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Acabar com o Ministério do Trabalho é um retrocesso sem precedentes. Este governo eleito é a continuidade do anterior, e quer fazer com o Trabalho como foi feito com o Ministério da Previdência. Ou seja, desarticulou as políticas sociais e todo o trabalho desenvolvido pela pasta.

Paulo Paim - Senador (PT-RS)

A equipe do economista e banqueiro Paulo Guedes, futuro superministro da área econômica do governo Bolsonaro, anunciou a intenção de fusão do Banco do Brasil com o Bank of America. O objetivo seria o de “tornar a economia brasileira mais aberta e liberal”, propondo a associação do maior banco brasileiro com o líder do setor bancário norte-americano. A informação foi publicada no site Poder 360, conhecido por suas posições em prol do mercado e do liberalismo econômico. Segundo a notícia, Guedes acredita que a fusão abriria a porta para instituição estrangeira atuar no Brasil e assim “aumentar a competição no setor bancário”, altamente concentrado. Ao mesmo tempo, o Banco do Brasil iria para os EUA e levaria seu expertise para lidar com o público latino.
Falta de crédito?
Para o economista, o Brasil tem um problema crônico de “falta de crédito”. É estranha a contradição do argumento do banqueiro fundador do Banco BGT Pactual, pois são exatamente os bancos públicos que oferecem a maior parte do crédito para o desenvolvimento econômico e social, através de crédito habitacional, para agricultura familiar, programas de distribuição de renda e crédito educativo.
“Uma coisa é certa: o BB não vai passar incólume pelos 4 anos do governo de Jair Bolsonaro”, diz a matéria, que desmitifica a crença de quem dizia não acreditar que o governo eleito pautaria a privatização do BB e da Caixa.
Guedes queria Alexandre Bettamio, presidente do Bank of America para a América Latina, para presidência do BB, mas o executivo não aceitou.
“A proposta de fusão confirma nossas denúncias, durante a campanha eleitoral, de que Bolsonaro tem como uma de suas prioridades, privatizar as instituições públicas, e está claro com estas declarações que o Banco do Brasil está na mira do projeto privatista. É preciso fortalecer a mobilização para garantir o emprego dos funcionários e o papel social que somente um banco público tem interesse em exercer”, afirma Rita Mota diretora do Sindicato e membro da COE (Comissão de Empresa dos Empresa).