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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Após a pressão dos sindicatos, os bancos que já anunciaram oficialmente seus resultados de 2021 começam a confirmar a data do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de seus funcionários. É o caso do Santander, que em resposta ao ofício enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para a antecipação de pagamento da segunda parcela da PLR, informou, nesta quarta-feira (2), que irá efetuar o crédito no dia 25 de fevereiro, em folha de pagamento mensal que será antecipada, visto que ocorreria ordinariamente em 28 de fevereiro.
Na mesma data, também será efetuado o pagamento dos valores do programa próprio de participação nos resultados (PPRS), que está em fase de apuração final.
“É importante que os bancários saibam que a PLR não é uma concessão dos bancos, mas uma conquista fruto das lutas da categoria, que foi a primeira a garantir este direito previsto em sua Convenção Coletiva de Trabalho”, afirma o diretor do Sindicato do Rio de Janeiro, Marcos Vicente, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Lucro recorde
O Santander anunciou na última segunda-feira, 31 de janeiro, o seu resultado em 2021: um lucro líquido de R$16,347 bilhões, uma alta de 7% em relação a 2020.
“Este lucro é fruto do trabalho e da dedicação dos funcionários e consolidado na base de muita pressão e assédio moral para o cumprimento de metas desumanas, o que tem adoecido um grande número de bancários. Infelizmente, o banco espanhol não valoriza, como deveria, os bancários brasileiros, que são responsáveis pela maior parte dos ganhos do Santander no mundo”, avalia Vicente. O sindicalista lembra da última tentativa do Santander de impor o trabalho no sábado sem nenhuma negociação com os sindicatos, como exemplo de desrespeito do banco para com seus empregados, o que só foi barrado graças a uma ação judicial do Sindicato do Rio.
“É fortalecendo o Sindicato que a categoria consegue garantir seus direitos e melhores condições de trabalho e de vida”, conclui Marcos.