Imprensa

Imprensa

Durante a transmissão de entrevista ao vivo nesta quarta-feira (22), a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, disse que empregados dos Centros Administrativos da Caixa estão sendo chamando pra retornar ao trabalho. O banco está alegando que se trata de retorno voluntário.

“Mandamos ofício para a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) pedindo negociação para discutir o tema. Nós não concordamos que a Caixa chame os empregados para retornar ao trabalho. Assim, como foi feito quando eles foram colocados em home office, o retorno também tem que ser negociado com o Comando. Não existe retorno voluntário”, disse a presidenta Contraf-CUT, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Quem será responsável se aumentar o contágio ou óbitos de bancários? Orientamos os empregados e empregadas a não retornarem”, completou Juvandia.

Longas filas

Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, o problema das longas filas nas agências da Caixa, com aglomerações e até tumultos, é culpa do governo, que centralizou todo o cadastramento na Caixa.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, observa que existem milhões de pessoas que não têm acesso a celular; internet e TV, nem são bancarizadas. “Isso torna impossível de elas se cadastrarem da forma proposta. O banco também tem culpa, pois criou um canal de atendimento que não funciona e o 0800 tampouco dá conta. São filas de espera enormes, daí que as pessoas acabam indo pras agências”, criticou. “Enquanto isso, aumenta o número de mortes em todos os estados. Não podemos permitir que continue as aglomerações. A necessidade de isolamento social permanece”, disse.

Para a presidenta da Contraf-CUT, é fundamental que se tenha uma campanha massiva na imprensa dando ampla divulgação das informações sobre o benefício, bem como divulgar a central de atendimento 111, sobre o auxílio emergencial, que deve funcionar efetivamente. “Estamos propondo à Caixa e à Fenaban que chame o governo para a reunião. Vamos cobrar a descentralização do atendimento, que sejam feitas parceria com os municípios para que estes disponibilizem as estruturas dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) para fazer o cadastramento de quem não consegue fazê-lo; e que todo o Sistema Financeiro se envolva nessa operação, pois quem tem fome tem pressa,” afirmou Juvandia.

“Outro grande problema, que já apontamos anteriormente, é a exigência de celular pra cadastrar as pessoas, sendo que há um grande numero de brasileiros sem acesso à internet, nem a celular e que necessitam do auxílio. Para que, por exemplo a população em situação de rua consiga acessar o benefício é necessário que haja outra alternativa”, completou.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança, nesta sexta-feira (24), a campanha Sindicato Solidário, com o objetivo de unir sindicatos, federações e bancárixs de todo o país em prol da humanidade, de ajudar a quem precisa.

A Contraf-CUT disponibilizará um hotsite, com vídeos e informações sobre as campanhas de solidariedade em andamento em todos os sindicatos e federações do país, mapeando a lista das Associações e/ou ONG’s indicadas pelos sindicatos para as contribuições solidárias.

A ideia surgiu em um momento em que o mundo enfrenta a mais grave crise da atualidade, a pandemia da Covid-19. E junto com ela, milhares de pessoas se encontram sem acesso às necessidades básicas. Sabemos que para vencer o vírus, que se alastra rapidamente, é preciso de isolamento social. Mas, todos nós que estamos mantendo o distanciamento social, podemos fazer parte de uma corrente solidária e ajudar a quem tanto necessita neste momento. Esta é a hora de não sermos solitários, mas sim solidários!

É possível fazer parte desta corrente e fazer com que este passo de humanidade permaneça. Na esperança de um novo mundo, onde cada vida importa!

Assista ao vídeo que irá divulgar a campanha Sindicato Solidário

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro Paulo Matileti e o diretor da entidade, Jorge Lourenço, estiveram na última quarta-feira, 22 de abril, em agências da Caixa Econômica Federal e do Itaú nos bairros da Penha e em Ramos. O objetivo das visitas foi o de verificar denúncias de aglomerações em unidades bancárias, precárias condições de trabalho dos empregados e se os bancos estão dando suporte para proteger os funcionários dos riscos do Covid-19.

Vigilante com sintomas

Na unidade da Caixa de Ramos foi constatado que um vigilante estava com sintomas do coronavírus, com muita secreção e dificuldade para respirar.

“Ao ver àquela situação cobrei para que o vigilante fosse imediatamente afastado do trabalho para que ele possa ter toda a assistência médica necessária e os demais trabalhadores estejam protegidos de riscos de um contágio da doença. Vamos informar o caso ao banco. Nestes casos, as agências têm que ser fechadas imediatamente. Percebi também que os empregados estão sofrendo pressão para omitirem e não denunciarem os casos”, disse Matileti.

