Super User

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Comemorar é celebrar, festejar, homenagear. Comemorar é compartilhar alegria por algo digno aplauso, que nos traz felicidade. Comemoramos os nascimentos, as formaturas, as conquistas. Brindamos à vida, sempre com sorriso aberto e muitas vezes com lágrimas de emoção.
No momento em que se debate a orientação do presidente de comemorar o golpe de 1964 é fundamental pensar sobre isso. É fato: a derrubada de João Goulart do governo mergulhou o país em 21 anos de ditadura. Cada um de nós pode ser simpático ou não aos militares, mas não se pode negar a realidade: o regime ditatorial no Brasil foi sangrento. A Comissão da Verdade comprovou 434 mortos ou desaparecidos, vítimas da ditadura. No poder, os militares realizaram prisões arbitrárias, torturaram, mataram. Não é agradável recordar, mas é necessário: choques elétricos, ratos colocados nas vaginas, estupros, afogamentos, crianças torturadas para que fragilizar os pais. Esses eram os métodos utilizados pelo Estado para arrancar confissões.
Não havia espaço de reivindicação, não havia respeito aos direitos e, ao contrário do que muitos acreditam, havia sim corrupção, abafada, impossível de denunciar pela força bruta das Forças Armadas. Os trabalhadores foram diretamente prejudicados, perderam seu poder de exigir direitos, um quadro que só mudou porque houve quem tivesse coragem de enfrentar a ditadura. Muitos pagaram com suas vidas. Foi o caso do bancário do Banco do Brasil, Aluízio Palhano. Ex-presidente do nosso sindicato, foi cassado pelo Ato Institucional nº 5, o AI 5. Foi morto em 1971, mas somente no ano passado, 47 anos depois, sua ossada foi localizada e a família pôde se despedir dele. Uma brutalidade absurda, inaceitável.
Quem é capaz de comemorar um momento tão triste de nossa história? Quem é capaz de festejar tanta crueldade? Não se trata de ter um ou outro posicionamento político. O que estamos discutindo são os princípios básicos do respeito, da solidariedade, do cumprimento da legislação. O Estado não pode compactuar com sentenças de tortura e morte totalmente à margem da lei. Quem apoia esse tipo de ação hoje pode ser vítima da força bruta amanhã. Muitos dos que foram atingidos pela ditadura não eram nem mesmo militantes ou ativistas, apenas discordavam dos governos militares. Por isso, perderam o direito a voz, ao trabalho e até à vida. A crueldade da ditadura foi reconhecida por organismos internacionais. A Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que “Comemorar o aniversário de um regime que trouxe tal sofrimento à população brasileira é imoral e inadmissível em uma sociedade baseada no estado de direito”.
Relembrar a história dos que foram brutalmente assassinados é deixar claro que não podemos compactuar com qualquer movimento de apoio à ditadura. Por isso, dizemos: Palhano, presente! Ditadura nunca mais!

