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O Sindicato dos Bancários do Rio realizou na segunda-feira, 25, uma paralisação durante todo o expediente, em 19 agências do Itaú, na Avenida Rio Branco e adjacências, no Centro da Cidade. O protesto é uma resposta da categoria contra a política de demissões em massa no maior e mais lucrativo banco privado do país. Na avaliação dos sindicalistas não há qualquer justificativa para as dispensas. 
O Sindicato e a Contraf-CUT buscam, desde o início deste ano, um diálogo para pôr fim às demissões, mas o banco insiste em engrossar a fila de desempregados, gerando desespero em famílias inteiras que perdem, muitas vezes, o seu único sustento. A atividade teve total apoio dos funcionários. 
“O banco tem fechado inúmeras agências, o que prejudica também clientes e toda a população, aumentando as filas e precarizando o atendimento. Temos lutado para encontrar uma solução, como a transferência dos funcionários destas unidades fechadas para outras agências que possuem grande demanda, mas banqueiro parece ter o prazer em demitir trabalhador”, critica o diretor do Sindicato, Marcelo Ribeiro. 
Procure o Sindicato
Bancários demitidos que possuem um histórico de problemas de saúde causados em função do trabalho devem procurar a Secretaria de Saúde e o Departamento Jurídico para tentarmos uma reintegração, através de negociação ou, se necessário, na Justiça. O mesmo deve ser feito por qualquer bancário que entenda que sua demissão tenha sido feita de forma irregular”, explica Marcelo. O sindicalista lembra que o número de empregados doentes não para de crescer no Itaú, em função do aumento da pressão e do assédio moral para atingir metas cada vez mais absurdas e que é preciso melhorar as condições de trabalho, precarizadas em função da sobrecarga e acúmulo de funções, devido as dispensas. 
“Não descartamos novas paralisações caso o Itaú continue demitindo”, alerta o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti, que também participou da atividade. 
Em plena recessão do país, o Itaú lucrou, em 2018, R$25.7 bilhões, um crescimento de 3,4% em relação a 2017.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em declaração à imprensa, declarou a intenção de transferir os empregados do prédio da Almirante Barroso para a região portuária, inclusive os que já estão locados na Rua das Marrecas. Desde 2017, o Sindicato trava uma luta para impedir que os bancários sejam transferidos para o prédio, que é administrado por uma empresa de Nova Iorque. O local é deserto, fica a 600 metros do Morro da Providência, com altos índices de violência, que não param de crescer, inclusive com tiroteios e assaltos. Além disso, não há infraestrutura, como restaurantes e transporte público suficientes. 
“Os empregados já estavam conformados com a mudança para a Rua das Marrecas, apesar do valor sentimental e histórico do Barrosão, palco de grandes mobilizações da categoria. Esta notícia voltou a gerar grande preocupação nos funcionários. Quem vai se responsabilizar pelo risco de morte dos bancários em uma área tão violenta? Não vamos aceitar nenhuma medida imposta, sem dialogar com os trabalhadores e que representa um retrocesso”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Paulo Matileti. 
Bairro Fantasma
Matileti destaca o risco que representa a transferência, para os funcionários. “Precisamos estar unidos para resistir e garantir a segurança e o bem-estar dos empregados, especialmente num momento em que a Caixa tem sofrido ataques, como o projeto de privatização, que é uma obsessão do atual governo. Se necessário, vamos denunciar ao Ministério Público esta decisão, que coloca em risco a vida e a integridade física das pessoas”, acrescenta. 
Segundo denúncias, o prédio já tem várias perfurações de bala e ficou popularmente conhecido como “Bairro Fantasma”, em função do número de prédios vazios, após o colapso financeiro do Estado do Rio de Janeiro.

Segunda, 25 Março 2019 18:16

ITAÚ/ALMIRANTE BARROSO - Cipeiros eleitos

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), da agência do Itaú na Avenida Almirante Barroso, Centro, já tem seus novos cipeiros para a gestão 2019/2020. Foram eleitos, na sexta-feira (15), seis representantes: Isabel Cristina Ferreira (30 votos), Rafael Santos Pacifici (25 votos), Marcus Vinicius do Nascimento Gouvea (21 votos), Simone Campbell Meyohas de Freitas, Monica Regina Aguiar Faria (18 votos) e Sergio Duarte das Neves (17 votos) foram os eleitos para integrarem a nova gestão.
A Cipa tem papel fundamental para a melhoria nas condições e ambientes de trabalho, preservando a vida e a integridade física do trabalhador.

