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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio repudia a postura do banco Santander, que continua desrespeitando os funcionários e não cumpre sequer decisões da Justiça Trabalhista. O banco cortou 55% do salário de mais de 40 dirigentes sindicais bancários, cipeiros e trabalhadores em estabilidade provisória que ingressaram com ações judiciais da sétima e oitava horas.
“A postura do Santander é arbitrária e uma retaliação pelo simples fato destes trabalhadores buscarem, na Justiça, a garantia de seus direitos de receber pelas horas extras trabalhadas”, critica o diretor do Sindicato Marcos Vicente, que é membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados). Os sindicalistas denunciam que “o banco espanhol fez uma interpretação distorcida das sentenças e retirou a gratificação de função destes bancários, o que configura prática antissindical, um ataque ao direito de buscar a Justiça, além de desrespeito à Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e também às convenções internacionais”.
“O Santander ataca a liberdade de organização sindical dos trabalhadores ferindo a legislação brasileira, a Constituição Federal e as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O salário é um meio de subsistência. O corte pela metade dos salários fere os direitos humanos fundamentais. O banco não respeita sequer decisões da Justiça Trabalhista”, critica Vicente.
Afronta ao Judiciário
Bancários atingidos pela medida entraram na Justiça e conquistaram liminares e sentenças, em Primeira Instância, determinando a retomada do pagamento da gratificação de função, sob a pena de multa diária em caso de descumprimento. Entretanto, o Santander tem desrespeitado as decisões judiciais e protelado o devido pagamento. O movimento sindical está indignado com a afronta do banco ao Poder Judiciário.
“Duvido que o Santander afronte o poder judiciário na Espanha como faz no Brasil. Esperamos que a Justiça brasileira dê uma resposta dura ao banco que não respeita sequer os poderes constituídos do país”, acrescenta Marcos. Os sindicatos vão ingressar com denúncias contra o Santander em organismos internacionais por desrespeito aos direitos humanos e a prática antissindical.