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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio realizou nesta terça-feira (29) uma manifestação contra o retorno de funcionários com comorbidade ao trabalho presencial imposto pelo Santander. A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta. A Contraf-CUT e sindicatos filiados enviaram uma carta à direção do banco alertando para os riscos da volta dos trabalhadores vulneráveis até o dia 4 de abril, como pretende o Santander, lembrando que a pandemia da Covid-19 continua fazendo vítimas, apesar da redução no número de casos.
A categoria quer que o Santander providencie um documento técnico assinado por sua equipe médica contendo medidas e a responsabilidade da empresa em relação à saúde e à vida dos funcionários, especialmente os de maior vulnerabilidade. As entidades sindicais reivindicam ainda manutenção dos protocolos de prevenção à Covid, exames periódicos dos funcionários e uma campanha interna permanente de estímulo da vacinação.
“Nosso protesto em nível nacional é para a preservação da vida da categoria e das pessoas com comorbidade em especial. Por isso enviamos carta à direção do banco pedindo a suspensão imediata desta decisão de retorno destes trabalhadores até o dia 4 de abril”, explica o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcos Vicente.
Práticas antissindicais
Houve paralisação parcial na agência e na unidade de negócios Select, na Avenida Rio Branco, 70 e na Rua da Assembleia, todas no Centro.
Os bancários protestaram ainda contra o aumento do assédio moral e das metas desumanas que adoecem um número cada vez maior de empregados e a prática antissindical do grupo espanhol que impôs trabalho além da jornada da categoria (atendimento até às 18 horas) sem negociar com as entidades sindicais e a falta de segurança nas unidades de negócio. Cobraram também a contratação de mais funcionários para atender clientes e usuários e reduzir a sobrecarga de trabalho sofrida pelos bancários.
“O banco sequer ouve o movimento sindical e faz no Brasil o que não pratica em seu país de origem, a Espanha, explorando e desrespeitando os responsáveis pela maior parte dos lucros globais do banco, os bancários e bancárias brasileiros”, conclui Vicente.