Imprensa

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Terça, 11 Junho 2019 20:11

AVISO DE GREVE

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, por sua Presidenta e para cumprimento das exigências da lei n.º 7.783/89, avisa a todas as instituições Financeiras Públicas e Privadas, usuários de seus serviços e a população em geral, que os empregados pertencentes à categoria bancária da base territorial deste sindicato, na cidade do Rio de Janeiro, em  assembléia geral extraordinária realizada em dia 11 de junho de 2019  deliberaram em paralisar suas atividades no dia 14 de junho de 2019 a partir de 00:00 hora.

Rio de Janeiro, 12 de junho de 2019.
ADRIANA DA SILVA NALESSO
Presidenta

O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, com sede na Av. Presidente Vargas 502/ 7º, 16º, 17º, 21º e 22º, andares Centro, Rio de Janeiro, através de sua Presidenta, e no uso de suas atribuições legais e estatutárias,  CONVOCA todos os seus sócios no município do Rio de Janeiro, para comparecer a Assembléia Geral Extraordinária que será realizada no dia 18 de junho de 2019, às 19:00hs em primeira convocação e 19:30hs em segunda e ultima convocação , no auditório da entidade estabelecida no endereço acima, no 21º andar, para discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia:
    
1.Eleição dos delegados representativos da Entidade junto ao 16º Congresso Estadual da CUT/RJ a ao 13º CONCUT.
Rio de Janeiro, 12 de junho de 2019.
ADRIANA DA SILVA NALESSO
Presidenta

Terça, 11 Junho 2019 20:10

Edital de Assembleia Geral Ordinária

O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, inscrito no CNPJ sob o nº 33.094.269/0001-33,com sede na Av. Presidente Vargas 502 -   16º, salas 1703, 1704 e 1705, 20º, 21º e 22º, andares Centro, Rio de Janeiro, através de sua Presidenta, e no uso de suas atribuições legais e estatutárias,  CONVOCA todos os seus sócios empregados dos bancos representados pela entidade, para a Assembléia Geral Ordinária que será realizada no dia 18 de junho de 2019, às 18:00h em primeira convocação e 18:30h em segunda e última convocação, no auditório de sua sede, para discutirem e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:
1) Apreciação e aprovação dos balanços financeiro e patrimonial relativos ao ano de 2018.
Rio de Janeiro, 12 junho de 2019.
ADRIANA DA SILVA NALESSO
Presidenta

A comissão de normas da OIT manteve o Brasil na lista de 24 países que mais violam convenções internacionais do trabalho, na manhã desta terça feira, 11 de junho. A inclusão se deu porque a reforma trabalhista aprovada no governo Temer violou a convenção 98, relativa à aplicação dos princípios do direito de organização e de negociação coletiva, ratificada pelo Brasil, que, entre outros pressupostos, obriga os estados, ao modificar leis trabalhistas, a realizar processos de ampla e transparente consulta às entidades mais representativas de empregadores e trabalhadores, o que não ocorreu no processo de elaboração da reforma.

Desde o ano passado, quando o Brasil entrou na lista, e providências foram solicitadas ao governo brasileiro para a comprovação de que a reforma trabalhista não violou as convenções que são citadas na denúncia feita pelas centrais sindicais, o governo brasileiro, em vez de cumprir com as solicitações da OIT, se engajou em um processo de tentar deslegitimar a organização e seu sistema de controle, além de atacar as entidades sindicais brasileiras e a própria OIT.

O discurso feito pelo então ministro do trabalho Helton Yomura entrou para os anais da OIT como um dos mais vergonhosos capítulos da história desta organização.

