, pelo menos 60 mil pessoas se aglomeraram na Candelária, no Centro do Rio, no início da noite desta sexta-feira, 14, em protesto contra a Reforma da Previdência, os cortes na educação e os ataques do governo Bolsonaro contra os direitos dos trabalhadores. O ato foi realizado após um dia inteiro de greve geral convocada por algumas das principais centrais sindicais do país (CUT, CTB, CSP-Conlutas e Intersindical). Bancários, petroleiros, professores, metalúrgicos, rodoviários e diversas categorias de trabalhadores participam da manifestação.
“O povo na rua está dando um recado claro para o governo e os banqueiros que não aceitamos que o trabalhador seja o bode expiatório de um projeto que pretende retirar o direito dos brasileiros à aposentadoria e quer extinguir toda a rede de proteção social para manter o privilégio de banqueiros e especuladores. A saída da crise é mudar o modelo econômico, gerar emprego formal e renda e combater as desigualdades”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matileti.

 
 

Paralisação atinge quatro prédios e 60 agências em protesto contra a Reforma da Previdência e os ataques do governo Bolsonaro ao trabalhador

 Os bancários do Rio atenderam à convocação do Sindicato e aderiram à Greve Geral. Bancários de 60 agências participaram da paralização iniciada pela manhã desta sexta-feira (14), nas avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, Praça Pio X e vias transversais do Centro. Dirigentes sindicais convocaram os funcionários, pela manhã, a participar da passeata da Candelária para a Central do Brasil, na parte da tarde. A expectativa dos organizadores é de um grande ato, de tantos outros que estão ocorrendo por todo o Brasil em oposição à Reforma da Previdência, corte na verba para educação e outras medidas antissociais do governo Bolsonaro.

A paralisação aconteceu também nos grandes edifícios, como o Banco do Brasil, na rua Senador Dantas (Sedan) Caixa Econômica Federal na avenida Almirante Barroso; Santander, na praça Pio X e Call Center na rua São Cristóvão, na Zona Norte da Cidade.

“A categoria bancária compreendeu perfeitamente que esta Reforma da Previdência é cruel e injusta com o trabalhador e que não há nenhuma relação entre as mudanças das regras propostas pelo governo para a aposentadoria com a retomada do crescimento do país. Além disso, o projeto do ministro e banqueiro Paulo Guedes não combate os verdadeiros privilégios de juízes, políticos e militares. Ninguém que se aposenta pelo INSS tem privilégio”, disse a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso. A sindicalista lembra ainda que a educação brasileira patina nos rankings mundiais e que cortes na área como propõe Bolsonaro vai tornar o futuro do país ainda pior. “Não há uma proposta sequer deste governo que vislumbre a retomada do crescimento econômico, a geração do emprego e renda e a justiça social. Muito pelo contrário. É visível o plano de submissão do Brasil ao capital estrangeiro e de exploração do nosso povo, já tão sofrido, em prol de quem enriquece através da especulação e dos maiores juros do mundo”, acrescenta.

 

Presidente da CUT diz que a classe trabalhadora demonstrou que é contra a reforma da Previdência, que não aceita a proposta do governo, nem do relator da PEC. Segundo ele, trabalhadores irão novamente às ruas

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que as centrais sindicais e os trabalhadores e trabalhadoras do país estão dando um recado claro a Jair Bolsonaro (PSL) de que são contra a proposta de reforma da Previdência e também a proposta do relator, o deputado Samuel Moreira (PSDB-MG), que manteve a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para as mulheres, o cálculo que reduz o valor do benefício e 40 anos de contribuição para ter direito à aposentadoria.

Para Vagner, a greve geral desta sexta-feira (14), só fortaleceu a luta dos sindicatos que, com a ajuda da classe trabalhadora, vão continuar pressionando os deputados em seus redutos e bases eleitorais, avisando que não vão votar em traidores do povo, da mesma forma que os que votaram a favor da reforma Trabalhista não retornaram ao Congresso Nacional nas eleições de 2018.

