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Guerra entre Rússia e Ucrânia afetou produção e logística de entrega do trigo ao mundo. Com demanda maior que oferta, preços ficam mais caros e brasileiros sentirão impactos não só no preço do pãozinho

O pão francês, um dos produtos mais consumidos pelos brasileiros, que já estava registrando seguidas altas porque a plantação de trigo foi afetada pela seca em algumas regiões do país e enchentes em outras, deverá ficar mais caro nos próximos meses por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia. E não é só o pãozinho nosso de cada dia que terá preços reajustados, vários alimentos têm trigo na composição e vão subir também, entre eles o óleo de soja.

O motivo é que os dois países do leste europeu, juntos, são os maiores produtores de trigo, responsáveis por 29% do consumo mundial e o conflito afeta não só a produção, mas toda a logística de exportação. Portos estão fechados, o transporte está parado e, somado a isso, há sanções econômicas contra a Rússia. Com todos esses fatores, a demanda supera a oferta em escala global e, conforme as leis de mercado, quando isso acontece, o primeiro impacto é um aumento no preço de produtos.

Desde o início do conflito, o trigo já subiu 46,25% no mercado global. Os efeitos desses aumentos serão sentidos por aqui quando a indústria da alimentação tiver de comprar as novas safras, inclusive do percentual de produção brasileira, já que os preços acompanham as cotações internacionais. Com o real desvalorizado em relação ao dólar, há um efeito ainda maior.

Além da guerra, no Brasil, as intempéries climáticas - calor intenso e ausência de chuvas - no último ano e o aumento do custo de energia elétrica, também usada na produção do trigo, causaram impacto nos preços do trigo produzido aqui.

De acordo com informações de um estudo publicado pelo Banco do Nordeste, o Brasil era o 16° produtor mundial de trigo em 2021, com importações superiores às exportações, ou seja, mais compramos do que vendemos trigo no mercado mundial. A produção brasileira foi de 6,2 milhões de toneladas, o que representa 54% do consumo nacional. O restante, 46%, vem de outros países.

“O aumento ainda não chegou, mas vai chegar e isso deverá se refletir já na próxima pesquisa sobre a cesta básica”, afirma a técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ela explica ainda que o impacto do conflito que envolve também sanções econômicas à Rússia será sentido pelo mundo todo.

“No Brasil, um dos produtos mais consumidos é o pão francês. É um alimento que não falta na mesa da grande maioria dos brasileiros. Mas não é só ele. Uma grande parte do que consumimos tem trigo em sua composição. Por isso, as famílias brasileiras, principalmente as mais pobres vão sentir um grande impacto no orçamento que já sofre com os altos preços da energia elétrica, do gás de cozinha e dos outros alimentos”, diz Patrícia.

De acordo com dados do Dieese, no período de 12 meses (fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022), a média do aumento do pão francês, nas 17 regiões onde a pesquisa da Cesta Básica é realizada, foi de 9,23%.  A maior alta foi em Curitiba (PR), onde o aumento foi de 16,12%. Patrícia afirma que ainda que não seja um grande aumento se comparado a outros produtos, como café que somente no ano de 2021 aumentou 130%, a soma dos aumentos causa impacto significativo no orçamento.

Haverá um impacto no custo de vida das famílias mais pobres que já vêm sentindo o aumento dos preços dos alimentos, da energia elétrica e do gás de cozinha
- Patrícia Costa


Mas se o Brasil produz, por que importa trigo?

“O Brasil produz trigo, mas ainda é dependente da importação”, diz a técnica do Dieese, explicando que a produção no país se concentra na região Sul, por causa do clima mais temperado – condição climática propícia para o plantio do cereal. Os principais fornecedores do grão ao Brasil são os Estados Unidos, o Paraguai, o Uruguai e o Canadá.

“Nós comemos muitas coisas que levam o trigo em sua composição. Não é só pão francês. O trigo está presente em alimentos que talvez nem imaginemos. Faz parte, fundamentalmente da alimentação do brasileiro mais pobre e representa cerca de 30% das calorias diárias ingeridas”, ela diz. (Veja abaixo alguns produtos que levam trigo)

Em entrevista à IstoÈ , o analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Álvaro Augusto Dessa explicou que os estados do Paraná e Rio Grande do Sul produzem 85% do total nacional, mas apesar disso, no ano passado, foram exportados dois milhões de toneladas porque sai mais barato importar o produto. O motivo, segundo ele, é o custo com transporte do trigo para outras regiões como o Norte e Nordeste.

No entanto, ele lembra que o Brasil não compra trigo da Rússia há dois anos, portanto o que encarecerá o preço no Brasil nos próximos meses será o preço internacional, majorado pela crise no leste europeu que afeta o abastecimento e, como já citado, a chamada lei da oferta e da procura encarece os preços.

O que poderia ser feito para evitar mais esse peso no orçamento do brasileiro?

“Há um projeto da Embrapa para que seja feita a ‘tropicalização’ da produção do trigo, mas é um projeto a longo prazo. Deve demorar de cinco a dez anos. Mas, em termos de políticas públicas, o que poderia ser feito é o Governo Federal promover um subsidio à importação para que o preço seja mais barato”, diz Patrícia Costa, do Dieese.

Ela reforça que assim como outras commodities, como o petróleo, o trigo atrelado ao mercado internacional, “então qualquer mudança lá fora, o preço sobe aqui também”.

Mas ela reforça como solução politicas pontuais no sentido de proteger o consumidor, “o que é difícil com o governo Bolsonaro que não tem prioridade para controlar os preços para a população de baixa renda”.

Aliado a isso, a crise causada pela pandemia do novo coronavírus e a política econômica do governo de Jair Bolsonaro (PL), que entre outras consequências têm causado altos índices de inflação, aumento de preços e carestia contribuem para o cenário previsto para os próximos meses em relação ao preço do trigo.