As centrais brasileiras, presentes na 108ª Conferência Internacional do Trabalho, ano do centenário da organização, celebram a decisão tomada pela Comissão de Aplicação de Normas da OIT, e reafirmam o caráter cruel e desumano da reforma trabalhista que, ao contrário do que prometia, não gerou empregos decentes, mas apenas precarização laboral, fragilização das relações de trabalho, insegurança jurídica e um aprofundamento de uma crise que somente será superada com a geração de empregos decentes, que façam com que a classe trabalhadora possa voltar a aspirar uma vida melhor e não apenas sobreviver em trabalhos intermitentes, precarizados, insalubres e enriquecendo aqueles que apoiaram esta reforma com o objetivo único de reduzir custos no lombo do trabalhador e da trabalhadora.

Seguimos em luta para que cada trabalhadora e cada trabalhador possa se desenvolver em um trabalho seguro, devidamente remunerado, socialmente protegido e com plena liberdade, e que suas organizações sindicais sejam respeitadas e lhe seja assegurado amplo e eficiente diálogo social, nos moldes do que é estabelecido pela OIT em seus princípios fundacionais e em suas convenções e recomendações.

Participação de todos os funcionários do Banco do Brasil na greve geral do dia 14 contra a reforma da Previdência e na luta para barrar a privatização do BB. Estas foram as duas principais decisões aprovadas por unanimidade neste sábado (8/6) no Encontro Interestadual dos Funcionários do banco, no auditório da CUT/RJ.

Também foi aprovada proposta de considerar prioritária a mobilização contra o assédio moral do BB sobre os funcionários que tem como objetivo pressionar pelo cumprimento de metas de venda de produtos. A proposta lembra que a ética do capital é o lucro e para alcançá-lo a evolução da cobrança em cima dos trabalhadores é cada vez mais perversa. Foram palestrantes no encontro, a integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretora do Sindicato, Rita Mota, o diretor eleito da Previ, Márcio de Souza, a representante eleita pelos funcionários no Conselho de Administração do banco (Caref), Débora Fonseca e a integrante do Conselho de Usuários da Cassi, Regina Marçal.

O encontro decidiu, ainda, que novas propostas poderão ser encaminhadas à Federação dos Bancários do Rio e Espírito Santo até a quarta-feira da próxima semana. Todas as proposições, estas novas e as já aprovadas, serão encaminhadas ao 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil a ser realizado nos dias 1º e 2 de agosto, em São Paulo. O encontro elegeu uma chapa única formada por integrantes de todas as forças políticas de esquerda da categoria bancária do Rio e Espírito Santo, da diretoria do Sindicato e da Oposição. O acordo foi necessário devido ao cenário de ataques graves aos direitos dos trabalhadores, por parte do governo Jair Bolsonaro.

Greve geral

Os participantes do encontro frisaram que a reforma da Previdência vai reduziros valores das aposentadorias e pensões, aumentar o tempo de contribuição, estabelecer idade mínima acabando com isso, na prática, com o direito à aposentadoria. Vai privatizar a Previdência pública através da criação do sistema de capitalização a ser administrado pelos bancos, através da contribuição apenas dos trabalhadores e não mais dos empregadores (bancos, demais empresas e governos).

A economia de R$ 1 trilhão em dez anos, que o ministro Paulo Guedes anuncia como essencial para tirar o país da crise que o governo mesmo gerou, vai aumentar o privilégio de militares, juízes e parlamentares e aumentar a miséria dos trabalhadores. E não vai gerar mais emprego, como promete Bolsonaro, repetindo a mentira da reforma trabalhista de Michel Temer, que prometeu que mais empregos, e nada disso, aconteceu, pelo contrário. Na verdade, a reforma vai tirar dos aposentados e trabalhadores da ativa para beneficiar os patrões, principalmente os banqueiros.

Privatização

Em relação à privatização iminente do BB, foi frisado que muitos funcionários estão iludidos e que é preciso serem conscientizados e se mobilizar para a luta contra e venda do banco. E que em caso de privatização, haverá demissão em massa. Primeiramente, porque os bancos não vão manter duas estruturas administrativas e nem os direitos que os funcionários dos bancos públicos têm a mais que os dos bancos privados. Para os participantes do encontro é preciso trazer todos os colegas do BB para essa luta, rompendo com as ilusões corporativas e individualistas.

