Segunda, 25 Março 2019 18:19

Sindicato fecha agências do Itaú em protesto contra as demissões

O Sindicato parou 19 agências no Centro do Rio em protesto contra a política de demissões em massa do Itaú. Se o banco continuar demitindo, o Sindicato poderá realizar novas paralisações e protestos O Sindicato parou 19 agências no Centro do Rio em protesto contra a política de demissões em massa do Itaú. Se o banco continuar demitindo, o Sindicato poderá realizar novas paralisações e protestos

O Sindicato dos Bancários do Rio realizou na segunda-feira, 25, uma paralisação durante todo o expediente, em 19 agências do Itaú, na Avenida Rio Branco e adjacências, no Centro da Cidade. O protesto é uma resposta da categoria contra a política de demissões em massa no maior e mais lucrativo banco privado do país. Na avaliação dos sindicalistas não há qualquer justificativa para as dispensas. 
O Sindicato e a Contraf-CUT buscam, desde o início deste ano, um diálogo para pôr fim às demissões, mas o banco insiste em engrossar a fila de desempregados, gerando desespero em famílias inteiras que perdem, muitas vezes, o seu único sustento. A atividade teve total apoio dos funcionários. 
“O banco tem fechado inúmeras agências, o que prejudica também clientes e toda a população, aumentando as filas e precarizando o atendimento. Temos lutado para encontrar uma solução, como a transferência dos funcionários destas unidades fechadas para outras agências que possuem grande demanda, mas banqueiro parece ter o prazer em demitir trabalhador”, critica o diretor do Sindicato, Marcelo Ribeiro. 
Procure o Sindicato
Bancários demitidos que possuem um histórico de problemas de saúde causados em função do trabalho devem procurar a Secretaria de Saúde e o Departamento Jurídico para tentarmos uma reintegração, através de negociação ou, se necessário, na Justiça. O mesmo deve ser feito por qualquer bancário que entenda que sua demissão tenha sido feita de forma irregular”, explica Marcelo. O sindicalista lembra que o número de empregados doentes não para de crescer no Itaú, em função do aumento da pressão e do assédio moral para atingir metas cada vez mais absurdas e que é preciso melhorar as condições de trabalho, precarizadas em função da sobrecarga e acúmulo de funções, devido as dispensas. 
“Não descartamos novas paralisações caso o Itaú continue demitindo”, alerta o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti, que também participou da atividade. 
Em plena recessão do país, o Itaú lucrou, em 2018, R$25.7 bilhões, um crescimento de 3,4% em relação a 2017.

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