O trigo na alimentação do brasileiro

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO),o trigo seja é o segundo alimento mais consumido no mundo. No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é de que o trigo faça parte do grupo dos alimentos energéticos que devem ser consumidos em maior quantidade (de 6 a 11 porções por dia, dependendo da idade e do estado de saúde de cada pessoa). No dia a dia dos brasileiros ele é o ingrediente principal de pães, massas, bolos, biscoitos, pizzas, mas também está “escondido” em vários outros produtos. Alguns deles são:

  • Sorvetes
  • Chocolates
  • Sopas
  • Carnes processadas (como o hambúrguer)
  • Presunto
  • Molhos
  • Comidas industrializadas
  • E ...na cerveja

Fonte: CUT BRASIL

Apesar dos riscos, pois vacina diminui, mas não zera o risco das grávidas contraírem Covid-19, a volta ao trabalho presencial, que foi sancionada por Bolsonaro, entra em vigor nesta quinta-feira

Apesar dos especialistas dizerem que ainda é muito cedo para o retorno presencial das gestantes aos postos de trabalho, o Congresso Nacional aprovou em fevereiro e o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta terça-feira (8) um projeto de lei que muda as regras para o afastamento da trabalhadora gestante, inclusive a doméstica, das atividades laborais durante o período de pandemia. A nova lei entra em vigor nesta quinta-feira (10). 

O texto determina o retorno presencial de trabalhadoras grávidas, se o empregador exigir, após a conclusão do esquema vacinal contra a Covid-19, com as duas doses das vacinas coronaVac, AstraZeneca ou Pfizer ou a dose única da Janssen.

A medida altera uma lei que estava em vigor desde o ano passado, e que garantia às mulheres grávidas o afastamento do trabalho presencial sem prejuízo do salário.  

A lei foi aprovada porque ficou comprovado com alta de casos e mortes entre gestantes que, mesmo sem comorbidades, fazem parte do grupo de risco para complicações quando infectadas pela Covid-19.

A vacina diminui, mas não zera esse risco, dizem os especialistas contrários a lei sancionada ontem por Bolsonaro.

A nova lei, que será publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (10), estabelece as quatro hipóteses em que o retorno ao regime presencial é obrigatório para mulheres grávidas.

Quando o retorno da grávida ao trabalho presencial é obrigatório?

. encerramento do estado de emergência;

. após a vacinação (a partir do dia em que o Ministério da Saúde considerar completa a imunização);

. se ela se recusar a se vacinar contra o novo coronavírus, com termo de responsabilidade;

. se houver aborto espontâneo com recebimento do salário-maternidade nas duas semanas de afastamento garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O afastamento do trabalho presencial só continua mantido para a mulher que ainda não tenha completado o ciclo vacinal.

O empregador poderá exigir o retorno presencial da gestante?

Sim. Caso o empregador opte pelo retorno, a trabalhadora gestante deverá retomar o trabalho, desde que esteja com o ciclo completo de vacinação, ou mesmo se não quiser se vacinar, desde que assine o termo de responsabilidade.

O empregador poderá manter a trabalhadora grávida no home office?

Sim. O empregador poderá manter a empregada grávida em teletrabalho com a remuneração integral, se assim desejar.

Para os casos em que as atividades presenciais da trabalhadora não possam ser exercidas remotamente, ainda que se altere suas funções, respeitadas suas competências e condições pessoais, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.

Durante esse período, ela deve receber o salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não poderá haver pagamento retroativo à data de publicação da lei.

O que acontece com a gestante que optar por não se vacinar?

De acordo com a lei, não se vacinar é uma “expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual” da gestante. Ou, seja, é opção da trabalhadora.

Mas, caso decida por não se imunizar, a gestante deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.

As empresas podem demitir as gestantes que não se vacinarem?

De acordo com entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a trabalhadora - ou trabalhador - que não tomar a vacina pode comprometer o bem coletivo e ser demitido, inclusive com justa causa, salvo peculiaridades de cada caso e em situações de restrições médicas que contraindiquem a vacina.

Fonte: CUT BRASIL

Dados foram registrados pela Rede de Observatórios da Segurança com base em cinco estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo

Rio - Dados da violência contra mulheres apontam 1975 registros em 2021. Entre eles, 409 são feminicídios. Pelo segundo ano, a Rede de Observatórios revela os dados da violência contra a mulher monitorados em cinco dos sete estados em que atua: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Os estados do Piauí e Maranhão passaram a integrar a Rede em agosto de 2021 e ainda não completaram um ano de monitoramento. O material completo segue em embargo até o dia 10 de março, às 5 da manhã.

Esses números mostram que um caso de violência contra a mulher é registrado a cada cinco horas e todos os dias uma mulher morre por ser mulher nos estados monitorados. O indicador é o terceiro colocado entre os registros da Rede durante o ano, ficando atrás apenas de eventos com armas de fogo e ações policiais. Em 65% dos casos de feminicídios e 64% dos casos de agressão, os criminosos eram companheiros da vítima.

Os dados são produzidos de maneira independente a partir de um monitoramento do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança. As pesquisadoras conferem nos veículos de imprensa, coletam informações e alimentam um banco de dados que posteriormente é revisado e consolidado. São dez categorias de crimes contra mulheres: tentativa de homicídio e assassinato são os maiores registros.

São Paulo apresentou um aumento de 27% de registros em relação ao ano passado e chegou ao número de 929 eventos monitorados: 157 feminicídios, 97 estupros e 501 agressões. Os dados gerados pelas nossas pesquisadoras em relação ao número de assassinato de mulher foram maiores que os números oficiais: dados do governo apontam 136 mortes.

