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O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, afirma que a Medida Provisória (MP) 881 é um ataque do governo Jair Bolsonaro (PSL) e do Parlamento aos direitos da classe trabalhadora. O texto da MP foi aprovado na Câmara dos Deputados, na terça-feira (13).  “Um retrocesso, que só não será ainda mais devastador porque a CUT, o movimento sindical são resistência e luta e, juntamente, com partidos de oposição, conseguiram tirar itens da medida.”

“Não cabe a uma medida provisória que trata de questões econômicas fazer reforma trabalhista”. Foi exatamente essa a fala feita por Vagner Freitas ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em reunião realizada na tarde de terça (13), antes da votação da 881. Não houve negociação de itens do texto da MP, como o que trata de folga no domingo.

“Fui à Câmara e falei com Rodrigo Maia para defender os direitos dos trabalhadores. Não houve negociação. Disse a ele que deveriam ser retirados do texto todos os itens referentes a questões trabalhistas”, afirmou Vagner Freitas.

Essa MP é o espelho que reflete um Congresso conservador, patronal e retrógrado em relação aos trabalhadores, às leis trabalhistas e a direitos sociais.
- Vagner Freitas

Vagner, que é bancário, destacou como exemplo do retrocesso imposto pela medida que, desde 1962, os bancos não funcionam aos sábados, como passa a determinar a MP 881. Segundo o presidente da CUT, o objetivo desse item é manter as agências bancárias abertas para facilitar operações de financiamentos.

MEDIDA RECOLOCA O BRASIL NA DÉCADA 1930

“Diante da correlação de forças na Câmara dos Deputados (e que se repete no Senado), o que foi possível aos parlamentares da oposição avançar foi a retirada de  pontos excluídos do texto base. E isso é bastante significativo”, avalia Vagner.

O governo Bolsonaro consegue aprovar suas medidas absurdas e abusivas pela força dos bilhões de reais e cargos que libera à maioria dos parlamentares. “Por isso nossa pressão nas ruas e sobre os deputados e senadores, no Congresso e em suas bases eleitorais, tem de continuar, de forma incansável”, afirma o presidente nacional a CUT

O texto base da MP 881 foi aprovado nesta terça-feira por 345 votos a favor e 76 contra.  Após votação dos destaques, seguirá à apreciação do Senado.

O Sindicato conseguiu mais uma vitória na Justiça contra demissões irregulares impostas pelos bancos. A bancária Flaviane Alvarenga Carvalho, portadora de LER/Dort e com 13 anos de casa, havia sido dispensada no dia 1º de abril deste ano. Funcionária do Call Center do Santander, em São Cristóvão, ela procurou ajuda na secretaria de Saúde e o Departamento Jurídico da entidade. No último dia 9 de agosto, Flaviane foi reintegrada por decisão do juiz Ricardo Georges Affonso Miguel, da 13ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.

“Esta é mais uma vitória que reafirma a importância da sindicalização e do trabalhador buscar seu sindicato para garantir seus direitos e impedirmos uma prática comum nos bancos, que é demitir de forma ilegal”, afirma o diretor do Sindicato, Edelson Figueiredo.

Quarta, 14 Agosto 2019 14:04

Câmara aprova “MP da Exploração”

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) o texto-base da Medida Provisória 881. Foram 345 votos a favor, 76 contrários e uma abstenção. Apelidada como “MP da Liberdade Econômica”, depois das alterações realizadas feita pela Câmara dos Deputados no texto original, o nome mais correto deveria ser “MP da Exploração”.

Editada com a finalidade de reduzir a burocracia e limitar o poder de regulação do Estado sobre as empresas, a proposta aprovada avança sobre as leis do trabalho, transformando-a numa espécie de minirreforma trabalhista.

“Já retiraram diversos direitos dos trabalhadores com a reforma trabalhista. Se essa proposta passar pelo Senado da forma como está, mais uma série de conquistas deixarão de existir”, alertou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção Silva.

