Quarta, 23 Setembro 2020 22:52
MALDADE À ESPANHOLA

Sindicato repudia demissões e terceirização no call center do Santander

Banco demite funcionários e substitui mão de obra por trabalhadores terceirizados, que ganham menos e têm direitos reduzidos
TUDO PELO LUCRO - Trabalhadores do call center estão sendo demitidos pelo Santander num processo de terceirização que lança pais e mães de família ao drama do desemprego, além de elevar o trabalho precário e reduzir salários TUDO PELO LUCRO - Trabalhadores do call center estão sendo demitidos pelo Santander num processo de terceirização que lança pais e mães de família ao drama do desemprego, além de elevar o trabalho precário e reduzir salários

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio*

 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro repudia a decisão do Santander de iniciar um processo de terceirização no setor de call center. O banco está demitindo funcionários para contratar trabalhadores terceirizados. Em plena pandemia, funções e o trabalho em diversas áreas estão sofrendo alterações e mudanças estruturais. O problema acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro. O setor já conta com pelo menos 150 terceirizados. Está previsto também a terceirização também em Novo Hamburgo (RS). Os sindicatos têm recebido seguidas denúncias de dispensas, feitas por telefone. Em alguns casos, empregados estão sendo convocados para comparecer ao local de trabalho para trocar seus notebooks e são surpreendidos com a demissão. As informações preliminares de que haveria milhares de desligamentos no setor vêm sendo confirmadas.

Reforma trabalhista

A reforma trabalhista, realizada no governo Temer em 2017, com aprovação da maioria dos parlamentares do Congresso Nacional, abriu a porteira para as terceirizações no Brasil.

“Bancos e empresas optam por este tipo de contratação para reduzir custos e elevar ainda mais os seus lucros, elevando o  trabalho precário e a exploração.

Funcionários preocupados

Esta situação está deixando os funcionários apreensivos, sem saber se continuarão com seus empregos. Tudo isso em plena crise sanitária e econômica e no sistema financeiro, o setor mais lucrativo do país. Além disso, o banco prometeu que não iria demitir durante neste período da pandemia do novo coronavírus”, disse o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados). São mais de três mil empregados que estão apreensivos com a crueldade do grupo espanhol.

“O diálogo é sempre o melhor caminho para encontrar uma solução que amenize o sofrimento de pais e mães de família que só querem continuar garantindo o sustento para uma vida minimamente digna. Queremos informações claras e a manutenção dos empregos”, acrescenta Vicente.

Os problemas no Santander não ocorrem apenas no call center. O banco tem feito demissão em massa também nas agências, que além de lançar trabalhadores ao drama do desemprego, sobrecarrega quem continua trabalhando na empresa.

Home Oficce

O Sindicato orienta os bancários que estão em home office que fiquem  atentos e não se isolem. A orientação é manter contato digital com os demais colegas e também com o Sindicato, fazer grupos em Whatsapp e compartilhar informações.

O trabalhador terceirizado não têm os mesmos direitos dos bancários, não conta com a organização sindical forte que têm os bancários, e ganham muito menos.

“Os bancos se aproveitam da pandemia e da necessidade do trabalho em casa para impor uma prática cruel com o intuito de acumular mais riqueza as custas da miséria do trabalhador brasileiro”, conclui Marcos.

 

*Com informações do site do Seeb-SP, Osasco e Região

 

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