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O Comando Nacional dos Bancários orienta toda a categoria a se mobilizar contra o trabalho aos sábados. A definição foi tomada na noite de quarta-feira (10), em reunião realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O tema entrou na pauta devido a aprovação na Comissão Mista do relatório da MP 881, Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, na manhã desta quinta-feira (11).

“Conhecida como minirreforma trabalhista e com tramitação em tempo recorde – devido a pressão dos empresários –, o texto permite, entre outras aberrações, a liberação do trabalho aos sábados, domingos e feriados, ataque a saúde e segurança do trabalhador ao diminuir a fiscalização do meio ambiente do trabalho pelos auditores-fiscais, bem como exclui o poder de fiscalização das entidades sindicais e acaba com a obrigatoriedade da existência da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) em cada unidade com mais de 20 funcionários”, explicou Juvandia Moreira Leite, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadora do Comando Nacional.

 “Essas mudanças colocam em risco a saúde e a segurança das bancárias e dos bancários. Além da luta que já estamos travando para barrar esses absurdos na Câmara dos Deputados, precisamos que os trabalhadores nos ajudem nessa luta e faça com que essa MP seja reprovada”, afirmou Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, que está acompanhando a tramitação em Brasília. “Simplificar e desburocratizar o sistema é bem-vindo, mas aproveitar essa situação através de uma medida provisória que foi desconfigurada para atacar direitos e convenções trabalhistas, é oportunismo. Isso não aceitamos”, completou Jefão.

Antes da votação, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juntamente com a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat), encaminharam ofício ao senador Dário Berger (MDB-SC), requerendo o adiamento da votação do projeto de lei de conversão da MP 881/19.

No requerimento, as associações explicam que o texto original da MP, que estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica, foi alterado substancialmente pelo relator na Comissão Especial, com efeitos graves no mundo do trabalho e que ameaçam a segurança jurídica do país. Segundo as entidades, o projeto de lei de conversão, nos moldes propostos, padece de inconstitucionalidade, se for considerada a ADI já julgada no STF (5127), que declarou inconstitucional emenda parlamentar em projeto de conversão de MP em lei, por conteúdo temático distinto daquele originário, situação avaliada no presente caso.

Aprovada pela Comissão Mista, a MP segue para o Plenário da Câmara dos Deputados e depois para o Senado. Por isso, é importante que os trabalhadores pressionem os parlamentares. Uma ferramenta importa é o site Na Pressão, criado pela Centra Única dos Trabalhadores, para facilitar o acesso aos políticos.

Ataque à classe trabalhadora

A MP foi promulgada em 30 de abril pelo presidente Jair Bolsonaro. Os ataques do atual governo federal aos direitos dos trabalhadores não param, mesmo sem ter entrado em vigor, o pacote de maldade está sendo ampliado. Está em tramitação o Projeto de Lei de Conversão, que faz aportes à MP. Os 18 artigos da MP foram convertidos em 81 artigos do PL de conversão. Foram adicionados 63 artigos. A maioria deles desdobrados em dezenas e dezenas de parágrafos que retira os direitos dos trabalhadores.

Para a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), as mudanças desprezam os princípios de solidariedade e de proteção, de garantias e de afirmação democrática dos trabalhadores. “Esta providencia, que terá́ ou poderá́ ter caminhos legislativos atalhados, frustra a própria atividade parlamentar e exclui a sociedade do debate de tão significativas alterações. De notar, que não se pode em nome da ‘liberdade empresarial’ e da ‘flexibilização’ das normas empresariais, sua constituição, manutenção e produção, pisotear normas internacionais subscritas pelo Brasil, afastar ou dificultar a aplicação dos princípios constitucionais, notadamente de proteção de ser humano e de sua dignidade e, sobretudo, do valor social do empreendimento, que não pode atender apenas ao empreendedor, mas, sim, por ordem da Constituição, ao País pelo conceito do “valor social” da empresa”, afirma nota da instituição.

“Enfim, sombreada com o rótulo de ‘liberdade’ empresarial estão abertas mais portas e caminhos que nos levam ou podem nos levar à barbárie, produzindo uma sociedade ‘incivilizadamente moderna’, o que não desejamos, mesmo que se reconheça que devam ser facilitadas as regras de constituição de empresas”, completa o texto.

Pequeno histórico da jornada de trabalho dos bancários

Alto índice de adoecimentos levou à proibição do trabalho aos sábados, domingos e feriados e redução das horas trabalhadas.

Os bancários trabalham seis horas por dia de segunda a sexta-feira. Quem os vê trabalhando limpinhos, de terno e gravata, não sabe o que eles passam no dia a dia.

Nem todo mundo sabe, mas a jornada reduzida tem uma razão lógica. Até 1933, os bancários tinham uma jornada superior a oito horas. A categoria sofria com altos índices de adoecimento. As mais comuns eram a tuberculose e a neurose.

Tuberculose

Nos bancos por medidas de segurança, as tesourarias, onde ficavam os cofres com dinheiro, eram até dois andares abaixo do piso da agência. Neste ambiente insalubre, sem ventilação adequada, bancários passavam o dia contando manualmente dinheiro. As notas, que passavam de mão em mão, carregavam com elas os bacilos da tuberculose.

Os bancários fizeram uma grande campanha em defesa do horário higiênico. O objetivo era o de reduzir o tempo de exposição ao dinheiro. Médicos sanitaristas fizeram laudos atestando a necessidade da redução da exposição ao dinheiro.

Em 18 de abril de 1932, foi deflagrada uma greve a partir da agência do Banespa de Santos, no estado de São Paulo. A primeira mobilização do movimento sindical dos bancários e que teve entre as bandeiras mais fortes, além de melhorias salariais, as péssimas condições sanitárias das agências dos bancos.

