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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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O juiz Robert de Assunção Aguiar, da 60ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, determinou a reintegração da bancária Ana Paula da Silva Colao, demitida em setembro pelo Santander. Em função da pressão do trabalho ela passou a sofrer de transtornos psiquiátricos, desenvolvendo episódio depressivo grave e ansiedade generalizada, comprovados por laudos médicos. Além de ser do grupo de risco da covid-19. A ação foi elaborada pela advogada Manuela Martins, do Jurídico do Sindicato.
O juiz considerou os atestados como prova suficiente, entendendo que não foi possível a constatação da doença pelo INSS, em função da perícia do Instituto não estar agendando atendimentos normalmente, devido à pandemia. “A prova documental anexada faz presumir que a reclamante não se encontrava, de fato, apta no momento da demissão”, afirmou em seu despacho, numa referência atestados.
Pressão no trabalho
Os documentos demonstraram que mesmo antes da demissão Ana já se tratava de quadro de ansiedade e pânico, havendo ainda atestado de uma psiquiatra, datado de 30 de novembro último, que justificou, inclusive, a emissão da CAT pelo Sindicato. “Entendo por presentes os requisitos para a concessão da tutela” antecipada de reintegração, decidiu.
Nos bancos, entre eles o Santander, tem aumentado o número de bancários com doenças de fundo psiquiátrico. Este quadro acontece devido, sobretudo, ao assédio moral usado como pressão ilegal para o cumprimento de metas e à sobrecarga de trabalho em função do número cada vez mais reduzido de funcionários, devido às constantes demissões, além do sobressalto com a possibilidade de assaltos.