Congresso do BB

Em um cenário de ataques, o 30º Congresso Nacional dos Funcionários do BB é uma ferramenta essencial para deter as medidas do governo que enfraquecem o banco e atacam os direitos dos funcionários e de todos os demais trabalhadores. As discussões devem girar em torno do fechamento de agências, corte nos postos de trabalho e manutenção da luta contra a resolução 23 da CGPAR. Além disso, os funcionários do BB devem debater, durante os dois dias de evento, ações para defender a Cassi e contra as ameaças aos fundos de pensão. 

Não adianta os empregados da Caixa continuarem com as negociações pontuais dos itens específicos com a direção do banco se não houver uma forte mobilização dos bancários contra o processo de privatização da empresa. A afirmação foi feita pela representante eleita do Conselho de Administração da instituição, Rita Serrano, durante o Encontro Estadual dos Empregados da Caixa, neste sábado (8), no auditório do Sindicato do Rio.
“Para defender a Funcef e o Saúde Caixa é preciso garantir a existência da Caixa enquanto banco público. Se o banco for privatizado acaba tudo, não adianta manter apenas as negociações pontuais”, disse Rita. Ela lembrou ainda que mesmo os trabalhadores que já estão aposentados pelo fundo de pensão, ao contrário do que imaginam, não estão com seus direitos garantidos.
“Vejam como exemplo o caso da Varig, em que os trabalhadores perderam tudo, todos os direitos que tinham em seu fundo de pensão”, alerta.
Ricardo Maggi, diretor da Fetraf RJ/ES e membro da Comissão de Empresa dos Empregados (CEE/Caixa) criticou a política mais conservadora de investimentos do banco em relação a Funcef, com investimentos em títulos públicos, menos rentáveis do que o mercado de ações como uma das causas da falta de reservas para enfrentar o contencioso 
valor total das ações trabalhistas que a Caixa perde na Justiça mas que a Funcef acaba pagando). Para o movimento sindical o problema não se trata de déficit do fundo de pensão, mas de consequênci as de operações propositalmente equivocadas da direção da empresa. 

Saúde Caixa

Para Fabiana Uehara, coordenadora do GT Saúde da caixa e secretaria de Cultura da Contraf, é preciso incluir os novos empregados com os mesmos direitos dos antigos para garantir a sustentabilidade do Saúde Caixa e cobrar da direção do banco os balanços que comprovem a afirmação da empresa em relação ao déficit no plano de saúde dos empregados.  


Pressão e autoritarismo

Rita disse ainda que que o cenário para os empregados no atual governo é de extremo autoritarismo. “O grau de pressão e de decisões autoritárias é violento no banco. Não dá para esperar nada de bom na atual conjuntura”, acrescenta ao se referir às transferências de trabalhadores feita de forma unilateral pela empresa para pressionar os bancários a aderir ao PDV (Plano de Demissão Voluntária) do banco. Lembrou ainda que o embate tem sido difícil, já que no Conselho de Administração são sete representantes da direção da empresa e apenas ela representa os trabalhadores.

Descapitalização da empresa

Rita criticou ainda o fatiamento da Caixa como parte do processo de privatização e que dois ativos já estão sendo vendidos ao mercado, sendo que serão ao todo pelo menos quatro ainda este ano. Alertou sobre a necessidade da Comissão de Empresa dos Empregados de cobrar sobre o grande número de empregados que estão sendo demitidos por justa causa.
“Se este processo continuar não vai sobrar nada do banco enquanto instituição pública. Se alguém tinha alguma ilusão em relação à reestruturação, agora não tem mais. Está muito claro que o esvaziamento e a descapitalização da empresa têm por objetivo a privatização da Caixa”, destaca.