No ano seguinte, a partir da ameaça de uma greve nacional, os sindicatos lograram uma conquista que marcou a década – a redução da jornada de trabalho diário para 06 (seis) horas, a partir de novembro de 1933 – para preservar a saúde dos bancários.

No princípio, apenas para os bancários que trabalhavam nas agências. Em 1957, foi para todos os trabalhadores do sistema bancário.

Os direitos dos bancários são resultado de muitas batalhas e mobilização ao longo dos anos. Em 1934, a campanha dos bancários buscava conquistar três direitos basicamente: aposentadoria por tempo de serviço, estabilidade no emprego e criação de uma caixa de aposentadoria e pensões. Os bancários foram a primeira categoria de trabalhadores no Brasil a organizar-se para reivindicar um sistema previdenciário mais completo e institucionalizado

No dia 5 de julho de 1934, durante três dias, deflagraram a primeira greve nacional da categoria. Conquistaram a aposentadoria aos 30 anos de serviço e 50 anos de idade, estabilidade após dois anos de serviços e a criação do IAPB –  Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários, com a administração feita pelos Sindicatos.

Foi a primeira experiência de instituto de aposentadoria, que resultaria no INPS, o IAPAS e o atual INSS. O IAPB cobria previdência e seguridade (aposentadoria, pensões e saúde) e tinha hospitais e sanatórios para acolher os bancários adoecidos.

Transtornos mentais

As doenças mentais persistem na categoria. Esse tipo de adoecimento é hoje o campeão negativo entre a categoria, superando as LER/Dorts.

Como no passado, elas são ocasionadas devido ao estresse pelo que passa a categoria. Estudos apontam que, são nas horas finais, quando os trabalhadores estão mais cansados, que ocorrem mais erros. E, quando se mexe com dinheiro, qualquer errinho pode significar o prejuízo de milhões, que são descontados dos bancários.

Além disso, a obrigatoriedade de cumprimento de metas abusivas, que não são definidas com a participação dos trabalhadores, cobrança por resultados, assédio moral são situações vividas no dia a dia dos bancos que, somadas, têm levado cada vez mais bancários ao adoecimento. Dados oficiais do INSS comprovam que as condições de trabalho da categoria, principalmente nas agências bancárias, são fatores de risco para a saúde.

Com base nas informações do INSS, a subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) fez um levantamento das principais causas de afastamentos do trabalho nos bancos são os transtornos mentais. Entre 2009 e 2013, houve aumento de 40,4% de benefícios concedidos devido a transtornos mentais.

Em 2013, o INSS concedeu 5.042 auxílio-doença e previdenciários por transtornos mentais para bancários, totalizando 27% do total de afastamentos. Doenças do sistema oesteomuscular e do tecido conjuntivo somam 4.589 casos e representam 24,6% das causas de afastamentos.

Proibição do trabalho aos sábados, domingos e feriados

A proibição do trabalho aos sábados, domingos e feriados é uma conquista de 1.962 (Lei 4.178/1962). A finalidade é proporcionar maior tempo longe do dinheiro, permitir que a categoria fique mais tempo junto à família e, assim, reduza o estresse e o adoecimento. Permitir a abertura das unidades bancárias aos sábados, domingos e feriados vai aumentar ainda mais o estresse da categoria e os índices de adoecimento.

A Comissão Especial da Medida Provisória da Liberdade Econômica (881) aprovou nesta quinta-feira, 11, o relatório do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Com isso, o texto segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados para votação.

As negociações em torno do relatório seguiram até a madrugada de quarta e, nos últimos minutos, o relator retirou pontos polêmicos que haviam sido incluídos por ele, como mudanças em regras trabalhistas e a permissão de remédios sem exigência de receita serem vendidos em supermercados e estabelecimentos do comércio varejista.

O texto aprovado mantém a espinha dorsal da medida enviada pelo governo, com pontos como retirada de todo o tipo de licença e alvará para atividades de baixo risco e prazo para a concessão para outras atividades, redução de burocracia para startups e pequenas empresas, impedimento de que fiscais tratem dois cidadãos em situações similares de forma diferente, entre outros.

O relatório também prevê a extinção do eSocial em janeiro de 2020. Por pressão do relator, o governo anunciou na terça-feira que acabará com o sistema e lançará dois novos programas para envio de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias.

Ele também inclui o fim do Bloco K, pelo qual as empresas prestam informações de produção e estoque. Em acordo com o governo, Goergen também colocou em seu parecer a criação da carteira de trabalho digital, que substituirá a de papel. A expectativa do governo é lançar o aplicativo em setembro.

Minirreforma

Associações trabalhistas reagiram ao que chamaram de "minirreforma trabalhista", incluída em versão preliminar do relatório e que acabou ficando de fora da proposta aprovada. Goergen propunha a criação de um regime especial de contratação "anticrise" que vigoraria enquanto o desemprego não ficar abaixo de 5 milhões de pessoas por 12 meses consecutivos.

Nesse regime, ficam suspensas regras que vedam o trabalho aos finais de semana e feriados, e também artigos da CLT que estabelecem jornadas especiais de trabalho, como a carga horária de 6 horas para bancários e músicos, e a proibição de contrato de trabalho por prazo determinado de mais de dois anos.

“A luta agora é no Senado. Vamos pressionar os 81 senadores e senadoras a dizer não a esse texto da reforma da Previdência. Lutaremos até o fim para impedir essa crueldade com as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros”, convocou Vagner Freitas.

O presidente da CUT está em Brasília, onde acompanha, com críticas e protesto, a votação da reforma da Previdência. A Câmara aprovou na noite desta terça-feira (10), em primeiro turno, o texto principal da proposta da reforma por 379 votos a favor e 131 contra. Eram necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados). O texto será agora submetido ao segundo turno de votação.

