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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato realizou nesta sexta-feira, 22, uma Caravana em agências do Centro do Rio, para convocar os bancários a participarem do ato público contra a Reforma da Previdência, que será realizada no final da tarde. Haverá passeata da Candelária à Central do Brasil. A concentração é às 18h horas.
Na avaliação dos sindicalistas a recepção à atividade nas unidades foi a melhor possível.
“A categoria está indignada com esta proposta que ataca os direitos dos trabalhadores à aposentadoria, reduz o valor médio dos benefícios e pensões e não combate os privilégios. A reação popular começa a fazer efeito. Temos que pressionar ainda mais os parlamentares para derrotar este projeto devastador que quer extinguir a Previdência Social e o direito do brasileiro se aposentar”, disse o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.
As centrais sindicais e os movimentos populares vão realizar manifestações em diversas cidades do país na sexta-feira, 22 de março, em protesto contra a proposta de reforma da Previdência, apresentada ao Congresso Nacional pelo governo Bolsonaro. Já estão confirmados atos em quase 100 cidades em todo o país. Os bancários vão aderir às atividades e realizarão atividades próprias da categoria.
Se a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo for aprovada as pessoas serão obrigadas a trabalhar e contribuir por mais tempo, mas receberão menos. Ao mesmo tempo, o governo e as empresas serão isentas de dar suas contribuições.
Os trabalhadores vão às ruas para defender seu direito de se aposentar e receber um valor justo pela contribuição que dão para o desenvolvimento do país.
O governo quer estipular a idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens se aposentarem e extinguir o direito da aposentadoria por tempo de contribuição. Além disso, a idade mínima aumentará a cada quatro, de acordo com o aumento da expectativa de vida da população brasileira.Dados do IBGE mostram que, na maioria dos estados do Norte e Nordeste a expectativa de vida ao nascer em 2017 era de 70 anos a 73 anos. Nos estados do Sul e Sudeste chegava a 79 anos. Mesmo em uma mesma cidade a expectativa pode sofrer muita variação, dependendo da qualidade de vida da pessoa. O Mapa da Desigualdade 2017, elaborado pela Rede Nossa São Paulo, mostra que enquanto, o morador dos Jardins vive 79,4 anos, em média, o morador do Jardim Ângela vive 55,7 anos.
Além da idade mínima, o governo quer aumentar o tempo contribuição. As pessoas terão que contribuir por 20 anos para receber apenas 60% do benefício. Se quiser receber 100% do benefício, terão que contribuir por 40 anos. Mesmo assim, não receberão o valor integral da aposentadoria. É que o governo quer alterar a forma de cálculo da contribuição. Hoje o cálculo é feito sobre os 80% dos maiores valores pagos. Com a nova proposta, o cálculo levará em conta a totalidade das contribuições, desde quando a pessoa começou a trabalhar.
Mulheres
A reforma será prejudicial para todos os trabalhadores, mas ainda mais para as mulheres. Hoje, a idade mínima para aquelas que vivem abaixo da linha da pobreza e não conseguiram contribuir por 15 anos é de 60 anos. Vai subir para 62 anos.
Agentes da Polícia Federal efetuaram a prisão preventiva do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB-SP) na manhã desta quinta-feira (21) em São Paulo. A prisão deve-se a delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que afirmou à PF ter pago R$1 milhão em propina, a pedido do ex-ministro Moreira Franco e coronel João Baptista Lima Filho, sob conhecimento de Temer, durante um acordo de contrato para um projeto da usina Angra 3.
Denominada Operação Radioatividade, as investigações que levaram ao mandato de dez prisões totais revelam diversas fraudes no acordo para as obras da usina. Na ocasião, o empresário José Antunes revelou à polícia que em meados de 2010 ele foi procurado pelo coronel Lima com a oferta ilícita, e que durante os anos de 2013 e 2014 foi procurado pelo ex-ministro Moreira Franco junto de Lima para fazer doações ao MDB, período em que também foi levado para encontros pessoais com Michel Temer junto dos dois citados.
Para disfarçar a corrupção nas obras da usina Angra 3, uma reforma no apartamento de Maristela Temer, filha do ex-Presidente, foi utilizada para desvio da verba, segundo afirma o Ministério Público Federal. Maristela afirma gastos de R$700 mil na reforma, mas de acordo com as investigações, o valor é duas vezes maior. A quantia depositada para esta reforma teria sido recebida por Maria Rita Fratezi, esposa de coronel Lima.