Mobilização é a saída

Apesar do contexto adverso para os trabalhadores, Serrano apontou uma saída: a mobilização. Disse que a história mostra que a mudança é possível quando há capacidade de organização dos trabalhadores para reagir e lutar.
“Nossa história de organização não é de derrotas, mas de vitórias. Se não fosse a nossa luta não teríamos resistidos ao projeto privatista dos governos Collor e FHC. Nos últimos anos conseguimos, durante três anos consecutivos, impedir que a Caixa se tornasse uma empresa S/A”, relembra. Disse ainda que a população tem apego a marcas de empresas públicas e estatais importantes, como a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras. Criticou também todo o chamado processo de “reestruturação do banco”, na verdade, um desmonte para promover a privatização.
Para o movimento sindical é importante ainda desmitificar o discurso de que, se for privatizado, o banco oferecerá melhores condições de trabalho.
“Se a Caixa for privatizada, não restará nem emprego quando mais melhores condições de trabalho. É só ver o que aconteceu com as instituições privatizadas, como o Banerj aqui no Rio. Somente a nossa unidade e mobilização impedirá a entrega dos bancos públicos às instituições privadas do sistema financeiro, como conseguimos no passado”, afirma o vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti.

 

 

Durante a abertura do Encontro Estadual dos Empregados da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, na manhã deste sábado, as representantes eleitas, tanto do Conselho de Administração da CEF, Rita Serrano, quanto do BB, Débora Fonseca, frisaram a urgência de barrar a privatização dos bancos públicos. Ambas consideram que, para isto, é necessário a mobilização dos funcionários destas instituições e a ampliação do debate com a sociedade sobre as graves consequências que este projeto do governo Bolsonaro trará para a população e para todo país.
Segundo Rita, é possível impedir a execução da entrega de todo o patrimônio ao setor privado nacional e estrangeiro, mas a resistência tem que começar imediatamente. Avaliou que o projeto é o mesmo para todo o setor público, tanto para a Previdência Social, quanto para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Assistência Social, através da capitalização e outros tipos de privatização, quanto os cortes na Educação e venda de todas as estatais, incluindo aí a Caixa e o BB.


Venda da parte mais rentável


“Tem várias formas de privatizar. Através de leilões, ou da abertura de capital, como aconteceu no sistema financeiro, com o Banco do Brasil, cujo capital foi aberto em 1969 em plena ditadura militar. Não houve resistência em função da truculência do sistema. Este governo de agora decidiu fatiar e vender as partes mais lucrativas destas empresas. Na Caixa querem privatizar na totalidade as loterias, que destinam à Previdência Social 40% do seu lucro, o setor de seguros e o FGTS. O que vai sobrar? A rede de agências e os empregados”, argumentou. Frisou que, no BB, que já é sociedade anônima, vai acontecer o mesmo com cartões e seguradora, já tendo sido reduzido o financiamento agrícola. Na Petrobras, o governo quer entregar a petrolíferas estrangeiras o que resta do pré-sal e subsidiárias, como a BR Distribuidora. “E tudo com o apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu que a venda de subsidiárias de empresas públicas pode ser feita por decisão exclusiva do governo sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional.


Demissões em massa


“O cenário é igual para todas as estatais. Dentro deste projeto, já como preparação da privatização, estão demitindo em massa os concursados, como já foi feito na Casa da Moeda e Eletrobrás. O que vai acontecer também no BB e na CEF”, advertiu. Apesar do cenário sombrio, tanto para Rita, quanto para Débora, é possível barrar o projeto. Débora enfatizou que é fundamental a população saber como será prejudicada caso passem as privatizações, já que o setor privado está interessado apenas em lucrar cada vez mais e não em investir para reduzir as desigualdades sociais. "É preciso, ainda, debater e obter o apoio de prefeitos e parlamentares dos estados e municípios, alertando para os efeitos nocivos deste desmonte”, defendeu Débora. Ambas avaliaram que há uma disposição de grande parte da população de lutar contra o desmonte do setor público que Bolsonaro e Paulo Guedes querem implementar.
Para o presidente da CUT do Rio de Janeiro, o bancário da CEF, Marcelo Rodrigues, também presente à mesa de abertura dos encontros, essa disposição isso ficou comprovada nas mobilizações nacionais dos dias 15 e 30 de maio. “Mas é preciso ampliar esta resistência, principalmente construindo uma forte greve geral no dia 14 de junho contra a reforma da Previdência, os cortes na educação e as privatizações”, defendeu.
Rita lembrou que segundo pesquisa do Instituto DataFolha, 70% da população é contra a privatização de estatais. Pesquisas também mostram que os bancos públicos como a Caixa e o BB são os mais lembrados pela população, seja pela sua existência centenária e mesmo com o desmonte e redução do número de funcionários. Isso mostra a relação histórica e a importância destas instituições para o povo brasileiro.