Para Vagner Freitas, a CUT e todo o movimento sindical têm a obrigação histórica de denunciar à sociedade em que circunstâncias foi aprovada a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro.

Uma reforma, afirma, que acaba com a aposentadoria, destrói direitos dos trabalhadores e tem como único objetivo beneficiar o poder econômico em prejuízo da maioria dos brasileiros, principalmente os mais pobres. 

A aprovação da reforma está custando caro aos brasileiros. Bolsonaro jogou pesado e com muito dinheiro dos cofres públicos para garantir os votos favoráveis. Somente em julho e às vésperas da votação, o governo liberou mais de R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares distribuídas cirurgicamente para beneficiar os deputados aliados, segundo apuração da ONG Contas abertas e dados oficiais. O presidente também gastou R$ 40 milhões em propaganda enganosa e maciça veiculada nos horários nobres de rádio e televisão para convencer a população de que essa proposta é necessária para “promover justiça social, ampliar a capacidade de investimento e gerar empregos”. Mentira.                                                           

Vagner Freitas lembra que o mesmo ocorreu com a aprovação da reforma trabalhista, em novembro de 2017, quando o governo seguiu igual roteiro de distribuir verbas e mentir que a mudança da CLT levaria ao crescimento econômico e à geração de empregos.

“Falaram, à época, que seriam gerados 2 milhões de empregos. Passados quase dois anos, o que temos são 13 milhões de desempregados, mais de 26 milhões de desalentados e o aumento da informalidade, da precarização do emprego, a redução da renda e o País em crise, estagnado. O mesmo acontecerá com essa reforma da previdência”, afirma Vagner Freitas                            

Por isso, o presidente da CUT convoca: “Vamos marcar o nome de cada um desses deputados e deputadas que votaram a favor dessa reforma, vamos denunciá-los nas redes sociais, nas bases eleitorais deles como traidores da classe trabalhadora. É nosso dever”.

Esses parlamentares, afirma Vagner, não podem se eleger em 2020 (aqueles que concorrerem a prefeituras) nem ser reeleitos ao Parlamento federal. “Não voltarão à Câmara e ao Senado, como aconteceu com a maioria dos que votaram a favor da reforma trabalhista em 2017. Nós temos condições de puni-los nas urnas”, afirmou Freitas.

Vagner também convocou os sindicatos, os movimentos sociais a prosseguir e intensificar a resistência, o enfrentamento e a luta contra a reforma da Previdência. “Nós sabemos o jogo que há por trás de tudo isso, mas ainda não acabou. Tem a votação no Senado. Vamos fazer tudo que tiver de ser feito, até o fim, contra essa reforma”

Segundo Vagner, é dever histórico seguir na luta. Ao destacar que a CUT e demais centrais sindicais, com o apoio das Frentes (Brasil Popular e Povo Sem Medo) e movimentos sociais, fizeram duas greves gerais com quase 100 milhões de trabalhadores, manifestações gigantescas, e diversas formas de enfrentamento para barrar a reforma da Previdência.

"Essas mobilizações conseguiram retirar da proposta itens caros ao governo Bolsonaro, como a capitalização, a aposentadoria dos trabalhadores rurais e de uma série de outros trabalhadores. Foram vitórias da nossa mobilização permanente, das ações e da greve geral. Vamos lutar muito por mais vitórias como essas.”

Quarta, 10 Julho 2019 21:17

Previdência: o voto de cada deputado

Por 379 votos a 131 o plenário da Câmara aprovou, em primeiro turno, o texto-base da reforma da Previdência. A aprovação se deu por margem folgada, já que eram necessários 308 votos. Os deputados vão analisar os destaques que podem modificiar trechos da proposta.