Adriana Nalesso
Presidenta do Sindicato dos Bancários Rio

Comemorar é celebrar, festejar, homenagear. Comemorar é compartilhar alegria por algo digno aplauso, que nos traz felicidade. Comemoramos os nascimentos, as formaturas, as conquistas. Brindamos à vida, sempre com sorriso aberto e muitas vezes com lágrimas de emoção.
No momento em que se debate a orientação do presidente de comemorar o golpe de 1964 é fundamental pensar sobre isso. É fato: a derrubada de João Goulart do governo mergulhou o país em 21 anos de ditadura. Cada um de nós pode ser simpático ou não aos militares, mas não se pode negar a realidade: o regime ditatorial no Brasil foi sangrento. A Comissão da Verdade comprovou 434 mortos ou desaparecidos, vítimas da ditadura. No poder, os militares realizaram prisões arbitrárias, torturaram, mataram. Não é agradável recordar, mas é necessário: choques elétricos, ratos colocados nas vaginas, estupros, afogamentos, crianças torturadas para que fragilizar os pais. Esses eram os métodos utilizados pelo Estado para arrancar confissões.
Não havia espaço de reivindicação, não havia respeito aos direitos e, ao contrário do que muitos acreditam, havia sim corrupção, abafada, impossível de denunciar pela força bruta das Forças Armadas. Os trabalhadores foram diretamente prejudicados, perderam seu poder de exigir direitos, um quadro que só mudou porque houve quem tivesse coragem de enfrentar a ditadura. Muitos pagaram com suas vidas. Foi o caso do bancário do Banco do Brasil, Aluízio Palhano. Ex-presidente do nosso sindicato, foi cassado pelo Ato Institucional nº 5, o AI 5. Foi morto em 1971, mas somente no ano passado, 47 anos depois, sua ossada foi localizada e a família pôde se despedir dele. Uma brutalidade absurda, inaceitável.
Quem é capaz de comemorar um momento tão triste de nossa história? Quem é capaz de festejar tanta crueldade? Não se trata de ter um ou outro posicionamento político. O que estamos discutindo são os princípios básicos do respeito, da solidariedade, do cumprimento da legislação. O Estado não pode compactuar com sentenças de tortura e morte totalmente à margem da lei. Quem apoia esse tipo de ação hoje pode ser vítima da força bruta amanhã. Muitos dos que foram atingidos pela ditadura não eram nem mesmo militantes ou ativistas, apenas discordavam dos governos militares. Por isso, perderam o direito a voz, ao trabalho e até à vida. A crueldade da ditadura foi reconhecida por organismos internacionais. A Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que “Comemorar o aniversário de um regime que trouxe tal sofrimento à população brasileira é imoral e inadmissível em uma sociedade baseada no estado de direito”.
Relembrar a história dos que foram brutalmente assassinados é deixar claro que não podemos compactuar com qualquer movimento de apoio à ditadura. Por isso, dizemos: Palhano, presente! Ditadura nunca mais!

Adriana Nalesso
Presidenta do Sindicato dos Bancários Rio

A Caixa Econômica Federal divulgou nesta sexta-feira (29) seu lucro recorrente referente à 2018, com resultado recorde de R$ 12,7 bilhões, valor que é 40% maior do que o valor do ano anterior. O lucro líquido contábil somou R$ 10,4 bilhões em doze meses, 17% menor na comparação com 2017.

Segundo o próprio banco, a otimização no setor operacional e o acréscimo nas receitas, motivado pela prestação de serviços e intermediação financeira, foram os quesitos fundamentais para o lucro somado pela estatal.

Apesar do prejuízo de R$1,113 bilhão no último trimestre de 2018, a Caixa garante em seu relatório que as medidas adotadas ao longo do ano como o recuo na inadimplência, que ficou em 2,18% e a despesa com provisão de crédito para devedores duvidosos também recuou em R$ 4,3 bilhões no ano, totalizando R$14,9 bilhões foram fatores que impulsionaram o resultado obtido no período.

Demissões

O Programa de Demissão Voluntária (PDV), que segundo o presidente da estatal, Pedro Guimarães, já pretende seguir com o plano para 2019 com intuito de economizar até R$2 bilhões ao ano, foi um dos pilares no processo de redução de gastos da Caixa. Apesar do déficit em R$ 383 milhões com acordos que ultrapassaram noventa mil empregados desligados ao longo do ano. A redução de 36 agências, 1.352 postos de trabalho e queda na despesa pessoal em 1% também são fatores determinantes para o crescimento financeiro do banco, mesmo que sua responsabilidade social com a criação de empregos e bem-estar de seus funcionários e clientes não seja prioridade em seus planos adicionados pela gestão do banco como o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) e Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE).

Carteira de crédito

A carteira de crédito encerrou o ano com recuo de 1,7% totalizando R$ 694.519 bilhões. Com o aumento de recursos do FGTS em 11,6% e R$ 179,4 bilhões com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) a Caixa ganhou 0,56 de ponto percentual no mercado imobiliário, com saldo de R$ 298,4 bilhões em poupança.

PLR

Cumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a Caixa paga hoje a segunda parcela de PLR.

A reunião do colégio de líderes dos partidos com assento na Assembleia Legislativa, realizada na tarde de hoje(26/3), deliberou pela retirada de pauta do veto do governador Wilson Witzel ao PL-3213/10 que trata do retorno ao sistema previdenciário dos ex-participantes da Previ-Banerj que sacaram suas reservas de poupança.
A decisão de retirar de pauta teve como objetivo permitir aos deputados uma melhor compreensão do projeto.
Ainda não há previsão de quando o veto será apreciado.

