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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A negociação dos bancários com representantes da Caixa Econômica Federal na quarta-feira passada, 27 de julho, foi aberta com a apresentação da pesquisa realizada pela Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) sobre saúde e trabalho na estatal (confira em nosso site, a íntegra da pesquisa: www.bancáriosrio.org.br) feita pela CEE-Caixa (Comissão Executiva dos Empregados).
O número de trabalhadores com doenças psíquicas na empresa é alarmante e confirma as denúncias do movimento sindical em relação às condições precárias, à sobrecarga de trabalho e ao aumento da pressão e do assédio moral com metas desumanas.De cada dez motivos apontados para o adoecimento dos empregados os quatro mais citados foram depressão, ansiedade, síndrome de burnout e pânico, dados apresentados ao banco na negociação.
“Mostramos que a causa do adoecimento é a deterioração das condições de trabalho e este problema antecede à pandemia, embora a crise sanitária tenha agravado ainda mais a saúde dos bancários. O assédio moral gerado pela cobrança de metas descabidas e desumanas, as reestruturações, a falta de funcionários para atender a demanda, sobrecarregando ainda mais os trabalhadores foram apontados como causadores da elevação de empregados adoecidos”, disse o diretor do Sindicato do Rio, Rogério Campanate.
A estrutura deficiente, o mau funcionamento dos sistemas digitais e decisões unilaterais, sem dialogar com a representação sindical também são preocupações dos bancários da Caixa.
Os representantes da empresa destacaram iniciativas e programas para adoção de hábitos mais saudáveis, saúde preventiva e a melhoria na qualidade de vida como ações da Caixa em benefício dos empregados, mas os sindicalistas consideram que elas ainda atingem um público muito reduzido.
O CEE defendeu a criação do GT (Grupo de Trabalho) “Saúde do Trabalhador” para debater esses temas. Os representantes do banco ficaram de dar uma resposta a esta reivindicação.
Contratação de concursados
No item sobre gestão de pessoas, a empresa apontou pontos positivos, como a convocação de 500 concursados de 2014 e a implementação do “Movimenta Caixa”, para facilitar as transferências e disse ainda que pretende liberar o uso de gravatas.
A CEE reivindicou ainda a participação das entidades sindicais na formação de cipeiros, a reformulação e atualização do PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) a fim de identificar a evolução do adoecimento dos trabalhadores.
Negociações desta semana
• Terça (2/8), às 15h - Saúde Caixa e PCDs
• Quinta (4/8), às 15h - Funcef