Deputado Partido Voto
Roraima (RR)
Edio Lopes PL Sim
Haroldo Cathedral PSD Sim
Hiran Gonçalves PP Sim
Jhonatan de Jesus PRB Sim
Joenia Wapichana REDE Não
Nicoletti PSL Sim
Otaci Nascimento Solidaried Sim
Shéridan PSDB Sim
Total Roraima: 8
Amapá (AP)
Acácio Favacho PROS Sim
Aline Gurgel PRB Não
André Abdon PP Sim
Camilo Capiberibe PSB Não
Leda Sadala Avante Sim
Luiz Carlos PSDB Sim
Professora Marcivania PCdoB Não
Vinicius Gurgel PL Sim
Total Amapá: 8
Pará (PA)
Airton Faleiro PT Não
Beto Faro PT Não
Cássio Andrade PSB Não
Celso Sabino PSDB Sim
Cristiano Vale PL Sim
Delegado Éder Mauro PSD Sim
Edmilson Rodrigues PSOL Não
Eduardo Costa PTB Sim
Elcione Barbalho MDB Sim
Hélio Leite DEM Sim
Joaquim Passarinho PSD Sim
José Priante MDB Sim
Júnior Ferrari PSD Sim
Nilson Pinto PSDB Sim
Olival Marques DEM Sim
Paulo Bengtson PTB Sim
Vavá Martins PRB Sim
Total Pará: 17
Amazonas (AM)
Átila Lins PP Sim
Bosco Saraiva Solidaried Sim
Capitão Alberto Neto PRB Sim
Delegado Pablo PSL Sim
José Ricardo PT Não
Marcelo Ramos PL Sim
Sidney Leite PSD Sim
Silas Câmara PRB Sim
Total Amazonas: 8
Rondonia (RO)
Coronel Chrisóstomo PSL Sim
Expedito Netto PSD Não
Jaqueline Cassol PP Sim
Léo Moraes Podemos Sim
Lucio Mosquini MDB Sim
Mariana Carvalho PSDB Sim
Mauro Nazif PSB Não
Silvia Cristina PDT Sim
Total Rondonia: 8
Acre (AC)
Alan Rick DEM Sim
Dra. Vanda Milani Solidaried Sim
Flaviano Melo MDB Sim
Jéssica Sales MDB Sim
Jesus Sérgio PDT Sim
Manuel Marcos PRB Sim
Mara Rocha PSDB Sim
Perpétua Almeida PCdoB Não
Total Acre: 8
Tocantins (TO)
Carlos Henrique Gaguim DEM Sim
Célio Moura PT Não
Dulce Miranda MDB Sim
Eli Borges Solidaried Sim
Osires Damaso PSC Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Sim
Tiago Dimas Solidaried Sim
Vicentinho Júnior PL Sim
Total Tocantins: 8
Maranhão (MA)
Aluisio Mendes Podemos Sim
André Fufuca PP Sim
Bira do Pindaré PSB Não
Cleber Verde PRB Sim
Edilázio Júnior PSD Sim
Eduardo Braide PMN Não
Gastão Vieira PROS Sim
Gil Cutrim PDT Sim
Hildo Rocha MDB Sim
João Marcelo Souza MDB Sim
Josimar Maranhãozinho PL Sim
Junior Lourenço PL Sim
Juscelino Filho DEM Sim
Márcio Jerry PCdoB Não
Marreca Filho Patriota Sim
Pastor Gildenemyr PL Sim
Pedro Lucas Fernandes PTB Sim
Zé Carlos PT Não
Total Maranhão: 18
Ceará (CE)
AJ Albuquerque PP Sim
André Figueiredo PDT Não
Aníbal Gomes DEM Sim
Capitão Wagner PROS Não
Célio Studart PV Não
Denis Bezerra PSB Não
Domingos Neto PSD Sim
Dr. Jaziel PL Sim
Eduardo Bismarck PDT Não
Genecias Noronha Solidaried Sim
Heitor Freire PSL Sim
Idilvan Alencar PDT Não
José Airton Cirilo PT Não
José Guimarães PT Não
Júnior Mano PL Sim
Leônidas Cristino PDT Não
Luizianne Lins PT Não
Moses Rodrigues MDB Sim
Pedro Augusto Bezerra PTB Sim
Robério Monteiro PDT Não
Roberto Pessoa PSDB Sim
Vaidon Oliveira PROS Sim
Total Ceará: 22
Piauí (PI)
Assis Carvalho PT Não
Átila Lira PSB Sim
Flávio Nogueira PDT Sim
Iracema Portella PP Sim
Júlio Cesar PSD Sim
Marcos Aurélio Sampaio MDB Sim
Margarete Coelho PP Sim
Marina Santos Solidaried Sim
Paes Landim PTB Sim
Rejane Dias PT Não
Total Piauí: 10
Rio Grande do Norte (RN)
Benes Leocádio PRB Sim
Beto Rosado PP Sim
Fábio Faria PSD Sim
João Maia PL Sim
Natália Bonavides PT Não
Rafael Motta PSB Não
Walter Alves MDB Sim
Total Rio Grande do Norte: 7
Paraíba (PB)
Aguinaldo Ribeiro PP Sim
Damião Feliciano PDT Não
Edna Henrique PSDB Sim
Efraim Filho DEM Sim
Frei Anastacio Ribeiro PT Não
Gervásio Maia PSB Não
Hugo Motta PRB Não
Julian Lemos PSL Sim
Pedro Cunha Lima PSDB Sim
Ruy Carneiro PSDB Sim
Wellington Roberto PL Sim
Wilson Santiago PTB Sim
Total Paraíba: 12
Pernambuco (PE)
André de Paula PSD Sim
André Ferreira PSC Sim
Augusto Coutinho Solidaried Sim
Carlos Veras PT Não
Daniel Coelho CIDADANIA Sim
Danilo Cabral PSB Não
Eduardo da Fonte PP Não
Felipe Carreras PSB Sim
Fernando Coelho Filho DEM Sim
Fernando Monteiro PP Não
Fernando Rodolfo PL Sim
Gonzaga Patriota PSB Não
João H. Campos PSB Não
Luciano Bivar PSL Sim
Marília Arraes PT Não
Ossesio Silva PRB Sim
Pastor Eurico Patriota Sim
Raul Henry MDB Sim
Renildo Calheiros PCdoB Não
Ricardo Teobaldo Podemos Sim
Sebastião Oliveira PL Sim
Silvio Costa Filho PRB Sim
Tadeu Alencar PSB Não
Túlio Gadêlha PDT Não
Wolney Queiroz PDT Não
Total Pernambuco: 25
Alagoas (AL)
Arthur Lira PP Sim
Isnaldo Bulhões Jr. MDB Sim
Jhc PSB Não
Marx Beltrão PSD Sim
Nivaldo Albuquerque PTB Sim
Paulão PT Não