Guedes muda o discurso


Rita lembrou que a privatização é feita para enriquecer ainda mais os ricos. “Antes eles usavam o discurso da ineficiência, caso a estatal não fosse lucrativa. Agora, como todas são altamente lucrativas, entre elas o Banco do Brasil, BNDES, Caixa, Eletrobrás e Petrobras, o Paulo Guedes passou a dizer que se é para ter lucro como uma empresa privada, melhor então, privatizar de uma vez”, afirmou. “Eles ficam escondendo a importância do setor público para a sociedade. Nos Estados Unidos, o país mais liberal do mundo, o Estado investe forte na economia. É dono da General Motors, investiu pesadamente nos bancos na crise de 2008 e tem 60% de sua rede el&eacu te;trica estatal. Na Europa, as 500 maiores empresas são estatais. Onde foi privatizado, saneamento, água e lixo estão sendo reestatizados. E, aqui no Brasil, Bolsonaro e Guedes querem acabar com o setor público, o que causará danos irreparáveis para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, prejudicando os assalariados, e só vai beneficiar os grandes grupos nacionais e estrangeiros”, afirmou Rita.

Na abertura conjunta dos Encontros Estaduais do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, na manhã deste sábado (8/6), no Rio, a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso disse que a categoria bancária tem um grande desafio: o de se unir com as demais categorias de trabalhadores para reagir aos ataques do governo aos direitos trabalhistas e previdenciários e às instituições públicas.
“Temos um desafio pela frente. O de fazer como os profissionais da educação, ir às ruas para protestar contra os ataques deste governo. Eles ainda não têm votos suficientes para aprovar a Reforma da Previdência no Congresso Nacional. Esta reforma só benéfica os bancos, que vão vender mais planos de previdenciária privada, através da capitalização. Desde o golpe que derrubou a presidenta Dilma que nós, trabalhadores, temos sofridos derrotas. Este governo não tem solução para o emprego. Na segurança pública transfere para a população a responsabilidade ao facilitar o porte de armas. Na educação promove cortes. É vis&iac ute;vel o aumento da miséria nas ruas. E a política de desmonte e de entrega do patrimônio público ameaça os bancos públicos com a privatização. É hora de irmos além da reflexão e partimos para a ação”, disse Adriana.

De olho no FGTS

Nalesso lembrou que os bancos privados estão de olho na fatia lucrativa do BB e da Caixa. “Querem entregar o FGTS para um banco privado não para promover políticas sociais, como habitação, mas para especular e ganhar ainda mais dinheiro fácil. Juntos com petroleiros, metalúrgicos, professores e demais categorias temos de enfrentar o inimigo comum neste momento, que é o atual governo”, acrescenta.
O presidente da Fetraf RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Nilton Damião, também defende a unidade e a mobilização como únicos caminhos para barrar as políticas entreguistas e antissociais do governo Bolsonaro.
“Neste momento os bancos públicos estão sendo atacados por este governo, através do desmonte, da criação de PDVs para reduzir o número de funcionários. Na Caixa estão transferindo empregados para pressionar os bancários a aderir ao PDV. No Banco do Brasil também há pressão.
“Faço um apelo à unidade dos trabalhadores. Não podemos usar a apalavra ‘eu’ neste momento, mas sempre ‘nos’. A unidade acima de tudo. Não há outra alternativa para sairmos desta crise”, disse Niltinho.