Com base nas informações do MPF, as empresas AF Consult e Argeplan, do coronel Lima, foram contratadas para a reforma da usina, tendo a Engevix subcontratada no decorrer das obras sob alegação de que as duas empresas citadas não teriam “pessoal e expertise” suficiente para a prestação de serviços. Segundo a nota do Ministério, o contrato previa pagamento de propina por parte da Engevix em benefício de Michel Temer. A força-tarefa da Lava Jato revela que os pagamentos foram realizados ao final de 2014 depois de um contrato fictício da Alumi Publicidades e a PDA Projeto e Direção Arquitetônica, também controlada pelo coronel Lima, que somaram R$1,09 milhão de transferências. Já os pagamentos depositados para a empresa AF Consult causaram um desvio de R$10,8 milhões, mesmo sem ter capacidade técnica para cumprimento do contrato.
Preso nesta manhã (21) após sair de sua casa, o ex-presidente será levado ao Rio de Janeiro enquanto seu processo ficará a cargo do ministro do STF Edson Fachin. Inicialmente preventiva, Temer e mais sete acusados ficarão detidos sem data para liberação enquanto apenas Carlos Jorge Zimmermmann e Rodrigo Castro Alves Neves terão prisões temporárias de cinco dias.
Temer que em 2018 afirmou não ter medo de ser preso, durante uma entrevista à revista Época, é detido por corrupção e ainda responderá por mais nove inquéritos abertos na época em que exercia a função de Presidente da República.
Ao todo o juiz Marcelo Bretas ordenou a prisão do ex-presidente Michel Temer, coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer e dono da Argeplan), Wellington Moreira Franco (ex-ministro durante o governo Temer), Maria Rita Fratezi (esposa do coronel Lima), Carlos Alberto Costa (sócio do coronel na Argeplan), Carlos Alberto Costa Filho (diretor da Argeplan e filho de Carlos Alberto), Vanderlei de Natale (sócio da Construbase), Carlos Alberto Montenegro Gallo (administrador da CG Impex), Rodrigo Castro Neves (responsável pela Alumi Publicidades) e Carlos Jorge Zimmermmann (representante da empresa AF-Consult).
Próximo ao Morro da Providência, prédio tem perfurações de balas perdidas, o que deixa bancários em pânico, preocupados com a possível mudança
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em declaração à imprensa, declarou a intenção de transferir os empregados do prédio da Almirante Barroso para a região portuária, inclusive os que já estão locados na Rua das Marrecas. Desde de 2017, que o Sindicato trava uma luta para impedir que os bancários sejam transferidos para o prédio, que é administrado por uma empresa de Nova Iorque. O local é deserto, fica a 600 metros do Morro da Providência, com altos índices de violência, que não param de crescer, inclusive com tiroteios e assaltos. Além disso, não há infraestrutura, como restaurantes e transporte público suficientes.
“Os empregados já estavam conformados com a mudança para a Rua das Marrecas, apesar do valor sentimental e histórico do Barrosão, palco de grandes mobilizações da categoria. Esta notícia voltou a gerar grande preocupação nos funcionários. Não vamos aceitar nenhuma medida imposta, sem dialogar com os trabalhadores e que representa um retrocesso”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matileti.
Bairro Fantasma
Matileti destaca o risco que representa a transferência, para os funcionários. “Precisamos estar unidos para resistir e garantir a segurança e o bem-estar dos empregados, especialmente num momento em que a Caixa tem sofrido ataques, como o projeto de privatização, que é uma obsessão do atual governo. Se necessário, vamos denunciar ao Ministério Público esta decisão, que coloca em risco a vida e a integridade física das pessoas”, acrescenta.
Segundo denúncias, o prédio já tem várias perfurações de bala e ficou popularmente conhecido como “Bairro Fantasma”, em função do número de prédios vazios, após o colapso financeiro do Estado do Rio de Janeiro.
O grande filme de terror do ano não é uma ficção. É um documentário brasileiro no qual um assassino confesso detalha como matava e incinerava os corpos de militantes brasileiros de esquerda a mando da extrema direita, em ligação clandestina com nosso governo federal e setores da elite de nossa sociedade civil.
O grande filme de terror do ano não é uma ficção. Nele, o matador Claudio Guerra, explica friamente que não cometia os assassinatos por ódio aos militantes de esquerda. Apenas cumpria ordens. Era leal aos mandantes dos crimes. Com isso, recebia em troca, além de bônus salariais depositados em contas clandestinas falsificadas pelos próprios bancos que financiavam seu grupo de extermínio, presentes como casas de praia e fazendas, o que lhe garantiam uma boa vida. Em certo momento, revela o lugar onde os militares escondiam clandestinamente centenas de fuzis de última geração usados para o combate a militantes de esquerda.