Sergio Toledo PL Sim
Severino Pessoa PRB Sim
Tereza Nelma PSDB Não
Total Alagoas: 9
Sergipe (SE)
Bosco Costa PL Sim
Fábio Henrique PDT Não
Fábio Mitidieri PSD Sim
Fabio Reis MDB Sim
Gustinho Ribeiro Solidaried Sim
João Daniel PT Não
Laercio Oliveira PP Sim
Valdevan Noventa PSC Não
Total Sergipe: 8
Bahia (BA)
Abílio Santana PL Sim
Adolfo Viana PSDB Sim
Afonso Florence PT Não
Alex Santana PDT Sim
Alice Portugal PCdoB Não
Antonio Brito PSD Sim
Arthur Oliveira Maia DEM Sim
Cacá Leão PP Sim
Charles Fernandes PSD Sim
Claudio Cajado PP Sim
Daniel Almeida PCdoB Não
Elmar Nascimento DEM Sim
Félix Mendonça Júnior PDT Não
Igor Kannário PHS Sim
João Carlos Bacelar PL Sim
João Roma PRB Sim
Jorge Solla PT Não
José Nunes PSD Sim
José Rocha PL Sim
Joseildo Ramos PT Não
Leur Lomanto Júnior DEM Sim
Lídice da Mata PSB Não
Marcelo Nilo PSB Não
Márcio Marinho PRB Sim
Mário Negromonte Jr. PP Não
Nelson Pellegrino PT Não
Otto Alencar Filho PSD Sim
Pastor Sargento Isidório Avante Sim
Paulo Azi DEM Sim
Paulo Magalhães PSD Sim
Professora Dayane Pimentel PSL Sim
Raimundo Costa PL Sim
Ronaldo Carletto PP Sim
Tito Avante Sim
Uldurico Junior PROS Sim
Valmir Assunção PT Não
Waldenor Pereira PT Não
Zé Neto PT Não
Total Bahia: 38
Minas Gerais (MG)
Aécio Neves PSDB Sim
Alê Silva PSL Sim
André Janones Avante Não
Áurea Carolina PSOL Não
Bilac Pinto DEM Sim
Cabo Junio Amaral PSL Sim
Charlles Evangelista PSL Sim
Delegado Marcelo Freitas PSL Sim
Diego Andrade PSD Sim
Dimas Fabiano PP Sim
Domingos Sávio PSDB Sim
Dr. Frederico Patriota Sim
Eduardo Barbosa PSDB Sim
Emidinho Madeira PSB Sim
Eros Biondini PROS Sim
Euclydes Pettersen PSC Sim
Fábio Ramalho MDB Sim
Franco Cartafina PP Sim
Fred Costa Patriota Sim
Gilberto Abramo PRB Sim
Greyce Elias Avante Sim
Hercílio Coelho Diniz MDB Sim
Igor Timo Podemos Sim
Júlio Delgado PSB Não
Lafayette de Andrada PRB Sim
Léo Motta PSL Sim
Leonardo Monteiro PT Não
Lincoln Portela PL Sim
Lucas Gonzalez NOVO Sim
Luis Tibé Avante Sim
Marcelo Álvaro Antônio PSL Sim
Marcelo Aro PP Sim
Margarida Salomão PT Não
Mário Heringer PDT Não
Mauro Lopes MDB Sim
Misael Varella PSD Sim
Newton Cardoso Jr MDB Sim
Odair Cunha PT Não
Padre João PT Não
Patrus Ananias PT Não
Paulo Abi-Ackel PSDB Sim
Paulo Guedes PT Não
Pinheirinho PP Sim
Reginaldo Lopes PT Não
Rodrigo de Castro PSDB Sim
Rogério Correia PT Não
Stefano Aguiar PSD Sim
Subtenente Gonzaga PDT Sim
Tiago Mitraud NOVO Sim
Vilson da Fetaemg PSB Não
Weliton Prado PROS Não
Zé Silva Solidaried Sim
Zé Vitor PL Sim
Total Minas Gerais: 53
Espírito Santo (ES)
Amaro Neto PRB Sim
Da Vitória CIDADANIA Sim
Dra. Soraya Manato PSL Sim
Evair Vieira de Melo PP Sim
Felipe Rigoni PSB Sim
Helder Salomão PT Não
Lauriete PL Sim
Norma Ayub DEM Sim
Sergio Vidigal PDT Não
Ted Conti PSB Sim
Total Espírito Santo: 10
Rio de Janeiro (RJ)
Alessandro Molon PSB Não
Alexandre Serfiotis PSD Sim
Altineu Côrtes PL Sim
Aureo Ribeiro Solidaried Sim
Benedita da Silva PT Não
Carlos Jordy PSL Sim
Chico D`Angelo PDT Não
Chiquinho Brazão Avante Sim
Chris Tonietto PSL Sim
Christino Aureo PP Sim
Clarissa Garotinho PROS Não
Daniel Silveira PSL Sim
Daniela do Waguinho MDB Sim
David Miranda PSOL Não
Delegado Antônio Furtado PSL Sim
Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. PP Sim
Felício Laterça PSL Sim
Flordelis PSD Sim
Gelson Azevedo PL Sim
Glauber Braga PSOL Não
Gurgel PSL Sim
Gutemberg Reis MDB Sim
Helio Lopes PSL Sim
Hugo Leal PSD Sim
Jandira Feghali PCdoB Não
Jorge Braz PRB Sim
Juninho do Pneu DEM Sim
Lourival Gomes PSL Sim
Luiz Antônio Corrêa S.Part. Sim
Luiz Lima PSL Sim
Major Fabiana PSL Sim
Marcelo Calero CIDADANIA Sim
Marcelo Freixo PSOL Não
Márcio Labre PSL Sim
Otoni de Paula PSC Sim
Paulo Ganime NOVO Sim
Paulo Ramos PDT Não
Pedro Paulo DEM Sim
Professor Joziel PSL Sim
Rodrigo Maia DEM Sim
Rosangela Gomes PRB Sim
Soraya Santos PL Sim
Sóstenes Cavalcante DEM Sim
Talíria Petrone PSOL Não
Vinicius Farah MDB Sim
Wladimir Garotinho PSD Não
Total Rio de Janeiro: 46
São Paulo (SP)
Abou Anni PSL Sim
Adriana Ventura NOVO Sim
Alencar Santana Braga PT Não
Alex Manente CIDADANIA Sim
Alexandre Frota PSL Sim
Alexandre Leite DEM Sim
Alexandre Padilha PT Não
Alexis Fonteyne NOVO Sim
Arlindo Chinaglia PT Não
Arnaldo Jardim CIDADANIA Sim
Baleia Rossi MDB Sim
Bruna Furlan PSDB Sim
Capitão Augusto PL Sim
Carla Zambelli PSL Sim
Carlos Sampaio PSDB Sim
Carlos Zarattini PT Não