O Sindicato dos Bancários recebeu denúncias de que a agência do Itaú localizada no Rio Largo, Penha, estava em funcionamento apesar da queda do teto de gesso e o processo de obras para reparação no local. A agência foi fechada no mesmo dia (20/3) e permanece interditada até o fim da reconstrução que também afetou o estabelecimento de uma loja no mesmo edifício, acima do andar da unidade. 
Segundo informações das Relações Sindicais, a equipe de engenharia garantiu que não há qualquer risco eminente na área. Após a interdição do estabelecimento, o Sindicato acompanha de perto a pausa para a obra, garantindo que os bancários voltem ao trabalho em seguida, com a integridade física preservada. 
O Bancário que sentir necessidade de realizar qualquer denúncia pode entrar em contato com o Sindicato através do telefone: (21) 2103-4117 ou comparecendo pessoalmente em nossa sede, localizada na Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro-RJ.

Foi uma manifestação como há muito tempo não acontecia no Brasil. No Rio, nem a ameaça de chuva, que não veio, inibiu os manifestantes: cerca de 50 mil pessoas participaram do protesto contra a Reforma da Previdência, no Centro. Houve passeata da Candelária até a Central do Brasil. 
Ocorreram protestos em todas as regiões e capitais do país e também em cidades do interior. O brasileiro deu o recado ao governo: não abre mão de seu direito de se aposentar. Afinal, aposentadoria não é favor e muito menos privilégio. Todo empregado paga e caro, para ter o direito a uma velhice minimamente digna. 
Pela manhã, o Sindicato realizou caravanas em agências do Centro, convocando a categoria para a manifestação. Avaliações preliminares dos organizadores davam conta de que cerca de 30 mil pessoas participaram do ato público, mas a medida que a passeata acontecia muita gente foi chegando e cerca de 50 mil manifestantes participaram do protesto. 
“Esta manifestação nacional é só o começo. O povo precisa pressionar os parlamentares e protestar ainda mais para impedir que a proposta seja votada e aprovada. Só os banqueiros, grandes empresários e especuladores ganham com o projeto. Todos os trabalhadores perdem. Temos de lutar”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira. 
Fim da aposentadoria
O projeto do governo, elaborado pelo Ministro da Economia Paulo Guedes junto com banqueiros e grandes empresários, torna ainda mais difícil o direito à aposentadoria no Brasil, levando a grande maioria dos brasileiros a trabalhar até a morte. A Reforma, que será votada pelo Congresso Nacional, reduz drasticamente os valores dos benefícios, desvinculando-os do salário-mínimo. Receber o teto do INSS tornou-se quase impossível. Será preciso contribuir 40 anos para Previdência. Isto num país em que é grande o desemprego, é alta a rotatividade e cresce a cada dia a informalidade. A idade mínima (65 para homens e 62 para mulheres) é injusta com quem trabalha mais cedo, em sua maioria os pobres, que precisam ajudar no orçamento familiar e os trabalhadores rurais, que antes de atingir a maioridade já estão trabalhando nas lavouras. 
Só o povo paga a conta
A Reforma tira dos pobres para dar aos ricos. O governo quer economizar R$1 trilhão em 10 anos acabando com a Previdência Social e criando um sistema similar ao do Chile, de capitalização privada. E o pior, somente o trabalhador vai bancar o que seria uma poupança para se aposentar. O patrão não entra com nada. 
O governo chileno está sendo pressionado pelo povo para rever este sistema, que lançou milhares de idosos na miséria absoluta, resultando inclusive em um alto índice de suicídio. 
No projeto de Guedes também somente o povo paga a conta. O calote de banqueiros e empresários ao INSS, que supera os R$460 bilhões, é um tema que ninguém no Palácio do Planalto ousa pronunciar. O governo quer cortar na carne dos trabalhadores para sobrar mais dinheiro para a União pagar aos bancos, os juros da amortização da dívida pública, que chega a R$1 trilhão em apenas um ano. 
Privilégios continuam
A proposta dos generais para suas próprias aposentadorias causou grande indignação e repercussão negativa. O comando das Forças Armadas só aceita elevar a idade mínima na caserna (em média, na prática passaria de 48 para 53 anos) se o governo aumentar as gratificações, o que dobraria os soldos de coronéis e generais, gerando um gasto de cerca de R$83 bilhões. Sargentos, cabos e soldados não seriam beneficiados pelo aumento dos bônus.