“Esta greve geral está sendo exitosa, apesar das práticas antissindicais de patrões e Tribunais, mesmo com a repressão policial em vários estados. Foi maior do que a greve construída em 2017 contra a reforma de Michel Temer. E nós vamos a Brasília, vamos organizar novas manifestações, coletar assinaturas e entregar um abaixo-assinado no Congresso Nacional” , afirmou o presidente da CUT.

Para Vagner, apesar de uma parcela da imprensa tratar como greve de transportes, o balanço do movimento financeiro vai mostrar que as pessoas não foram trabalhar. Houve paralisação da produção porque muitos não saíram às ruas, sejam trabalhadores formais, informais, desempregados e desalentados.

Segundo ele, o movimento foi para que as pessoas não saíssem de casa e o vazio de algumas estações de Metrô em São Paulo e em várias capitais, por falta de passageiros, mostra que a luta foi forte e que serão realizadas quantas paralisações forem necessárias para defender a aposentadoria.

“A greve não era só do transporte, é da classe trabalhadora, dos estudantes que não aceitam essa reforma. O texto da reforma é ruim. Queremos que o governo retire toda a proposta e depois vamos discutir o que queremos”, disse Vagner.

Para o presidente da CUT, a melhor forma de resolver o caixa da Previdência é cobrar dos devedores, da apropriação indébita, reduzir juros e fazer políticas de investimentos que gerem emprego e renda.

“O governo Bolsonaro não tem política de incentivo à produção. Ele não pode se esconder atrás da pensionista e do aposentado. O Brasil precisa ser tratado com seriedade”, criticou.

Para o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, o êxito da greve geral com fábricas e comércios fechados em todo o país, é a resposta da classe trabalhadora que não aceita o desmonte patrocinado pelo governo de Jair Bolsonaro.

“A população entendeu que queremos mais empregos, queremos nos aposentar e ter mais universidades e vamos marcar uma nova greve ainda mais forte”, declarou.

Já o diretor da CUT, Julio Turra Filho, disse que o relator da reforma manteve o conteúdo mais duro do texto e o trabalhador vai trabalhar mais e ganhar menos.

“Isso não foi mudado. O relatório só mudou em parte o bode anunciado, como as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, por pressão das ruas. Já anunciaram que a capitalização pode voltar a ser colocada em votação em outro momento”, criticou.

Pressão dos bancários é fundamental para cobrar da direção do banco espanhol, explicações sobre atividade fora da jornada semanal da categoria

 O Sindicato dos Bancários do Rio convoca toda a categoria e em especial os funcionários do Santander, para comparecer às escadarias da Alerj, na segunda-feira, dia 17 de junho, a fim de cobrar do banco explicações para o trabalho realizado aos sábados que, ao contrário do que divulgou a empresa, não teve nada de “voluntário”. Neste dia haverá uma Audiência Pública para tratar do tema, a partir das 14 horas, na sala 316, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

“Hoje é com os funcionários do Santander. Amanhã pode ser com bancários de qualquer outro banco. Temos de cobrar respeito à jornada semanal da categoria e aos direitos trabalhistas e essa audiência pública é mais um passo importante contra os abusos do banco”, explica a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.

 Trabalho ilegal

 Foram cinco finais de semanas seguidos de trabalho sem qualquer proteção trabalhista e imposto pelo Santander a seus funcionários. O Sindicato dos Bancários do Rio, junto com as entidades representativas da categoria de todo o país realizaram seguidos protestos, que ganharam repercussão nas redes sociais e pressionaram a direção do banco espanhol, que insistia em tratar a atividade profissional aos sábados, como “voluntária”, a encerrar com as atividades. A pressão surtiu efeito. O banco recuou e suspendeu em várias unidades a suposta “orientação financeira” dada à população, que na verdade, era trabalho profissional aos sábados que tinha como intuito atrair clientes para os produtos do Santander, como foi comprovado pela presença de sindicalistas nas agências onde ocorreram a atividade ilegal e sem nenhuma proteção trabalhista para os empregados. A agência em um shopping de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, foi uma das unidades em que a categoria conseguiu a suspensão do trabalho fora da jornada semanal dos bancários (de segunda à sexta-feira), que é prevista na Convenção Coletiva de Trabalho e na Legislação Trabalhista.