Celso Russomanno PRB Sim
Cezinha de Madureira PSD Sim
Coronel Tadeu PSL Sim
David Soares DEM Sim
Eduardo Bolsonaro PSL Sim
Eduardo Cury PSDB Sim
Eli Corrêa Filho DEM Sim
Enrico Misasi PV Sim
Fausto Pinato PP Sim
General Peternelli PSL Sim
Geninho Zuliani DEM Sim
Gilberto Nascimento PSC Sim
Guiga Peixoto PSL Sim
Guilherme Derrite PP Sim
Guilherme Mussi PP Sim
Herculano Passos MDB Sim
Ivan Valente PSOL Não
Jefferson Campos PSB Sim
Joice Hasselmann PSL Sim
Júnior Bozzella PSL Sim
Kim Kataguiri DEM Sim
Luiz Flávio Gomes PSB Sim
Luiz Philippe de Orleans e Bragança PSL Sim
Luiza Erundina PSOL Não
Marcio Alvino PL Sim
Marco Bertaiolli PSD Sim
Marcos Pereira PRB Sim
Maria Rosas PRB Sim
Miguel Lombardi PL Sim
Milton Vieira PRB Sim
Nilto Tatto PT Não
Orlando Silva PCdoB Não
Paulo Freire Costa PL Sim
Paulo Pereira da Silva Solidaried Não
Paulo Teixeira PT Não
Policial Katia Sastre PL Sim
Pr. Marco Feliciano Podemos Sim
Renata Abreu Podemos Sim
Ricardo Izar PP Sim
Roberto Alves PRB Sim
Roberto de Lucena Podemos Sim
Rodrigo Agostinho PSB Sim
Rosana Valle PSB Sim
Rui Falcão PT Não
Sâmia Bomfim PSOL Não
Samuel Moreira PSDB Sim
Tabata Amaral PDT Sim
Tiririca PL Não
Vanderlei Macris PSDB Sim
Vicentinho PT Não
Vinicius Carvalho PRB Sim
Vinicius Poit NOVO Sim
Vitor Lippi PSDB Sim
Total São Paulo: 69
Mato Grosso (MT)
Carlos Bezerra MDB Sim
Dr. Leonardo Solidaried Sim
Emanuel Pinheiro Neto PTB Sim
José Medeiros Podemos Sim
Juarez Costa MDB Sim
Nelson Barbudo PSL Sim
Neri Geller PP Sim
Professora Rosa Neide PT Não
Total Mato Grosso: 8
Distrito Federal (DF)
Bia Kicis PSL Sim
Celina Leão PP Sim
Erika Kokay PT Não
Flávia Arruda PL Sim
Julio Cesar Ribeiro PRB Sim
Luis Miranda DEM Sim
Paula Belmonte CIDADANIA Sim
Professor Israel Batista PV Não
Total Distrito Federal: 8
Goiás (GO)
Adriano do Baldy PP Sim
Alcides Rodrigues Patriota Sim
Célio Silveira PSDB Sim
Delegado Waldir PSL Sim
Dr. Zacharias Calil DEM Sim
Elias Vaz PSB Não
Flávia Morais PDT Não
Francisco Jr. PSD Sim
Glaustin Fokus PSC Sim
João Campos PRB Sim
Jose Mario Schreiner DEM Sim
José Nelto Podemos Sim
Lucas Vergilio Solidaried Sim
Magda Mofatto PL Sim
Major Vitor Hugo PSL Sim
Professor Alcides PP Sim
Rubens Otoni PT Não
Total Goiás: 17
Mato Grosso do Sul (MS)
Beto Pereira PSDB Sim
Dagoberto Nogueira PDT Não
Dr. Luiz Ovando PSL Sim
Fábio Trad PSD Sim
Loester Trutis PSL Sim
Rose Modesto PSDB Sim
Tereza Cristina DEM Sim
Vander Loubet PT Não
Total Mato Grosso do Sul: 8
Paraná (PR)
Aliel Machado PSB Não
Aline Sleutjes PSL Sim
Aroldo Martins PRB Sim
Boca Aberta PROS Sim
Christiane de Souza Yared PL Sim
Diego Garcia Podemos Sim
Enio Verri PT Não
Evandro Roman PSD Sim
Felipe Francischini PSL Sim
Filipe Barros PSL Sim
Giacobo PL Sim
Gleisi Hoffmann PT Não
Gustavo Fruet PDT Não
Hermes Parcianello MDB Sim
Leandre PV Sim
Luciano Ducci PSB Não
Luisa Canziani PTB Sim
Luiz Nishimori PL Sim
Luizão Goulart PRB Sim
Paulo Eduardo Martins PSC Sim
Pedro Lupion DEM Sim
Reinhold Stephanes Junior PSD Sim
Ricardo Barros PP Sim
Rubens Bueno CIDADANIA Sim
Sargento Fahur PSD Sim
Schiavinato PP Sim
Sergio Souza MDB Sim
Toninho Wandscheer PROS Sim
Vermelho PSD Sim
Zeca Dirceu PT Não
Total Paraná: 30
Santa Catarina (SC)
Angela Amin PP Sim
Carlos Chiodini MDB Sim
Carmen Zanotto CIDADANIA Sim
Caroline de Toni PSL Sim
Celso Maldaner MDB Sim
Coronel Armando PSL Sim
Daniel Freitas PSL Sim
Darci de Matos PSD Sim
Fabio Schiochet PSL Sim
Geovania de Sá PSDB Sim
Gilson Marques NOVO Sim
Hélio Costa PRB Sim
Pedro Uczai PT Não
Ricardo Guidi PSD Sim
Rodrigo Coelho PSB Sim
Rogério Peninha Mendonça MDB Sim
Total Santa Catarina: 16
Rio Grande do Sul (RS)
Afonso Hamm PP Sim
Afonso Motta PDT Não
Alceu Moreira MDB Sim
Bibo Nunes PSL Sim
Bohn Gass PT Não
Carlos Gomes PRB Sim
Daniel Trzeciak PSDB Sim
Danrlei de Deus Hinterholz PSD Sim
Darcísio Perondi MDB Sim
Fernanda Melchionna PSOL Não
Giovani Cherini PL Sim
Giovani Feltes MDB Sim
Heitor Schuch PSB Não
Henrique Fontana PT Não
Jerônimo Goergen PP Sim
Liziane Bayer PSB Sim
Lucas Redecker PSDB Sim
Marcel van Hattem NOVO Sim
Marcelo Moraes PTB Sim
Márcio Biolchi MDB Sim
Marcon PT Não
Maria do Rosário PT Não
Marlon Santos PDT Sim
Maurício Dziedricki PTB Sim
Nereu Crispim PSL Sim
Onyx Lorenzoni DEM Sim
Paulo Pimenta PT Não
Pedro Westphalen PP Sim
Pompeo de Mattos PDT Não
Sanderson PSL Sim
Santini PTB Sim
Total Rio Grande do Sul: 31