O grande filme de terror do ano não é uma ficção. Exibe uma longa conversa entre o ex-delegado do DOPS Claudio Guerra, que nos anos 70, matou e ocultou corpos de militantes de esquerda durante a ditadura civil militar instalada no Brasil. "Pastor Cláudio", dirigido por Beth Formaggini, que entra em cartaz nesta quinta-feira nos cinemas, escandaliza e aterroriza o espectador não pelo o que é nele revelado. Mas por não nos surpreender. Tudo ali já desconfiávamos. Já até sabíamos. Mas não fizemos, como sociedade civil, nada para contestar. Fomos cúmplices. Somos cúmplices. As denúncias do Pastor Guerra já foram inclusive investigadas e confirmadas pela Polícia Federal, poucos anos atrás. Nosso reflexo é insuportável.
O grande filme de terror do ano não é uma ficção. E não fala apenas do passado. Claudio Guerra, o matador arrependido que tornou-se pastor evangélico e fala o tempo inteiro com uma Bíblia na mão revela que a máquina de extermínio criada durante a ditadura civil militar não parou de funcionar com o fim do regime. Seguiu como máquina de extermínio "da bandidagem carioca", na prática pobres de periferia, e transformou-se, no Rio de Janeiro, em organizações fundadas por militares que com o intuito de provir segurança paralela para empresas e comunidades e a contravenção do jogo do Bicho. Tempo em que as milícias surgiram como organizações fundadas por militares, prometendo provir segurança paralela para empresas e comunidades.
Durante a conversa, o assassino arrependido Claudio Guerra nos impressiona por sua firmeza e convicção de que, revelando seu passado infernal, está agradando a Deus. Sem constrangimento, e sem desgrudar-se da Bíblia, chega a simular a pose de como executou com um tiro na cabeça um dos presos que agonizava após sessões de tortura.
Pastor Guerra também revela as táticas terroristas que o governo militar brasileiro utilizou-se ao executar um atentado a bomba na OAB, tentar matar milhares de pessoas em um show no Riocentro para, segundo ele, colocar a culpa em militantes de esquerda e, com detalhes forenses, informa que nomes como Zuzu Angel e Wladmir Herzog foram de fato assassinados pela ditadura.
Mas se Claudio Guerra matou, quem mandou matar?
A pergunta que sempre fica: quem mandou matar?
Aparentemente corajoso. O Pastor Claudio entrega o nome de seu chefe imediato: o Coronel Freddie Perdigão, citado inúmeras vezes durante a conversa exibida. Mas, repentinamente, o sereno e concentrado Claudio se distrai, e começa a entregar todo o esquema e organização por trás dos militares. Um grupo secreto de empresários e membros de nossa elite que se auto intitulam "A Irmandade". São eles que, segundo o ex-assassino, financiam todo o vai e vem do poder no país. Em encontros escondidos em, por exemplo, casas de prostituição de luxo, "A Irmandade" decide, até hoje, quem vive e quem morre, quem controla que parte da cidade. Nesse momento, percebendo o perigo, percebendo que mexeu com gente grande, a boca de Pastor Claudio começa a tremer de medo, as palavras começam a fraquejar, ele percebe, quer voltar atrás, e é ele mesmo tomado pelo terror que informa.
Mas Cláudio Guerra não pode voltar atrás. Ele sabe que a única garantia de estar vivo é contando tudo o que sabe, tornando-se uma pessoa mais pública possível. Ao mesmo tempo, o espectador percebe que também não pode mais voltar atrás. Agora ele, espectador, também é "uma pessoa que sabe demais".
Mas o que fazer com a informação nos confirmada pelo filme "Pastor Guerra"? Sair às ruas? Junto com quem, se há, em nossa sociedade uma maioria de cúmplices, até apoiadores destes crimes? Sai-se aterrorizado da sessão. O que nos aterroriza nos paralisa?
Eduardo Passos, psicólogo deleuziano e ativista dos direitos humanos, que trabalha com assistência a vítimas de violência do estado, é o entrevistador do assassino. Acaba se tornando um personagem, uma espécie de Virgílio que nos guia à descida ao inferno dantesco. Entre profundas e insolúveis questões éticas, Eduardo, em certo momento, percebe em Claudio Guerra, assassino arrependido, um muito bem escondido gozo e orgulho em seu entrevistado. Ao saber que a equipe de Claudio Guerra, quando recebia um cadáver embrulhado em um saco preto para incinerá-lo, resolvia sempre abrir o saco para ver o estado do corpo, insiste no assunto. E ouve: "Inclusive uma vez veio dentro do saco o corpo de uma mulher que havia sido torturada por militares, nós abrimos e verificamos que ela havia sido estuprada".
