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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos bancários do Rio de Janeiro realizou na terça-feira (26) manifestação contra a decisão unilateral do Santander de alterar o horário de funcionamento em suas agências, passando o horário de trabalho dos bancários dos setores gerenciais 9h às 17h e dos caixas permanecendo das 10h às 17h.
O movimento sindical acusa que a mudança faz parte de um processo de reestruturação do grupo espanhol no Brasil, que demite em massa, terceiriza setores e empurra os clientes para a plataformas digitais, tudo para economizar dinheiro e lucrar ainda mais.
"É péssimo para os bancários que perdem o emprego e muito ruim para os clientes. Toda terceirização precariza o trabalho e torna o atendimento ainda pior para a população", disse a diretora do Sindicato, Maria de Fátima. Esta samana o atendimento digital do Santander chegou a ficar fora do ar durante todo um dia.
A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta e ocorreu em duas agências do Centro: Na Avenida Rio Branco, 70 e na Rua Buenos Aires.
Negociação, já!
A COE (Comissão de Organização dos Empregados) reivindica uma negociação com a direção do banco.
"Além de desrespeitar a jornada nos setores gerenciais, sem sequer ouvir a representação sindical, o Santander demite e terceiriza setores, como o da tecnologia para elevar os lucros", acrescenta Fátima, que criticou ainda o fato de as unidades de negócio não terem vigilantes e nem porta giratória.
"Todas essas mudanças fazem parte de um processo de reestruturação que os bancos privados estão impondo para reduzir custos e aumentar os lucros e o Santander sequer ouviu os Sindicatos, reafirmando suas práticas arbitrárias", disse o diretor do Sindicato, Marcos Vicente, representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Sobrecarga de trabalho
Os bancários criticaram ainda, o fechamento de agências físicas que geram mais demissões e sobrecarregam os funcionários que continuam nas agências para o atendimento.
"As metas são cada vez mais desumanas e a pressão e o assédio moral estão adoecendo a categoria", denuncia o dirigente sindical Arnaldo Malaquias.