Os trabalhadores deixarão de ter, por exemplo, o direito de receber dobrado pelo trabalho aos domingos e feriados, dias antes considerado como “repouso semanal remunerado”. Basta que o patrão dê uma folga compensatória durante a semana. “Folga aos domingos para conviver com a família? Apenas uma vez por mês”, observou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Vinícius destacou ainda que o texto aprovado na Câmara nesta terça-feira revoga a Lei 4178/1962, que proíbe o trabalho aos sábados nos estabelecimentos de crédito. “O descanso semanal remunerado aos domingos e a proibição do expediente bancário aos sábados não é apenas uma questão trabalhista. É também uma questão de saúde do trabalhador e de melhoria do desempenho no trabalho”, explicou.

“Os bancários manipulam grandes quantias de dinheiro. Quando a tarefa é exercida por muitas horas, gera estafa e isso leva a erros. Os erros são cobrados dos trabalhadores, que precisam arcar com o prejuízo e ainda são demitidos. Imagina a tensão de trabalhar com quantias tão grandes de recursos e saber que, se houver algum erro, isso pode sair de sua conta”, observou o vice-presidente da Contraf-CUT. “Antes de inventar uma lei como essa, o deputado deveria se preocupar em consultar a categoria para saber o motivo da proibição do expediente bancário aos sábados. Saber que a folga aos finais de semana é uma forma de aliviar a tensão”, concluiu, lembrando que a categoria bancária é a que mais sofre com os afastamentos para tratamento de transtornos mentais.

Orquestração empresarial

Para Jeferson Meira (Jefão), secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, as alterações propostas pela Câmara dos Deputados e a aprovação da proposta em plenário é resultado do lobby empresarial no Congresso Nacional.

“Há uma clara orquestração por parte do empresariado e do atual governo em destruir o que restou dos direitos trabalhistas após a reforma do Temer. Estão querendo compensar a incompetência desse governo em gerar emprego e renda atacando a dignidade do trabalho e da pessoa humana através de uma MP que, a despeito de desburocratizar a economia, precariza e traz insegurança jurídica aos contratos de trabalho”, denunciou.

Jefão lembrou ainda que os bancos já vinham burlando a lei e abrindo unidades aos sábados. “A Caixa já convocou seus empregados para, aos sábados, atender a demanda pelo saque de benefícios dos trabalhadores. O Santander tentou, neste ano, realizar um trabalho ‘voluntário’ de orientação financeira, utilizando seus próprios funcionários. Também recebemos denúncias de clientes que se assustam e duvidam da origem de ligações de gerentes de outros bancos aos sábados”, informou. “Nossa Convenção Coletiva determina que a jornada de trabalho deve ser cumprida de segunda a sexta-feira, exceto nos casos especiais de compensação bancária e das centrais de teleatendimento. Por isso, vamos continuar lutando contra a aprovação desta MP e, mesmo se ela for aprovada, vamos continuar exigindo o cumprimento de nossa CCT”, concluiu o dirigente sindical da Contraf-CUT.

Algumas das perdas do trabalhador

  1. Permite que o repouso semanal remunerado aos domingos seja apenas uma vez por mês;
  2. Retira o direito de o trabalhador receber em dobro quando trabalhar aos domingos e feriados (se o patrão der folga em outro dia, o outro dia vira o descanso semanal remunerado);
  3. Desobriga a empresa de manter um cartão de ponto, que é utilizado pelo trabalhador como comprovação das horas trabalhadas além da jornada normal;
  4. Revoga a lei que limita o expediente bancário de segunda a sexta-feira.

Fonte: Contraf-CUT / Paulo Flores

Nas principais cidades do país, estudantes e trabalhadores de todos os setores da economia foram às ruas exigir que o Senado Federal rejeite o projeto de reforma da Previdência do governo Bolsonaro que acaba com o direito à aposentadoria. A proposta do Palácio do Planalto exige muito mais tempo para a concessão do benefício, além de reduzir drasticamente o seu valor e das pensões por morte. A mobilização nacional foi também contra o corte de recursos e o projeto “Future-se” do Ministério da Educação que privatiza as universidades públicas passando a sua administração para grupos particulares travestidos de organizações sociais.
O Dia de Greves e Mobilizações Contra o Corte de Verbas da Educação e a Reforma da Previdência foi convocado pelas entidades sindicais de ensino, de estudantes, como a União Nacional de Estudantes, e pelas centrais sindicais. Entre estas a CUT, CTB e CSP-Conlutas. Escolas do estado e município e universidades fizeram paralisação de 24 horas.
O projeto de reforma foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados com votos comprados pelo governo através da liberação de emendas parlamentares no valor de R$ 5 bilhões, quantia retirada principalmente da Educação. Agora, vai para o Senado, onde terá que passar por mais duas votações. O relator do projeto é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o mais rico da Casa, com R$ 389 milhões de patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Passeata toma a Rio Branco