O grande filme de terror do ano não é uma ficção.
É um trauma.
Na Bíblia que o pastor Cláudio Carrega há inúmeros episódios onde Deus castiga o povo por suas escolhas. Pela sociedade que decidiu construir. O dilúvio, a torre de Babel, Sodoma e Gomorra, as cinzas que os judeus têm que comer para aprender a não venerar falsos ídolos, falsos mitos.
"Pastor Cláudio", o filme, o trauma, são as cinzas que temos todos, agora, como consequência, amargarmos em conjunto.
Se ainda quisermos alguma salvação.
Se ainda quisermos alguma humanidade.
Por: Dodô Azevedo - G1
A médica e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, afirmou durante participação no Seminário “Previdência Social, reformas e a saúde da mulher”, promovido pela Faculdade 28 de Agosto e pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que o ritmo de trabalho e a dupla jornada realizada pela maioria das mulheres justifica um tratamento diferenciado em relação a Previdência."
A mulher muitas vezes é o arrumo da família, principalmente nas famílias mais pobres. É ela quem cuida dos filhos, dos idosos e quem fica com a maior parte dos afazeres domésticos", disse a médica. "Embora as mulheres vivam mais do que os homens, ela tem anos de incapacidade a mais do que eles. O desgaste físico e psiquico que a mulher sofre é ponto a se pensar do ponto de vista da Previdência Social.
A proposta defendida pelo governo Bolsonaro prejudica todos os trabalhadores, em especial as mulheres. A proposta aumenta e estabelece uma idade mínima de 62 anos no regime geral associada à ampliação no tempo necessário de comprovação de contribuição de 15 para 20 anos.
CUT lança site para trabalhador calcular quanto vai perder com projeto do governo Bolsonaro e link para pressionar deputados a não aprovarem proposta
A Reforma da Previdência que o governo Bolsonaro tem pressa em votar no Congresso Nacional vai tornar a vida do brasileiro ainda mais difícil. A proposta obrigará o povo a trabalhar mais e reduzirá o valor médio dos benefícios. Para se aposentar, haverá a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Os proventos não serão mais reajustados sequer pela inflação, reduzindo o valor médio, drasticamente, em pouco tempo, mesmo para quem já está aposentado. Pensionistas receberão 40% a menos do valor atual, entre outras atrocidades. O valor integral no teto (5.839,45) somente com 40 anos de contribuição.
A mobilização contra a Reforma começou com o ato das mulheres, as mais prejudicadas pela mudança nas regras. No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, houve protesto nacional. No Rio, foram mais de 40 mil participantes.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) criou o site “Reaja agora” (http://reajaagora.org.br/). Com este instrumento, o trabalhador pode calcular como ficaria sua aposentadoria se a proposta do governo for aprovado no Congresso Nacional e um link para enviar mensagens e pressionar os deputados federais a não aprovarem o projeto.
Só o trabalhador paga
Numa segunda etapa, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe o fim do modelo solidário, extinguindo a Previdência Social e criando o sistema de capitalização, em que somente o trabalhador pagará para se aposentar através de uma previdência privada. Os patrões não entrarão com um centavo sequer pelas novas regras.
Apoio do Nordeste
Os trabalhadores ganharam um apoio de peso contra a reforma: governadores do Nordeste assinaram um documento, na quinta-feira, dia 15, contra a Reforma da Previdência. Participaram do evento os governadores do Maranhão, o anfitrião Flávio Dino (PCdoB), Ceará, Camilo Santana (PT), Piauí, Wellington Dias (PT), Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), Paraíba, João Azevedo (PSB), Sergipe, Belivaldo Chagas (PDT), Bahia, Rui Costa (PT), e pelo vice de Alagoas, Luciano Barbosa (MDB).
Já os militares, continuarão com privilégios: só aceitam elevar em 5 anos a idade mínima para aposentadoria (em média vão para a reserva hoje com 48 anos e com a mudança, se aposentariam aos 53anos), se o governo dobrar os valores dos benefícios da caserna.
