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Com base em análises científicas sobre medidas de prevenção contra a contaminação pelo novo coronavírus, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT), propôs, em mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o sistema de agendamento para atender os clientes. Mas os banqueiros se recusaram a implementar o mecanismo, alegando ser inviável, porém, sem apresentar dados científicos.

“Em decorrência desta negativa, o que vemos são agências lotadas, colocando em risco todos os que se encontram nelas, desde o bancário, passando pelo terceirizado e o cliente, já que nosso tipo de trabalho facilita a contaminação pelo vírus”, constatou a diretora do Sindicato e coordenadora do Coletivo dos Bancários do Bradesco, Nanci Furtado. A sindicalista disse ainda que, nas incansáveis fiscalizações, os diretores do Sindicato deparam-se com situações muito preocupantes, como, por exemplo, o deslocamento de bancários de agências de menor porte para suprir outras com maior demanda de trabalho, fazendo com que as menores passem a ficar sem suporte de atendimento, tornando-se incapazes de cumprir o protocolo de rodízio interno entre os funcionários e aumentando o risco de contaminação.

Sindicatos avisaram

Nanci lembra que esta situação foi prevista há tempos em mesa de negociação com a Fenaban. “A Contraf-CUT alertou, naquela época, que tudo isso iria acontecer. Era óbvio e preocupante. Por isto foi proposto o agendamento recusado pelos bancos. O resultado é que temos um grande número de bancários adoecendo, sendo afastados e, cumprindo o protocolo, também os que trabalhavam com ele e podem estar contaminados. Vai chegar um momento em que o número de adoecidos será tão grande que não haverá como atender”, argumentou.
Ela alertou para a necessidade de rever esta situação que tende a ser agrava, já que, pelas informações, principalmente, dos infectologistas, estamos longe do fim da pandemia com a contaminação se ampliando cada vez mais rapidamente. “O mais lógico diante desta situação que se agrava, é o agendamento. Com ele, já estaríamos com todo o check list pronto, sabendo de antemão o perfil do cliente e o assunto a ser abordado, evitando o aumento da sobrecarga e do risco de contaminação”, afirmou.

Nanci orienta os bancários, em caso de adoecimento, ou qualquer tipo de transgressão ao que foi acordado com a Fenaban procurar o Sindicato. “Desta forma, poderemos orientar e, se for necessário, tomar as providências junto ao Bradesco”, explicou.

Ao não tomar as medidas preventivas adequadas, inclusive descumprindo regras estabelecidas por sua própria instrução normativa, o Banco do Brasil expõe funcionários e clientes ao risco de contágio pelo novo coronavírus. É o que vem acontecendo na agência Santa Cruz, um dos bairros do Rio de Janeiro com maior número de mortos e contaminados pela doença.

A unidade teve o gerente-geral afastado no último dia 5 pelo médico com suspeita de Covid-19, tendo testado positivo, num exame cujo resultado foi conhecido somente dez dias depois. Nesta terça-feira (19/5) voltou ao trabalho, mas era possível ver que a unidade estava cheia de clientes, quando o exigido era estarem do lado de fora, aguardando o atendimento em fila, distantes dois metros um do outro. Logo, se encontravam expostos ao contágio, pois estavam em um ambiente fechado, sem guardar a devida distância. Nesta situação, também os funcionários se encontravam sujeitos à contaminação.

A diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários Rita Mota, entrou em contato com o superintendente regional cobrando o cumprimento das normas fixadas para casos como este, mas não teve retorno. “O banco não pode se furtar de suas obrigações para com os funcionários e também para com os clientes. O que está em risco é a vida das pessoas. Ficou evidente que as medidas preventivas para evitar a contaminação estavam sendo desrespeitadas. E me refiro às do próprio banco que são insuficientes”, afirmou a dirigente.
Rita acrescentou ser necessário adotar todas as medidas preventivas que a pandemia exige. “Não se trata de uma gripezinha, é uma doença que pode ser fatal”, enfatizou.