A Assembleia Legislativa marcou para o dia 28 de março a pauta onde será apreciado o veto do governador Wilson Witzel ao projeto de lei que permite aos ex- participantes da Previ-Banerj que sacaram suas reservas de poupança voltarem a participar do sistema previdenciário, desde que devolvam os valores recebidos, corrigidos monetariamente.
O Sindicato convoca os banerjianos a lotarem as galerias da Alerj e pressionarem os deputados a derrubarem o veto.
Este projeto tem um importante alcance social e não pode ser vetado por conta do desconhecimento do processo de privatização do Banerj e falta de sensibilidade dos governantes.
A sessão legislativa começa às 15 hs e o Sindicato orienta a todos que cheguem um pouco antes, pra garantir o acesso as galerias que têm lotação limitada.

Protestos foram realizados em todas as regiões do país. Mobilização vai continuar e pode culminar em uma greve geral

Foi uma manifestação como há muito tempo não acontecia no Brasil. No Rio, nem a ameaça de chuva, que não veio, inibiu os manifestantes: mais de 30 mil pessoas participaram do protesto contra a Reforma da Previdência, no Centro. Houve passeata da Candelária até a Central do Brasil. Paramentares e militantes de vários partidos, como PT, PDT, PCdoB, PSOL, PCB e PSB, participaram da mobilização. Estudantes, trabalhadores e trabalhadoras, donas de casa, famílias inteiras, entoavam gritos em defesa do direito à aposentadoria e contra o governo Bolsonaro. 
Ocorreram protestos em todas as regiões e capitais do país e também em cidades do interior. O brasileiro deu o recado ao governo: não abre mão de seu direito de se aposentar. Afinal, aposentadoria não é favor e muito menos privilégio. Todo empregado paga e caro, para ter o direito a uma velhice minimamente digna. 

Fim da aposentadoria? 

O projeto do governo, elaborado pelo Ministro da Economia Paulo Guedes junto com banqueiros e grandes empresários, torna ainda mais difícil o direito à aposentadoria no Brasil, levando a grande maioria dos brasileiros a trabalhar até a morte. A Reforma, que será votada pelo Congresso Nacional, reduz drasticamente os valores dos benefícios, desvinculando-os do salário-mínimo. Receber o teto do INSS tornou-se quase impossível. Será preciso contribuir 40 anos para Previdência. Isto num país em que é grande o desemprego, é alta a rotatividade e cresce a cada dia a informalidade. A idade mínima (65 para homens e 62 para mulheres) é injusta com quem trabalha mais cedo, em sua maioria os pobres, que precisam ajudar n o orçamento familiar e os trabalhadores rurais, que antes de atingir a maioridade já estão trabalhando nas lavouras.   

Só o povo paga a conta

A Reforma tira dos pobres para dar aos ricos. O governo quer economizar R$1 trilhão em 10 anos acabando com a Previdência Social e criando um sistema simular ao do Chile, de capitalização privada. E o pior, somente o trabalhador vai bancar o que seria uma poupança para se aposentar. O patrão não entra com nada. 
O governo chileno está sendo pressionado pelo povo para rever este sistema, que lançou milhares de idosos na miséria absoluta, resultando inclusive em um alto índice de suicídio. 
No projeto de Guedes também somente o povo paga a conta. O calote de banqueiros e empresários ao INSS, que supera os R$460 bilhões, é um tema que ninguém no Palácio do Planalto ousa pronunciar. O governo quer cortar na carne dos trabalhadores para sobrar mais dinheiro para a União pagar aos bancos, os juros da amortização da dívida pública, que chega a R$1 trilhão em apenas um ano. 

