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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias do Santander de todo o país têm até às 20h desta terça-feira (11) para participarem de uma importante assembleia para dizer se aprovam ou reprovam as terceirizações realizadas pelo banco. O movimento sindical alerta que a mudança unilateral do grupo espanhol atende apenas ao interesse do banco de reduzir custos e elevar os lucros, e que gerará prejuízos para o trabalhador, com a perda de direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e precarização das condições de trabalho.
“Nos últimos dois anos, pelo menos nove mil trabalhadores deixaram de ser bancários dentro do Grupo Santander do Brasil”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias.
“É muito importante ouvir a posição dos trabalhadores, o que o movimento sindical sempre faz e o Santander despreza, num total desrespeito aos bancários”, afirma o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE, Marcos Vicente.
Para votar na assembleia não é necessário ser sindicalizado e basta clicar no pop-up ou no link abaixo que aparecerá o espaço para participação abaixo do edital da assembleia.
Manobra do banco
A manobra utilizada pelo Santander para terceirizar o emprego de milhares de bancários e bancárias é via criação de novos CNPJs, ligados ao grupo. Já foram criadas seis empresas. A última foi anunciada no último dia 3 de outubro, chamada “SX Tools”, para onde estão sendo transferidos 1.700 funcionários da área de manufatura. Com a transição para outras empresas, os trabalhadores perdem direitos conquistados na Convenção Coletiva, como a jornada de seis horas; a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a redução no auxílio-creche/babá.
Sindicatos protestaram
O Sindicato do Rio participou na última sexta (7), de um protesto nacional contra a terceirização imposta pelo Santander. A atividade ocorreu na Avenida Rio Branco, 70, onde funcionam duas agências e o prédio do antigo Realzão.
“O Santander faz ataques aos trabalhadores brasileiros que são os responsáveis pelos maiores lucros do grupo no mundo, o que não é feito em seu país de origem, a Espanha, onde o novo governo está colocando um fim à reforma trabalhista, que não gerou empregos e agravou a crise, retirando direit9os dos trabalhadores. Isso serve de alerta a nossa categoria no Brasil, que precisa evitar a reeleição de Bolsonaro, votando em Lula, para evitar mais retiradas de direitos”, completou Vicente, lembrando que a terceirização de áreas fins foi aprovada na reforma trabalhista do governo Michel Temer e aprofundada com Medidas Provisórias do presidente Bolsonaro.