Segunda, 01 Agosto 2022 21:43

Funcionários do Santander protestam contra reestruturação

Diretores do Sindicato também conversaram com os  bancários sobre a Campanha Nacional Unificada Diretores do Sindicato também conversaram com os bancários sobre a Campanha Nacional Unificada

A semana passada teve protestos por todo o país contra a reestruturação que o banco espanhol Santander vem impondo no Brasil. Na sexta-feira (29/7), as mobilizações aconteceram no Rio, nas agências de Madureira.
O objetivo é cobrar a suspensão do processo de reestruturação, iniciado ano passado e que engloba a ampliação do horário de atendimento sem novas contratações, trazendo sobrecarga de trabalho e, como consequência, o aumento do adoecimento. Faz parte das mudanças também a contratação através de empresas terceirizadas do próprio Santander, com menores salários e menos direitos.
A ampliação do horário de atendimento sem a necessária contratação aumenta as filas prejudicando também os clientes já que não há número suficiente de bancários para dar conta do atendimento. O banco extinguiu, ainda, os cargos de gerentes de atendimento. A mudança arbitrária tem gerado aumento ainda maior do acúmulo de trabalho.
No Rio de Janeiro os protestos aconteceram, no Centro da Cidade, na terça-feira; na quarta, no Méier; na quinta-feira, em Bonsucesso e em Madureira na sexta. As atividades foram utilizadas ainda pela diretoria do Sindicato para mobilizar a categoria para a Campanha Nacional Unificada.

Lucro

A exploração sobre os funcionários vem acontecendo mesmo sendo o Brasil responsável por 27% do lucro mundial do Santander, tendo o lucro no país dobrado neste trimestre se comparado ao do mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ficou em R$ 4,171 bilhões, muito acima da estimativa dos analistas que era de R$ 3,979 bilhões, apesar de o grupo espanhol ter feito uma jogada contábil para reduzir os números oficiais de seus ganhos: reservou R$ 3,325 bilhões em provisões para créditos de liquidação duvidosa, sem levar em conta uma provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões que o banco reservou um ano antes para potenciais empréstimos inadimplentes decorrentes da pandemia.

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