O vigilante está desde sexta-feira passada (17) com os sintomas.

Dois casos no Itaú

Na unidade do Itaú, em Ramos, houve dois casos confirmados de Covid-19 e os sindicalistas cobraram o fechamento e a higienização da agência, o que deverá ocorrer imediatamente. 

"Percebemos que há uma pressão da direção dos bancos e dos gestores para que os funcionários não denunciem os casos de suspeitas e mesmo de confirmação de coronavírus. É uma vergonha que o setor que mais ganhou dinheiro neste país nos últimos 40 anos priorize seus lucros em vez de cuidar da vida dos funcionários”, critica o diretor do Sindicato, Jorge Lourenço, ao observar que no Itaú problemas de aglomeração e riscos para os funcionários se repetem.

Reivindicações da categoria

O Sindicato tem lutado para fechar agências e garantir a vida dos bancários. Além de cobrar dos bancos providências, em reuniões por videoconferência, a pedido da entidade, está em tramitação na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei 1754/2020, de autoria do vereador Reimont (PT) que prevê a suspensão do funcionamento de todas as unidades bancárias na cidade do Rio de Janeiro, garantindo atendimento apenas aos casos de extrema necessidade e de forma agendada para evitar aglomerações durante o período de quarentena.

“A Caixa abriu várias agências nos feriados e na quarta-feira, assim como fará neste sábado. A empresa coloca em risco seus empregados e a população em função das aglomerações. Há unidades em que as filas dobram o quarteirão em função do pagamento do auxílio emergencial, tudo por incompetência do governo e irresponsabilidade da direção do banco”, alerta Matileti. O sindicalista critica ainda que o trabalho extra e em finais de semana não tem sido voluntário, pois os funcionários estão sendo pressionados para trabalhar além da jornada semanal.   

Segundo o sindicalista, na Caixa a orientação é de fechar a agência somente após exames confirmarem os casos de coronavírus. “Enquanto for apenas suspeita não poderá haver fechamento, como é o caso deste vigilante colocando em perigo não somente a vida dele, mas como a dos demais empregados e da população”, acrescenta o vice-presidente do Sindicato.

Apesar das promessas da superintendência da Caixa feita na última reunião com os dirigentes sindicais de que seria dado todo o apoio para proteger os empregados e que seriam cumpridos todos os protocolos de prevenção ao Covid-19, os dirigentes sindicais verificaram que, na prática, em muitas unidades há aglomerações e os bancários continuam correndo perigo, o que tem gerado aflição e indignação nos trabalhadores. Problemas parecidos ocorrem  em agências do Itaú e do Santander.

 “Já passou da hora dos bancos priorizarem a vida e a qualidade do emprego dos bancários e deixarem em segundo plano os lucros. O setor financeiro acaba de receber duas benesses indecentes do governo Bolsonaro: a gorda ajuda de R$1,2 trilhão e a compra de títulos pobres com dinheiro público através do Banco Central. O governo federal tem dificuldades em liberar o auxilio emergencial para a população mais vulnerável, mas é rápido para socorrer quem mais ganha dinheiro neste país há décadas, que são os bancos”, conclui Matileti.

Em reunião nesta quinta-feira, 23 de abril (feriado estadual no Rio de Janeiro), o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) voltaram a se reunir por videoconferência com o Itaú. O objetivo da reunião é a negociação a respeito do banco de horas dos funcionários que estão afastados do local de trabalho sem realizar o home office, incluindo aqueles que fazem parte dos grupos de risco, e dos que estão em esquema de rodízio.
No encontro da última segunda-feira (20), o Itaú informou que existem atualmente 45 mil funcionários trabalhando em casa (home office) e sete mil estão afastados sem atividade de home Office (64% dos 81.691 empregados da holding, segundo dados do balanço social do banco de 2019). Além desses, outros 20 mil trabalham em esquema de rodízio. 

Os avanços na negociação

O Itaú atendeu a reivindicação dos representantes dos trabalhadores e irá dar um bônus de desconto de 10% em cima do total de banco de horas de cada trabalhador. Serão pagas ainda as horas extras em caso de trabalho noturno, em finais de semana e feriados.
Além disso, o banco de horas começa a contar somente a partir do dia 1º de maio, após assembleia que serão realizadas virtualmente pelas entidades sindicais, ou seja, os dias não trabalhados até o final de abril não serão computados.

