Terça, 14 Julho 2020 22:12
ENCONTRO NACIONAL

Bancários do Santander definem estratégias de luta via redes sociais

Encontro reforça a necessidade de os trabalhadores fortalecerem a campanha contra as demissões e por direitos através do uso do Twitter, Facebook e Instagram

 

A experiência dos funcionários do Santander em divulgar a campanha contra as demissões impostas pelo banco nas redes sociais, que fez do assunto um dos mais comentados no Twitter teve tanta repercussão, que o tema foi pauta do Encontro Nacional dos bancários do grupo espanhol, realizado nesta terça-feira, dia 14 de julho, por videoconferência, com a participação de 146 representantes de bases sindicais de todo o país.   

Os participantes debateram as condições de trabalho no banco em meio à pandemia do coronavírus e traçaram os próximos passos para a luta em defesa dos direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho, do emprego, da saúde e da remuneração dos trabalhadores.

O Acordo Coletivo de Trabalho já foi assinado, mas existe ainda demandas reivindicadas pelos empregados, referente aos itens específicos e também àqueles negociados na mesa com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os sindicalistas destacaram a necessidade de o banco pôr fim as metas abusivas especialmente em tempos de pandemia.

“É inaceitável que o Santander tenha demitido tantos trabalhadores por não conseguirem atingir metas tão absurdas e em plena recessão econômica agravada pelo avanço do novo coronavírus no Brasil. Há casos de dispensas também, mesmo quando o funcionário apresenta bons resultados”, critica o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, que participou do encontro.

Novos tempos

O movimento sindical tem destacado a relevância do uso dos novos meios tecnológicos, como as redes sociais, para mobilizar a categoria, especialmente em função da necessidade de distanciamento social e do aumento de trabalhadores em Home Office.

O consultor em comunicação, internet, redes sociais e TI (Tecnologia da Informação), Ricardo Negrão, falou sobre as mudanças necessárias para a atuação dos trabalhadores em rede.

“Essa experiência presencial não é mais possível e o método tradicional de distribuição de conteúdos não funciona mais. É aqui que entra a comunicação. E os sindicatos precisarão investir para que ela aconteça efetivamente e possa auxiliar na continuidade do relacionamento com as bases”, alertou o consultor.
Ricardo disse ainda que é necessário definir estratégias a partir de pesquisas junto aos bancários.  

“O bancário, assim como qualquer outra pessoa é impactado a todo momento por diferentes métodos e canais. Nós também precisamos pensar em como atingi-lo”, disse Negrão. “Mas, não basta pensar na distribuição do conteúdo. Antes precisamos definir objetivos e estratégias, com base em pesquisas. Escolher temas, linguagem, palavras-chave e quais canais serão utilizados. Somente depois disso vamos produzir e aí, todos temos que colocar a mão na massa para a mensagem chegar onde a gente quer que ela chegue”, completou.
Negrão disse ainda que, com a campanha em andamento é preciso monitoramento para saber se ela está atingindo o público definido e, se for o caso, realizar mudanças para melhorar seu desempenho.

Resoluções

O encontro também definiu pautas a serem levadas para debate na 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada na próxima sexta-feira (17) e sábado (18), também por videoconferência.

 

Fonte: Contraf-CUT

 

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