Falta de cuidado começou antes

Mas a série de equívocos começou bem antes. Logo no início, quando o gerente-geral foi afastado pelo médico por ter sintomas característicos da doença, o banco não comunicou aos funcionários o motivo do afastamento. Foram eles próprios atrás da informação, descobrindo que a motivação foi suspeita de contaminação pelo Covid-19. Esta sonegação expôs a todos, pois ficaram impedidos de solicitar afastamento por risco de contágio, como consta da instrução normativa do BB para estes casos.
Mas a falta de zelo, para dizer o mínimo, não parou por aí. O Sindicato descobriu que, além de todos estes ‘erros’ não foi feita a desinfecção, logo após o afastamento por orientação médica por suspeita de contaminação, exigida pela instrução normativa, mas apenas uma ‘higienização’, ou seja, uma limpeza no ambiente, medida inadequada e insuficiente. “Não há desculpa, o banco agiu com descaso”, criticou.

Rita lembrou que confirma este descaso o fato de sequer a instrução normativa do BB ter sido cumprida. “Uma instrução cujas normas, é preciso repetir, são insuficientes para evitar a disseminação da doença: não afasta a todos, como deveria acontecer, mas apenas os que trabalham a menos de dois metros do contaminado, deixando de levar em consideração que todos frequentam o mesmo ambiente e podem ter sido contaminados. E, mesmo os que trabalharem próximo, só podem solicitar afastamento após o exame ter dado positivo. No caso da agência Santa Cruz, a testagem do coronavírus só saiu dez dias depois, mantendo no local de trabalho, funcionários que podem ter sido contaminados pelo contato direto com o gestor, ou posteriormente, por terem sido mantidos na unidade. É tudo um absurdo que deveria ser revisto”, afirmou Rita Mota.

Segunda, 25 Mai 2020 20:22

Brasil desgovernado

O Brasil é o país que menos faz testes na população para confirmação do Covid-19 e já é o segundo no mundo no triste ranking de infectados, perdendo apenas para os EUA. O Presidente Jair Bolsonaro mudou dois ministros da Saúde em trinta dias, na crescente crise da pandemia e deixou na pasta um general paraquedista que não sabe nada sobre a área e se nega a dar entrevista coletiva. No combate ao novo coronavírus, o país está à deriva.

De forma irresponsável, Bolsonaro fez merchandising do Requinol, remédio à base da hidroxicloroquina, indicado para reumatismo e problemas de pele, usado também no combate à malária, mas cuja a comprovação de eficiência para o coronavírus não foi confirmada por médicos e entidades de saúde.
Além de mandar elevar a produção do medicamento, o governo brasileiro, sem a assinatura de nenhum médico, mudou o protocolo, permitindo o uso precoce da cloroquina e da hidroxicloroquina, mesmo sob os protestos das entidades médicas.

O Presidente da República parece debochar e faz piada da crise: abraça militantes que se aglomeram, inclusive crianças, dando um mau exemplo que pode estar levando milhões de pessoas a acreditar que podem fazer o mesmo.

A agenda do manicômio

O tema coronavírus não foi citado uma vez sequer na patética reunião “ministerial” do dia 22 de abril. O país ficou indignado e a opinião pública internacional perplexa. Foi um show de palavrões, baixarias, grosserias, bajulações toscas e ataques às instituições democráticas.
Não faltaram também fortes evidências de que Bolsonaro quis mudar a direção da Polícia Federal e especialmente a superintendência no Rio de Janeiro para barrar as investigações contra os filhos e, consequentemente, ele próprio. O Jornal O Globo divulgou na segunda-feira (25) que a equipe da Procuradoria Geral da República (PGR) vê crime de Bolsonaro na troca da Polícia Federal.

A ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves defendeu a prisão de governadores e prefeitos. O ministro da Educação, Abraham Weintraub disse que, por ele, colocava os ministros do STF na cadeia, a quem chamou de “vagabundos”. Paulo Guedes confessou que quer vender o que chamou de essa “porra” do Banco do Brasil reafirmando seu desprezo pelas instituições públicas.