Para impedir a aprovação do projeto no Congresso Nacional, as centrais sindicais convocam todos os trabalhadores e trabalhadoras para, juntos, pressionarem os parlamentares a não aprovarem esta reforma.
O Comando Nacional dos Bancários, em reunião com a Fenaban, na terça-feira, dia 12 de março, apresentou dados do Censo da Diversidade Bancária, que revelam desigualdades e discriminação na categoria.
Apesar da pressão feita pelos trabalhadores através da organização sindical, ainda há diferenças salariais entre homens e mulheres. As bancárias ganham em média 22,3% a menos que os homens, índice superior à média do mercado de trabalho no Brasil, cuja diferença entre os dois gêneros é de 20,49%.
Mesmo ganhando menos que os homens, as bancárias são muito cobradas para a formação profissional: o nível de escolaridade na categoria é 83,8% maior contra 22,8% no mercado de trabalho.
A violência contra as mulheres também foi debatida no encontro. Foi apresentada ainda para a Fenaban a proposta de criação de um canal específico para denúncia de violência contra a mulher. A ideia é que as bancárias tenham apoio psicológico, jurídico e também financeiro, além da transferência em caso de necessidade.
As bancárias do Rio podem ligar para a Secretaria de Políticas Socais do Sindicato para denunciar qualquer forma de violência ou discriminação contra mulheres, pelo telefone 2103-4170.
Machismo na sociedade
Na reunião, o Comando Nacional apresentou propostas efetivas para avançar no debate sobre igualdade de oportunidades nos bancos.
“Não podemos ficar apenas no diagnóstico, que também é fundamental, mas é preciso, na prática, iniciar um processo de transformação para pôr fim às desigualdades e a toda forma de discriminação nos locais de trabalho”, destacou a diretora de da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato, Kátia Branco, que participou da mesa de negociação, em São Paulo. O Comando defende a criação do “agente da diversidade” em cada local de trabalho para debater temas relacionados às desigualdades e discriminação.
“Acreditamos que é através da educação que vamos mudar essa cultura do machismo na sociedade”, acrescenta Kátia.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso cobrou responsabilidade dos bancos na luta contra a violência contra as mulheres.
“Somos agentes de mudança na sociedade e os bancos têm responsabilidades também, podem e devem ajudar os trabalhadores e trabalhadoras nesse processo”, disse.
Nos bancos privados mulheres até 39 anos correspondem a 54% da categoria e nos públicos, 42%. No entanto, comparando os dados com idade acima de 40 anos, a situação se inverte e os homens passam a ser maioria.
O Sindicato já começou a entregar prêmios aos ganhadores do primeiro sorteio realizado no lançamento da Campanha de Sindicalização, no auditório dos bancários, no último dia 28 de fevereiro. Mas a festa de prêmios vai continuar. Cada novo associado vale uma pontuação de acordo com o valor da mensalidade paga do novo sindicalizado (se a mensalidade do novo associado for R$50, são 50 pontos acumulados). A medida que for acumulando pontos, o bancário já pode trocar seus bônus por prêmios. Quanto mais novos filiados, mais pontos o bancário acumula e mais prêmios poderá ganhar. Ao longo deste ano, haverá, além da troca de pontos por prêmios, novos sorteios. Podem participar bancário sindicalizado da ativa, aposentado ou licenciado.
“Claro que ficamos muito felizes de entregar esses prêmios aos bancários, mas o mais importante é que quanto maior o número de bancários associados, mais forte fica a nossa entidade sindical para continuamos lutando pelos direitos da categoria e de todos os trabalhadores”, explica a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.
O Sindicato programou um passeio a Passa Quatro, bucólica cidade do sul de Minas. Os participantes vão se hospedar em um dos melhores hotéis da região, Recanto das Hortências, que inclui hidroginástica, piscina externa e música ao vivo no local.
O pacote do passeio inclui translado em ônibus com ar condicionado, banheiro e serviço de bordo. Sindicalizados pagarão R$ 890, adultos R$ 960, crianças de 6 a 8 anos R$590 e crianças de 9 até os 12 anos pagam R$700.
Jalapão
Outra excelente opção de viagem é Jalapão, em Palmas/TO. Previsto para o dia 24 de agosto, os bancários vão passar uma semana em pousadas em Ponte Alta e Mateiros. Passeios em cachoeiras, serras e fervedouros são os atrativos do pacote. Com passagem aérea inclusa, o pagamento pode ser feito de março até agosto. O preço é R$ 4.390. Sindicalizados têm desconto e pagam R$4.240.
Mais informações pelos telefones 2103-4150/4151