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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Contraf-CUT e os sindicatos filiados estão intensificando uma campanha contra as demissões promovidas pelo Santander no Brasil. Já são pelo menos 844 trabalhadores dispensados em todo o país em plena crise da pandemia. Entre no link https://youtu.be/5hVSoCCO0tU, do Youtube e saiba como participar da petição internacional contra as dispensas e ameaças de demissões de funcionários brasileiros que garantem mais de 30% dos lucros do grupo espanhol no mundo.
Divulgue a campanha nas redes sociais. Somente a participação de todos os bancários e bancárias poderá barrar a crueldade da direção do Santander. Em reunião com representantes do banco, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander cobrou questões relacionadas ao banco de horas negativas e ao aditivo sobre compartilhamento de dados pessoais dos funcionários.
Os bancários cobraram ainda mudanças nos procedimentos de Testagem da Covid-19. “A nossa orientação é a de que os bancários não assinem o tal aditivo até que as negociações sobre o assunto estejam concluídas”, afirma o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, membro da COE e que participou do encontro realizado através de videoconferência. O sindicalista lembra que o banco não informou qual a finalidade do compartilhamento das informações pessoais dos empregados e que isto contraria a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Bancos superdimensionam Provisões de inadimplência
Os bancos privados têm divulgado uma queda considerável nos números oficiais de seus lucros alegando efeitos da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. Entretanto, uma análise mais apurada revela que os resultados não foram ruins. É que as instituições financeiras estão superdimensionando as chamadas Previsões de Devedores Duvidosos (PDDs), em que parte considerável dos ganhos é transferida para os bancos se resguardarem de um possível crescimento na inadimplência.
O Santander fez uma reserva de R$ 10,4 bi para cobrir possíveis calotes que reduziu o lucro de R$ 7,749 bilhões para R$ 5,989 bilhões. Sem a PDD, a queda passaria a ser computada como crescimento de 8,8% do lucro no período. Mesmo com a queda nos resultados oficiais, o lucro do banco no país representa 32% de todo seu faturamento mundial e, mesmo assim, o grupo espanhol reduziu 844 postos de trabalho no Brasil em plena pandemia.
É o caso do Bradesco, que reforçou o volume de suas provisões R$ 8,89 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 155% em relação ao mesmo período do ano passado e de 32,5% frente o primeiro trimestre de 2020. Com esta transferência, o segundo maior banco privado do país anunciou nos primeiros seis meses deste ano uma queda de 40,1% do lucro recorrente no segundo trimestre de 2020 na comparação anual, totalizando R$ 3,873 bilhões.