 

O texto-base da proposta de reforma da Previdência deve ser votado ainda nesta quarta-feira pela Câmara dos Deputados em plenário, em primeiro turno. Durante a madrugada os parlamentares encerraram os debates sobre o texto aprovado na comissão especial e, agora, colocam em votação a matéria e os destaques – que podem alterar o conteúdo da reforma, entre esta quarta e quinta-feira.

Para ser aprovada, a proposta precisa do voto favorável de 308 dos 513 deputados. A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é de que, até sexta-feira, a votação da PEC seja concluída em segundo turno. Os governistas têm pressa em que isso aconteça, devido à crescente rejeição à Bolsonaro revelada nas pesquisas de opinião. Bolsonaro tem lançado mão da compra de votos, frequentemente criticada por ele, ao liberar mais de 1,1 bilhão de reais em emendas parlamentares.

Corte de direitos            

O governo mente ao dizer que a PEC 6 acaba com privilégios. A verdade é outra, pois o projeto mantém os privilégios das aposentadorias de políticos, militares, juízes e procuradores, por exemplo. E age com crueldade contra os trabalhadores.

A PEC é uma covardia, principalmente contra os mais pobres e a classe média. Corta direitos, reduz drasticamente o valor das aposentadorias, aumenta o tempo exigido para que o trabalhador possa se aposentar, além de cortar pela metade o valor das pensões por morte e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos que vivem na miséria.

Para receber o valor integral da aposentadoria, só com 65 anos, homem, e 62 mulher, mais 40 anos de contribuição. Com o desemprego recorde, o trabalho intermitente (por dia ou hora, imposto pela reforma trabalhista de Michel Temer) e a alta rotatividade de mão de obra, na prática, impede a aposentadoria integral. Além disso, mexe no cálculo do benefício que passa a levar em conta as contribuições de 1994 até a entrada do pedido do benefício ao contrário do que é hoje, quando é considerada para o cálculo a média das 80% maiores contribuições, descartando as 20% menores, o que reduz o valor do direito.

 

As centrais sindicais convocam trabalhadores de todas as categorias para irem às ruas nesta sexta-feira (12/7). Será um Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência imposta por Bolsonaro, com um grande ato em Brasília em frente ao Congresso Nacional e protestos nos estados. Para o Rio de Janeiro está prevista manifestação na Praça XV. A concentração está marcada para as 16 horas.

O Dia Nacional de Luta dá continuidade às mobilizações contra a Proposta de Emenda Constitucional número 6 (PEC 6), que altera as regras previdenciárias, e acontece após a greve geral do último dia 14 de junho. A PEC é uma covardia, principalmente contra os mais pobres e a classe média. Corta direitos, reduz drasticamente o valor das aposentadorias, aumenta o tempo exigido para que o trabalhador possa se aposentar, além de cortar pela metade o valor das pensões por morte e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos que vivem na miséria.

Ato na capital federal

A manifestação em Brasília foi convocada inicialmente pelos estudantes (que estarão na capital, participando do Congresso da UNE) e trabalhadores da Educação. Depois foi incorporada no calendário de mobilização das centrais sindicais que se somarão à mobilização que tomará a Esplanada dos Ministérios. A concentração está marcada para as 10h, em frente ao Museu Nacional.

Este Dia Nacional de Luta vai fechar a semana de mobilizações em Brasília, em que as centrais sindicais e movimentos aumentaram a pressão sobre os deputados nos aeroportos e no Congresso para que votem contra a reforma. Em São Paulo está também previsto um grande ato no Centro. Já em Fortaleza (CE), as centrais chamam ato em frente à Superintendência da Previdência, na rua Pedro Pereira, às 9h.

 

A primeira mesa do Seminário sobre metas abusivas e adoecimento no trabalho abordou as metas abusivas e riscos psicossociais e os impactos à saúde dos bancários.

Elisa Ferreira, psicóloga, especialista em psicologia clínica, perita assistente na justiça do trabalho, consultora e assessora em saúde do trabalhador, explicou os quadros de sintomas de bancários que podem indicar o início do adoecimento. “A sociedade está acostumada a perguntar se está com problemas em casa, com os filhos, com o casamento, na vida pessoal de forma geral, quando na verdade, o problema está no local de trabalho. Precisamos ficar atentos.”

