Segunda, 17 Junho 2019 20:00

Santander negocia reinvindicações sobre trabalho no Call Center

A hora extra não pode ser imposta aos que trabalham na Ouvidoria e no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), assim como nos demais setores da Vila Santander Carioca (VSC – Call Center) e para a Vila Santander Paulista (VSP). A garantia foi dada pelos representantes do Recursos Humanos do banco espanhol à Comissão de Organização dos Empregados (COE), em reunião, no último dia 12, em São Paulo.
Segundo o Santander, os bancários têm que ser consultados, podendo fazer a hora extra, ou não, segundo a sua disponibilidade. O funcionário que, por razões imprevistas, não puder comparecer ao trabalho para realizar horas extras, não poderá ser penalizado.
O banco afirmou que a hora extra não pode impactar na aderência. A hora extra é remunerada conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), e o bancário terá direito a dois vales refeição a cada dia trabalhado no final de semana. O banco informou que fará contratações para o setor de Ouvidoria.
Pesquisa de satisfação
Foram discutidos, ainda, outros pontos. Em relação à Pesquisa da Satisfação (NPS), o banco disse que deverá dar transparência, ou seja, informar claramente os trabalhadores sobre como a nota da pesquisa realizada por meio da URA (Unidade de Resposta Audível, dada pelo cliente) impacta nas avaliações dos funcionários. O banco alega que o número de trabalhadores penalizados é pequeno. A COE cobrou mais esclarecimentos em relação ao método utilizado na pesquisa da URA a serem dados numa próxima reunião e que não tenha impacto na avaliação do funcionário.
Folga Referente - As folgas relativas aos dias trabalhados nas eleições de 2018 serão todas gozadas até o final de julho de 2019, e os trabalhadores devem indicar o dia de sua preferência para usufruir desse direito. Os bancários podem gozar parte da folga referente ao final das férias, porém a opção deve ser comunicada ao banco, conforme consta no Acordo de Call Center 2017/2019 (parágrafo único da Cláusula 3ª). O banco afirmou que o acordo é para ser cumprido. Se algum gestor não acatar a determinação, o funcionário deve denunciar ao Sindicato.
Atendimento Unificado - O Sindicato reivindicou a contratação de novos funcionários. O banco alegou que tem cerca de 750 pessoas trabalhando no Conta Corrente: 450 em São Paulo e 300 no Rio de Janeiro. E que 50 atendentes de cada site foram treinados/destacados também para atender o SAC. “Mas os funcionários reclamam da forma desleixada como o Santander fez este treinamento, em duas horas apenas, não sendo suficiente para a devida qualificação”, afirmou a diretora do Sindicato e representante dos bancários do Call Center Rio de Janeiro, Fátima Guimarães.
‘É importante que seja feito um rodízio quinzenal entre os funcionários que atendem no SAC, a fim de que todos possam passar por um treinamento adequado e não fiquem sobrecarregados”, defendeu Fátima. Para o também diretor do Sindicato e representante da COE, Marcos Vicente, se trabalhadores estão sendo desviados para o atendimento no SAC é porque a qualidade de serviço do banco piorou muito devido ao grande número de demissões. Para resolver o problema teriam que ser feitas contratações e não tentar tapar o sol com a peneira”, argumentou.

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