No Rio de Janeiro milhares de pessoas ocuparam todo o entroncamento das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, nos fundos da Igreja da Candelária. De lá, seguiram em passeata até a frente do Edifício-Sede da Petrobras (Edise), na Avenida Chile, onde foi feito um ato contra a venda das refinarias de petróleo da empresa e da privatização das demais estatais, como pretende Bolsonaro.
A grande maioria dos manifestantes era de estudantes que, além de lutarem pela reversão do corte de recursos para o ensino entenderam que a reforma da Previdência não atinge somente os que já estão no mercado de trabalho, mas os que se encontram no ensino fundamental, médio e superior.
“A reforma atinge também os filhos e os netos dos que hoje já estão trabalhando e serão impedidos de se aposentar”, afirmou a diretora da União Nacional dos Estudantes, Luiza Froltan, do alto de um dos caminhões de som.
A vice-presidente do Andes Sindicato Nacional dos Docentes das Universidades, Mariana Frato condenou os projetos de Bolsonaro, pois acabam com direitos previdenciários, quebram a Previdência pública, e impedem que os filhos dos pobres possam continuar estudando em universidades públicas. “O projeto de Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes é excludente e, ao mesmo tempo, abre caminho para os bancos terem mais lucros com a previdência privada e enriquece ainda mais os donos dos grandes grupos particulares de ensino para os quais serão entregues as universidades públicas”, afirmou o diretor do Sindicato dos Professores, Elson Paiva.
A diretora de Comunicação da CUT do Rio de Janeiro, Eduarda Quiroga, adiantou que as centrais sindicais, sindicatos e entidades estudantis discutirão as próximas mobilizações. Defendeu a unidade de todos os setores na continuidade desta luta e na defesa da soberania nacional ameaçada com a venda das estatais e da entrega do petróleo.

O governo Bolsonaro conseguiu aprovar, nesta terça-feira, 13, na Câmara dos Deputados. a Medida Provisória 881, a chamada MP da “Liberdade Econômica”. 

 Prejuízos para o trabalhador

 A proposta prevê uma série de mudanças na legislação trabalhista que resultarão em graves prejuízos para várias categorias de trabalhadores, inclusive os bancários, como o trabalho em finais de semana, inclusive domingos e feriados, com apenas um descanso dominical por mês. E mais: se o descanso for concedido em outro dia da semana, o empregado não vai mais receber o pagamento em dobro pelo domingo trabalhado. Além disso, as empresas não serão mais obrigadas a instituir as CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes), o que deverá elevar o número de trabalhadores vítimas de doenças ocupacionais e tornar ainda pior as condições de trabalho.

Trabalhadores rurais também serão duramente penalizados: poderão trabalhar sem folgas em período de colheita. Já os empresários receberão mais benesses com o fim do e-Social, que reúne obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.  

 

Os empregados da Caixa realizam na próxima quarta-feira (14) o lançamento da campanha “Saúde Caixa para Todos”. A data foi definida durante o último Congresso Nacional dos empregados da Caixa (Conecef), realizado no início de agosto. “Vamos reforçar a importância da mobilização contra o CGPAR 23, que destrói nossos planos de saúde, mas também reforçando a inclusão dos novos empregados, em especial as pessoas com deficiência. A Caixa é o que é graças aos empregados. Mobilizados nós avançamos”, afirmou Fabiana Uehara, coordenadora do GT Saúde Caixa, secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representante da confederação nas negociações com o banco.

O governo Bolsonaro tem propagandeado que a Caixa seria o “banco da inclusão” por conta da convocação de duas mil pessoas com deficiência, decisão só tomada após a judicialização do evidente desrespeito pela Caixa da lei de cotas para PCDs, mas na prática o banco descrimina os trabalhadores.

