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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Foto: Nando Neves
Os delegados eleitos para o Encontro Nacional dos funcionários do Santander abriram o evento, realizado de forma virtual na manhã desta terça-feira, dia 3 de agosto, criticando as práticas antissindicais do banco espanhol no Brasil e elogiaram a importante vitória judicial conquistada pelo movimento sindical em defesa dos bancários.
“Não é fácil enfrentar o Santander, mas, mesmo com as dificuldades criadas pela pandemia da Covid-19, as entidades representativas dos trabalhadores conseguiram, junto com a categoria, vitórias importantes, especialmente no campo jurídico”, disse Camilo Fernandes dos Santos, presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubesp), referindo-se à recente decisão do juiz Jerônimo Azambuja Franco Neto, da 60ª Vara de Trabalho de São Paulo, que condenou o banco pelas demissões em massa em plena crise sanitária, descumprindo acordo feito com os bancários e por práticas antissindicais ao tomar medidas arbitrárias sem nenhum diálogo com a representação sindical. O banco foi condenado a pagar uma indenização de R$50 milhões.
Ataques aos direitos
O vice-presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Vinícius de Assumpção, criticou a postura do grupo espanhol em relação aos funcionários no Brasil.
“O Santander é um dos bancos que mais vem atacando os direitos dos bancários, alinhado à política do governo genocida do presidente Bolsonaro. Mas acredito que possamos sair destes encontros nacionais mais fortalecidos na defesa dos direitos da categoria”, disse.
A diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Belorfa, destacou a importância da multa de 50 milhões por prática antissindicais decidida pela Justiça para a luta sindical na defesa das conquistas dos empregados do Santander.
“O nosso coletivo tem sido atuante e coeso e estas vitórias na Justiça servem de lição para a direção do banco. Esperamos que o Santander entenda a importância das negociações para os seus funcionários”, afirmou, destacando o papel importante da UNI Global Union, que reúne a representação sindical da categoria em vários países do mundo, para o fortalecimento das lutas dos bancários.
Vidas importam
Lucimar Malaquias, coordenadora nacional do coletivo dos bancários do Santander, lamentou as mortes pela Covid-19, muitas delas que poderiam ser evitadas se não fosse a política genocida do presidente Bolsonaro e pediu um minuto de silêncio aos participantes do encontro em memória dos bancários e bancárias, amigos e parentes que perderam sua vida nesta pandemia.
Adelmo Andrade, diretor da Contra-CUT e do Sindicato da Bahia, deu um depoimento emocionado por ter superado recentemente a Covid-19 e destacou a importância do SUS e da ciência na batalha contra o vírus.
Lucimar disse ainda que o Encontro não encerra os debates, que continuarão sendo feitos continuamente durante e após a campanha nacional da categoria.
Em seguida, ainda pela manhã, foram debatidos questões dos fundos de pensão dos trabalhadores do banco.