Atrás de São Paulo, aparece o Rio de Janeiro que tem um caso de violência contra a mulher a cada 24h. São 375 eventos de homicídios e violência contra a mulher, sendo 456 tipos de violência (um único evento pode ter mais de um tipo de violência). O estado apresentou um crescimento de 18% nos registros em um ano.

Pernambuco aparece na sequência com 311 registros de crimes contra mulheres. É o estado do Nordeste com o maior número de casos e o segundo entre os cinco estados em feminicídios. São 91 registros da Rede de Observação, enquanto a secretaria de segurança aponta 86 mortes.

Na Bahia, um caso de violência contra a mulher é registrado a cada dois dias. No entanto, houve uma queda de 31% nos registros. A Rede indica que, ao analisar os tipos de violência, não há grande variação quando se trata de feminicídio: foi de 70 em 2020 para 66 casos em 2021. O Ceará apresentou uma queda de 20% nos casos de violência contra a mulher, mesmo que um dos casos mais emblemáticos do último ano tenha acontecido por lá: a agressão sofrida por Pamela Holanda praticada pelo ex-marido DJ Ivys. Foram registrados 160 casos.

Quando a motivação dessas agressões e mortes são informadas, as três maiores causas apontadas são brigas (28%), término de relacionamentos (9%) e ciúmes (8%). Boa parte dos crimes contra mulheres divulgados nos jornais (85%) não traz a informação racial da vítima. Porém, segundo as informações da Rede, ao desconsiderar os casos em que a cor da vítima não é informada, 50,7% das vítimas são negras, 48,6% brancas e 0,7% indígena. As pesquisadoras acreditam que, quando se trata de mulheres brancas e de classes mais abastadas, a cobertura jornalística tende a ser mais completa.

Transfeminicídios

O Ceará é o primeiro do ranking pelo segundo ano, com 11 mortes e registra a mais jovem vítima de transfobia no Brasil até hoje: Keron Ravach foi morta aos 13 anos ao cobrar uma dívida. Pernambuco é o segundo estado em transfeminicídios com 10 casos monitorados. No último ano, no período de menos de um mês, quatro mulheres trans negras foram atacadas e mortas. Uma delas, Roberta da Silva, teve 40% do corpo queimado.

"Usar o termo transfeminicídio é crucial, pois assim se reconhece que são mulheres expostas ao feminicídio e à transfobia – que passa a ser encarada como uma problemática social. A sociedade que não reconhece nossos corpos não vê como a violência nos afeta", explica a pesquisadora Dália Celeste, do Observatório da Segurança de Pernambuco.

Fonte: O DIA

Escolhas equivocadas da atual gestão, como o enfraquecimento da Estratégia Saúde da Família e a terceirização de serviços, explicam os resultados ruins, avaliam entidades

O plano Associados, da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), apresentou resultado operacional negativo de R$ 124 milhões nos primeiros 11 meses de 2021. Ao divulgar o resultado, na análise sobre o mês de novembro de 2021, a atual gestão da entidade argumentou que a “diferença” seria reflexo, “principalmente”, do volume de “Despesas Assistenciais” registrados no período de 11 meses do ano passado.

“A verdade é que parte da explicação para este desequilíbrio nos resultados operacionais da Cassi é o abandono da Estratégia Saúde da Família, que, além de garantir atendimento de qualidade aos associados, permite racionalização das despesas para não onerar os associados”, destaca o ex-gerente executivo da Cassi e funcionário da ativa do BB, Alberto Junior.

Ele lembra ainda que o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família (ESF) foi uma das recomendações feitas pela consultoria Accenture, contratada pela própria Cassi em 2017. “Além de ser adotada em sistemas de saúde como os da Inglaterra, Canadá e Suécia, a ESF é também hoje implementada por hospitais de ponta no Brasil, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês”, esclarece Junior.

Outro ponto observado por ele é que, nos últimos dois anos, as despesas da Cassi com procedimentos e serviços caíram por causa da pandemia. Neste mesmo período, entre 2020 e 2021, a entidade recebeu mais de R$ 2,5 bilhões por meio do novo modelo de custeio, aprovado em 2019.

“Apesar desse cenário de mais recursos entrando na Cassi, pelo novo modelo de custeio, nos últimos anos, os atuais dirigentes eleitos, em conluio com o banco, aprovaram ainda o aumento de coparticipação, impondo mais despesas aos associados”, completa Junior.

Representantes dos funcionários do BB no movimento sindical e entidades associativas também vem denunciando a entrega de estruturas importantes da Cassi para empresas terceirizadas. A situação recente que mais chamou a atenção foi a contratação da Iron, empresa norte-americana instalada no Brasil em 2020, para tomar conta da Telemedicina da entidade.

“É irônico que a Cassi, maior plano de saúde de autogestão do país, entregue um setor fundamental que é a telemedicina para uma empresa norte-americana e nova no mercado brasileiro, lembrando que os Estados Unidos é um país onde, como todos nós sabemos, tem um dos piores sistemas de saúde do mundo”, lamenta o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Fonte: CONTRAF CUT

PUC-Rio, UFRJ e Uerj optaram por manter obrigatório o uso de máscara de proteção individual e exigir o esquema de vacinação completo para a tão esperada retomada das atividades presenciais acontecer

Rio - Após dois anos de aulas a distância, professores e alunos puderam retornar, nesta semana, aos campi da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a retomada total das atividades presenciais estão liberadas a partir do dia 16 de fevereiro, enquanto a da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está marcada para o dia 11 de abril. As três instituições optaram por manter obrigatório o uso de máscara de proteção individual e exigir o esquema de vacinação completo para a tão esperada retomada das atividades presenciais acontecer

Na mesma semana, a Prefeitura do Rio tornou facultativo o uso de máscaras em ambientes fechados. A decisão de flexibilizar foi tomada por conta do cenário epidemiológico no município. "Quando precisou, obrigamos as pessoas a usarem máscaras, proibimos as aglomerações, fechamos bares e restaurantes. Foi um momento muito duro para a sociedade, e nos momento em que temos um cenário epidemiológico muito favorável, como o que temos hoje, também temos que desobrigar as pessoas das medidas restritivas", explicou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, em live com o prefeito Eduardo Paes (PSD). 