 

Bancários, professores, metalúrgicos, trabalhadores da Educação, estudantes e docentes de universidades federais e estaduais, trabalhadores da saúde, de água e esgoto, dos Correios, da Justiça Federal, químicos e rurais, portuários, agricultores familiares, motoristas, cobradores, caminhoneiros, eletricitários, urbanitários, vigilantes, servidores públicos estaduais e federais, petroleiros, enfermeiros, metroviários, motoristas de ônibus, previdenciários e moradores de ocupações por todo o Brasil.

O que toda essa gente tem em comum? O fato de que decidiram, em assembleia e como categoria, cruzar os braços e se juntar aos atos desta sexta-feira (14), na Greve Geral contra a reforma da Previdência, contra os cortes na educação e por mais empregos.

 

As paralisações, convocadas pelas centrais CUT, CTB, Conlutas, Força Sindical e Intersindical, com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, prometem ser o ápice da luta contra os retrocessos do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Enquanto leva adiante medidas impopulares, o presidente de extrema direita vê a economia desabar diante das políticas ultraliberais de Paulo Guedes, acompanhada da deterioração de seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, após a comprovação da parcialidade do julgamento de Lula.

Como não haverá transporte público em cidades como São Paulo (SP), Porto Alegre (SP), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Brasília (DF), a paralisação se estenderá a milhões de trabalhadores que não aderiram à greve. Vários estabelecimentos na região central dessas capitais confirmaram que não abrirão as portas na sexta porque, ao que tudo indica, as ruas estarão vazias.

 

Confira a lista completa dos atos políticos marcados em todas as capitais e em várias cidades do interior, segundo levantamento da CUT:

Acre

Mobilização com piquete no local de trabalho de algumas categorias às 7h da manhã. Depois, tem ato na Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, às 10h, de onde sairá um cortejo em defesa da Previdência pública e solidária e da educação pública e mais empregos. À noite, no Cine Recreio tem noite cultural e show na Gameleira.

 

Alagoas

O ato político terá concentração às 15h na Praça do Centenário, uma das principais de Maceió. Os alagoanos e as alagoanas também vão se manifestar contra a intenção do governo Bolsonaro de privatizar o setor de saneamento básico no país, o que inclui a distribuição de água à população.

Amapá

Às 08h começa a paralisação de várias categorias e às 15 horas terá um ato "Lula Livre" na Praça da Bandeira, em Macapá.

 

Amazonas

Ato será às 15h, na Praça da Saudade em Manaus.

Bahia

O ato político será às 14 horas na Rótula do Abacaxi, na capital baiana.

Também terá mobilização em outros municípios como, Serrinha, Camaçari, Juazeiro e Porto Seguro.

Ceará

Em Fortaleza, além das paralisações previstas, acontecerá a Marcha Estadual da Classe Trabalhadora contra a Destruição da Previdência na Praça da Bandeira, no Centro, a partir das 10h30.

 

Outros municípios também se organizaram para fazer ato político.

Aquiraz - ato será na Rodoviária, às 7h30

Barreira - Praça dos Taxistas, às 8h30

Beberibe - Câmara dos Vereadores, às 8h

Caucaia - Praça da Matriz, às 8h

Crateús - Praça da Matriz, às 7h

Icó - Sede do Sindicato dos Servidores Municipais às 8h30

 

Iguatu - Praça da Caixa Econômica Federal às 8h

Iracema - Praça Casimiro Costa Moraes (Mangueira), às 7h

Itapipoca - Praça do Cafita, às 8h

Jaguaribara - Escola Estadual Liceu, às 7h

Limoeiro do Norte - INSS (Ao lado da Honda), às 8h

Maracanaú - Praça da Estação de Maracanaú, às 8h

Milhã - Sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, às 8h30

 

Nova Russas - Praça da Macavi, às 8h

Pacujá - Sede do Sindicato dos Servidores Municipais às 8h

Quixadá - Praça da Catedral às 8h

Regional Cariri – Juazeiro do Norte será no CREDE (Rua São Pedro com Rua Rui Barbosa), às 8h

Russas - Secretaria da Saúde às 7h30

Sobral - Praça de Cuba às 8h

 

Tauá - Local a confirmar

Distrito Federal

No Plano Piloto não vai ter transporte. Os cerca de 12 mil rodoviários, condutores e cobradores aprovaram em assembleia na sexta-feira (7) cruzarão os braços por 24 horas.

