Quarta, 20 Julho 2022 19:32

Santander afronta decisões da Justiça, reintegrando e demitindo em seguida

Diretores do Sindicato no protesto que, nesta quarta-feira, barrou as demissões arbitrárias Diretores do Sindicato no protesto que, nesta quarta-feira, barrou as demissões arbitrárias

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Imprensa SeebRio

O Sindicato fez um protesto nesta quarta-feira (20/7), no prédio da Rio Branco 70 do Santander. O objetivo foi impedir a continuidade de uma armadilha cruel montada pelo banco espanhol para burlar inúmeras reintegrações determinadas pela Justiça brasileira e que vinham sendo descumpridas.

Bancários e bancárias nesta situação estavam, finalmente, sendo convocados para voltar ao trabalho. O detalhe, no entanto, é que, ao passar no exame de retorno, obrigatório nestes casos, eram considerados aptos pelos médicos do banco, mas imediatamente demitidos. Ou seja, nem chegavam, na verdade, a voltar ao trabalho, numa manobra evidente visando descumprir de maneira definitiva as decisões judiciais, numa ofensa à Justiça.

“O comportamento do banco é desumano, chega a ser sádico por impor aos colegas uma falsa expectativa de retorno. Todos esperavam para finalmente voltar ao trabalho e ver seu direito respeitado. Mas levavam um choque sendo demitidos logo após serem considerados aptos no exame de retorno. A armadilha começou a funcionar na terça-feira e na quarta decidimos estancar as demissões com um protesto. Vamos estudar que novas medidas vamos tomar”, afirmou Marcos Vicente, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE).

O dirigente argumentou que o Santander entre todos os bancos privados é o que mais afronta a Justiça Trabalhista, mas que com esta manobra foi além nesta postura de desrespeito aos direitos da categoria bancária e ao Judiciário brasileiro. “Posso estar enganado, mas dificilmente o banco cometeria estas arbitrariedades em sua sede na Espanha, como seguidamente vem fazendo aqui”, afirmou.

Com o protesto o Sindicato conseguiu barrar as demissões. Mas não se sabe ainda se serão retomadas. “Nossa orientação aos bancários é que liguem para o Sindicato, para a Secretaria de Assuntos Jurídicos e para a Secretaria de Bancos Privados denunciando caso sejam convocados”, disse.

 

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