Outra conquista na negociação é que serão abonados todos os dias que os trabalhadores ficaram em casa, desde o começo da pandemia, até o dia 1/5, período de cerca de um mês e meio.
Em casos de demissão sem justa causa, o banco de horas não será descontado do valor que o trabalhador tiver a receber. Outra conquista é que as horas trabalhadas aos sábados, domingos, feriados e horas noturna serão pagas como horas extras.
Outra conquista do movimento sindical é que os funcionários de seis horas poderão ter 30 minutos de intervalo e não apenas 15, além da possibilidade de caixas e gerentes atuarem na Central de Atendimento por seis horas. Nesses casos, quem tem jornada de oito horas trabalha só seis e não fica com horas em débito. O banco fornecerá ainda treinamento e equipamento para o trabalho em home office. Ficou acertado também que no fim do prazo de compensação, o banco não cobrará as horas que sobrarem.

Itens não atendidos

Os sindicalistas reivindicam ainda a redução do prazo de compensação do banco de horas e não de 18 meses como o Itaú havia sugerido inicialmente. O banco ficou de responder aos bancários sobre essa demanda. A representação dos trabalhadores também cobrou novamente que o Itaú inclua as lactantes e mães com filhos até dois anos no grupo de risco.
Os bancários cobraram ainda que o Itaú disponibilize testes para todos os bancários, principalmente para aqueles que estão voltando do rodízio e que as bancárias lactantes e que possuem filhos até dois anos de idade sejam incluídas no grupo de risco e sejam afastadas do trabalho nas agências.  

 

Fonte: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A partir de uma iniciativa do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, tramita na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei 1754/2020, de autoria do vereador Reimont (PT). A proposta prevê o fechamento das agências bancárias na cidade neste período de isolamento social, mantendo o atendimento para os casos excepcionais, desde que realizados através de um organizado sistema de agendamento. O objetivo do projeto é garantir a segurança dos bancários, clientes e usuários em função da pandemia do coronavírus. Caso seja aprovado, o PL garantirá a proteção dos cerca de 25 mil bancários que trabalham na cidade do Rio de Janeiro.

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRIO

Em função da necessidade de atender as pessoas beneficiárias do auxílio emergencial de R$600 disponibilizados para a população vulnerável, agências da Caixa Econômica Federal funcionaram durante os feriados da última terça, 21 de abril e quinta-feira, 23. O banco convocou funcionários para trabalhar também no próximo sábado, dia 25. O Sindicato dos Bancários do Rio percorreu algumas agências  para monitorar as condições de trabalho dos empregados e os riscos de contágio ante as aglomerações que vêm ocorrendo em unidades da Caixa. O vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti e os diretores José Ferreira e Rogério Campanate percorreram as agências de Bonsucesso, Galeão, Cacuia, Cocotá, Bangu e Freire Alemão e Rio Oeste(Campo Grande) e Pavuna para checar as condições de funcionamento.

“O Sindicato compreende a necessidade de atender à população mais necessitada, mas a direção do banco não tem o direito de colocar a vida de seus funcionários em risco. Além disso, é preciso que este trabalho seja voluntário e não imposto pela empresa e com a garantia do pagamento de 100% das horas extras”, explica Matileti.

Pouca demanda

Os dirigentes sindicais verificaram uma presença reduzida de clientes em função de falhas na divulgação do plantão por parte da empresa. O maior movimento se deu na agência de Bonsucesso, na Região da Leopoldina.

Os sindicalistas estão colhendo informações com o propósito de buscar meios na Justiça de fechar as unidades. “A Caixa não pode colocar a vida das pessoas em risco por conta da falta de competência de sua direção e do governo na gestão do pagamento do auxílio emergencial. Nós repudiamos a imposição deste trabalho em feriados e finais de semana”, critica Matileti.  

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vai lançar nesta sexta-feira, 24 de abril, a campanha Sindicato Solidário, com o objetivo de unir sindicatos, federações e bancários de todo o país em para ajudar a quem mais precisa neste momento da crise do coronavírus e mesmo após a pandemia. Será disponibilizado um hotsite, com vídeos e informações sobre as campanhas de solidariedade em andamento em todos os sindicatos e federações do país, mapeando a lista de associações, fundações e/ou ONG’s indicadas pelos sindicatos para recolher doações e contribuições solidárias para entidades filantrópicas e comunidades.
A ideia da categoria bancária surge em um momento dramático para a humanidade, em que o mundo enfrenta a pandemia do Covid-19, que tem gerado a pior crise de saúde no mundo e que poderá resultar na pior crise da história do capitalismo.

