Terça, 08 Novembro 2022 18:35

Santander expõe funcionários a condições de trabalho insalubres

Barracas de plástico improvisadas, expostas ao sol e à chuva, sem ar-condicionado e com banheiros químicos sujos e inadequados Barracas de plástico improvisadas, expostas ao sol e à chuva, sem ar-condicionado e com banheiros químicos sujos e inadequados

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Imprensa SeebRio

O banco espanhol Santander mostrou mais uma vez o seu desrespeito para com os funcionários que trabalham para o grupo no Brasil. Entre os dias 19 e 21 de outubro os colocou para atender clientes em negociação de dívidas denunciadas ao Procon-RJ, em barracas de plástico improvisadas, expostos ao sol e à chuva, sem ar-condicionado e com banheiros químicos sujos e inadequados.

Funcionários de outros bancos, também se encontravam nas mesmas condições precárias. A campanha “Mutirão de Aniversário” é feita pelo Procon, em parceria com os bancos, que deveriam zelar pela saúde dos bancários, proporcionando condições adequadas de trabalho, até porque se tratava da negociação para o pagamento de dívidas, sendo do interesse patronal.

“Fomos até o local e vimos o absurdo da exposição dos funcionários do Santander e de outros bancos ao tempo. O banheiro químico estava em situação deplorável. O Santander teve um lucro só no último trimestre de R$ 3,122 bilhões, logo, não há o que justifique este descaso para com a vida humana”, criticou o diretor do Sindicato, Marcos Vicente.

Os clientes também enfrentavam a mesma situação de desrespeito. Os que procuraram o atendimento nas barracas o faziam para renegociar dívidas abusivas denunciadas ao Procon. Muitos entraram com denúncia junto ao órgão de defesa do consumidor argumentando que os bancos tentavam impor juros extorsivos no financiamento de dívidas. No Mutirão, era feita a negociação com a fiscalização do Procon, o que permitia a assinatura de acordos de refinanciamento em melhores condições.

Como funciona

O consumidor fornecia seu CPF e o funcionário verificava no sistema do banco a situação em cada produto, ou ligava para a central de cada grupo, abrindo protocolo para informar a situação. Essa última forma de atendimento, demorava mais, fazendo com que o consumidor ficasse mais tempo para ser atendido naquele ambiente insalubre.

Nos casos de conciliação de acordo de dividas, as condições eram passadas ao consumidor no momento do atendimento, e, caso fosse aceito, era processado no ato e informado sobre as condições de pagamento. “No final era um bom negócio para os bancos, não se justificando tudo isto ser feito sem as condições adequadas, tanto para os bancários, quanto para os clientes”, critico Marcos Vicente.

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