Quarta, 12 Outubro 2022 08:35
ASSEMBLEIA

Santander: 98,31% dos bancários é contra a terceirização

Funcionários se opõem à decisão unilateral do banco que retira direitos e precariza o trabalho
O diretor do Sindicato Marcos Vicente disse que a categoria não irá aceitar calada os ataques do Santander aos direitos dos bancários. Funcionários repudiaram, em assembleia nacional, a terceirização imposta pelo banco O diretor do Sindicato Marcos Vicente disse que a categoria não irá aceitar calada os ataques do Santander aos direitos dos bancários. Funcionários repudiaram, em assembleia nacional, a terceirização imposta pelo banco Foto: Nando Neves

Em assembleia online realizada na última terça-feira (11), bancários e bancárias de todo o país votaram contra a decisão unilateral da direção do Santander de impor a terceirização em diversos setores do banco. A rejeição à decisão que retira direitos e precariza o trabalho foi de 98,31% dos participantes da assembleia. Os funcionários responderam ainda que querem continuar tendo como representação o movimento sindical bancário (97,58% dos votos).

"Os funcionários e funcionárias do Santander deram uma resposta bem clara de que terceirizar só interesse ao banco para reduzir custos e aumentar ainda mais os lucros. Não vamos aceitar mais este ataque aos trabalhadores que o banco faz contra os empregados brasileiros que são responsáveis pelo maior lucro global do grupo, covardia que eles não fazem na Espanha, seu país de origem", disse Marcos Vicente, diretor do Sindicato do Rio e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados).

"Com essa manobra, o Santander quer rasgar a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para milhares de trabalhadores do grupo. Não vamos aceitar calados a essa covardia", completou Vicente. 

O Santander criou seus empresas das áreas de tecnologia, investimentos, câmbio e manufatura. 

A eleição e os direitos

A terceirização das atividades fins foi mais uma medida contra os direitos dos trabalhadores aprovada na reforma trabalhista do governo Temer e aprofundada com as Medidas Provisórias do governo Bolsonaro. 

"Está muito claro que, se Bolsonaro for reeleito, vamos perder todos os direitos trabalhistas,. O atual governo já tentou acabar com os tíquetes refeição e alimentação, ampliar a jornada de trabalho e impor o trabalho nos finais de semana e feriados para a nossa categoria. Mais um mandato e tudo vai por água abaixo. Precisamos eleger Lula presidente para garantir nossos direitos e recuperar o poder de compra através de uma política de retomada do aumento real de salários e da PLR. Nosso voto irá decidir nosso futuro", alerta o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira. 

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