Isolamento social

A ideia é mesmo neste período de distanciamento social, despertar o espírito solidário nas pessoas para ajudar a quem tanto necessita neste momento.

“É importante que a sociedade, na dor desta pandemia, possa repensar que tipo de sociedade nós queremos e o que cada um de nós pode fazer para ajudar às pessoas mais vulneráveis e necessitadas”, explica o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, que estará responsável pela articulação da campanha solidária no Rio de Janeiro.

Assista ao vídeo que de divulgação da campanha Sindicato Solidário clicando no link https://youtu.be/CptUajwub8A.

 

Fonte: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Trabalhadores de qualquer setor podem denunciar irregularidades nos contratos de  trabalho e falta de condições de saúde em função da pandemia da Covid-19. Os auditores fiscais do trabalho mantêm um plantão em um chat online nos dias úteis, das 9h às 17h, para atender aos trabalhadores. Basta entrar no site www.fiscaldotrabalho.com e registrar as queixas.

Não deixe que o abuso dos patrões desrespeite os seus direitos legais.  

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Em matéria publicada no jornal Valor Econômico, na última segunda-feira, 20 de abril, o diretor da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Thomaz Zanotto, deu uma declaração surpreendente, na contramão do discurso e das práticas do Ministro da Economia Paulo Guedes. Thomaz anunciou “o fim precoce da experimentação neoliberal” no Brasil e que “o Estado voltará a ter influência na economia”. O representante da maior entidade representativa do setor no Brasil disse ainda que “o governo vai ter de construir premissas de uma nova política industrial” no país.

Apesar da mudança aparentemente radical do discurso, na prática a FIESP não recuou um milímetro de sua posição reacionária que contribui para o agravamento da recessão econômica no Brasil.

Por trás do discurso

Na prática, a FIESP continua a apoiar todas as decisões do governo que reduzem a renda média das famílias (como a reforma da Previdência e a redução de salários para o período de quarentena) e que retiram diretos, como 13° salário, 1/3 de férias e diminuição da fatia do FGTS recebida pelo empregado na rescisão do contrato. Aumento mesmo só da jornada  da precarização nas condições de vida e de trabalho dos brasileiros.

A burguesia brasileira, em função de seu ranço escravocrata e da visão colonial, ainda não consegue admitir que as únicas saídas para a recessão econômica são o aumento do poder de consumo das famílias, através da geração de empregos e de renda e a redução dos juros bancários. Mesmo com a depressão econômica gerada pela pandemia, que fez com que a Europa e os EUA reduzissem os juros a zero e até negativos, os bancos no Brasil não se contentaram com a média de 300% ao ano e elevaram ainda mais os juros, uma indecência que já levou 63 milhões de brasileiros ao SPC, reduzindo drasticamente a capacidade de compra da população, agravando a crise do comércio e, por conseguinte, afetando o setor industrial.  

“Nosso objetivo é proteger a vida das pessoas, mas a questão principal é a manutenção das empresas, dos empregos e do tecido social. Temos plena confiança que, com esses instrumentos que foram colocados [MP 927/2020 e MP 936/2020], nós conseguiremos construir uma ponte até o futuro, para depois dessa crise, retomarmos a produção e a vida com os familiares perto da gente”, disse Bruno Dacolmo, secretário do Trabalho da FIESP, em evento da entidade no início deste mês de abril. A entidade apoia também a MP 905, da criação da chamada certeira de trabalho verde e amarela, o aprofundamento  de uma reforma trabalhista que rasgou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e não gerou um único emprego no país, levando a uma explosão do mercado informal e ao agravamento da recessão econômica.

 Desoneração é pouco

O presidente da Fiesp Paulo Skaf deixou claro que as desonerações e corte de custos com a mão-de-obra garantidos pelo pacote de MPs do governo não bastam e sinaliza que o setor quer mais dinheiro público.

 “Não adianta dar recursos só para a folha de pagamento. Também tem que ter crédito para capital de giro para que todas as empresas possam chegar vivas depois da tempestade e recuperar rapidamente a economia brasileira”, alertou Skaf. Fica claro que a FIESP pode mudar o discurso, mas não a prática. E a política ultraliberal de Paulo Guedes que o grande empresariado tanto aplaude, com a fábula do “Estado mínimo”, é só no caso de assistência social aos mais pobres. Grandes industriais e banqueiros, querem para eles, o máximo do Estado e do investimento público e sem qualquer contrapartida social.