Medida está sendo questionada no STF. Várias entidades já obtiveram liminares tornando a norma sem efeito
ato-av-paulista-22-de-marco-dino-santos
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O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou representantes de centrais sindicais para uma reunião na próxima terça-feira (2), para tratar de Medida Provisória (MP) 873, que alterou regras de financiamento das entidades e tem sido objeto de uma batalha jurídica. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial no dia 1º, em pleno carnaval, e na última quinta-feira (21) teve uma comissão mista formada no Congresso para avaliação. O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu ações diretas de inconstitucionalidade contra a proposta governista.

Vários sindicatos já conseguiram liminares na Justiçatornando sem efeito a MP 873, que veta desconto em folha de contribuições sindicais e determina cobrança de boleto bancário, mudança vista como tentativa de “asfixiar” financeiramente as entidades de trabalhadores, que já haviam sofrido um baque com a Lei 13.467, de “reforma” trabalhista, que tornou opcional (e não mais obrigatória) a contribuição sindical. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autora de uma das ações no Supremo, e o Ministério Público do Trabalho (MPT) já se manifestaram pela inconstitucionalidade da medida provisória.

A MP fala ainda em cobrança apenas depois de autorização individual do trabalhador. As entidades têm aprovado suas contribuições em assembleias, uma prática agora vetada pela medida do governo.

“É uma iniciativa importante de busca de diálogo”, comentou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, sobre a reunião convocada para a próxima terça. Para ele, com isso o Congresso “dá exemplo” ao Executivo, que tem se recusado a negociar essa e outras questões. Na semana passada, o governo baixou decreto, especificamente sobre servidores federais reforçando a proibição ao desconto em folha. O encontro com Maia está previsto para o meio-dia, na residência do deputado.

A atual presidenta do Sindicato dos Bancários de Campinas, Ana Stela Alves de Lima, foi reeleita para comandar a entidade no próximo período. Ela Chapa encabeçou a Chapa 1, que foi eleita com 3.866 votos, 98,01% do total de votos. A nova diretoria toma posse no dia 15 de julho, para um mandato de três anos e nove meses.

A apuração dos votos aconteceu no início da noite de quarta-feira (27), na sede do sindicato, logo após o encerramento do segundo e último dia da eleição, com votos coletados em urnas itinerantes em todos os locais de trabalho, em Campinas e nas 36 cidades que compõem a base do sindicato, além de uma urna fixa na sede do sindicato.

A apuração foi acompanhada pelo secretário-geral, Gustavo Tabatinga, e pelo secretário de Comunicação, Gerson Carlos Pereira, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e pelo vice-presidente, Jeferson Boava, e pelo 1º secretário, Reginaldo Breda, da Federação dos Bancários de SP e MS.

Democracia

Em nota, o Sindicato dos Bancários de Campinas e Região informou que o processo teve início no último dia 22 de fevereiro, quando todos os participantes da assembleia realizada na sede do sindicato, elegeram a Comissão Eleitoral, formada por Adriana Aparecida Frutuoso, Cleide Aparecida Marchetti e Antonio Conceição de Oliveira. Coordenado pela Comissão, o processo eleitoral transcorreu sem incidentes, com transparência e democracia. “O resultado das urnas mostrou, mais uma vez, o reconhecimento do trabalho da diretoria do Sindicato pelos bancários, financiários e cooperavitários”, diz a nota.

Entidades debaterão proposta apresentada que contempla itens de custeio e governança
Negociação Cassi
Foto: Nando Neves

Em reunião realizada na quarta-feira (27), no Rio de Janeiro, o Banco do Brasil apresentou proposta final na mesa de negociação da Caixa de Assistência (Cassi) com as entidades representativas dos funcionários da ativa e aposentados.

O processo negocial foi retomado no dia 31 de janeiro e, após diversas rodadas com debates e estudos técnicos, o BB apresentou na mesa a proposta que inclui mudanças na governança e no custeio da Cassi por parte do banco e dos associados.