Não vai ter ato político organizado pela CUT, mas os sindicatos filiados estão organizando aulas públicas, assembleias, piquetes, panfletagens e muito diálogo com a população sobre reforma da Previdência, corte na educação, desemprego, acesso a terra e sobre as privatizações.

 

Espírito Santo

Sindicalistas e representantes das frentes estão fazendo reuniões para decidir local do ato.

Goiás

O ato político será às 10 horas, na Praça Cívica, em Goiânia.

Mato Grosso

A concentração do protesto será na Praça Ipiranga, em Cuiabá, às 14 horas.

Mato Grosso do Sul

 

Em Campo Grande com concentração às 09 horas na Praça do Rádio Clube

Minas Gerais

O ato unificado da CUT e demais centrais e sindicatos será às 11h, com concentração na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.

No Vale do Aço, a concentração será na Praça Domingos Silvério, conhecida como Praça dos Aposentados às 14h. Em seguida terá caminhada pelas avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga seguido com um ato político em frente ao INSS.

 

Pará

O ato será às 10 horas na Praça da República

Paraíba

CUT e demais centrais, além das frentes estão decidindo o local e horário do ato

Pernambuco

O ato será no cruzamento da Rua do Sol com Rua Guararapes, no Centro do Recife, às 14 horas.

Piauí

 

O ato político dos piauienses está marcado para às 8h, na Praça Rio Branco.

Rio de Janeiro

Ato a partir das às 15 horas na Candelária e caminhada para a Central do Brasil.

Vários municípios ainda estão se organizando para fazer atos descentralizados. Matéria será atualizada.

Rio Grande do Norte

Em Natal, o ato político será na calçada do Midway às 15 horas e termina com um show político cultural na praça de Mirassol.

 

Açu – Concentração 7h30 ao lado do INSS

Caicó – Ato público às 7h30 na Praça da Alimentação, no centro.

Mossoró – Assembleia unificada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do RN (Sinte/RN), às 7 horas.

Outros municípios também prometem atos, como em Caraúbas, Angicos, Pau dos Ferros, Apodi, Canguaretama, São Paulo do Potengi.

Rio Grande do Sul

 

A concentração do ato político será às 17h, seguida de ato, às 18h, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre.

Rondônia

O ato político será a partir das 08h, na Praça das 3 Caixas d'Água

Roraima

Em Roraima tem programação de atividades.

O ato da capital será às 15h, com passeata até a Praça do Centro Cívico

 

Em Roraima tem uma série de atividades já marcadas:

6h– Café da manhã coletivo – Universidade Federal de Roraima (UFRR)

7h30 – Ato na frente do Ibama

13h30– Concentração no Portão da UFRR (Entrada da Av. Ene Garcez).

16h– Ato "Contra a Reforma da Previdência", na Praça do Centro Cívico.

18h às 22h – Show musical e Cultural "Nenhum Direito à Menos" na praça do centro cívico.

 

Santa Catarina

Ato em Joinvile será a partir das 9h, na Praça da Bandeira.

Em Caçador, será às 14h, na Praça Nossa Senhora Aparecida

Em Criciúma, às 14h, no calçadão.

Em Blumenau, às 10h, na Praça do Teatro Carlos Gomes.

Em Chapecó, ato será Coronel Bertaso.

São Paulo

 

O ato político será na Avenida Paulista, no vão livre do Masp, a partir das 16 horas. Uma caminhada até a Praça da República está para ser confirmada.

Sergipe

Em Aracaju, vários protestos serão realizados desde a madrugada e também no turno da manhã. À tarde, a partir das 15h, na Praça General Valadão.

Tocantins

Em Palmas, a partir das 8h, na Avenida JK, próximo ao Colégio São Francisco.