Privilégio para os generais

A proposta do governo brasileiro, além de cruel com os brasileiros, não acaba com os privilégios, como é o caso dos militares. A proposta dos generais para suas próprias aposentadorias causou grande indignação e repercussão negativa. O comando das Forças Armadas só aceita elevar a idade mínima na caserna (em média, na prática passaria de 48 para 53 anos) se o governo aumentar as gratificações, o que dobraria os soldos de coronéis e generais, gerando num gasto de cerca de mais de R$83 bilhões. Além de resultar em indignação na sociedade civil, a proposta revoltou até militares de baixa patente. Sargentos, cabos e soldados não seriam beneficiados e, assim como as pensio nistas, teriam de descontar 10% sobre o soldo para manter os privilégios do alto oficialato, o que causou reclamações na tropa. 

Tiro no pé
 

A luta dos trabalhadores ganhou um reforço inusitado e de peso. As próprias trapalhadas do governo, visivelmente sem comando. A decisão do Ministro da Justiça Sérgio Moro de mandar o juiz Marcelo Bretas prender o ex-presidente golpista Michel Temer e o ex-governador do Rio, Moreira Franco, este último sogro de Rodrigo Maia, teria sido uma retaliação devido as críticas do presidente da Câmara ao ministro da Justiça de Bolsonaro. Maia disse que Moro “não entende de política” e que o projeto do juiz de combate à corrupção e a violência é “uma cópia e cola do projeto do ministro do STF Alexandre de Moraes”.

A prisão de Temer e Moreira Franco revoltou o MDB, o DEM e grande parte dos parlamentares da base do governo. A disputa e brigas internas podem atrapalhar a tentativa de Paulo Guedes de aprovar a Reforma neste primeiro semestre. Mas se o povo não reagir, o risco de aprovação ainda existe.

“Esta manifestação nacional é só o começo. O povo precisa pressionar os parlamentares e protestar ainda mais para impedir que a proposta seja votada e aprovada. Só os banqueiros, grandes empresários e especuladores ganham com o projeto. Todos os trabalhadores perdem. Temos de lutar”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira.  

O Sindicato realizou nesta sexta-feira, 22, uma Caravana em agências do Centro do Rio, para convocar os bancários a participarem do ato público contra a Reforma da Previdência, que será realizada no final da tarde. Haverá passeata da Candelária à Central do Brasil. A concentração é às 18h horas.

Na avaliação dos sindicalistas a recepção à atividade nas unidades foi a melhor possível.

“A categoria está indignada com esta proposta que ataca os direitos dos trabalhadores à aposentadoria, reduz o valor médio dos benefícios e pensões e não combate os privilégios. A reação popular começa a fazer efeito. Temos que pressionar ainda mais os parlamentares para derrotar este projeto devastador que quer extinguir a Previdência Social e o direito do brasileiro se aposentar”, disse o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.

As centrais sindicais e os movimentos populares vão realizar manifestações em diversas cidades do país na sexta-feira, 22 de março, em protesto contra a proposta de reforma da Previdência, apresentada ao Congresso Nacional pelo governo Bolsonaro. Já estão confirmados atos em quase 100 cidades em todo o país. Os bancários vão aderir às atividades e realizarão atividades próprias da categoria.

Se a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo for aprovada as pessoas serão obrigadas a trabalhar e contribuir por mais tempo, mas receberão menos. Ao mesmo tempo, o governo e as empresas serão isentas de dar suas contribuições.

Os trabalhadores vão às ruas para defender seu direito de se aposentar e receber um valor justo pela contribuição que dão para o desenvolvimento do país.

O governo quer estipular a idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens se aposentarem e extinguir o direito da aposentadoria por tempo de contribuição. Além disso, a idade mínima aumentará a cada quatro, de acordo com o aumento da expectativa de vida da população brasileira.Dados do IBGE mostram que, na maioria dos estados do Norte e Nordeste a expectativa de vida ao nascer em 2017 era de 70 anos a 73 anos. Nos estados do Sul e Sudeste chegava a 79 anos. Mesmo em uma mesma cidade a expectativa pode sofrer muita variação, dependendo da qualidade de vida da pessoa. O Mapa da Desigualdade 2017, elaborado pela Rede Nossa São Paulo, mostra que enquanto, o morador dos Jardins vive 79,4 anos, em média, o morador do Jardim Ângela vive 55,7 anos.