“O presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Duarte Guimarães disse que trabalhar em home Office durante a pandemia “é frescura” e declarou que tem medo de que ele e Bolsonaro possam ir para a cadeia. Ele referia-se ao caos no pagamento do auxílio emergencial, que deixou muita gente necessitada sem receber, enquanto, que parte do dinheiro foi parar na conta de mais de 72 mil militares, além de colocar os empregados da Caixa e a população em risco ante as aglomerações”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio Paulo Matileti.

Tragédia anunciada

A economia do país, que no ano de estrettttia do atual governo já tinha ido para o brejo antes da pandemia (2019 foi pior crescimento em três anos), caminha para a pior recessão da história ante a mais grave depressão econômica do capitalismo mundial. Para agravar a situação, Bolsonaro e filhos brigam com a China, o maior comprador dos produtos brasileiros. Paulo Guedes só tem na agenda a retirada de direitos dos trabalhadores, suspensão de contrato, redução de salários, além de promover o maior arrocho salarial e querer a privatização de tudo. Disse que “jogou a granada no bolso do inimigo” se vangloriando de poder deixar o funcionalismo público sem aumento salarial nos próximos dois anos.

O governo nada faz pela pequena e micro empresa e só prejudica os trabalhadores, na contramão do mundo. Mas tem sido ágil e eficiente quando o assunto é socorrer bancos, garantindo R$1,2 trilhão, comprando “títulos podres” através do Banco Central e reduzindo impostos sobre os lucros.

O Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles sugere que o governo aproveite a pandemia para fazer “passar a boiada”, no caso de sua pasta, demitindo fiscais e anistiando desmatadores, entregando a Amazônia para a grilagem, madeireiros e ruralistas.

A pandem'ia cresce rápido, o dólar dispara, o custo de vida nunca esteve tão alto e o desemprego começa a explodir. O presidente não preside e o governo não governa. O povo precisa reagir. O Brasil está desgovernado.

Na data em que celebramos o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural (25 de Maio) aproveitamos para lembrar a importância das mulheres rurais na produção de alimentos, no resgate e na conservação das sementes e nos processos de resistência nos territórios.

Parabéns às mulheres do campo, da floresta e das águas que são responsáveis por 45% dos alimentos que consumimos e representam cerca da metade dos mais dos 2,0 milhões de trabalhadores do campo, e que mesmo com um trabalho silencioso, invisível e desvalorizado por boa parte da sociedade, assumem um papel de protagonistas quando se discute a soberania alimentar e a sustentabilidade de um povo, de um país, de uma nação, do planeta.

Parabéns às Trabalhadoras Rurais!

Durante a pandemia do novo coronavírus as agências físicas do INSS estão fechadas. O atendimento vem sendo feito de forma virtual. Inclusive os pedidos de concessão do auxílio doença. Portaria recentemente editada pela Secretaria Especial de Previdência Social estendeu o não funcionamento presencial do Instituto, inicialmente, até 15 de junho.
O Sindicato orienta sobre como realizar o procedimento online. O pedido deve ser encaminhado com atenção, já que existem casos negados por ilegibilidade ou rasuras nos laudos. Na base do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, por exemplo, um bancário sindicalizado enviou quatro laudos comprovando a doença do trabalho, sendo três digitais e um por escrito. O sistema alegou ilegibilidade da letra e desconsiderou os demais laudos, impedindo a liberação do benefício. É preciso atenção ao digitalizar e enviar os documentos, já que existem critérios para aprovação.

Como e onde fazer

O pedido deve ser feito através do site do INSS, ou aplicativo Meu INSS (com informações pela central telefônica 135), anexando cópias da identidade e da carteira de trabalho; e laudo médico, com imagens dos exames, laudo e Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). O INSS também criou uma central telefônica, onde o bancário pode solicitar a prorrogação em até seis vezes do recebimento do auxílio-doença. O prazo de análise é de até 90 dias, finalizado com data retroativa.
O atestado deve ser enviado com observância dos seguintes critérios: estar legível e sem rasuras; conter a assinatura do profissional emitente e carimbo de identificação, com registro do Conselho de Classe; conter as informações sobre a doença ou CID; conter o prazo estimado de repouso necessário.