Apesar do cenário epidemiológico, a professora da Faculdade de Medicina da UFRJ, Carmen Froes faz um alerta para um possível risco à comunidade acadêmica. “Esperamos que isso não se reflita no aumento no número de casos e não venha a atrapalhar a retomada das atividades presenciais. Nós professores estamos muito ansiosos para voltar a ter contato com os alunos nas salas de aula”, refletiu. 

Antes vazio, o pilotis da PUC-Rio, na Gávea, Zona Sul do Rio, pode receber novamente a comunidade acadêmica, que aprova as medidas de precauçãode infecção da Covid-19. "Eu concordo com o posicionamento da faculdade. O uso de máscara não é uma escolha pessoal, é uma escolha coletiva. Você usa para proteger o outro, além de se proteger”, opinou a aluna de Psicologia Maria Augusta Asmus.

Na Uerj, a retomada das atividades presenciais acontecerá de forma gradual de acordo com a decisão de cada departamento. Na estadual do Rio, para a segurança da comunidade, a cobrança das medidas preventivas também será intensa. "Apesar do decreto da Prefeitura do Rio, publicado nesta segunda-feira (7), que retirou a obrigatoriedade do uso do item de proteção, a PR5 recomenda que ele não seja dispensado até que pelo menos 70% da população acima de 18 anos tenha recebido a dose de reforço da vacina contra a Covid-19", afirmou a instituição, nas redes sociais.

Aluna do curso de Direito da Uerj, Julia Almeida reiterou a importância da segurança de todos os que frequentam os campi da instituição. "A Uerj, assim como a maioria das universidades públicas do Rio, tem alunos de várias cidades do estado e do país. Cada uma dessas pessoas está vindo de uma condição diferente em relação à pandemia, por isso, neste momento não tem como suspender a proteção individual”, pontuou.

Professora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes não escondeu a animação de abandonar o ambiente online e de retomar a proximidade com os alunos. "Acho que a comunidade acadêmica já chegou no limite do ensino remoto, em um esgotamento desse modelo. Essa volta é necessária e aguardada por todos e para isso, precisamos nos sentir seguros", desabafou. 

Apesar da felicidade em voltar ao campus, alunos da UFRJ se preocupam com as condições da infraestrutura da universidade. “Por mais que tenha a decisão da prefeitura, as condições da universidade com certeza não serão as ideais em relação a pandemia. Por conta do corte de verbas, pode faltar sabão, salas cheias, então acho que ainda não é viável a flexibilização do uso de máscaras dentro da universidade”, lembrou a aluna de Jornalismo da UFRJ Ana Clara Galante.

*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes

Fonte: O DIA

Em alguns casos, como o primeiro pagamento do INSS, a espera chega a duas horas e 30 minutos

Sindicatos de bancários de todo o país estão recebendo denúncias de trabalhadores e clientes de que há um longo tempo de espera nas filas de atendimento. Em alguns casos, como o primeiro pagamento do INSS, a espera chega a duas horas e 30 minutos. “É um verdadeiro desrespeito do banco com seus clientes e funcionários, que sofrem com as longas filas e a sobrecarga de trabalho”, afirmou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves.

Para o coordenador da COE do Mercantil, as longas filas e o interminável tempo de espera dos clientes alertam para as consequências das demissões promovidas pelo banco e para a necessidade do aumento do quadro de funcionários nas agências e nos postos de atendimento, sendo essa uma das principais bandeiras dos sindicatos, trabalhadores e clientes do banco.

Punição

Em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, as longas filas do Mercantil do Brasil estimularam a apresentação de um projeto de lei municipal para punir os bancos que demorem mais do que 30 minutos para atender seus clientes.

Em debate realizado pelo jornal Repórter Diário na sexta-feira (4), o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, alertou que já existem leis no mesmo sentido nas cidades da região, inclusive em São Bernardo, e em todo país, mas falta fiscalização. “Além da falta de fiscalização, é preciso que se contrate mais funcionários para prestar o atendimento. Pois os atuais estão sobrecarregados e, sem contratação, serão ainda mais pressionados. Recairá sobre eles a responsabilidade por agilizar o atendimento”, observou.

>>>>> Presidente do sindicato destaca falta de fiscalização para fila nos bancos

“No dia 14 de março, várias agências do Mercantil do Brasil em todo o país serão transformadas em postos de atendimento avançado. Sindicatos de todo o país cobram do banco o compromisso firmado de que não haverá demissões em massa dos funcionários do backoffice. Estamos mobilizados para exigir que o banco cumpra sua palavra”, ressaltou Marco Aurélio.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do sindicato dos Bancários de BH e Região

Segunda, 07 Março 2022 14:31

A despedida do companheiro Granje

Faleceu neste domingo (6/3), aos 62 anos, vítima de infecção pulmonar, o companheiro José Granje Filho, ex-funcionário do Banerj, ativista sindical e militante das causas sociais do país.
Granje esteve presente nas grandes greves da categoria na década de 80, com destaque para sua participação nas lutas do Banerj, até a privatização do banco do estado.
Granje dedicou-se também as lutas em defesa da cultura, tão atacada pelo governo Bolsonaro.
O velório será realizado ainda hoje(7/3), de 14 às 16:30 hs, no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju.
O Sindicato se solidariza com familiares, amigos e companheiros de militância.
Companheiro Granje, presente!