O banco interpôs recurso contra a decisão do TRT da 10ª Região, que condenou a Caixa a cumprir, imediatamente, a cota legal de contratação de pessoas com deficiência (PCD), como prevê a Lei 8.213/91. Em análise do recurso, a presidente do TRT10 sobrestou o processamento do recurso da Caixa. Ou seja, o processo aguardará julgamento do STF sobre a competência para processar e julgar demandas quanto a concursos e admissão de novos empregados em empresa pública. Apenas quando o STF decidir se a Justiça do Trabalho é competente para apreciar esse tipo de matéria, a ação civil pública (ACP) retornará ao seu curso.

“Dados da própria Caixa mostram que o índice de trabalhadores com deficiência é de apenas 1,42%, menos de 1/3 do exigido pela legislação [5%]. A convocação desses trabalhadores, aprovados no concurso de 2014, é fruto de ação judicial impetrada pela Contraf-CUT, que conta com o Sindicato como assistente. Agora, mesmo alardeando essas contratações como política de inclusão do governo, a Caixa apresentou recurso, escancarando a hipocrisia da sua direção e do próprio governo”, critica o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

Além de utilizar a contratação de pessoas com deficiência para manipular a opinião pública em favor do governo, a direção da Caixa está discriminando os trabalhadores convocados. De acordo com denúncias recebidas pelo Sindicato, o banco tem informado aos PCDs que a contração deles não dá direito ao plano de saúde da instituição, o Saúde Caixa.

“É um completo absurdo! É discriminação escancarada contra os trabalhadores com deficiência. Inclusive, soubemos de convocados que desistiram da posse ao serem informados que não terão direito ao plano de saúde. Essa atitude desrespeita o Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados, que garantiu após difícil negociação, amparada na luta dos bancários, o Saúde Caixa para todos”, enfatiza Dionísio.

Cobrança

Na última sexta-feira (9), a CEE cobrou da direção da Caixa uma resposta ao ofício enviado em março, que requereu o cumprimento do parágrafo oitavo da cláusula 32 do ACT, com a apresentação de relatório atuarial e balancetes mensais do exercício de 2017. O documento cobrou também dados e documentos para possibilitar uma melhor análise do Saúde Caixa e, por consequência, viabilizar a boa-fé da negociação coletiva, com base no princípio da transparência.

A Marcha das Margaridas 2019 vai tomar as ruas de Brasília, nesta terça-feira (13). A 6ª edição do tradicional evento que reúne mulheres de todo o país para protestar em defesa da democracia e dos direitos terá como lema a Luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência. 

Coordenada pela Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), suas 27 Federações e mais de 4 mil Sindicatos filiados, a Marcha das Margaridas se constrói em parceria com os movimentos feministas e de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais. 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é parceira da Marcha, pois entende a sua importância para a organização das mulheres do campo, da floresta e das águas, e compartilha dos mesmos ideais de igualdade e liberdade.

De acordo com a secretária da Mulher, Elaine Cutis, a Marcha realiza, há quase vinte anos, uma efetiva ação de luta das mulheres contra a exploração, a dominação e todas as formas de violência e em favor de igualdade, autonomia e liberdade. “Neste ano, temos como objetivo denunciar e protestar contra as condições de vida no campo, a pobreza, a desigualdade econômica e social, a violência, o racismo, a homofobia e a exclusão das mulheres das políticas públicas. Além de lutar contra o avanço da agenda antidemocrática, conservadora e privatista”, afirmou.

Durante todo o ano, as trabalhadoras se preparam para o evento e realizam diversas atividades que combinam a mobilização de recursos financeiros e a mobilização política, envolvendo atividades formativas, debates e a construção descentralizada da plataforma e pautas de reivindicação.

“A Marcha nos retira da invisibilidade e potencializa a retomada das políticas públicas voltadas a sua autonomia política e econômica, por isso, convocamos todas as trabalhadoras, mulheres de movimentos sociais, sindical, feministas, estudantes e militantes de São Paulo para construir uma grande caravana para irmos à Brasília e, juntas, lutarmos contra a opressão e exigir justiça”, convocou Elaine Cutis.

