Quarta, 26 Janeiro 2022 18:49

Santander segue negacionismo do governo Bolsonaro e coloca em risco a vida dos bancários

Bancos espanhol nega a gravidade da pandemia com disparada dos casos de contaminação Bancos espanhol nega a gravidade da pandemia com disparada dos casos de contaminação

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Utilizando-se de uma portaria do governo, editada nesta última terça-feira (25/1), reduzindo as medidas de prevenção contra a pandemia do novo coronavírus, sem critérios científicos, o Santander negou todas as reivindicações apresentadas nesta quarta-feira pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), em negociação virtual, relacionadas à covid-19. “O banco preferiu seguir como o governo negando a necessidade de ampliar as medidas de segurança num momento de explosão dos casos de contaminação, sobretudo pela variante Ômicrom, da covid-19, colocando em risco a saúde e a vida dos bancários. Mas vamos continuar insistindo, seja pela via negocial, seja pela pressão de denúncias e protestos de rua”, avisou o diretor do Sindicato e integrante da COE, Marcos Vicente.

Uma das flexibilizações contidas nos protocolos fixados pela nova portaria foi a diminuição de 15 para dez dias no prazo de afastamento dos trabalhadores com casos confirmados do novo coronavírus, suspeitos ou que tiveram contato com casos suspeitos. Para o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o documento do governo contraria a necessária seriedade diante de um grave momento da pandemia, com uma variante que está infectando muita gente, lotando hospitais e causando mortes. “O governo federal editou a medida para favorecer os negócios em detrimento da vida e saúde”, afirmou.

Outra reivindicação negada pelo Santander foi a de colocar o maior número de pessoas em teletrabalho. Usou de novo a portaria do dia 25 que modifica a anterior de junho de 2020 com regras para a adoção prioritária do regime de teletrabalho, entre outros pontos. O documento atual diz que, na ocorrência de casos suspeitos ou confirmados da covid-19, o empregador pode adotar, a seu critério, o teletrabalho com uma das medidas para evitar aglomerações. O banco espanhol alegou ainda que se o comércio estava funcionando presencialmente, não havia motivo para os bancos não fazerem o mesmo.

Disse também que não vai fechar agências com casos de contaminação e não fará a sanitização, uma limpeza mais profunda, pois já faz a limpeza diária com álcool 70%. Acrescentou que só afastará os que estavam no mesmo espaço que o contaminado, caso fique comprovado que não usavam máscara ou a usava de forma inadequado. “A verdade é que tanto o governo, quanto os bancos e outras empresas estão fazendo o mesmo jogo para lucrar, pouco se importando com a saúde e a vida dos trabalhadores. O resultado desta negociação e a mudança desta portaria deixam isto evidente”, afirmou Marcos Vicente.

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