CCT garante complementeção

A Portaria nº 9.381, publicada em 7 de abril, autorizou a antecipação de um salário mínimo mensal (R$ 1.045) para requerentes do benefício de auxílio-doença, sem a necessidade de agendar ou realizar perícia médica federal. Entretanto, por força da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - Cláusula 29, os bancários têm direito à complementação salarial.
Diferente das demais categorias, que receberão apenas um salário mínimo, os bancários têm direito à complementação em valor equivalente à diferença entre o valor recebido pelo INSS e o somatório das verbas fixas mensais, atualizadas. Esse direito é garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários (CCT), assinada pela Fenaban e a qual todos os bancos estão submetidos. Segundo a portaria, em algumas situações os beneficiários terão que ser submetidos à perícia médica no INSS, após o término do regime de plantão reduzido nas agências. São elas:
- Quando o período de afastamento da atividade, incluídos os pedidos de prorrogação, ultrapassar o prazo máximo de 3 meses;
- Para fins de conversão da antecipação em concessão definitiva do auxílio-doença;
- Quando não for possível conceder a antecipação do auxílio-doença com base no atestado médico por falta de cumprimento dos requisitos exigidos.
*Texto feito a partir de informações do site do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

A Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio voltará a oferecer o Curso Paternidade Responsável tão logo estado do Rio volte à normalidade. Embora nosso calendário anual tenha sido divulgado, infelizmente não poderemos oferecer o curso no mês de maio como previsto, por conta da pandemia do Covid-19. 

Pelo nosso calendário, o próximo curso está previsto para os dias 18 e 19 de agosto. No entanto, se a situação voltar ao normal, realizaremos uma edição extra para atender aos papais que deixaram de fazer o curso nos dias 12 e 13 deste mês.
Para mais informações, os bancários cujos filhos nascerão em maio e junho, favor entrar em contato com a Secretaria de Políticas Sociais, pelos telefones 2103-4165 e 21034170.

O Banco do Brasil decidiu, nesta quinta-feira, 21, liberar publicidade no site "Jornal da Cidade Online", após o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ter criticado o veto a anúncios do banco público na página. A polêmica começou na quarta-feira, quando o banco público informou que iria retirar sua propaganda do "Jornal da Cidade Online", sob alegação de que a página divulga fake news. Nas redes sociais, Carlos escreveu que o marketing do Banco do Brasil "pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas".

O alerta de que o "Jornal da Cidade Online" propaga notícias falsas havia sido feito pelo perfil Sleeping Giants Brasil, versão brasileira de um movimento que começou nos Estados Unidos para alertar empresas quando sua publicidade está em sites com que divulgam desinfomação ou conteúdos racistas. O Estadão Verifica, núcleo de fact cheking do Estadão, já desmentiu ao menos oito publicações do site. Após receber o aviso, a página do BB respondeu ao perfil do Sleeping Giants, que repudia "qualquer disseminação de fake news".

A área de marketing e comunicação do BB, cujo gerente é Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, considerou exagerado o bloqueio e retomou a permissão para que o site, alinhado à direita conservadora, receba publicidade do banco nesta quinta-feira mesmo. A decisão, no entanto, não foi divulgada.

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 Como mostrou o Estadão, na quarta-feira, Carlos Bolsonaro criticou a atitude da área de comunicação que disse que vetaria anúncios no site. "Marketing do @BancodoBrasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas. Não falarei nada pois dirão que estou atrapalhando... agora é você ligar os pontinhos mais uma vez e eu apanhar de novo, com muito orgulho! Obs: não conheço ninguém do @JornalDaCidadeO", escreveu o filho do presidente no Twitter.
 