As políticas econômicas recessivas praticadas nos últimos anos no Brasil são uma das estratégias utilizadas pelos mercados para pressionar o governo a realizar reformas, como a Trabalhista, aprovada no governo Temer, e a da Previdência, proposta pela equipe econômica de Bolsonaro e que está em discussão no Congresso Nacional. A afirmação foi feita pelo técnico do Dieese-RJ, Fernando Amorim, na análise da conjuntura econômica, que abriu os debates dos Encontros Estaduais dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, na manhã deste sábado, dia 8 de junho, no auditório do Sindicato. Segundo Amorim, as “pol&iac ute;ticas pró-cíclicas contribuem para o discurso de que são necessárias reformas liberais, como privatizações e reforma da Previdência, para o país retomar o crescimento econômico”.

Impasse nas exportações


Amorim rebateu o discurso liberal dizendo que não há a relação direta entre a reforma da Previdência e a retomada do desenvolvimento. Ele considera que “outros impasses da economia explicam muito melhor a recessão, como os altos juros e a ausência de valores agregados na exportação, que repercutem na balança comercial”. Na avaliação do economista “o Brasil exporta essencialmente matéria-prima, como minério, petróleo e produtos agrícolas e o país precisa vender produtos de valor agregado, como os de intensa tecnologia, cuja participação tem sido cada vez menor nas exportações brasileiras. Desde os anos 1990, a participação destes produtos (manufaturados) nas exportações brasileiras oscila ao redor dos 40%. Entre 2007 e 2010, esta participação saltou 10 pontos percentuais, alcançando 51% das exportações brasileiras. Estudos mostram que a perda de competitividade e de mercado das exportações brasileiras de produtos com valor agregado se acentuou com a crise econômica global em 2008, com as oscilações do real frente ao dólar e devido ao aumento da participação da China no mercado mundial.

Trapalhadas de Bolsonaro
Amorim lembrou que a agropecuária tem sustentado a atividade econômica brasileira nos últimos anos, mas as “trapalhadas” de Bolsonaro e dos filhos, com posições que prejudicam a política externa, estão afetando a exportação dos produtos do setor. Citou como exemplo o reconhecimento de Bolsonaro de Jerusalém como capital de Israel e não mais Tel Aviv, o que resultou em retaliações de países árabes a produtos nacionais, como a carne e a briga com a China por questões ideológicas e para atender a pressão do governo dos EUA.

O cartel dos bancos e os juros


Os juros altos são outro aspecto fundamental que impedem o Brasil de sair da crise, segundo Fernando Amorim. Como representante do mercado especulativo, neste assunto o ministro da economia e banqueiro, Paulo Guedes, não toca, por motivos óbvios. O Brasil possui hoje a segunda maior taxa Selic (juros básicos) do mundo, atrás apenas de Madagascar. Os bancos praticam as maiores taxas de juros do mundo: 322% no cheque especial e até 430% no rotativo do cartão de crédito. O técnico do Dieese criticou ainda a redução da oferta do crédito nos bancos públicos a partir do governo Temer.
“Houve uma política mais agressiva de ofertas de crédito no setor privado, principalmente no Santander, mas os juros jamais terão redução significativas sem uma política das instituições públicas do sistema financeiro”, explica. O especialista rebateu também a retórica privatista do mercado.
“Se os bancos públicos não dão lucros satisfatórios, a retórica é de que o setor público é ineficiente e precisa ser vendid. Se dão lucro, como é o caso do Banco do Brasil neste momento, eles mudam o discurso e dizem que tem que privatizar justamente porque as empresas são lucrativas. Mudam a retórica conforme a circunstância para repetir a defesa de seus interesses privados”, acrescenta.