A velha FIESP

A FIESP teve um papel fundamental no golpe que derrubou a presidenta Dilma Roussef e na campanha que elegeu o presidente Jair Bolsonaro. A guinada no discurso soa não como uma autocrítica dos industriais, mas um recado para o governo despejar mais dinheiro público em suas empresas e, de certa forma, uma cutucada na política econômica desastrosa do atual governo que já deus sinais desde o primeiro ano da gestão Bolsonaro, de que vai aprofundar ainda mais a recessão econômica, agora agravada pela crise do coronavírus. Afinal, em 2019, primeiro ano deste governo, o PIB (Produto Interno Bruto) teve o menor crescimento dos últimos três anos, com índice (1,1%) ainda pior do que os resultados da Era Temer.

Por Olyntho Contente

Da Redação do Seeb/Rio

 

Devido à confirmação de um caso de funcionário do Banco do Brasil com Covid-19 na agência Estilo Ipanema, o Sindicato enviou ofício à Gerência de Pessoas (Gepes) do BB, na última sexta-feira, solicitando o afastamento de todos os que estão lotados no local por um período de 14 dias. O documento lembra que embora até o momento os trabalhadores da unidade não tenham apresentado nenhum sintoma, não está eliminado o risco de terem se tornado agentes de contaminação dentro da agência, para colegas e o público em geral.

No ofício, o Sindicato chama a atenção para o fato de que apesar do protocolo normativo instruir o afastamento daqueles que trabalham a dois metros do colega confirmado com Covid-19, vale lembrar que ele trabalhou até 9 de abril, circulando por toda a agência (copa, banheiro e salas) e os colegas que trabalham até dois metros dele, até o dia 17 de abril mantiveram suas rotinas dentro da agência. O que significa dizer que todos podem ter sido contaminados e necessitam se afastar do local de trabalho para observação, cumprindo o indispensável isolamento.

“O Sindicato reivindica, em nome da saúde pública, do respeito à vida e da responsabilidade do banco com seus clientes e funcionários,  que todos os que trabalham na agência (bancários e prestadores de serviços) inclusive o próprio gestor, sejam afastados pelos 14 dias necessários, como é devidamente recomendado pelos órgãos públicos de saúde”. Ao final do dia de sexta feira, a super regional informou que a agência foi higienizada.

Para a diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Rita Mota, os demais funcionários podem ter se contaminado, sendo urgente o afastamento. Explicou que tomou conhecimento da ocorrência do caso pela mãe do bancário contaminado (internado no último dia 12), que também informou o fato ao gestor da agência.

 

Confira o ofício do Sindicato, na íntegra

Ao Banco do Brasil

Gepes e Ag. Estilo Ipanema (RJ)

 

Tomamos conhecimento de que um funcionário da agência Estilo Ipanema está internado desde o domingo (12/4), com resultado confirmado de COVID-19.

Tal fato foi comunicado ao gestor da agência pela mãe do bancário.

É de nosso conhecimento, também, que o funcionário trabalhou até o dia 09/04, tendo livre acesso aos colegas, ao próprio gestor e a todos os setores da agência.

Em virtude disso, o sindicato entrou em contato com a Gepes, solicitando providências para higienização e preservação da saúde dos funcionários.

No entanto, as providências tomadas não foram suficientes e o risco ao corpo funcional, e aos clientes da agência, ainda se mantém, já que vários funcionários, inclusive, o gestor, tiveram contato com o funcionário no período em que ele estava trabalhando.

Ainda que até o momento os trabalhadores da agência não tenham apresentado nenhum sintoma, não está eliminado o risco de terem se tornado agentes de contaminação dentro da agência, para colegas e o público em geral.

Apesar do protocolo normativo instruir o afastamento daqueles que trabalhavam a 2 metros do colega confirmado com COVID-19, vale lembrar que ele trabalhou até o dia 09/04, circulando por toda a agência (refeitório, banheiro e salas) e os colegas que trabalham até 2 metros dele, até o dia 17/04 mantiveram suas rotinas dentro da agência.

O que significa dizer que todos podem ter sido contaminados e necessitam se afastar do local de trabalho para observação, cumprindo o indispensável isolamento.

O sindicato reivindica, em nome da saúde pública, do respeito a vida e da responsabilidade do banco com seus clientes e funcionários,  que todos os que os trabalham na agência (bancários e prestadores de serviços) inclusive o próprio gestor, sejam afastados pelos 14 dias necessários, como é devidamente recomendado pelos órgãos públicos de saúde. Ao final do dia de sexta feira, a super regional informou que a agência foi higienizada.

Sindicato do Bancários do Rio de Janeiro