Elisa, que é membro da comissão intersetorial em saúde do trabalhador e da Comissão de saúde mental do conselho municipal de saúde de Florianópolis, além de Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Educação e Saúde (CNPq), diz que o maior problema é a vergonha dos trabalhadores em assumir um problema. “Menos de 20% dos bancários, com este tipo de problema, apresentam os atestados ou buscam seus direitos para os tratamentos. Eles têm medo de apresentar a documentação e ficarem com um X nas costas. Temos que coibir este tipo de mentalidade nos bancos.”

A segunda mesa da manhã tratou de metas abusivas, seus limites legais e a estratégia jurídica de enfrentamento. Jane Salvador Gizzi, advogada trabalhista; mestre em Direito Econômico e Social PUC/PR; professora licenciada do Centro Universitário Unibrasil e membro do Instituto Declatra, explicou os efeitos deste tipo de gestão na vida do trabalhador. “Às vezes o trabalhador atingiu a meta, mas a que custo? A cobrança abusiva leva à precarização da existência, quando o trabalhador faz as coisas sem perceber, trabalha resistindo, trabalha adoecido, até não aguentar mais.”

Há também a forma de trabalho como mercadoria, apontou ela. “A falta de identidade do trabalhador, ele trabalha como se o negócio fosse dele. Ele tem na cabeça que precisa se pagar. Ele acaba sendo o responsável pelo lucro para pagar por ele mesmo.”

Outro modelo de repercussão e o modelo de vida “Just In time”, tudo para agora. “As metas não são mais semestrais, são do dia, da semana. É tudo para ontem, o que aumenta muito a cobrança. Isso vem junto com o abuso do direito mediante das técnicas e políticas de gestão: metas abusivas, controle do tempo, do ritmo e da produtividade”, explicou a advogada.

Para Elisa, o melhor tipo de enfrentamento é o trabalho e a união junto ao movimento sindical. “Sem a união dos trabalhadores, todos vão sofrer sozinhos, cada um em seu local de trabalho”, finalizou.

Antônio Vicente Martins, assessor jurídico do Sindicato dos Bancários Porto Alegre, completou a apresentação da colega. Ele mostrou alguns inquéritos que envolvem programas de metas pelos altos índices de adoecimento. “Os bancos têm uma violação sistemática das métricas de saúde, o que acaba gerando o adoecimento de toda a categoria. Os bancos também não só dificultam o processo de entrega dos atestados, como impõem uma política punitiva aos trabalhadores afastados”, disse. “Por isso, ele não tem interesse em ter um controle de adoecimento de seus quadros de funcionários, pois ficariam claro que as políticas de gestão são as culpadas”, completou.

A reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro cria a idade mínima para se aposentar (65 anos para homens e 62 para mulheres), pune os mais pobres, cria o tempo de contribuição de 40 anos para receber o valor integral e reduz em pelo menos 40% do valor médio dos benefícios. Se aprovada a proposta, o brasileiro vai se aposentar, em média, aos 71 anos de idade. Só a pressão popular pode barrar o projeto que pretende extinguir a Previdência Social e garantir ainda mais dinheiro para os bancos. Governo quer aprovar em 1o turno o projeto na Câmara dos Deputados já nesta terça-feira, dia 9. Na sexta-feira, dia 12, trabalhadores de todo o país vão protestar e, em Brasília, haverá uma grande manifestação em defesa do direito à aposentadoria. A banquinha do Sindicato com o abaixo-assinado contra o projeto continuará no Boulevard Carioca. Mais detalhes na página 4.
Participe. O seu futuro e o de seus filhos está em perigo. Mais detalhes na página 4.

Com um forte lobby de banqueiros e grandes empresários, o governo corre para aprovar a PEC (Proposta de Emenda Parlamentar) da reforma da Previdência já nesta terça-feira, dia 9 de julho, no plenário da Câmara dos Deputados. Até o fechamento desta edição, não havia notícia de adiamento da data da votação. A ideia da base governista e do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é aprovar o projeto em 1º e 2 º turnos antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 18 de julho. O lobby patronal é tão pesado que as lideranças políticas estão trabalhando até nos finais de semana. Maia esteve no sábado com os deputados que apoiam a proposta e, no domingo, teve um encontro com o presidente da casa civil, Onix Lorenzoni.
Os votos no Congresso
Para ser aprovada no plenário da Câmara, a PEC da Previdência precisa obter, no mínimo, 308 votos, em dois turnos de votação, número correspondente a 60% dos 513 parlamentares da Casa. Segundo avaliação dos governistas, o projeto conta com o apoio de 247 deputados. Faltam mais 61 votos para chegar aos 308 necessários para o governo aniquilar com o sonho dos brasileiros à aposentadoria.
“É hora de aumentarmos toda a forma de pressão, enviando mensagens para os parlamentares, protestando nas ruas e nas redes sociais. O governo tenta aprovar o projeto na Câmara para tentar esvaziar a mobilização de sexta-feira, dia 12”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso.
Hora de pressionar
Entre no site https://reajaagora.org.br/ e saiba como pressionar os parlamentares a não votarem a favor da PEC 06/2019, que muda as regras para a aposentadoria. A proposta levará os brasileiros a trabalhar muito mais para ter direito ao benefício. Especialistas calculam que a maioria dos brasileiros, em média, vai se aposentar com 72 anos de idade. Para receber o teto são necessários 40 anos de contribuição. E a média dos valores dos proventos despencará em pelo menos 40%, já que não leva em consideração os maiores salários, como na regra atual, e sim a média de todos os contra-cheques, desde o primeiro emprego do trabalhador.
Nesta sexta-feira, dia 12 de julho, trabalhadores de todo o país vão ás ruas protestar contra a reforma. Em Brasília haverá um grande ato para pressionar os deputados a votarem contra a PEC da reforma da Previdência