Manifestação contra aprovação do Pacote da Destruição, um conjunto de projetos de lei que vai legalizar o crime ambiental, será em frente ao Congresso Nacional

Centenas de organizações e movimentos, entre eles a CUT, que defendem o clima, a natureza e os direitos humanos, divulgaram, nesta sexta-feira (4), manifesto convocando os brasileiros e brasileiras para uma manifestação na próxima quarta-feira, dia 9 de março, a partir das 15h, em frente ao Congresso Nacional, pela terra, pela vida e em defesa do meio ambiente.

Participam do ato artistas como Caetano Veloso, Crioulo, Emicida, Nando Reis, Lázaro Ramos, Letícia Sabatella, Malu Mader, Maria Gadu e Alessandra Negrini, além de personalidades como Paola Carossela e Bela Gil, entre outros convidados, além de representantes de movimentos sindicais, sociais e populares. 

“Exigimos que os projetos de lei que afetam negativamente o ambiente, o clima e os direitos humanos não sejam aprovados”, diz trecho da convocatória, que alerta: “O Parlamento se prepara para votar nos próximos dias o Pacote da Destruição, um conjunto de projetos de lei que irão legalizar o crime ambiental e transformar a devastação e o esbulho do patrimônio público em direito adquirido”.

De acordo com o texto, entre os vários desastres que poderão ser aprovados estão a anistia permanente ao roubo de terras públicas, o fim do licenciamento ambiental, a liberação irrestrita de agrotóxicos e a oficialização do saque às terras indígenas.

“O 'Combo da Morte' virá para agravar ainda mais o cotidiano da classe trabalhadora e comprometer o seu futuro”, alerta o secretário de Meio Ambiente da CUT, Daniel Gaio.

“Lutar contra a aprovação destes projetos do Bolsonaro é resistir pelas nossas vidas e do planeta”, afirma o dirigente.

Leia a íntegra da convocatória

Ato em defesa da Terra e contra o pacote da destruição

A democracia, os direitos humanos, o meio ambiente e a saúde da população brasileira, entre diversas outras agendas, estão sob ataque incessante desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República. Hoje o Brasil é um país mais pobre, mais violento e mais desigual, cujo governo atenta contra a vida dos cidadãos e contra o patrimônio socioambiental do país.

Todos os indicadores são de trágico retrocesso: desmatamento, emissões de gases de efeito estufa, perda da sociobiodiversidade, grilagem de terra, degradação de áreas protegidas, invasões a territórios indígenas e quilombolas, envenenamento dos alimentos, violência e criminalização contra populações tradicionais e camponesas, especialmente mulheres e negros.

A Amazônia e outros biomas nacionais estão sendo destruídos. Tudo isso decorre dos atos e dos discursos de Bolsonaro e de seus apoiadores. Mas esse quadro pode não apenas piorar, como se eternizar, caso o Congresso Nacional resolva se aliar definitivamente ao presidente em sua cruzada contra o país e o planeta.

O Parlamento se prepara para votar nos próximos dias o Pacote da Destruição, um conjunto de projetos de lei que irão legalizar o crime ambiental e transformar a devastação e o esbulho do patrimônio público em direito adquirido. Entre os vários desastres que poderão ser aprovados estão a anistia permanente ao roubo de terras públicas, o fim do licenciamento ambiental, a liberação irrestrita de agrotóxicos e a oficialização do saque às terras indígenas. Veja a descrição detalhada dos projetos aqui.

Cada um desses projetos retira dos brasileiros um pedaço de seu futuro. Para premiar um punhado de criminosos, eles condenam os ecossistemas, os assentamentos rurais, os indígenas e os quilombolas. Ampliam o abismo da desigualdade. Mergulham nossa economia no atraso e no descrédito externo e tornam o Brasil um risco climático global.

É diante deste cenário de crise e urgência que os movimentos abaixoassinados e dezenas de artistas brasileiros convocam uma ampla manifestação no dia 9 de março de 2022, a partir das 15h, em frente ao Congresso Nacional, pela Terra, pela vida e em defesa do meio ambiente.

Exigimos que os projetos de lei que afetam negativamente o ambiente, o clima e os direitos humanos não sejam aprovados. Os parlamentares, e em especial o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devem garantir que nenhuma proposta seja colocada em votação até que esteja alinhada com o que diz a ciência, com as demandas e necessidades das populações tradicionais e do campo e à luz da emergência climática que vivemos.

Assinam o manifesto (lista provisória, em processo de coleta de adesões)

342 AMAZÔNIA

350.org

AAB- ARTICULAÇÃO ANTINUCLEAR BRASILEIRA

AMIGOS DA TERRA – AMAZÔNIA BRASILEIRA

ANPG (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS GRADUANDOS

APIB (ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL)

APREMAVI

ASSOCIAÇÃO ALTERNATIVA TERRAZUL

AÇÃO DA CIDADANIA

CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA

CASA GALILEIA

CIMI (CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO)

CIUPOA - CENTRO DE INTELIGÊNCIA URBANA DE PORTO ALEGRE

CLIMAINFO

CNS (Conselho Nacional das Populações Extrativistas)

COALIZÃO EVANGÉLICOS PELO CLIMA

COALIZÃO NEGRA POR DIREITOS

CONAQ (COORDENAÇÃO NACIONAL DE ARTICULAÇÃO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS QUILOMBOLAS)

CTI

CUT (CENTAL ÚNICA DOS TRABALHADORES)

FASE - SOLIDARIEDADE E EDUCAÇÃO

FBOMS - FÓRUM BRASILEIRO DE ONGS E MOVIMENTOS SOCIAIS PARA O MEIO AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO

FRENTE NACIONAL ANTI-RACISTA

FRIDAYS FOR FUTURE BRASIL

FUNDAÇÃO VERDE HERBERT DANIEL

GAMBÁ – GRUPO AMBIENTALISTA DA BAHIA

GREENPEACE BRASIL

IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

IDS - INSTITUTO DEMOCRACIA E SUSTENTABILIDADE

IEB - INSTITUTO DE ESTUDOS BRASILEIROS

IEMA - INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

IEPÉ - INSTITUTO DE PESQUISA E FORMAÇÃO INDÍGENA

IMAFLORA

INSTITUTO ECOLOGICA PALMAS

INSTITUTO LINHA D’ÁGUA

INSTITUTO TALANOA

ISA - INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL

ISPN - INSTITUTO SOCIEDADE, POPULAÇÃO E NATUREZA

JOVENS PELO CLIMA BRASÍLIA

LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE

MARCHA MUNDIAL POR JUSTIÇA CLIMÁTICA/ MARCHA MUNDIAL DO CLIMA

MÍDIA NINJA

MPA - MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES

MST (MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TERRA)

MTST (MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TETO)

NOSSAS

OBSERVATÓRIO DO CLIMA

PROJETO SAÚDE E ALEGRIA

RCA – REDE DE COOPERAÇÃO AMAZÔNICA

REDE GTA (GRUPO DE TRABALHO AMAZÔNICO)

RMA - REDE DE ONGS DA MATA ATLANTICA

SOS MATA ATLÂNTICA

SOS PANTANAL

SPVS

UBES (UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS)

UJS (UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA)

UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES)

UNEAFRO BRASIL

VIA CAMPESINA

WWF

Fonte: CUT BRASIL

Movimentos de mulheres priorizam o combate à violência. Procuradora do MPT fala sobre alguns dos motivos que explicam aumento dos números de casos nos últimos anos.

Pauta prioritária dos movimentos feministas, o fim da violência contra a mulher, que envolve tanto a questão de gênero como a violência doméstica, será bandeira principal das manifestações programadas para o 8 de Março - Dia Internacional da Mulher – deste ano. O evento volta a ser realizado presencialmente nas ruas de várias cidades, depois de dois anos de pandemia (Veja abaixo locais onde atos estão confirmados)

Concluída no final de 2021, uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com Observatório da Violência Contra a Mulher, mostrou que 86% das mulheres brasileiras perceberam um aumento da violência contra elas no ano passado. O número é 4% maior que em 2020.

Ainda de acordo com a pesquisa, que ouviu três mil pessoas entre 14 de outubro e 5 de novembro de 2021, cerca de 68% das pessoas entrevistadas conhecem alguma vítima e 27% declararam já ter sofrido este tipo de violência.

A pesquisa é uma entre as muitas realizadas durante o período de pandemia que comprovam o aumento da violência tendo com uma das causas os efeitos do isolamento social e da crise sanitária. “A experiência mostra que em crises econômicas, sociais e sanitárias as mulheres são vítimas de violência de gênero e de violência doméstica”, afirma a procuradora regional do Trabalho (MPT), Adriane Reis de Araújo.

Durante o período mais crítico da pandemia, ela diz, houve um encolhimento significativo do mercado de trabalho e tinham mais mulheres desempregadas do que trabalhando. E a dependência econômica da mulher é um fator que contribui para o aumento dos casos, explica a procuradora.

Outro fator apontado por Adriana, que também é coordenadora nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades (Coordigualdade) do MPT, é que houve uma dificuldade no início da pandemia em denunciar os casos e as vozes das mulheres foram, de certa forma, silenciadas.

“Quando um homem percebe que a mulher não tem para onde correr, não tem como denunciar e se proteger, ele abusa ainda mais da violência contra ela”, acrescenta a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Batista. Segundo ela, a opressão machista se dá principalmente desta forma.

“E na pandemia, com o isolamento, as mulheres ficaram sem emprego e presas dentro de casa com seus agressores, isso aconteceu muito”, diz Juneia.

A pesquisa do DataSenado mostrou que ao menos 18% das mulheres agredidas convivem com o agressor e para 75% o medo leva a mulher a não denunciar. Este cenário foi potencializado com a pandemia.

Adriana Reis de Araújo, explica que “houve o fechamento das estruturas da rede de proteção, mas depois, veio a reabertura desses canais, a denúncia on-line, além do próprio MPT, e isso possibilitou o aumento da proteção e contribuiu para reduzir a subnotificação”.

Paralelamente, uma forma de reação é quando, ao perceber que não são as únicas vítimas, que há outras mulheres na mesma situação, elas se unem e buscam ajuda. “É um quadro que decorre do momento econômico social e sanitário, mas também do acesso à possiblidade de denúncia, remota inclusive, e do empoderamento das mulheres por meio de grupos que orientam a denuncia”, afirma a procuradora do MPT.

Reação

O 8 de março deste ano reforça a luta das mulheres contra a violência em todos os espaços - em casa, nas ruas, no trabalho, no ambiente virtual, enfim em todos os setores da sociedade. E quando se amplia essa área onde a mulher é diariamente oprimida, de diversas formas, seja física, psicológica, econômica, patrimonial, entre outras, não se pode deixar de levar em consideração que o Brasil é um país cuja sociedade é patriarcal.

É isso o que mostra a pesquisa do DataSenado. Para 71% das mulheres, o Brasil é um país machista. Junéia Batista reforça que essa característica é responsável pela violência contra a mulher e afirma que desde o golpe de 2016, contra a presidenta Dilma Rousseff, com especial destaque ao período do governo Bolsonaro, as consequências do machismo se agravaram.

“Jair Bolsonaro é o centro desse problema. Sua conduta misógina e violenta faz com seus apoiadores e outros homens se sintam legitimados em achar que ser machista é correto, sentem que é natural e bonito provar masculinidade e virilidade destratando, violentando e agredindo as mulheres. E isso, não vamos permitir”, diz a dirigente, alertando que este ano, nas eleições, unidasm as mulheres podem banir do mapa Bolsonaro e seus seguidores.