Tempo de contribuição

Além da idade mínima, o governo quer aumentar o tempo contribuição. As pessoas terão que contribuir por 20 anos para receber apenas 60% do benefício. Se quiser receber 100% do benefício, terão que contribuir por 40 anos. Mesmo assim, não receberão o valor integral da aposentadoria. É que o governo quer alterar a forma de cálculo da contribuição. Hoje o cálculo é feito sobre os 80% dos maiores valores pagos. Com a nova proposta, o cálculo levará em conta a totalidade das contribuições, desde quando a pessoa começou a trabalhar.

Mulheres

A reforma será prejudicial para todos os trabalhadores, mas ainda mais para as mulheres. Hoje, a idade mínima para aquelas que vivem abaixo da linha da pobreza e não conseguiram contribuir por 15 anos é de 60 anos. Vai subir para 62 anos.

Agentes da Polícia Federal efetuaram a prisão preventiva do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB-SP) na manhã desta quinta-feira (21) em São Paulo. A prisão deve-se a delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que afirmou à PF ter pago R$1 milhão em propina, a pedido do ex-ministro Moreira Franco e coronel João Baptista Lima Filho, sob conhecimento de Temer, durante um acordo de contrato para um projeto da usina Angra 3.

Denominada Operação Radioatividade, as investigações que levaram ao mandato de dez prisões totais revelam diversas fraudes no acordo para as obras da usina. Na ocasião, o empresário José Antunes revelou à polícia que em meados de 2010 ele foi procurado pelo coronel Lima com a oferta ilícita, e que durante os anos de 2013 e 2014 foi procurado pelo ex-ministro Moreira Franco junto de Lima para fazer doações ao MDB, período em que também foi levado para encontros pessoais com Michel Temer junto dos dois citados.

Para disfarçar a corrupção nas obras da usina Angra 3, uma reforma no apartamento de Maristela Temer, filha do ex-Presidente, foi utilizada para desvio da verba, segundo afirma o Ministério Público Federal. Maristela afirma gastos de R$700 mil na reforma, mas de acordo com as investigações, o valor é duas vezes maior. A quantia depositada para esta reforma teria sido recebida por Maria Rita Fratezi, esposa de coronel Lima.

Com base nas informações do MPF, as empresas AF Consult e Argeplan, do coronel Lima, foram contratadas para a reforma da usina, tendo a Engevix subcontratada no decorrer das obras sob alegação de que as duas empresas citadas não teriam “pessoal e expertise” suficiente para a prestação de serviços. Segundo a nota do Ministério, o contrato previa pagamento de propina por parte da Engevix em benefício de Michel Temer. A força-tarefa da Lava Jato revela que os pagamentos foram realizados ao final de 2014 depois de um contrato fictício da Alumi Publicidades e a PDA Projeto e Direção Arquitetônica, também controlada pelo coronel Lima, que somaram R$1,09 milhão de transferências. Já os pagamentos depositados para a empresa AF Consult causaram um desvio de R$10,8 milhões, mesmo sem ter capacidade técnica para cumprimento do contrato.

Preso nesta manhã (21) após sair de sua casa, o ex-presidente será levado ao Rio de Janeiro enquanto seu processo ficará a cargo do ministro do STF Edson Fachin. Inicialmente preventiva, Temer e mais sete acusados ficarão detidos sem data para liberação enquanto apenas Carlos Jorge Zimmermmann e Rodrigo Castro Alves Neves terão prisões temporárias de cinco dias.

Temer que em 2018 afirmou não ter medo de ser preso, durante uma entrevista à revista Época, é detido por corrupção e ainda responderá por mais nove inquéritos abertos na época em que exercia a função de Presidente da República.

Ao todo o juiz Marcelo Bretas ordenou a prisão do ex-presidente Michel Temer, coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer e dono da Argeplan), Wellington Moreira Franco (ex-ministro durante o governo Temer), Maria Rita Fratezi (esposa do coronel Lima), Carlos Alberto Costa (sócio do coronel na Argeplan), Carlos Alberto Costa Filho (diretor da Argeplan e filho de Carlos Alberto), Vanderlei de Natale (sócio da Construbase), Carlos Alberto Montenegro Gallo (administrador da CG Impex), Rodrigo Castro Neves (responsável pela Alumi Publicidades) e Carlos Jorge Zimmermmann (representante da empresa AF-Consult).