Quinta, 25 Agosto 2022 16:50

Negociação garante que Santander não descontará programas próprios da PLR

Mobilização é que vai ditar o rumo das negociações Mobilização é que vai ditar o rumo das negociações

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

Uma rodada positiva. Assim os integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander classificaram a terceira rodada de negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos bancários Santander, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (25/8).

Segundo Marcos Vicente, membro da COE e diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, o principal avanço foi em relação aos programas próprios como o PPRS (Programa Próprio de Resultados do Santander), o PPE (Programa Próprio Específico) e PPG (Programa Próprio Específico). As negociações com o banco continuam, com a avaliação da redação das cláusulas sociais do ACT. Na próxima semana estão previstas novas rodadas de negociação.

“A princípio o banco propôs que a verba referente a estes programas fosse descontada da PLR (Participação nos Lucros e Resultados, da CCT), porém houve um recuou e não haverá mais o desconto”, explicou o dirigente. Outro avanço foi nos valores do auxílio bolsa de estudos que também será reajustado pelo índice a ser negociado pelo Comando Nacional e aprovado pela categoria.

Foi apresentada pelo Santander uma proposta de reajuste do PPRS pelo índice que for acordado na mesa de negociação para o reajuste salarial. Existe uma proposta de alteração na fórmula de cálculo da PPRS que ainda está sendo avaliada pelos representantes da COE.

Não à retirada de direitos

“Avançou, mas ainda há muito para debater. A COE continua negociando a isenção total de tarifas para os funcionários, da taxa para as provas de certificação da AMBIMA, além da licença menstrual entre outras”, ressaltou Marcos Vicente.

Infelizmente o banco espanhol insiste em retirar as cláusulas sobre os termos de compromisso da CABESP (Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo) e Banesprev (Fundo Banespa da Seguridade Social).

“Essas cláusulas são muito importantes para o movimento sindical, trabalhadores da ativa e milhares de aposentados. O termo de compromisso permite a manutenção de diálogo constante e a implantação de grupo de trabalho formado por representantes dos trabalhadores e das entidades, sempre que houver uma intenção de reestruturação que vá afetar o funcionamento das mesmas. Assegura um processo transparente, sem imposições e buscando sempre evitar o prejuízo aos participantes”, lembrou Marcos Vicente.

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