Inflação e salários


Em relação à inflação, Amorim destacou que a sensação das pessoas de que os índices são mais altos do que os oficiais acontecem devido a necessidade de gastos cada vez maiores com escola e planos de saúde privados, em função da deterioração dos serviços públicos nos últimos anos. Em relação à campanha salarial dos bancários deste ano, mostrou um estudo de queda dos ganhos reais dos acordos salariais fechados este ano e que a tendência é que a redução seja ainda maior em setembro, data-base da categoria, cuja previsão inflacionária é de cerca de 4%. A situação do poder de compra do trabalhador é ainda mais grave em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados em que a cesta básica teve, respectivamente, as maiores altas.

Emprego


Em relação ao emprego, o técnico do Dieese mostrou um dado preocupante, além do crescimento do desemprego: o crescimento do subemprego e da informalidade, em relação ao emprego formal. Cerca de 26% dos brasileiros trabalham por conta própria, contra 36% que estão no mercado formal privado de trabalho e 12%, no setor público.
“A formalização do mercado de trabalho aumenta a receita dos governos e o crescimento da informalidade, ao contrário, eleva o impasse do déficit público”, afirma Amorim.
Lembrou que as expectativas quanto à economia são preocupantes. Há uma tendência de redução das previsões do próprio mercado. Para este ano, já há avaliações de menos de 1% de crescimento do PIB ou mesmo de estagnação.

 
 

O projeto do Santander em realizar trabalhos aos sábados não terá continuidade. Em comunicado formalizado na quinta-feira (6), o banco confirmou para nove agências o fim das atividades de orientação financeira em várias unidades. O suposto trabalho “voluntário” tinha sido programado para acontecer em 29 agências. O comunicado menciona nove agências onde ela será descontinuada, inclusive a de Santa Cruz, no Rio (as demais são, Duque de Caxias, Niterói/RJ, Guarulhos, Largo 13 de Maio e São José dos Campos/SP, Emiliano/PR, Cabula/BA e Osvaldo Aranha/RS).

 

Não tem nada de voluntário

 

Sob forte pressão dos sindicatos, os protestos ganharam força nas redes sociais e levaram o banco espanhol a encerrar o trabalho aos sábados, que de “voluntário” não tinha nada.

Sindicatos em todo o país realizaram protestos e paralisações, denunciado a intenção do banco, que queria atrair clientes para seus produtos e serviços, desrespeitando a jornada de segunda à sexta-feira da categoria e não oferecendo nenhuma garantia trabalhista ou contrapartida para os trabalhadores. Sem a proteção dos direitos previstos na CLT e na Convenção Coletiva de Trabalho, os bancários ficaram expostos a riscos, pois como tratou as atividades como “voluntárias”, o banco não assumiria quaisquer responsabilidades em relação aos acidentes de trabalho. No Rio, o Sindicato protestou durante os cinco sábados seguidos contra o trabalho dos funcionários em um shopping onde funciona a agência de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade.  

“Além de não ser voluntária, a atividade imposta aos bancários nos finais de semana não era, na verdade, uma orientação financeira. Ficou clara a intenção da instituição de atrair clientes para vender mais e aumentar os lucros”, explica a diretora do Sindicato, Maria de Fátima.

 

Explorando brasileiros

 

O Santander é um dos bancos que mais elevam tarifas anualmente, além de fazer parte de um cartel no sistema financeiro nacional que praticam os maiores juros do mundo. O Sindicato denunciou a prática e divulgou essas informações para bancários e populares que passavam nas imediações.

Uma reportagem do Jornal do Brasil aponta que o banco cobra 20% a mais nos empréstimos para os brasileiros do que para seus patrícios, os espanhóis, país de origem da instituição. Ao todo, o percentual pode chegar a 1.761% de aumento nos serviços prestados pelo Santander.

 “Foi uma vitória de todos os bancários. Hoje é o Santander, amanhã poderia ser outra instituição financeira. Este recuo mostra que a mobilização da categoria junto ao Sindicato é o caminho para garantir vitórias e garantir direitos”, afirma o diretor do Sindicato, Marcos Vicente.