Precisa ficar claro que não podemos admitir nunca mais nas nossas vidas eleger um neonazista, um fascista como Bolsonaro. Por isso, é importante que este ano pensemos bem na hora do voto. Temos que varrer do mapa o machismo, a homofobia e o racismo praticados pelo governo Bolsonaro
- Junéia Batista


Educação

A procuradora regional do Trabalho Adriana Reis de Araújo complementa dizendo que a eliminação da violência contra a mulher se dá por meio de políticas públicas específicas na perspectiva de gênero e passam pela reformulação dos conceitos machistas da sociedade.

A eliminação da violência caminha por meio da educação. A definição de papeis sociais rígidos para homens e mulheres na sociedade contribui para a formação da mentalidade que fundamenta a violência de gênero e a violência doméstica
- Adriana Reis de Araújo


Ela afirma que é preciso rever esses papéis e incentivar que os homens participem do trabalho de cuidados dentro de casa, da divisão de tarefas. Mas também é importante aumentar a rede de proteção a elas e ampliar o alcance das informações pela sociedade sobre que é – e como é – a violência contra a mulher e sobre os canais de denúncia.

“No MPT, nós incentivamos as empresas a adotarem ações afirmativas para que as mulheres tenham igualdade de oportunidades e salarial. Isso reduz a situação de empobrecimento e não apenas distribui melhor a riqueza como também dá maior visibilidade à mulher na carreira” diz Adriana explicando que esses fatores contribuem para modificar a compreensão da divisão social dos papéis de homens e mulheres e possibilita alcançar uma igualdade melhor

Atos

Os atos do 8 de março deste ano cujo lema é “Pela vida das mulheres, contra a fome, o desemprego e a carestia – Bolsonaro Nunca Mais!”, segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, serão emblemáticos. “ Os maiores que faremos”, diz Junéia.

Manifestações já estão marcadas em várias cidades. Veja a relação:

Alagoas

Na capital Maceió, as mulheres realizam ato Público no Centro da cidade com panfletagem, panelaço; batucadas, faixas, cartazes e alegorias. Concentração será às 8h na Praça dos Martírios de onde elas sairão em caminhada em direção à Praça Deodoro.

Bahia

Em Salvador, terá caminhada do Campo Grande a Praça da Piedade às 14h. Também está prevista a distribuição de marmitas em frente a Câmara municipal de Salvador (horário a definir), simbolizando a fome.

Ceará

Em Fortaleza, a concentração será a partir das 14h, com feira feminista solidária, na Praça do Ferreira com cortejo pelo centro com paradas temáticas: Fora Bolsonaro, contra o machismo, contra o racismo, contra a fome. A manifestação será finalizada com ato político cultural na praça do Ferreira e homenagem à Elza Soares.

Distrito Federal

Em Brasília a concentração para o ato será às 17h, no Museu da República. De lá, as militantes seguirão em marcha pela Esplanada dos Ministérios até a Alameda das Bandeiras.

Espírito Santo

Em Vitória, capital do estado haverá um ato presencial unificado, com concentração a partir das 14h em frente à Costa Pereira no centro da cidade.

Goiás

Em Goiânia, capital do estado, a concentração será a partir das 9h na Catedral Metropolitana com encerramento na Praça do Trabalhador.

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: ato às 8h na Av Afonso Pena esquina com 14 de Julho.

Minas Gerais

Belo Horizonte, Minas Gerais - Ato unificado na Praça da Liberdade às 16 horas.

Pará

Em Belém terá concentração às 17h na praça da República. Depois haverá caminhada até São Brás.

Em Marabá será um ato de rua com intervenção nos sinais sobre feminicídio, violência obstétrica e violência doméstica da Praça São Francisco até a Câmara Municipal, em horário a ser definido.

Paraíba

João Pessoa: caminhada a partir das 7h com concentração na Praça Edivaldo e encerramento na Praça Getúlio Vargas

Paraná

Em Curitiba a concentração será na Praça Santos Andrade às 16h30 - com apresentação cultural de todos os coletivos, movimentos, blocos (esquenta para a marcha)

Às 18h30 será a saída da marcha da Santos Andrade, João Negrão, Marechais, XV e Boca Maldita.

Em Londrina: a concentração será às 17h30 no Calçadão da cidade.

Em Apucarana no dia 8, a partir das 15 horas haverá a Feira empreendedora com atrações culturais na Praça Rui Barbosa e às 18h a Marcha das Mulheres

Além dessas cidades, serão realizadas atividades em Toledo, Foz do Iguaçu, Cascavel, São José dos Pinhais, em horários e locais a serem confirmados.

Pernambuco

Recife: ato no Parque 13 de Maio ás 15h

Piauí

Teresina: ato na Praça rio branco, às 9h

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a atividade será a partir das 12 h no Largo Glenio Peres com uma grande tenda. No final da tarde haverá uma marcha com concentração na esquina Democrática.

Rio de Janeiro 

Atividade presencial com concentração na Candelária e saída em caminhada em direção a Cinelândia, em horário a ser definido

São Paulo

Ato a partir das 16h com concentração na Avenida Paulista, em frente ao Masp e após caminhada até a praça Roosevelt, na região central.

Na capital paulista as mulheres da CUT se concentração no Espaço Cultural Lélia Abramo (rua Carlos Sampaio, 305), às 14h

Santa Catarina

Florianópolis, no dia 8 de março será feita uma marcha, com concentração às 12h no Ticen.