Governança

Na estrutura de governança apresentada, foi aceita a proposta feita no Grupo de Trabalho das entidades na Cassi, sem a troca entre diretorias de eleitos e indicados.

O BB também apresentou o detalhamento sobre o voto de decisão em itens específicos da Diretoria Executiva, a exigência de experiência mínima para ocupação de cargos nos Conselhos e Diretoria Executiva, bem como a segregação da eleição do Conselho Fiscal.

Custeio

Na parte do custeio, a proposta inclui a cobrança por dependentes com contribuição dos associados e do banco sobre a folha de pagamento dos ativos.

A cobrança por dependente passa a ser por percentual do salário e a correção anual será pelo reajuste salarial.

Demais itens

Compromisso de ampliar e aprimorar o modelo da Estratégia Saúde da Família para alcançar todos os participantes do Plano de Associados em até quatro anos.

Criar em até 30 dias da aprovação do novo estatuto uma mesa específica para debater o ingresso na Cassi dos funcionários egressos de instituições financeiras incorporadas.

Abertura do Plano Associados aos novos Funcionários admitidos a partir de 01.01.2018, com a possibilidade de permanência da Cassi na aposentadoria com pagamento das contribuições em auto patrocínio, arcando com a parte pessoal e parte patronal.

As entidades farão avaliação da proposta para orientação aos associados.

Veja a proposta completa.

São Paulo, 26 de Março de 2.019

As

Estaduais da CUT – Confederações - Federações e Sindicatos.

Companheiras/os,

Desnecessário falarmos novamente sobre a forma como o nosso País está sendo tomado de assalto por uma sequência de governos que têm como seu maior objetivo a destruição dos direitos dos trabalhadores, da democracia e da soberania brasileira.

O que temos assistido em todos os setores da vida brasileira não tem precedentes na história recente do Brasil, tamanha é a fúria entreguista e destruidora do governo Bolsonaro, tamanho o descaso e o desrespeito com os trabalhadores e trabalhadoras que estão vendo seu futuro e o de suas famílias comprometido em todos os sentidos, mas principalmente com a proposta não de reforma, mas de destruição da previdência e seguridade social.

No entanto, também temos mostrado ao governo e à sociedade que a classe trabalhadora vai gritar nas ruas, nos locais de trabalho e de moradia, seu descontentamento, sua força e sua capacidade de reagir e enfrentar mais esse desafio.

E é por isso, companheiros e companheiras, que gostaríamos de agradecer a cada uma das Estaduais da CUT, a cada Ramo, a cada Confederação, Federação, Sindicato e a cada trabalhador e trabalhadora que pelo Brasil afora mostraram no ultimo dia 22 de março, Dia Nacional de Mobilização contra a Reforma da Previdência, o que significa ser CUTista!

A vocês que atenderam a nossa convocação, organizaram e participaram das atividades, manifestações e paralisações, de pequenos e grandes atos de reação, contestação e enfrentamento à esse governo e sua Destruição da Previdência, queremos deixar uma mensagem não apenas de agradecimento, mas, principalmente, de força e confiança no poder da classe trabalhadora.

O dia 22 de março foi um momento significativo nessa luta e deixou muito claro que não vamos assistir calados, não vamos nos render, não vamos descansar enquanto não derrotarmos mais essa proposta de reforma da previdência.

Nenhum direito a menos!

Somos fortes! Somos CUT! A luta continua!

Vagner Freitas Sérgio Nobre

Presidente Secretário Geral

31 de março de 1964, o início de um capítulo triste e trágico da história política brasileira. O dia que marcou o início de 21 anos de uma ditadura militar dura e sangrenta no Brasil, um longo e brutal período de terror, repressão, perseguições, prisões arbitrárias e assassinatos. Mais de 400 brasileiros foram mortos pelos órgãos de repressão e muitos deles estão desaparecidos até hoje.

Mesmo diante dos registros históricos dos tempos sombrios, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), adorador de torturadores como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, e dos ditadores Alfredo Stroessner, do Paraguai, e Augusto Pinochet, do Chile, determinou ao Ministério da Defesa que sejam feitas comemorações em unidades militares no próximo dia 31 de março para marcar o início da ditadura militar no Brasil.

