Isso mesmo. Tenho muito orgulho das nossas conquistas, tanto quanto tenho das lutas que travamos para garantir os nossos direitos.
Tenho orgulho de termos conseguido resistir – mesmo com a reforma Trabalhista, graças ao nosso Acordo Coletivo de Trabalho – preservando muitos dos nossos direitos fundamentais.
Negociamos com muita determinação com um sistema financeiro que visa lucro acima de qualquer pessoa. Quanto mais representativos formos, mais força teremos em uma mesa de negociação. Afinal, representamos uma categoria com quase 450 mil pessoas no Brasil, cerca de 25 mil no Rio de Janeiro, a grande maioria sindicalizada. Isso traz confiança e a certeza de que estamos no caminho certo da luta.
Entramos em uma negociação de cabeça erguida e com orgulho de fazer parte de uma categoria que ousa nas suas reivindicações. Nossa luta vai além do reajuste salarial, lutamos também por igualdade, melhores condições de trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral.
Lutamos para que todas e todos sejam respeitados, independentemente de raça, gênero, crença e orientação sexual, afinal somos todos trabalhadores bancários tentando sobreviver em um mundo desigual.
Nossa luta vem de longe. São 89 anos em que construímos com muito trabalho e persistência uma Convenção Coletiva Nacional. Isso significa que bancárias e bancários de qualquer lugar no Brasil, independentemente do banco em que trabalham, têm os mesmos direitos. Isso é único. Somos a única categoria que possui uma Convenção como essa. Os direitos e benefícios que hoje usufruímos são fruto de muita luta e resistência. Não são benesses dos banqueiros, nem caíram do céu.
Ainda temos muito para construir, os tempos mudam, a tecnologia bate à nossa porta e é preciso renovar e reinventar para que sigamos confiantes na nossa força e no nosso trabalho.
No dia 28 de agosto, comemoramos o Dia do Bancário. Meu muito obrigada à bancária e ao bancário que confiam em nosso trabalho e apoiam as ações do sindicato. Podem estar certos de que a nossa luta é com vocês.

Adriana Nalesso – Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio

Logo após tomarem posse, na última quarta-feira (21/8), no auditório do Sindicato, os delegados sindicais eleitos do Banco do Brasil participaram do Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi. Fizeram mobilização durante a reunião do Conselho de Usuários da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB, na sede da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil (Apabb), no prédio do Sedan, onde distribuíram o jornal Espelho, cujo tema principal foi o descaso do banco, que insiste em não retomar as negociações para encontrar uma solução negociada para a situação financeira da Cassi.
Nos demais estados o Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi aconteceu na quinta-feira. Em Brasília, houve ato durante cerimônia na Câmara dos Deputados. A sessão solene, com mais de 400 participantes, marcou o lançamento da campanha “Não mexe no meu BB”. Durante o ato, a Anabb divulgou os resultados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Data-Poder360 para avaliar a percepção dos deputados federais e senadores sobre o Banco do Brasil.
Negociação
Para Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários é fundamental a unidade de todo o funcionalismo e seus representantes para buscar da direção do banco e do governo uma solução definitiva. “A Cassi é barata para o BB, conforme constatação da consultoria contratada pelo banco. Os lucros, fruto do trabalho dos funcionários, permite ao banco preservar a entidade e promover as melhorias necessárias que garantam a sustentabilidade futura”, afirmou.
O BB tem imposto aos funcionários mudanças na governança da Cassi, quebrando a paridade entre a representação dos funcionários e BB e aumento na contribuição dos funcionários. Essas condições visam atender às propostas da resolução da CGPAR 23 direcionada aos planos de saúde das estatais, cujas mudanças visam torná-los cada vez mais próximos ao modelo dos planos privados.
Delegados da CEF
A posse dos delegados eleitos da Caixa Econômica Federal foi na última sexta-feira (23/8). O principal tema foi a necessidade de organizar a luta dos empregados em defesa do banco contra a privatização.

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco conquistou, no último dia 20, em negociação realizada em São Paulo, a renovação dos acordos coletivos aditivos à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), relacionados a direitos específicos dos funcionários. Os aditivos dizem respeito a questões do Telebanco, Bradesco Financiamentos, Cipa Treinet e Ponto Eletrônico.
“É muito importante a renovação dos acordos aditivos, mas queremos voltar à mesa de negociação para debater sobre a minuta específica aprovada no encontro nacional dos funcionários do Bradesco, no ano passado”, explica o diretor do Sindicato do Rio e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcelo Pereira.
Ampliação do PDE
No encontro, foi debatido ainda a ampliação do Prêmio de Desempenho Extraordinário (PDE) para todos os funcionários. O banco informou que, após a publicação do regulamento, mantém não extensivo a departamento, caixas, escriturários e gerentes regionais.
A direção do banco disse ainda que o trabalho remoto está em fase de teste e garantiu que vai chamar o coletivo de trabalhadores para a negociação.
Os sindicalistas cobraram ainda explicações sobre os vídeos que têm circulado pela internet e causaram constrangimento aos funcionários. O banco disse que era uma campanha, mas que já foi suspensa.
Só os bancos ganham
Marcelo Pereira lembra que o Bradesco, a segunda maior instituição privada do país, não para de aumentar seus lucros e que a direção do banco tem toda as condições de atender as reivindicações dos funcionários.
“No segundo trimestre de 2019, o Bradesco faturou R$6,46 bilhões, um resultado 25,2% superior ao do mesmo período do ano anterior. Mesmo com o Brasil em recessão econômica, o sistema financeiro não para de acumular dinheiro e apresenta resultados absurdos enquanto que o setor produtivo patina e os trabalhadores sofrem com desemprego, redução da renda média e perda de direitos”, disse.

Pesquisadores, ambientalistas, parlamentares e representantes de entidades de diversos setores da sociedade participam como palestrantes do debate sobre as consequências para o meio ambiente da construção de um autódromo no Camboatá, no bairro de Deodoro, na Zona Oeste. O evento será nesta quarta-feira (28/8) às 18 horas, no auditório do Sindicato (Av. Pres. Vargas, 502, 21º andar).
O Camboatá é uma das últimas áreas de Mata Atlântica na cidade. A construção vem sendo defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo governador Wilson Witzel e pelo prefeito Marcelo Crivella.
O objetivo do debate, organizado pela Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato, é ampliar a luta de diversos setores da sociedade para impedir a obra. Entre os palestrantes estão o professor Haroldo Lima, botânico e pesquisador do Jardim Botânico; Beto Mesquita, engenheiro florestal e doutor em florestas e ambiente; e Gustavo Pedro, fotógrafo e ornitólogo; além dos vereadores Renato Cinco (PSOL), Reimond (PT) e Fernando Wiliam (PDT).