Bancários se juntam a estudantes, professores e trabalhadores de várias categorias, nesta terça-feira (13), nas atividades do Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência e em defesa da educação. Estão programados atos em vários estados do Brasil.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, os cortes nos investimentos para a educação e a proposta de alterações da Previdência só visam retirar direitos dos trabalhadores, assim como foi feito com a reforma trabalhista. “Ao contrário do que o governo diz, a reforma da Previdência vai continuar beneficiando os mais ricos e os empresários. Enquanto, os pobres, que mais necessitam, terão que trabalhar muito mais para conseguir se aposentar”, afirmou a dirigente, que convocou todos os trabalhadores para irem às ruas nesta terça. “Precisamos pressionar os senadores para que votem contra esse desmonte e defendam os direitos dos trabalhadores”, completou Juvandia.

“O ato desta terça-feira é apenas o começo. Temos que denunciar os deputados que aprovaram a reforma. Sabemos onde cada um deles tem mais votos. Temos que mostrar em cada uma das cidades quem votou contra os trabalhadores”, disse. “Ao fazer a denúncia dos deputados, mostramos também aos senadores que, se votarem contra os trabalhadores, sofrerão as mesmas consequências”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Dentre as mudanças propostas para a Previdência, está a instituição da obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria, que passa a ser de 65 anos para os homens e 62 para mulheres. Além disso, para receber 100% do benefício, o trabalhador deverá contribuir por 40 anos. O tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens. Neste caso, receberão apenas 60% do benefício.

O cálculo do benefício também muda, reduzindo os valores que serão pagos aos trabalhadores. Atualmente, os valores são calculados levando em conta 80% dos maiores salários de contribuição. Apenas os maiores valores são utilizados no cálculo. Com a reforma da Previdência, os valores passam a ser calculados pelo total das contribuições, mesmo as de menor valor. Isso derruba o valor médio das contribuições e leva à redução do benefício a ser pago aos trabalhadores.

Na Pressão


Ainda há tempo para lutar contra a aprovação da reforma da Previdência. Além de se mobilizarem nas ruas de todo o país, os trabalhadores podem enviar mensagens e pressionar os senadores a votarem contra a proposta que, se aprovada, tornará quase impossível o sonho da aposentadoria.

O site “Na Pressão” é uma ferramenta criada pela Secretaria de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para o envio de e-mails ou mensagens pelas redes sociais ou telefone para parlamentares, juízes, ministros e qualquer outra autoridade que represente o povo brasileiro.

O “Na Pressão” está disponível para todos os sindicatos, entidades e movimentos sociais parceiros, podendo ser usado em campanhas específicas dirigidas a instâncias regionais ou locais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A Direção da Caixa utiliza-se de demagogia ao propagar a contratação de Pessoas Com Deficiências (PCD) aprovadas em concurso público. A empresa realiza essas contratações como se as mesmas fossem uma iniciativa da política de Governo e de RH de sua diretoria. “Essas contratações ocorrem em função de uma Ação Civil Pública movida pelo Movimento Sindical através de denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que obriga a Caixa realizar a contratação dos novos concursados”, esclarece Paulo Matileti, vice-presidente do Sindicato, acrescentando que além da Ação Civil Pública movida contra a Caixa, a luta dos empregados nas diversas atividades organizadas pelo movimento sindical de todo o país, levou a direção da empresa cumprir a Lei de quotas.

“Para empresas do porte da Caixa são exigidas contratações de 5% do corpo funcional e não somente 2% que a Caixa até o momento efetivou. A direção do banco não vem cumprindo, na íntegra, com as exigências legais conquistadas pelos sindicatos na Justiça”, acrescenta Matileti.

 Saúde Caixa para todos

 Além da direção da Caixa não permitir a participação dos diretores do Sindicato no curso de integração para os novos empregados, numa atitude de cerceamento a atuação da entidade de representação coletiva dos trabalhadores, há denúncias de que representantes da empresa afirmam aos novos concursados que os mesmos não têm direito ao Saúde Caixa.

Matilleti alerta que ainda são aguardadas respostas da Caixa sobre o Plano de Saúde dos novos concursados, uma vez que se trata de um direito de todos os empregados.

“É muito importante que os novos concursados também se sindicalizem e busquem o Sindicato para darmos orientações sobre os direitos de todos os empregados. Fazemos o possível para melhor informar os bancários sobre seus direitos, indo à base, entregando exemplares do Jornal Bancário em todas as unidades do banco”, disse a presidenta da entidade, Adriana Nalesso.