13h - início de panfletagem e agitação

18h - concentração para marcha

Antes, porém, deverá ser realizado um Cine Debate no dia 28/2 e uma feira feminista no dia 5/3 (sábado)

No domingo (6) das 13h às 20hserá realizada a  Exposição "Eu Asa Sou Ares" em mulheragem à Elza Soares, no  Armazém Coletivo Elza Soares (Rod. Gilson da Costa Xavier, 1384 - Sambaqui)

Chapecó - Mobilização na Praça Central, das 9h às 13h, com atividades culturais, música e ato político

Joinville - Ato na Praça da Bandeira, às 18h

Lages - Atividades das 9h às 17h, na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Popular, com feirinha, distribuição de materiais educativos, ponto de arrecadação de absorventes, rodas de conversa, palestras e atividades culturais.

Rio do Sul - Panfletagem com material da CUT sobre a pauta do dia das mulheres, de manhã e à tarde, e panfletagem virtual com material da CONFETAM.

São Miguel do Oeste - Ato na Praça Municipal Walnir Bottaro Daniel, às 9h.

Ações em outras datas em Santa Catarina

Blumenau - 11/3 (sexta-feira) – Ato público pela vida das mulheres, Bolsonaro Nunca Mais | 18h30, no Parque Ramiro Ruediger

Caçador - 12/3 (sábado) – Distribuição de materiais informativos e apresentações culturais | 9h, no Largo Caçanjurê

Rio do Sul -  3/3 (quinta-feira) – Fala na Câmara de Vereadores – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – Sindicato faz parte com uma cadeira;

- Participação em encontros promovidos pelos SUAS – rodas de conversas sobre a mulher de hoje;

- 7/3 (segunda-feira) – Fala da " Associação Cultural Anastácia da Raça Negra" na Tribuna da Câmara de Vereadores de Rio do Sul.

- O Fórum das Entidades realizará uma ação que já aconteceu em anos anterior chamado “Sapatos falantes” – em que sapatos com mensagens são distribuídos na cidade na madrugada do dia 08 e encontrados pela comunidade ao saírem ao trabalho.

Nos demais estados, os atos ainda estão sendo organizados e havendo uma definição os locais e horários serão atualizados pelo Portal CUT Nacional.

Fonte: CUT BRASIL

Após cobrança de funcionários, Banco do Brasil começa avançar em medidas definida no acordo de 2020, que assegura ajuda de custo, fornecimento pelo banco de equipamentos e cadeira adequada, manutenção de VR e VA nos termos da CCT e controle de jornada, entre outros pontos.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com a direção do banco no final da tarde de quinta-feira (3) para a implementação do regime de trabalho em home office, cujas premissas estão contempladas em acordo específico aprovado pelos funcionários no final de 2020.

“O banco se comprometeu com os funcionários e seus representantes a negociar a implementação dos pontos do acordo aprovado. Um ano e dois meses depois, nada havia acontecido. Nesse tempo todo, cobramos a abertura dessas negociações específicas diversas vezes. Com o retorno ao trabalho presencial de muitos funcionários, intensificamos estas e outras reivindicações”, explicou o coordenador da CEBB, João Fukunaga, ao lembrar que, na semana passada, os trabalhadores do BB conquistaram o retorno ao home office aos funcionários do grupo de risco e àqueles com mais de 60 anos.

O acordo que regulamenta o teletrabalho no banco, após o fim da pandemia, garante ajuda de custo para quem atue em mais de 50% dos dias úteis na modalidade de teletrabalho, fornecimento e manutenção pelo banco de equipamentos e cadeira adequada, VR e VA nos termos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), controle de jornada e desconexão, entre outros pontos.

Uma nova reunião para continuar as negociações para a implementação foi agendada para a próxima semana.

Resumo do ACT de teletrabalho do BB

Definição de trabalho remoto
Toda e qualquer prestação de serviços realizada remotamente, de forma preponderante ou não, fora das dependências do banco ou em local diferente daquele de lotação do funcionário, com a utilização de tecnologias da informação e comunicação.

Modalidades do trabalho
O trabalho remoto no BB poderá ocorrer:
a) Na residência do funcionário, o qual se denomina home office;
b) Em outras dependências do banco, empresas parceiras ou em coworkings (espaços colaborativos) internos, o qual se denomina on office.

Excepcionalmente, há a possibilidade da realização do trabalho remoto fora da praça de lotação, por interesse do funcionário, sendo necessária a autorização do comitê da unidade gestora.

Equipamentos para o Trabalho Remoto
a) Equipamento eletrônico corporativo (desktop ou notebook);
b) Acessórios (mouse, teclado, headset);
c) Cadeira ergonômica.

Ajuda de custo
a) R$ 80,00/mês para funcionários que atuem em mais de 50% dos dias úteis do mês e tenham aderido ao trabalho remoto, na modalidade home office.

Outros itens do acordo

Facultatividade: A adesão ao teletrabalho deve ser facultativa ao funcionário;
Controle de jornada: O banco implantará um sistema de controle da jornada, para evitar que haja excesso de trabalho e “pedidos” fora do expediente;
Desconexão: Serão dadas instruções e orientações para desconexão em horários fora do expediente;
Manutenção dos equipamentos: será de responsabilidade do banco;
Preocupação com a saúde: Além de oferecer equipamentos ergonômicos, o banco se compromete a manter cuidados especiais com a saúde dos funcionários que exercerem suas atividades em home office;
Violência doméstica: Conforme estabelecido na CCT da categoria, o banco criará uma Central de Atendimentos para as bancárias vítimas de violência doméstica;
Auxílio refeição e alimentação e vale transporte: Serão mantidos os direitos aos vales refeição e alimentação e ao vale-transporte;
Acompanhamento pelo sindicato: Os sindicatos terão acesso aos funcionários que exercerem seus trabalhos fora das dependências do banco.

Fonte: CONTRAF

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