 
 

Marketing do @BancodoBrasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas. Não falarei nada pois dirão que estou atrapalhando..... agora é você ligar os pontinhos mais uma vez e eu apanhar de novo, com muito orgulho! Obs: não conheço ninguém do @JornalDaCidadeO

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O "Jornal da Cidade Online" publicou ao menos oito textos que foram desmentidos pelo Estadão Verifica, incluindo artigo que manipulou dados de pesquisas de opinião para fazer parecer que aprovação de Bolsonaro tinha aumentado entre janeiro a novembro do ano passado e esconder que a desaprovação do governo havia crescido de forma significativa.

Em nota, o "Jornal da Cidade Online" informou que as verificações feitas pelo Estadão mostram apenas que o material tinha "imprecisões": "Quanto as verificações realizadas pelo Estadão, é evidente que jamais se tratou de 'fake news', foram matérias que, de acordo com as agências verificadoras continham algumas imprecisões. Tanto é que foram prontamente corrigidas e as marcações retiradas. Nesse sentido, vale lembrar que qualquer veículo de comunicação pode errar ou cometer algum deslize, inclusive o Estadão".

Há, também, texto com informação falsa sobre a entrega de "códigos de segurança" da urna eletrônica a venezuelanos e, em maio deste ano, uma peça de desinformação omitiu trecho da fala do governador de Nova York, Andrew Cuoco, sobre a queda do índice de novas infecções no Estado para destacar dados de pesquisa que 'provariam' a falha do lockdown em Nova York.

 
Site alerta BB sobre publicidade em site acusado de disseminar fake news, e BB respondeu ao perfil também pelo Twitter: ‘Repudiamos qualquer disseminação de fake news’
Foto: Reprodução / Estadão Conteúdo
 
 O site foi condenado neste mês a indenizar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, pela publicação de reportagens consideradas ofensivas. Os donos do site tiveram de retirar os textos do ar e ainda publicar a íntegra da sentença, além de uma retratação, em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1,5 mil.

O site "AosFatos" também revelou, em julho do ano passado, que o "Jornal da Cidade Online" possuía dois perfis apócrifos que atacavam políticos e magistrados. Os 'colunistas' Amanda Acosta e Otto Dantas usavam fotos alteradas da escritora Thalita Rebouças e de um homem, cuja foto original consta em um banco de imagens.

Sobre a reportagem do site "AosFatos", o "Jornal da Cidade Online" afirmou que se trata de publicações 'mentirosas, difamatórias e caluniosas'. "Dizer que o jornal fez uso de perfis apócrifos para textos escritos com a utilização de pseudônimo é uma aberração. O JCO é um empresa contituída (sic), com sede e CNPJ. Tem um jornalista responsável como editor e que responde por tudo que é publicado", informou.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, por intermédio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), cobra que a Caixa reveja as medidas no novo protocolo de atuação de gestores e empregados, anunciado nesta segunda-feira (18). De acordo com as entidades, as mudanças podem transformar as agências da Caixa num centro de propagação do novo coronavírus (Covid-19).

O banco abrandou as medidas que já estavam em protocolo, como a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintoma em unidade. O texto diz que a confirmação da doença para fins de cumprimento de protocolo a partir de agora só com apresentação do exame PCR. Antes, não mencionava o tipo de exame.

Para os casos de confirmação ou suspeita da Covid-19, o protocolo alterou de cinco para sete dias corridos o prazo da quarentena para os que tiveram contato próximo com o suspeito ou contaminado e retirou a parte que dizia “podendo se estender para 14 dias (no caso de sintomas em algum outro empregado ou terceirizado), em prol da saúde individual e coletiva”.  “As palavras tiveram contato estão em negrito, reforçando que só serão afastados aqueles que tiveram contato físico direto, desconsiderando que o vírus se aloja nas superfícies e locais. E não resguarda também os demais empregados que poderão continuar trabalhando. É um descaso com os colegas, seus familiares e também com a população, dado o risco de possível contaminação”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco.

O novo documento ainda traz observações novas, como o prazo de sete dias ser contado desde a data do afastamento do empregado, só que o PCR só pode ser feito entre o 3° e o 10° dia do início dos sintomas. “Sem falar que os resultados demoram a sair dependendo da cidade ou estado. Será que vão obrigar a pessoa voltar ao trabalho no 8° dia mesmo que o resultado não tenha saído?”, questionou Fabiana.