A reação à determinação de Bolsonaro foi imediata. Atos foram marcados em algumas capitais do país, lideranças políticas se manifestaram em repúdio à medida e órgãos federais, como o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União, condenaram a ação de Bolsonaro.

Menos de uma hora após o anúncio, uma corrente foi espalhada no WhatsApp e redes sociais, sugerindo que todos os brasileiros e brasileiras usem preto no domingo (31), em luto e respeito à memória das vítimas da ditadura militar.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, condenou a ordem de Bolsonaro com veemência, confirmou participação na Caminhada do Silêncio, que ocorrerá em São Paulo, neste domingo, e convidou todos os democratas da cidade a estarem na concentração no Parque do Ibirapuera, na Praça da Paz, de onde as pessoas sairão em uma caminhada em direção ao Monumento pelos Mortos e Desaparecidos Políticos, localizado ao lado do Parque.

“Não podemos aceitar que o governo volte a comemorar uma data que marca o início de 21 anos de ditadura militar, de torturas, assassinatos, perseguições, censura e obscurantismo no País”.

O dia 31 de março de 1964 é uma data que jamais será esquecida e nunca mais deve ser comemorada, deve ser repudiada e lembrada como algo que não pode jamais se repetir no Brasil
- Vagner Freitas

Data já tinha sido abolida

Em 2011, por determinação da ex-presidenta Dilma Rousseff, que foi duramente torturada por agentes do regime ditatorial, a data já havia sido retirada do calendário oficial de comemorações das Forças Armadas.

Agora no governo, Bolsonaro, um capitão reformado, que chegou a homenagear o torturador Ustra durante a votação do Golpe de 2016 - que destituiu uma presidente legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos - quer trazer novamente a lembrança de um período sombrio da história que os brasileiros não querem mais viver.

O diretor executivo da CUT, Julio Turra, que viveu os anos de chumbo da ditadura, também repudiou o que ele chama de provocação de Bolsonaro.

“É escandalosa, embora esperada, a atitude de Bolsonaro de ‘comemorar’ o Golpe Militar, que inaugurou o período de 21 anos de ditadura militar, de assassinato, tortura e repressão”, criticou o dirigente.

“Essa provocação será respondida com atos e manifestações que mostrarão a verdade sobre o período sombrio da nossa história”.

Reações institucionais

A determinação de Bolsonaro foi condenada também por órgãos federais. Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) disse que comemorar a ditadura é "festejar um regime inconstitucional e responsável por graves crimes de violação aos direitos humanos".

"É incompatível com o Estado Democrático de Direito festejar um golpe de Estado e um regime que adotou políticas de violações sistemáticas aos direitos humanos e cometeu crimes internacionais", afirma o órgão em nota pública.

Já a Defensoria Pública da União ingressou com uma Ação Civil, na 9ª Vara Federal Cível de Brasília, determinando que a União e as Forças Armadas não realizem qualquer evento. Na ação, a defensoria proíbe, especialmente, o uso de recursos públicos para esse fim, sob pena de multa e caracterização de ato de improbidade administrativa.

Confira algumas cidades que já têm atos confirmados (em atualização):

 

Brasília

31 de março

Eixão Norte (altura da 108), às 9h

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/255820012038543/

 

São Paulo

30 de março

6º Ato Unificado Ditadura Nunca Mais

Rua Tutóia, 921, às 10h

31 de março

Caminhada do Silêncio

Parque do Ibirapuera – Portão 7 (Praça da Paz), às 16h

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/2327473097484498/

 

Rio de Janeiro

31 de março

Caminhada do Silêncio

Cinelândia, 15h

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/2388250471403845/

 

Bahia

1 de abril

Marcha do Silêncio

Praça da Piedade, em Salvador, às 14h

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/580979012371290/

 
 
 
 

A reunião do colégio de líderes dos partidos com assento na Assembleia Legislativa, realizada na tarde de hoje(26/3), deliberou pela retirada de pauta do veto do governador Wilson Witzel ao PL-3213/10 que trata do retorno ao sistema previdenciário dos ex-participantes da Previ-Banerj que sacaram suas reservas de poupança.
A decisão de retirar de pauta teve como objetivo permitir aos deputados uma melhor compreensão do projeto.
Ainda não há previsão de quando o veto será apreciado.