Sexta, 18 Dezembro 2020 17:36

Sindicato reintegra bancária do Santander pela segunda vez

Banco espanhol, além de demitir em massa, insiste em descumprir mandados de reintegração e poderá pagar multa diária de R$5 mil
A bancária reintegrada Valesca Salles ao lado do diretor do Sindicato Adriano Garcia A bancária reintegrada Valesca Salles ao lado do diretor do Sindicato Adriano Garcia

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro garantiu mais uma reintegração no Santander na Justiça Trabalhista. A bancária Valesca Salles Dantas teve seu emprego e direitos devolvidos, inclusive o plano de saúde, por decisão da juíza Luciana Muniz Vanoni, da 74ª Vara do Trabalho. A magistrada estabeleceu multa diária de R$5 mil por dia, caso o banco descumprisse o mandado judicial.

“Esta é a segunda reintegração de Valesca, pois o Santander insiste em  em não cumprir de imediato uma ordem judicial. Parabéns aos advogados, secretarias de saúde, departamento jurídico do Sindicato e todos os dirigentes sindicais envolvidos nesta luta contra as demissões nos bancos”, afirma o diretor do Sindicato Adriano Garcia. 

Negociação sobre Covid-19

Os sindicatos cobraram do Santander na última terça-feira (15), uma negociação para debater a situação da pandemia d novo coronavírus, já que ainda não está definido um calendário que garanta a vacinação no Brasil. O objetivo do encontro é garantir medidas que assegurem maior proteção aos bancários e suas famílias. 

O banco espanhol foi o primeiro a retomar o trabalho presencial e a estender o horário de atendimento nas agências, sendo que a maior parte dos prédios já opera com 70% da capacidade, o que preocupa os bancários.

“Estamos preocupados com o aumento no número de suspeitos infectados e cobramos medidas de proteção para os funcionários, seus familiares e para os próprios clientes e usuários”, afirma o diretor do Sindicato do Rio e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcos Vicente.

Em São Paulo, a bancária Susan de Almeida Silva Barbosa, de 59 anos, faleceu no último sábado, dia 12 de dezembro, de Covid-19, mesmo estando trabalhando em home Office.

“O banco não pode só pensar em acumular dinheiro e continuar colocando em risco a vida das pessoas. Estamos vivendo uma segunda onda da Covid-19 e é preciso primeiro proteger a saúde e a segurança de todos”, conclui Vicente.  

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