Outra crítica é para a retirada da expressão que garantia o afastamento para trabalho remoto sem atestado do empregado que apresentasse sintomas. “Entendemos que isso é um retrocesso. O empregado deve usar sim a consulta pela teleorientação, mas já estando afastado pela autodeclaração. Pra que arriscar se a empresa pode prevenir?”, apontou a secretária da Contraf-CUT.

“Com o avanço da pandemia e mudanças no cenário, é óbvio que os protocolos devem ser atualizados, mas com foco em garantir a segurança e saúde dos empregados e não para gerar medo e insegurança, ainda mais para os trabalhadores que estão na linha de frente, no atendimento direto à população. Inclusive esses novos protocolos não combinam com o que Pedro Guimarães, presidente do banco, vem falando na imprensa de preocupação com as pessoas. Reforçamos que a Caixa reveja esses equívocos e atenda nosso pleito de ampliar a proteção aos trabalhadores e consequentemente para a sociedade”, finalizou Fabiana Uehara.

Projeto de Lei (PL) 2715/2020, apresentado sexta-feira (15) na Câmara pelo deputado Enio Verri (PT/PR) e pelas deputadas Fernanda Melchionna (Psol/RS), Joênia Wapichana (Rede/RR) e Perpétua Almeida (PCdoB/AC), busca paralisar os processos de desestatização e desinvestimentos realizados pela administração pública federal direta e indireta durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

“O projeto é muito bem vindo. Apesar de o governo não querer mostrar, vazaram declarações que comprovam a intenção de venda do Banco do Brasil”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “E, ao contrário do palavrão que o ministro (Paulo Guedes) disse, o Banco do Brasil é rentável, contribui com dividendos para o Tesouro Nacional e pode cumprir um papel fundamental para o crescimento econômico do país, principalmente para o fomento ao setor agropecuário”, completou. “Claro, que isso somente é possível com um governo que tenha o interesse de fazer o país crescer”, concluiu.

Segundo o PL, serão suspensos todos os processos de desestatização e desinvestimentos regulados pelas leis 9.491, de 1997, 13.334, de 2016, e pelos decretos 9.188, de 2017, e 9.355, de 2018.

Caso seja aprovado, o PL também atingirá as alienações de ações que repercutem em perda do controle acionário e estejam em curso, bem como impede a administração pública de realizar, por um período de até doze meses após o fim do estado de calamidade pública, os processos instituídos pelo Decreto Legislativo Nº 6, de 2020.

Justificativa

Na justificativa do projeto, os deputados lembram que “a história nos ensina que períodos de crise são um excelente momento para quem compra e um péssimo para quem vende! Não precisamos ir muito longe para entender que, após uma crise desta dimensão os preços dos ativos caem, criando assim, um ambiente de ofertas hostis, ou melhor, uma grande liquidação de empresas de qualidade.”

Os deputados apresentam, ainda, exemplos de países, entre eles a Alemanha, a Espanha e Itália, que estão tomando medidas para proteger investidas do capital estrangeiro sobre empresas dos países citados.

“A resposta dos governos europeus foi rápida e contundente – não se pode vender empresas estratégicas, públicas ou mesmo privadas, quando seu valor de face é muito menor que seu valor real”, diz o Projeto de Lei.

“Infelizmente, nosso governo caminha na direção oposta e põe em risco nossa soberania, ao querer colocar à venda empresas estratégicas. O patrimônio nacional corre o risco de ser vendido ao preço de bananas. Não podemos permitir que isso aconteça e, por isso, vamos lutar pela aprovação deste projeto”, disse Juvandia, ao lembrar que o governo está vendendo as subsidiárias mais rentáveis do Banco do Brasil e de Caixa Econômica Federal, assim como da Petrobras, do Correios, da Eletrobras e de uma vasta lista de empresas públicas. “Vamos nos organizar para que este projeto seja aprovado e a gente não veja nosso patrimônio sendo dilapidado”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

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