Sexta, 29 Julho 2022 20:58

Semana de luta contra reestruturação no Santander teve manifestação nesta sexta em Madureira

Diretores do Sindicato também conversaram com os bancários sobre a Campanha Nacional Unificada Diretores do Sindicato também conversaram com os bancários sobre a Campanha Nacional Unificada

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

Esta foi uma semana de protestos por todo o país contra a reestruturação que o banco espanhol Santander vem impondo no Brasil. Nesta sexta-feira, as mobilizações aconteceram nas agências de Madureira.

O objetivo é cobrar a suspensão do processo de reestruturação, iniciado ano passado e que engloba a ampliação do horário de atendimento sem novas contratações, trazendo sobrecarga de trabalho e, como consequência, o aumento do adoecimento. Faz parte das mudanças também a contratação através de empresas terceirizadas do próprio Santander, com menores salários e menos direitos.

A ampliação do horário de atendimento sem a necessária contratação aumenta as filas prejudicando também os clientes já que não há número suficiente de bancários para dar conta do atendimento. O banco extinguiu, ainda, os cargos de gerentes de atendimento. A mudança arbitrária tem gerado aumento ainda maior do acúmulo de trabalho.

No Rio de Janeiro os protestos aconteceram, no Centro da Cidade, na terça-feira; na quarta, no Méier; na quinta-feira, em Bonsucesso e em Madureira nesta sexta. As atividades foram utilizadas ainda pela diretoria do Sindicato para mobilizar a categoria para a Campanha Nacional Unificada.

Lucro

Tudo isto vem acontecendo mesmo sendo o Brasil responsável por 27% do lucro mundial do Santander, tendo o lucro no país dobrado neste trimestre se comparado ao do mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ficou em R$ 4,171 bilhões, muito acima da estimativa dos analistas que era de R$ 3,979 bilhões. O Santander fez uma jogada contábil para reduzir seu lucro: reservou R$ 3,325 bilhões em provisões para créditos de liquidação duvidosa, sem levar em conta uma provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões que o banco reservou um ano antes para potenciais empréstimos inadimplentes decorrentes da pandemia./

 

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